SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Entrei para as estatísticas: DEMITIDA pós retorno da licença maternidade!!!




Dia 13/08 eu retornei ao trabalho após meses afastada por conta da licença maternidade, e ontem, ao findar meu período de estabilidade, fui desligada!

A justificativa? Mudanças estruturais! Não seria possível me alocar! Não há espaço na minha posição de liderança. Sem relação com performance, inclusive, elogiaram minha performance e que após meu retorno eu tinha dado segmento em temas que estavam em stand by há tempos em apenas 2 dias. Ou seja, obrigada por ser uma boa profissional mas não temos mais espaço aqui para ti!

No momento mais delicado da minha vida! Não somente por questões financeiras, que alias, são obvias: um filho pequeno, um plano de saúde, estabilidade, etc...

Mas também pela minha carreira! Equilibrar tantos pratos: mundo corporativo, maternidade, vida pessoal! Isso também é sobre autoestima, segurança e dignidade.

O sentimento? Injustiça! Revolta! Maternidade não é pausa na carreira, é mestrado em gestão de tempo, priorização, gestão de conflitos.

INFELIZMENTE os dados me mostram que estou LONGE de estar sozinha... 21% das mulheres já foram demitidas após a licença-maternidade. Estudos da FGV indicam que até metade delas são desligadas nos dois anos seguintes ao retorno. E 56% já passaram ou conhecem alguém que passou por isso...

O recado que a empresa passa ao tomar essa atitude? É uma mensagem CLARA:

- Aqui não há espaço para quem concilia carreira e maternidade.
- Nossos discursos sobre diversidade e inclusão param no marketing.
- Engravide e coloque sua carreira em risco.

Esse tipo de prática não atinge somente quem é desligada. Ele reverbera em toda a equipe, gerando medo, insegurança e desconfiança. Afinal, se isso acontece com uma mãe em um momento tão vulnerável, QUEM ESTÁ SEGURO?

E mais: a sociedade observa. Cada decisão dessas contribui para cristalizar a ideia de que mulheres não podem crescer nas empresas porque, em algum momento, “vão ter filhos e atrapalhar”.

Não sou uma pessoa expositiva, longe disso, mas um dos meus maiores valores pessoais é a justiça, e não posso me calar diante de tanta injustiça. Não por que foi comigo, mas porque sao coisas que acontecem TODOS os dias em silencio, que é o que mantém essas práticas invisíveis.

É estrutural, é recorrente, e só vai mudar quando nós dermos visibilidade, somente quando cobrarmos das empresas praticas verdadeiras de acolhimento com relação a parentalidade.

Hoje, coloco minha experiência a serviço da mudança. Estou aberta a novas oportunidades, mas não em qualquer lugar. Quero estar em empresas que realmente VALORIZEM a maternidade, que entendem que profissionais mães não são um peso, mas sim um ativo valioso.

Se a sua empresa acredita em diversidade, inclusão e em apoiar mulheres em todas as fases da vida, ficarei feliz em conversar e contribuir com meu trabalho, minha dedicação e minha vontade de fazer a diferença.

hashtagLicençaMaternidade hashtagMulheresNoMercado

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