"Afinal, é um livro sobre se encontrar no fim do mundo."

Uma criança vive em um bunker onde não há noite ou dia verdadeiros e nem privacidade, guardada por homens que nunca falam. Capturada muito antes de ter memória, a criança está cercada por mulheres muito mais velhas que ela. Eles têm memórias do mundo antes de virem para a jaula; ela não tem nenhum. Eles têm nomes; ela não tem nome.

"Eu, que nunca conheci homens", que foi publicado pela primeira vez há 30 anos, em francês, encontrou uma nova vida. Ultimamente, uma geração mais jovem de leitores começou a fazer proselitismo sobre o livro no TikTok; uma reedição vendeu 100.000 cópias somente nos EUA em 2024. É uma reviravolta selvagem para uma obra literária relativamente obscura traduzida que foi publicada aqui por uma pequena editora. "E, no entanto, não estou surpreso", escreve Carmen Maria Machado. "Afinal, é um livro sobre se encontrar no fim do mundo." Machado revisita o romance fino e inquietante de Jacqueline Harpman: https://lnkd.in/gF5tBwPC

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