SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 7 de janeiro de 2024

Karolina com K


 

Karolina foi o maior estrupício que encontrei na minha vidaAh mulher bagunceira da mulestaMulé cangaceira, arruaceira, trambiqueiraConheci Karolina num forró que eu tava tocando
Quando eu avistei aquela mulézona diferente, sem dançar com ninguémNo meio do salão, só mangando dos matutosPensei comigo: "Aquele deve ser um pedaço de mau caminho"E era mesmo!
Agora era bonita, já viuEra uma rola de nega, que dava era gosto de verCabelão cumprido, cinturinha de pilão, boa linha de lomboUma dentadura, que dente bonito assim memo' só... só dente de cachorroMas a mulher era bagunceira mermo
Comecei a caprichar na sanfona veia, pra ver se ela dava fé d'euMas a danada nem fé d'eu deuEu chamei Anselmo: "Ôh, Anselmo"Pegue essa sanfona aqui, que eu vou aculáAnselmo pegou o fole veioE eu me botei pra banca de Samarica
Samarica, tem celveja?Bote um caliceOxen!Cerrejinha é essa, Samarica? Só tem escumaOxente! Celveja quente é assim mermo!Pois bote duas encangada no fundo do pote, que ainda volto aqui hoje!
Me butei pro salão com mais de milCheguei perto, e disseVosmecê que é a Carolina?Ela disse: "Advinha!"Toda inteirinha, Karolina com "K"Que dançar mais eu?Só se for agora!
Agarrei essa mulé e abufeleiE saí experimentandoAli, aparpando dervagarzinho, pra ver se a bicha era serenaQuando decidi que a bicha era maneira memo'Joguei pras esquerda, ela veio e tinindo, veio firmeDermanchei, joguei pras esquerda, a mulher tá aí: fácil, fácil!Sabe como é, né? Mulher querendo é bom demais
Aí truxe pro meioAqui eu... butei no meioAí joguei a mulher no voo do carcará: zwo!Sabe cumé' o carcará, né?Ele voa na vertical, para no ar e fica penerandoAí vim vortando com ela nos meus braçoVim vortando, quando ela trincou os pés no chãoDei uma gaitada servergonha: Ha-hai!É hoje! É!Mulher querendo é bom demais!
Aí eu disse pra ela: "Carolina!"Ramo aculá?Bora!Boca de Samarica, Samarica!Cerrejinha... cerrejinha... bote aquelas duasE vá logo butando mais duas no fundo do poteBebemo' as duas, voltemo' pro salão
Agora nós 'tamos ali: câmera lentaEu tava até... estava esquecido de que o tocador do samba era euNós tamo ali: testa com testa e corpo do mesmo jeitoChegou Zé de Baiha, e bateu no meu ombroGozanga, tenha paciência!Você virou artista? Tá aí dando uma de artista de teatroVá po' seu canto, vá tocar, porque o tocador é vocêE eu vou tirar a cotaDigo: "Vem comigo, Carolina"Cheguei perto do AnselmoAnselmo, passa a sanfona pra mimE vai dançar com CarolinaMas num deixa ninguém chegar perto delaNum deixa ninguém... num deixa ninguém tomar de tu, nãoNós vamos rachar os quarenta mil réisEu tava ganhando quarenta
Aí peguei o fole véio e Zé de BahiaEpa, tá na hora da cotaQuem não pagar não dança, é dez mil réis! Dez mil réis! Dez mil réis!Tirou a cota, fez sinal pra mimPassei a sanfona pra Pedro, minha garrafaE saí com Anselmo e CarolinaCom os quarenta mil réis pra a gente dividir
Peguemo' um escurinho assim, um lugar quietinhoPronto, Anselmo, aqui tem quarenta mil réisNós vamo' rachar no meioPreste atenção, einQue eu vou contar o dinheiroAnselmo com as butuca em cima de CarolinaNunca tinha dançado com mulher cheirosaTava de cabeça viradaE eu já tava até com ciúmeAí me vinguei deleVou cantar o dinheiro! Vou contar! Vou contar, preste atenção!
Um pra eu, um pra tu, um pra euUm pra eu, um pra tu, um pra euUm pra eu, um pra tu, um pra euPronto, Anselmo! Aqui tá o teu! Aqui tá o meu!Agora tu vai cantar até de manhã, que eu já vou com Carolina
Fui pr'onde tava minha eguinha'Marrada lá debaixo do pé do sombriãoAcolchei assim, a dona em marPassei a perna, joguei Carolina na garupa e queimemo' o chãoEita, Carolina! Ninguém viu a gente sairPois sim, Gonzaga! Puxa memo', que os cabra vem aíParece que eles vão butar... querem butar gosto ruim no nosso amorVamo' simbora
Sapequei a espora do suvaco com o vazio dessa éguaChega ela ia... chega ia baixinhaChegou na baira do riacho, a égua refugou a águaO rio tava cheio, e eu num sabiaE agora, Carolina?Ela disse: "É, os cabra vem aí"Vamo se esconder dento' dos mato?Eu achei foi bom
Se escondemo detrás de um pé de...Marmeleira, uma moita de marmeleiraDetrás da moita, a gente se escondeuA cabrurada chegou depoisHome, será que eles... atravessaro o rio, cheio desse jeito?Não, acho que eles tão escondido dento' dos matoVamo caçar eles?Home, vamo vortar é pro forró, que nóis tem uma hora de dança, homeÉ mermo!E eu achei foi bom demais
Fiquemo nós três aliEu, Carolina e a éguaOlhei pra minha éguinha, coitandinha, tão cansadaEspiei pra CarolinaEla olhou pra mim e falou: "Zóio servergonho"Tirei a selaEspaiei a mantaHa! E...Lavei a égua!Carolina!

Todo Cambia - Mercedes Sosa


 

Todo Cambia

Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el más fino brillante
De mano en mano, su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aunque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no extraño

Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia

Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por más lejos que me encuentre
Ni el recuerdo, ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia

Pero no cambia mi amor
Por más lejos que me encuentre
Ni el recuerdo, ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia

Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia
Cambia, todo cambia

Tudo Muda

Aquilo que é superficial muda
Aquilo que é profundo muda também
O modo de pensar muda
Tudo muda neste mundo

O clima muda com os anos
O pastor muda o seu rebanho
E assim como tudo muda
Não é estranho que eu mude também

A joia mais fina muda
O seu brilho, de mão em mão
O passarinho muda o seu ninho
Um amante muda o que sente

O andarilho muda o seu rumo
Mesmo que isso lhe traga problemas
E assim como tudo muda
Não é estranho que eu mude também

Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda

O Sol muda a sua rota
Quando a noite aparece
A planta muda e se veste
De verde na primavera

O pelo da fera muda
O cabelo do ancião muda
E assim como tudo muda
Não é estranho que eu mude também

Mas o meu amor não muda
Por mais longe que esteja
Nem a lembrança, nem a dor
Da minha terra e do meu povo

O que mudou ontem
Terá que mudar amanhã
Assim como eu mudo
Nesta terra distante

Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda

Mas o meu amor não muda
Por mais longe que esteja
Nem a lembrança, nem a dor
Da minha terra e do meu povo

O que mudou ontem
Terá que mudar amanhã
Assim como eu mudo
Nesta terra distante

Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda

Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda
Muda, tudo muda


“Temos memória”: o cinema argentino se mobiliza contra Milei


 

Por que o pensamento linear pode ser um problema na sua vida - e até enganar a inteligência artificial.

 

Diversas barracas de feira e placas com os preços dos produtos

CRÉDITO, GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Pesquisas indicam que a nossa propensão ao pensamento linear está presente muito antes de deixarmos a escola

  • Author, Kit Yates
  • Role, BBC Future

É assim que o problema geralmente começa: "Se Maria paga R$ 5 por 10 laranjas, quantas laranjas ela recebe por R$ 50?"

Para encontrar a resposta para a pergunta, muitos de nós fomos condicionados a usar o raciocínio linear para concluir que, pagando 10 vezes mais, Maria receberá 10 vezes mais laranjas - ou seja, 100 delas.

A palavra "linear" descreve uma relação especial entre duas variáveis - uma de entrada e uma de saída. 

Se uma relação for linear, uma mudança em uma quantidade por um valor fixo sempre produzirá uma mudança fixa no outro valor. Este é um bom modelo para todos os tipos de relações do mundo real.

Com uma taxa de câmbio fixa, a libra esterlina pode valer dois dólares da Nova Zelândia e, assim, £ 10 valeria NZ$ 20 e £ 100 valeria NZ$ 200.

Este é um tipo especial de relação linear: à medida que você aumenta as libras que deseja trocar, o número de dólares que você recebe de volta aumenta em proporção direta - se eu dobrar a entrada, também dobro a saída.

Se eu consigo comprar três barras de chocolate por R$ 10, então certamente posso comprar seis barras de chocolate por R$ 20.

O número de barras que posso comprar regula linearmente com o dinheiro que estou disposto a gastar.

A linearidade não permite que haja ofertas do tipo "leve três, pague dois" na mesa. E, claro, na vida real as taxas de câmbio flutuam muito com as variações do mercado financeiro.

No entanto, nem todas as relações lineares estão em proporção direta. Para converter de Celsius para Fahrenheit, você precisa multiplicar a temperatura em Celsius por 1,8 e adicionar 32.

Dobrar o número de entrada não dobra o de saída nesta relação, mas por ser linear, uma mudança fixa na entrada sempre corresponde a uma mudança fixa na saída.

Um aumento de 5° C é sempre um aumento de 9° F, não importa a temperatura a partir da qual você parta.

Essas relações podem ser representadas como linhas retas, e é por isso que as chamamos de lineares.

Termômetro marca a temperatura em Celsius e Fahrenheit

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,A relação entre as escalas de temperatura Fahrenheit e Celsius é linear, embora não diretamente proporcional
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Talvez eu tenha exagerado um pouco na explicação sobre essas relações lineares, até por a linearidade ser uma ideia tão familiar.

Mas é aí que está o problema: estamos tão familiarizados com o conceito de linearidade que impomos nossa referência de visão linear sobre o que observamos no mundo real.

Isso é um viés de linearidade em sua forma mais simples. Como exploro no meu novo livro How to Expect the Unexpected ("Como Esperar o Inesperado", em tradução livre), muitos sistemas não obedecem a essas relações lineares simples.

Por exemplo, se eu deixar dinheiro na minha conta bancária ou esquecer de pagar uma dívida, essa soma de dinheiro crescerá de forma não-linear (crescerá exponencialmente) - juros em cima de juros.

Quanto mais dinheiro eu tiver (ou dever), mais rápido ele crescerá. Como muitos de nós estamos sujeitos ao viés de linearidade, subestimamos a rapidez com que essas somas de dinheiro crescerão, o que faz com que economizar para o futuro pareça menos atraente e assumir dívidas pareça mais sedutor.

Descobriu-se que quanto maior o viés de linearidade de um indivíduo, maior é a proporção de dívida em relação à renda que tem.

Pseudo-linearidade

E parece que a melhor explicação para a nossa dependência excessiva da linearidade vem da sala de aula de matemática.

Pesquisas sobre as origens desse viés mostraram que nossa propensão para assumir a linearidade surge muito antes de deixarmos a escola.

Esses estudos apresentam aos alunos perguntas em que a linearidade não é a ferramenta certa para resolver problemas para ver como respondem.

Os chamados problemas de pseudolinearidade podem assumir a seguinte forma: "Laura é uma velocista. Se ela corre 100m em 13 segundos, quanto tempo ela levará para correr 1 km?"

Não é possível chegar à resposta correta a partir das informações dadas no problema.

No entanto, a maioria dos alunos usa a solução linear, sem qualquer preocupação com a natureza irreal das suposições subjacentes.

Eles multiplicam o tempo que leva para correr 100m por 10, por a distância ser 10 vezes maior, estimando um tempo de 130 segundos para correr 1km.

A resposta a que chegam claramente não leva em conta o fato de que nenhum atleta pode sustentar seu melhor ritmo de 100m ao longo de 1 km.

E a resposta linear levaria Laura a quebrar o recorde mundial para uma corrida de 1 km - de dois minutos e 11 segundos.

Não reconhecer que o mundo real geralmente não é tão simples quanto um problema de matemática só gera mais complexidade.

E até mesmo a inteligência artificial acaba absorvendo esses erros: o ChatGPT, um chatbot projetado para imitar as interações humanas, aprendeu os mesmos vieses.

Quando perguntei "Três toalhas levam três horas para secar no varal, quanto tempo nove toalhas levam para secar?", ele respondeu "nove horas", argumentando que se você triplicar o número de toalhas, triplicará a quantidade de tempo que elas levam para secar.

De fato, se seu varal for longo o suficiente, não deve demorar mais para secar nove toalhas.

Um mundo não linear

Estou cozinhando com as crianças e queremos fazer o dobro de cupcakes do que a receita sugere, então precisamos usar o dobro de cada um dos ingredientes.

Os ingredientes combinam-se linearmente para gerar o dobro da mistura. Isso parece correto.

Mas inferir que isso deve ser verdade para todos os fenômenos em nosso mundo seria negar a existência e a magia dos fenômenos emergentes - por exemplo, que nenhuma molécula de H20 seja molhada ou que os flocos de neve formem fractais únicos como uma superestrutura complexa, e não adicionando cristais individuais.

Até mesmo nossas vidas são muito mais que a simples soma de átomos e moléculas que compõem nossas formas físicas.

Mulheres em uma pista de corrida

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Uma corrida de 1 km exige uma preparação e abordagem diferentes de uma corrida de 100m

Embora na maioria das vezes não saibamos, muitas das relações mais importantes que experimentamos todos os dias não são lineares.

Mas temos a ideia de linearidade imbuída em nós tão cedo, e presente com tanta frequência, que às vezes esquecemos que outras relações podem existir.

Nossa familiaridade excessiva com relações lineares significa que, quando algo não linear ocorre, podemos ser pegos desprevenidos e ter nossas expectativas frustradas.

Ao fazer a suposição implícita de que as entradas escalam linearmente com as saídas, é provável que a gente descubra que nossas previsões podem estar incorretas e que nossos planos podem dar errado.

Vivemos em um mundo não linear, mas estamos tão acostumados a pensar em linhas retas que muitas vezes nem percebemos.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

SOBRE O 8 DE JANEIRO- O DIA DA IGNORÂNCIA, BRUTALIDADES, RIDÍCULOS E DELÍRIOS BRASILEIROS.



A arte de Belchior exigiu o preço de sua vida por todas as dificuldades que passou para compor e cantar. Mas se tivesse ficado no Ceará, nem isso teria alcançado, porque as prioridades e oportunidades aqui tem donos, até na cultura, herdada por filhos de políticos. Racionais lutaram em São Paulo e salvaram a arte, o protesto e a vida de muitos. A arte reverbera, se multiplica e semeia muitas mentes e corações. Assim como bons negócios e inovações como Microsoft, Apple, Toyota e tantas outras que geram produtividade e fortalecem a economia feitas para durar por empreendedores de verdade, e não por falsos empresários que vivem de dinheiro público de Banco público e incentivos fiscais, alguns deles dirigem Federações de empresas, nem o delírio tem limite no mundo da Oligarquia. Aqui pior é na política dominada pelas famílias que vivem da corrupção, compra de votos e inviabilizar a democracia trocando moedas entre eles e os poderes numa selva sem lei. Por aqui Gandhi e Mandela foram mortos, assim como milhões de negros e índios, defender os pobres, lutar contra as desigualdades, denunciar corrupção é crime hediondo contra o sistema. Bolsonaro é idiota útil quando o sistema por diversos caminhos não consegue mais reprimir, nem segurar a dor e a revolta da miséria e desigualdades. Nesse sentido, o crime organizado e as igrejas cumprem um papel importante para elites, manter uma parte da população sob controle, quando as escolas, polícia e presídios já não resolvem mais. Mas ainda sobra a Revolta e a Rebeldia por diversos caminhos. Até porque a verdadeira rebeldia nesse país, é construir a verdadeira economia, democracia, arte, educação...Mas infelizmente em vários 8 de janeiros, quase todos os dias, já não fosse suficiente o Brasil ser uma das maiores desigualdades e injustiças do mundo para manter na marra e pela força os mesmos privilégios, patrimônio e renda de alguns na economia, política e outras. Ainda muitos brasileiros tem tempo para ignorância, brutalidades, ridículos e delírios, o que fazem de verdade é produzir merda, cagando para o Brasil. Um defecam no terror e na tentativa de golpe no 8 de janeiro, outros continuam defecando na política, economia, na mídia, educação e na vida de milhões de brasileiros sem direito a constituição e a lei.   


 

8 de janeiro é o espelho de elites econômicas e políticas, brutas, ignorantes, ridículas, e sem limites. Eles querem enforcar o Ministro Alexandre quando na Revolução Francesa foram esses Reis e nobres que foram enforcados. Essas elites, gangues partidárias, centrão e oligarquias estão no poder mais tempo que Ditaduras como Venezuela. O conhecimento, a lei, o trabalho, a cultura, a democracia não importa nada para eles. O que importa para eles são seus egos, vaidades, violências, e falsa moralidades. Bárbaros que se vangloriam e vivem da miséria, injustiças e desigualdades que produzem. 


 

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou um manifesto contra o ato “Democracia Inabalada”, organizado pelo Palácio do Planalto em conjunto com o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) para marcar 1 ano desde 8 de Janeiro. O documento é encabeçado pelo líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN). Se a casa desses senhores fosse invadida, não teria problema? mas o Congresso, o STF e o Planalto podem? A Democracia e a lei só existem para eles e para os outros não? Eles podem roubar e não ser presos durante anos, décadas e séculos. Eles podem comemorar a Ditadura e as mortes e como covardes colocarem outras pessoas para agir em seus nomes enquanto se escondem e atacam. Enquanto persegue Padre Lancellotti, enquanto usam o exercito para interesses próprios, incluindo enriquecimento de alguns, enquanto matam índios, negros e pobres para manter seus privilégios e concentração de renda. Eles não querem pagar impostos, enquanto os pobres pagam com a vida, querem as pessoas na Universidade, desde que sejam privadas e ruins, querem acabar com o SUS, querem mais presídios e polícia nas ruas ao invés de trabalho, cidadania e mercado. Mas quando viajam aos EUA, Canadá, Europa, Japão e outros, ficam maravilhados, com os efeitos das instituições, mercado, democracia, justiça e outros. Esquecem que o Brasil não funciona por causa deles e apesar deles outro Brasil é possível.    


Os militares, políticos e empresários responsáveis pelo 8 de janeiro continuam soltos, mas por muito menos em outros países eles foram julgados e presos. Na Argentina e Chile os militares foram julgados e presos, assim como nos atos na Casa Branca nos EUA que devem impedir que Trump seja candidato.



Um dos livros mais importantes para os brasileiros lerem sobre o 8 de janeiro é Noventa e três de Victor Hugo. O Brasil nunca passou por uma verdadeira guerra, revolução ou guerra civil como outros países. Na Revolução Francesa a nobreza perdeu seus privilégios, na Guerra civil americana os escravocratas perderam suas correntes e suas brutalidades impunes, no Brasil a nobreza oligárquica e elites escravocratas continuam impunes com seus privilégios. Essas elites são as que mais contribuem para que uma Revolução Russa, Cubana ou Chinesa aconteça no Brasil, elas impedem uma Revolução Gloriosa e apostam numa guerra civil ou terror como em 93 na França. Mas esquecem que a História se repete!  




Não preciso que me digam
 

De que lado nasce o Sol 
Porque bate lá meu coração

Sonho e escrevo 
Em letras grandes, de novo! 
Pelos muros do país 
João! 
O tempo, andou mexendo 
Com a gente sim! 
John! 
Eu não esqueço 
A felicidade 
É uma arma quente 
Quente, quente