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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Alguém a amou até o fim", disse a enfermeira em meio às lágrimas.



Quando os soldados soviéticos entraram nas ruínas de Auschwitz, entre as montanhas de objetos arrancados dos prisioneiros, uma cena impossível de esquecer apareceu. Uma enfermeira encontrou uma pilha de sapatos pequenos e, ao lado deles, o corpo de uma menina que havia morrido poucas horas antes.

Não tinha nome. Não havia família ao seu lado. Apenas um detalhe falava por ela: seu cabelo estava trançado com cuidado, limpo e perfeito, como se sua mãe o tivesse penteado naquela mesma manhã.

"Alguém a amou até o fim", disse a enfermeira em meio às lágrimas.

Uma dessas tranças foi resgatada. Frágil, mas ainda intacto, ele é preservado hoje no Memorial de Auschwitz-Birkenau como um lembrete silencioso de que, mesmo diante do horror, o amor de uma mãe permanece invencível.

Não é apenas um fio de cabelo, é um testemunho. Uma vida que o ódio tentou apagar, mas que ainda fala de ternura, dignidade e memória.

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