SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Emicida - Mãe


Um sorriso no rosto, um aperto no peitoImposto, imperfeito, tipo encosto, estreitoBanzo, vi tanto por aíPranto, de canto chorando, fazendo os outro rirNão esqueci da senhora limpando o chão desses boy cuzãoTanta humilhação não é vingança, hoje é redençãoUma vida de mal me quer, não vi féProfundo ver o peso do mundo nas costa de uma mulherAlexandre no presídio, eu pensando em suicídioAos oito anos, moça, de onde 'cê tirava força?Orgulhosão de andar com os ladrão, trouxaRecitando Malcolm X sem coragem de lavar uma louçaPapo de quadrada, 12, madrugada e poseAs ligação que não fiz tão chamando até hojeDos rec no Djose ao hemisfério norteO sonho é um tempo onde as mina não tenha que ser tão forte
Nossas mãos ainda encaixam certoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóisA sós nesse mundo incertoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóis
Outra festa, meu bem, tipo OrkutMais de mil amigo e não lembro de ninguémGrunge, Alice in ChainsOnde ou você vive Lady Gaga ou morre Pepê e NenémLuta diária, fio da navalha, marcas? VáriasSenzalas, cesárias, cicatrizesEstrias, varizes, crisesTipo Lulu, nem sempre é so easyPra nós punk é quem amamenta, enquanto enfrenta guerra, os tanqueAs roupas suja, vida sem amacianteBomba a todo instante, num quadro ao léuQue é só enquadro e banco dos réu, sem flagranteAté meu jeito é o delaAmor cego escutando com o coração a luz do peito delaDescreve o efeito dela, "Breve, intenso, imenso"Ao ponto de agradecer até os defeito delaEsses dias achei na minha caligrafiaA tua letra e as lágrima molha a canetaDesafia, vai dar mó tretaQuando disser que vi DeusEle era uma mulher preta
Nossas mãos ainda encaixam certoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóisA sós nesse mundo incertoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóis
Nossas mãos ainda encaixam certoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóisA sós nesse mundo incertoPeço um anjo que me acompanheEm tudo eu via a voz de minha mãeEm tudo eu via nóis
O terceiro filho nasceu, é homemNão, ainda é meninoMiguel bebeu por três dias de alegriaEu disse que ele viria, nasceuE eu nem sabia como seriaAlguém prevenia, filho é pro mundoNão, o meu é meuSentia a necessidade de ter algo na vidaBuscava o amor nas coisas desejadasEntão pensei que amaria muito maisAlguém que saiu de dentro de mim e mais nadaMe sentia como a terra, sagradaE que barulho, que lambançaSaltou do meu ventre e contenteParecia dizer, "É sábado gente"A freira que o amparou tentava reterSeus dois pezinhos sem conseguirE ela dizia, "Mais que menino danadoComo vai chamar ele, mãe?"

"Leandro" 

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