[Estudo Inédito do CEBDS] Como o setor financeiro brasileiro está se preparando para o futuro da biodiversidade
🌱 Se sua empresa agora que se acostumou com o reporte dos critérios do TCFD, se prepare. Passe a segunda marcha e conheça um frame já não tão novo assim: o TNFD.
🔍 O que é o TNFD? A sigla TNFD vem de
. Assim como o TCFD trouxe diretrizes para riscos climáticos, o TNFD propõe que empresas e instituições financeiras avaliem, gerenciem e divulguem suas relações com a natureza — ou seja, seus riscos, impactos, dependências e oportunidades ligados à biodiversidade e aos ecossistemas. Ele responde diretamente à Meta 15 do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, que exige maior transparência do setor privado sobre como seus negócios afetam (ou dependem de) a natureza.
🧭 E o que é LEAP? LEAP é a metodologia criada pela TNFD para ajudar as organizações a colocar isso em prática. O nome é um acrônimo das 4 etapas do processo:
- L – Localizar: onde sua empresa interage com a natureza (biomas, cadeias, regiões).
- E – Estimar: quais são os impactos e dependências sobre os ecossistemas.
- A – Avaliar: que riscos e oportunidades surgem dessas relações com a natureza.
- P – Preparar: como integrar tudo isso na estratégia e no reporte da empresa.
💡 Em resumo: o TNFD é o "TCFD da biodiversidade" — e o LEAP é o passo a passo para implementar esse novo olhar.
🌿 O CEBDS lançou um estudo inédito que coloca o Brasil — um dos países mais biodiversos do mundo — no centro das discussões sobre disclosure de natureza. O projeto-piloto, alinhado à TNFD, focou na fase “Localizar” da metodologia LEAP, aplicando-a ao setor de finanças e desenvolvimento.
📊 Por que isso importa? Com a Meta 15 do Marco Global de Biodiversidade (COP15), empresas e instituições financeiras são chamadas a reportar riscos, impactos e dependências da natureza. O piloto do CEBDS ajuda a traduzir essa exigência em prática concreta — especialmente em um território tão diverso e complexo como o Brasil.
🔍 Principais descobertas do estudo:
- O setor financeiro possui impactos indiretos relevantes, principalmente via carteiras de crédito e investimento.
- As áreas analisadas abrangem biomas como Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica — regiões altamente sensíveis e estratégicas.
- Setores prioritários identificados para maior atenção ESG incluem: Consumer Staples, Utilities, Industriais e Energia.
- O uso de ferramentas como ENCORE, WWF Biodiversity Risk Filter e geotecnologias GIS viabilizou a análise de riscos em áreas sensíveis como unidades de conservação e territórios indígenas.
🤝 Participaram do projeto: BNDES, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander, além de parceiros como EY, Fundação Dom Cabral e Arcadis.
💡 Principais aprendizados para o setor financeiro:
- É essencial adaptar metodologias globais à realidade brasileira.
- A integração entre áreas de sustentabilidade, negócios e dados é chave para sucesso no reporte.
- Dados de geolocalização e classificação setorial ainda representam um desafio técnico relevante.
📌 Mensagem Final Este piloto é um passo importante rumo a um sistema financeiro mais consciente de sua relação com a natureza. Que ele inspire mais instituições a avançarem com coragem e responsabilidade.
Baixe aqui, ou me peça via chat: https://cebds.org/publicacoes/disclosure-de-natureza-em-um-pais-mega-diverso-estudo-de-caso-do-setor-de-financas-e-desenvolvimento/
💡 Minha dica para simplificar - Quem precisa reportar TNFD? Ainda não é obrigatório, mas se sua empresa já reporta TCFD, GRI ou está ligada a compromissos ESG globais, o TNFD é o próximo passo natural.
👉 É especialmente relevante para:
- Instituições financeiras (bancos, seguradoras, fundos)
- Grandes empresas com cadeia de valor exposta à natureza (agronegócio, energia, mineração, alimentos, etc.)
- Organizações que atuam em países megadiversos, como o Brasil
Mais do que uma exigência, o TNFD é uma oportunidade de mapear riscos invisíveis e proteger valor a longo prazo.
Com carinho,
Thays Garcia
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