SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

O paciente roda entre médicos, faz exame atrás de exame e, no fim, continua sem saber o que tem.




Ela sentia cansaço durante o dia e dificuldade pra dormir à noite. Ela só queria cuidado. Queria ter disposição… e descansar bem.


Mas o que ela recebeu?
(1) uma lista de remédios
(2) sacolas de exames
(3) e NENHUMA resposta

Essa cena poderia ser de qualquer consultório no Brasil.
Eu, você, alguém da sua família… já passou por isso.

O paciente roda entre médicos, faz exame atrás de exame e, no fim, continua sem saber o que tem.

E aí vem a pergunta: o que está errado?

A cada dia cresce o número de exames solicitados, especialmente no setor privado.

Estamos investigando melhor ou apenas multiplicando pedidos sem direção?

Um levantamento do Colégio Brasileiro de Radiologia mostrou que, em 2023, foram feitos 169,6 milhões de exames de imagem no Brasil.

O dado que choca: quem tem plano de saúde faz em média o dobro de exames de quem depende só do SUS.

SUS → 634 exames por mil pessoas
Planos → 1.323 exames por mil pessoas

Na ressonância magnética, a diferença dispara: 13 vezes mais para quem tem plano.

Resumo:
→ Escassez e filas no SUS
→ Excesso e desperdício nos planos
→ Paciente no meio… sem resposta!

Estudos já mostram: até 30% dos exames podem ser desnecessários.
Mais papel. Mais custo. Mais ansiedade.

O que falta não é exame.
É clareza.

Como mudar esse jogo?

→ INTEROPERABILIDADE: sistemas que se falam (e não se perdem). Evita duplicidade, reduz custo e mostra a jornada inteira do paciente.

→ INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: algoritmos que ajudam o médico a decidir, identificam padrões, priorizam urgências. Resultado: diagnóstico mais rápido e médico com mais tempo pra cuidar.

→ LINHAS DE CUIDADO: o exame certo, na hora certa, dentro de um caminho claro. Prevenção → diagnóstico → tratamento → acompanhamento (tudo conectado).

→ VALOR EM SAÚDE: parar de contar volume e começar a medir resultado. Não é quantos exames… é o que eles mudam na vida da pessoa.

No fim, os dois extremos machucam:
(1) quem espera meses por um ultrassom…
(2) quem coleciona exames sem saber o que fazer com eles.

Mais exame não é mais saúde.
É mais angústia, mais desperdício… e menos cuidado.

O que precisamos?
→ Integração
→ Inteligência
→ Valor

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