O plano está funcionando. Os palestinos estão morrendo. Sua vida tornou-se impossível em Gaza. Palavras não são suficientes, cartas aos parlamentares não são suficientes, escrever artigos sobre a Palestina (que ninguém quer publicar) não é suficiente. Marchar aos sábados não é suficiente. Falar sobre apagamento, silenciamento e genocídio não é suficiente. Não somos suficientes. Decepcionamos nossos irmãos e irmãs em Gaza. Não tenho certeza se algum dia seremos capazes de nos perdoar. No entanto, o que resta é existir, pois se deixarmos de existir, cumpriremos o plano final de eliminação do povo palestino.
Há centenas e centenas de camiões com ajuda retidos fora de Gaza, porque o Estado israelita os está a impedir de entrar. Precisamos de sanções contra o Estado israelita, precisamos de deixar de fornecer armas, precisamos de abrir os pontos de acesso.
A frase mais arrepiante deste artigo: "as mães de bebês que sofrem de desnutrição geralmente não comiam há dias e não conseguiam produzir leite para amamentar" - como mãe, não consigo nem imaginar essa dor.
"Mais de 100 organizações internacionais de ajuda humanitária e grupos de direitos humanos, incluindo MSF e Oxfam International, alertaram na quarta-feira que o mundo estava assistindo enquanto "a fome em massa se espalha por Gaza".
Saeed Salah, pediatra e diretor do Hospital da Sociedade Benevolente dos Amigos do Paciente, na Cidade de Gaza, disse ao Financial Times que, até terça-feira, cinco crianças menores de cinco anos morreram de desnutrição nos últimos dias e que outras oito estavam sendo tratadas para a doença.
Ele disse que o hospital ficou sem os suplementos nutricionais fornecidos anteriormente pela Organização Mundial da Saúde. Israel atacou as instalações da agência da ONU em Gaza três vezes na segunda-feira, incluindo seu principal armazém em Deir al-Balah.
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