Amar alguém que não pode te amar de volta é como segurar um pássaro com as mãos abertas: você sabe que, por mais que queira, ele não vai ficar. E ainda assim, você insiste, porque o amor não escolhe lógica, não calcula riscos, não obedece à razão.
Algumas pessoas simplesmente não estão disponíveis — seja porque carregam dores antigas, porque estão presas a outro amor ou porque, no fundo, não sabem como receber o que você oferece. E você, teimoso do coração, continua ali, entregando pedaços de si sem garantia de nada.
Não é burrice. É humano.
O difícil não é amar quem não pode amar você de volta; o difícil é entender que, às vezes, o maior ato de amor é justamente o que parece mais doloroso: deixar ir. Porque amar também é respeitar o tempo do outro, mesmo quando ele não coincide com o seu. É aceitar que algumas histórias não foram feitas para ter finais felizes — e que isso não as torna menos importantes.
No fim, amar quem não pode te amar é um aprendizado silencioso: você descobre que o amor não precisa ser correspondido para ser verdadeiro. Mas também descobre que você merece mais do que migalhas de afeto. E talvez essa seja a lição mais dura e mais bonita de todas.
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