SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

A medicina deixou de esperar. Agora, ela projeta.



A medicina deixou de esperar. Agora, ela projeta.


Na Coreia do Sul, médicos do Hospital St. Mary, em Seul, realizaram um feito inédito: transplantaram a primeira traqueia 3D impressa do mundo, feita com células humanas e polímeros biocompatíveis.

A paciente, uma mulher de 50 anos que havia perdido parte da traqueia após um câncer, recebeu o órgão bioimpresso e seis meses depois, vasos sanguíneos se formaram, a cicatrização aconteceu e o corpo aceitou o que a impressora criou.

Esse marco não nasceu da noite para o dia: a pesquisa começou em 2004, combinando células-tronco com cartilagem nasal até gerar um “bio-ink” capaz de formar tecido vivo.

A startup T&R Biofab desenvolveu a impressora, antes usada para protótipos industriais. Hoje, imprime peças humanas.

Não é apenas medicina regenerativa. É a engenharia em sua forma mais viva.

O corpo humano deixa de ser destino e passa a ser interface, entre natureza e projeto, biologia e design.

Isso muda tudo. A medicina, por séculos, foi ciência da cura. Agora, começa a ser também disciplina da criação.

A bioimpressão não é só sobre transplantar o que faltava.

É sobre imprimir o que nunca existiu.
E, talvez, redesenhar o próprio conceito de ser humano.


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