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terça-feira, 22 de julho de 2025

Nellie Bly :Aos 21 anos, viajou sozinha ao México para retratar a vida dos esquecidos. Aos 23, infiltrou-se em um asilo feminino fingindo insanidade...





Por   no LInked.

Carlos Alberto Tavares Ferreira 🌱💧
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Quando palavras queimam preconceitos...
Em 1885, uma jovem de 18 anos leu algo que incendiou sua alma: um artigo dizendo que mulheres só serviam para ter filhos e cuidar da casa.

Elizabeth Cochrane não engoliu calada.

Pegou a caneta e incendiou o papel com uma carta ao editor.

A coragem daquela resposta foi tão avassaladora que o editor a convidou para trabalhar no jornal.

Nascia ali Nellie Bly, pseudônimo emprestado de uma canção popular e destinado à eternidade.

Mas não pense que a empurraram direto para as grandes reportagens.

Tentaram confiná-la em colunas “femininas”, como moda e sociedade.
Ela recusou.

Aos 21 anos, viajou sozinha ao México para retratar a vida dos esquecidos.

Denunciou abusos. Irritou o governo. Foi expulsa.

E voltou com mais sede de verdade.

Aos 23, infiltrou-se em um asilo feminino fingindo insanidade.

Foram dez dias entre gritos, maus-tratos e abandono.

Sua reportagem “Ten Days in a Mad-House” chocou a opinião pública e forçou reformas urgentes no sistema psiquiátrico de Nova York.

Nellie Bly não era apenas uma jornalista.
Era uma revolução com assinatura.

E quando disseram que era impossível dar a volta ao mundo como Júlio Verne descreveu, ela provou que para ela não havia fronteiras.

Com uma única mala de mão, viajou sozinha por 72 dias e atravessou continentes, registrando tudo com a caneta como arma.

Depois?
Casou-se, registrou patentes como inventora, e cobriu a Primeira Guerra Mundial como correspondente.
Sim, ela também fez isso.

Faleceu aos 57 anos, mas deixou algo que atravessa gerações.

Um legado de coragem, ousadia e transformação.

Nellie Bly mostrou que:

Coragem não tem gênero.

Inteligência não depende de terno ou saia.

Uma mulher que se recusa a aceitar o silêncio pode transformar o mundo com sua voz.

Hoje, em tempos de retrocessos disfarçados de tradição, que nunca esqueçamos.

A verdade também se escreve com batom.

Carlos Alberto Tavares Ferreira 🌱💧

Fontes:
• Ten Days in a Mad-House, por Nellie Bly (1887)
Biography.com - Nellie Bly Biography
• PBS American Experience - Nellie Bly: Pioneer of Investigative Journalism
• Smithsonian Magazine - “Nellie Bly: The Original Stunt Reporter”

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