
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu nomear o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para o cargo de chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
A mudança foi anunciada em nota oficial na segunda-feira (20/10).
O órgão foi criado em 1990 e tem como competência coordenar e articular relações políticas do governo federal com diferentes segmentos da sociedade.
Na prática, é o órgão responsável por fazer a interlocução do governo com movimentos sociais.
Boulos ganhou projeção nacional justamente como líder de um movimento social, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Ele também tem participado nesta legislatura da mobilização de atos de rua, como no movimento contra a chamada PEC da Blindagem, a tentativa de alterar a Constituição para proteger parlamentares de processos criminais que acabou rejeitada.
Ele é tido como uma das principais lideranças da esquerda no país e visto por alguns como um dos possíveis sucessores do presidente Lula, que o apoiou durante a (ele terminou em segundo lugar na disputa).
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Boulos já foi candidato à Presidência da República em 2018, junto da vice Sonia Guajajara (hoje ministra dos Povos Indígenas) e terminou a corrida em décimo lugar, com 617 mil votos.
Em 2020, lançou-se candidato a prefeito de São Paulo pela primeira vez, formando chapa com a vice e ex-prefeita Luiza Erundina (também do PSOL) e chegou ao final com 40,6% dos votos válidos (ou 2,1 milhões), derrotado por Bruno Covas (PSDB).
Em 2022, o psolista foi o deputado federal eleito com mais votos em São Paulo, com o apoio de mais de 1 milhão de eleitores.
Naquele ano ele cogitou disputar o cargo de governador, mas desistiu para buscar uma unidade de esquerda no estado. O PT acabou lançando Fernando Haddad, que terminou em segundo lugar, com 44,73% dos votos.
Boulos ocupará o lugar do atual ministro Márcio Costa Macêdo.
Ainda em setembro, quando questionado sobre se deixaria o cargo, Macêdo disse à imprensa que sofria um "cerco político" desde que virou auxiliar do presidente Lula, mas que não havia tratado de qualquer mudança na pasta que ocupava, segundo noticiou o Estadão.
Ele negou que uma saída tivesse relação com um eventual apoio do governo para uma candidatura à Câmara em 2026 e disse que seu projeto eleitoral "é a reeleição do presidente Lula."
Macêdo foi deputado federal por dois mandatos e já ocupou a vice-liderança do PT. Também já ocupou cargos públicos em Sergipe, onde começou sua trajetória política. Foi superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), secretário do meio ambiente, dentre outros postos.
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