Na disciplina História da Educação no Ceará da Faculdade de Educação da UFC estudamos a politica pública “Todos com educação de qualidade para todos “ implantada nas últimas 3 décadas e tivemos o depoimento de educadoras históricas da Secretaria de Educação do Ceará que participaram no começo da implantação dessa política pública dialogando com alunos. No debate foi falado “ o que o Governo do Ceará faz hoje não é educação ! E por isso resolvi escrever esse artigo.
No mundo em profundas e velozes transformações, o que significa educar? Recentemente o Governador do Paraná, Ratinho Junior, foi criticado porque seu filho estuda numa escola inglesa no Paraná que tem no seu programa estudos de filosofia, política, artes, liderança e outros. Enquanto os jovens paranaenses nas escolas profissionalizantes lhe é negada essa formação humanista que amplia sua autonomia, criatividade, capacidade de entender e liderar o mundo que vivemos. No Governo do Ceará podemos dizer o mesmo em relação ao ensino médio ou pior sobre a educação pública pois nas últimas 3 décadas o Governo do Ceará das oligarquias abandonou 60 % da população que não concluiu o ensino médio, além de ser o quinto pior Estado em alfabetização. O Governo do Ceará foca nas notas de português e matemática para 311 mil pessoas que cursam o ensino médio gastando bastante dinheiro com eles, principalmente prédios, e abandona os demais. Gostaria de lembrar que nenhum país que alcançou as melhores notas do PISA separou sua política educacional da social, e priorizaram de verdade a educação. Não é o caso do Governo do Ceará que prioriza incentivos fiscais, turismo, estradas, silencia sobre corrupção, mantém brutais desigualdades e violências há décadas, é um dos estados que mata mais jovens, e gastos extraordinários com mídia e marketing. O pior disso é querer transformar Educadores em técnicos e gerentes pedagogos, mas o ensino superior tem como fundamento a crítica e a criatividade, muitos dos problemas gerados é o próprio sistema que cria e limita o potencial dos estudantes, escolas e Professores. Adestrando-os por um sistema de gestão, assim como os alunos cópias das cópias.
O mundo mudou rápido e nossa educação não resolveu o básico, quando outros modelos, métodos e estratégias educacionais pelo mundo tiveram mais impacto mesmo em economias mais pobres que as nossas. O que é a habilidade de educar hoje ? Entender, aprender, ensinar, mudar as coisas que tenho na cabeça, transformar algo, ver adiante, a habilidade de continuar aprendendo sempre. Esse desafio contemporâneo de ser protagonista, nos convida a inaugurar outros capítulos na história da Educação do Ceará porque eles estão presentes há pelo menos dez anos. Nascemos numa sociedade em que o melhor aluno era o que tinha o maior número de conteúdo fixo, e educar era transmitir, as regras, os conteúdos, os exemplos, o maior número de saber acumulado como se ele fosse fixo, e por isso se você reproduzir bem tira 10, não respondeu tira zero. Quanto mais conteúdo, mais eu podia responder as perguntas e ocupava um lugar de acordo com mais informação que acumulasse. A informação continua fundamental e o conhecimento envolve dados, porém a sociedade mudou .
Vivemos no mundo líquido em redes que mudou as regras e, o saber não tem mais forma definida, um saber que se transforma a todo instante, não apenas na quantidade. Nesse mundo é preciso saber em rede, compartilhar informações num mundo cada vez mais complexo, volátil, incerto, afinal o mundo aumentou muito a capacidade de produzir conhecimentos. Vivemos num mundo frágil, não linear, incompreensível, não há ninguém que domine todas as variáveis. Como se mostrou quando um vírus fez o mundo fechar, já não existe mais aquele sistema ou teorias que explicam tudo, nem professores com todas as respostas, houve uma aceleração da tecnologia, e quase todos os produtos que hoje nós utilizamos tem no máximo 15 anos. Porem Governos gastam bilhões para " educar " crianças e jovens para um mundo que não existe mais. Tudo acelerou e tudo está se integrando em celulares, Big data, IA, e nas nuvens. Hoje cada pessoa tendo celular, bateria e rede tem acesso ao conhecimento, conexão com o saber humano acumulado, isso é uma revolução quanto a recepção do conhecimento, ao uso do conhecimento, e a produção do conhecimento .
Como descreve o Historiador Leandro Karnal vivemos um momento histórico como em outras épocas foi a queda da Bastilha, a queda de Constantinopla, ou a Reforma protestante que foram marcos de novas eras. Hoje o surgimento do smartphone e a pandemia são marcos do mundo em que vivemos. Hoje fazemos reuniões virtuais, nos educamos pela internet e passamos a viver e pensar abertamente de forma natural que vivemos no mundo virtual. Tecnologia é mais barato que construir prédios. As novas gerações se desafiam a entender o que é o real presencial e o virtual, o espaço e o tempo se separaram, não importa mais o lugar e a distância, independente de onde você esteja, você pode ter acesso num presente contínuo a conteúdos contemporâneos, independente do lugar que vive, mas que infelizmente esse mesmo presente contínuo tem como uma das consequências às vezes tentar eliminar o passado. Alguns olham matérias na internet e descobrem depois que elas têm mais de 5 anos, e a pesquisa pela internet nos obriga a registrar, checar, e atualizar o conhecimento e a memória sempre. Eliminamos o espaço como obstáculo, e geramos novos problemas, erros e desafios como fake news. O que existe na internet muitas vezes fica registrado sempre. Emergem desse processo as contradições históricas e a história nos desafia a analisar o currículo de todos e o conhecimento sempre.
Mudamos assim um paradigma, o centro do conhecimento não é mais a memória ou saber de cor, a inteligência não é o conteúdo que define, nem a quantidade de informações devido ao acesso pelo celular conectado, pois podemos acessar e verificar uma enorme quantidade de informações. A memória perdeu o lugar para estarmos pensando mecanismos de elaboração autônoma de conteúdo, de senso crítico, mudou o paradigma para criação, autonomia, nossas capacidades e capilarização das redes e conexões que fazemos parte. A nossa capacidade de transmitir mensagens e impactar o mundo, com quem nos conectamos, favorecendo um dinamismo que quem tem menos conteúdo pode ter mais capacidade de interagir de forma rápida. E a Escola não pode fazer de conta que isso não esta acontecendo...
A fama nas redes sociais e os podres poderes têm trabalhado para anular o verdadeiro saber que se transforma de forma lenta e rápida. Um paradigma veloz busca se estabelecer como capacidade de se conectar em rede e adquirir fama com seus conteúdos conservadores ou progressistas. O mundo sempre tentou voltar o tempo com reacionários e alguns casos podem ser modas de até 2 anos atrás que reaparecem como novidades. Por isso, necessitamos aprender a perguntar porque responder Siri e Alexa fazem. Os humanos formulam perguntas ou ideias claras e corretas que nos levam a buscar respostas, se soubermos onde encontrá-las vamos nos tornar seres humanos melhores. O processo formativo visa manter a curiosidade, a perguntar sem cessar, a questionar, a fazer da dúvida metódica um exercício produtivo de conhecimento. As respostas vão variar muito mas qual a validade daquela pergunta? porque perguntar ? Esse é o novo mundo da educação devido a velocidade dos comportamentos sociais, tecnologia e de tudo que se move, perde rapidamente a validade das respostas. Por isso o protagonista da educação não está mais no professor ou um livro mas em que estiver aprendendo e sua jornada. Cabe aos professores estimular a curiosidade e o papel do conhecimento é dos alunos.
Educar para o futuro é pensar além da escola ou de uma determinada técnica. Fortalecer o protagonismo da busca contínua pela nossa capacidade permanente de pensar por problemas e indicar soluções possíveis, e caminhos a seguir com criatividade, ousadia, coragem e método. Por aquilo que me indica uma nova questão, um ceticismo metódico, derrubar dogmas, se adaptar às novas circunstâncias e desafios. O acesso aos dados e informações não dependem mais do professor e da escola, nem anotar ou aguardar as apresentações, porque tenho que concentrar meu tempo em aprender e desafiar minhas capacidades. As aulas não devem ser contínuas, podem ter interrupções por vários motivos, mas tenho que manter o ritmo do aprendizado. O aluno adapta a informação ao seu ritmo mas é um defeito se pula de um texto ou vídeo a outro, sem de fato esgotar aquela ideia, é um defeito se você não formalizar um processo de início, meio e fim daquela ideia. A aquisição de linguagens exige aprender o português, inglês, matemática, fazer uma planilha no excel, editar vídeos, mas significa se abrir para novos universos e novas posturas, que inclui um software, uma nova língua, mas que inclui uma experiência que me afaste daquele imediato concreto e me torne cada vez mais alguém capaz de ser produtor de pensamento, e que vou me servir dessa floresta de conhecimento que o mundo contemporâneo nos oferta. Temos que manter o coração do estudante VIVO, o amor ao saber.
Aprender sempre e produzir conhecimento permanente, indo muito além do diploma, um curso, profissões, misturar saberes, experiências e sonhos. Gerando novos caminhos e novas áreas para aprender que podem ser usadas inclusive nas redes sociais, enquanto durar nossa criatividade até morrer, podemos expandir nosso ser e mudar o mundo que vivemos. Novas tecnologias, reflexões sobre questões políticas, gênero e racismo indo além de como olhamos o mundo lá trás e suas polarizações ou modismos, com grande capacidade e curiosidade, indo além das repetições automáticas, do conhecimento que não precisa de senso crítico e estético pois está nas mãos dos algoritmos, da inteligência artificial e robôs. A capacidade de pensar, a capacidade de produzir algo novo, a capacidade de questionar se tem sentido ético, se tem sentido prático, se melhora as pessoas, a quem serve esse novo programa, a quem serve essa nova capacidade, essa capacidade por enquanto é exclusiva de nós humanos. Tudo mudou em relação a todas as coisas, mas a capacidade de aprender permanece, inclusive como critério de uma saúde plena.
E se eu decido parar, o mundo continua avançando em alta velocidade. O que exige aprendermos sempre! A tecnologia é uma delas. Não se trata de uma nova técnica, mas de aprender que uma nova técnica e máquina é superada por novas técnicas e máquinas, nós temos que lidar com essas tecnologias. O segundo imperativo é que mudou a economia e para onde vai a riqueza ? não vai para produtores de petróleo, carros, soja, diamantes, indústrias e outros mas para produtores de ideias. A maior riqueza que temos hoje é o conhecimento, a ideia. Nós estamos falando da capacidade de gerar ideias, de novas formas de fazer as coisas, de não apenas aumentar a produção, mas de ser diferente, de agregar valor, de ter compromisso com causas, e as empresas também são ideias. Navegar nas redes virou consumo crescente, o comércio foi para as nuvens, e a globalização acelerou com a Índia programando para o mundo. Os empregos migram, os nômades digitais atuam pela internet sem escritório, incluindo saúde e educação online. O acesso pode ser de qualquer lugar e entro num fluxo de uma vida internacional. O trabalho ficou mais inteligente, em rede, e veloz. As sementes dessa mudança brotaram e aceleraram. Moramos e trabalhamos em casa, evitamos a insegurança social das ruas, as casas viraram escola, isso mudou a perspectiva de integração trabalho, escola e família, as doenças psíquicas aumentaram como depressão, e nossa estrutura mental esta mudando para sabermos o que é essencial em nossas vidas .
Necessitamos organizar a nossa educação, pensar nosso currículo em diálogo com a vida, melhorando nossas deficiências como por exemplo em línguas, informática, artes, habilidades sociais e outras. Porém também posso apreender a me vestir e falar melhor, sendo protagonista do meu conhecimento, terei assim uma vela em direção aos destinos que busco. Buscar caminhos e instituições sérias, os currículos das pessoas, autores novos e clássicos. Ler livros, ver filmes, dialogar com pessoas presencialmente e virtualmente sobre ideias. Necessitamos sair da caixinha, expandir nossos seres em outras áreas, criar novos caminhos. Aprender constantemente, saindo da zona de conforto, buscando inovações disruptivas que ampliaram nossos horizontes e caminhos. Há 30 anos eu leio livros de todas as áreas como Bill Gates, mas também precisamos fazer coisas novas. Viajar sem fotografar, aprender um instrumento musical, fazer uma música, escrever textos como esse, um passo atrás para saltar à frente, aprender e seguir em frente.
Mas tudo precisa de método e ousadia. Nada mais errático que semear sem objetivos claros. Não podemos viver de forma aleatória, temos que ser focados, tem um ponto a seguir por maior que o desafio seja. Ler um livro todo, seja lento, caminhando ou cozinhando, sem perder a agilidade quando precisamos dela. Nós precisamos melhorar sempre, nossa mente ou forma física, viver existências boas, belas e justas compartilhando desafios e objetivos. Desenvolver habilidades também na vida pessoal, conhece a ti mesmo, sendo fiel a si mesmo, sem ser falso com ninguém, aprendendo a se observar, aprendo sobre os outros, aprenda aquilo que vai lhe tornar mais hábil com outras pessoas, aprenda aquilo que pode revolucionar sua vida, aprenda aquilo que pode produzir uma atitude nova, aprenda aquilo que pode renovar o que você já faz, criar uma nova habilidade, criar uma nova ideia pessoal e profissional, considere-se uma obra de arte em construção numa mudança de era.
Muitos se viram em mudanças de era, muda-se os tempos, muda se as vontades e tudo é mudança . "Aquilo lá fora é uma revolta ?" Não é uma revolução, tudo precisa ser mudado, não é mais do mesmo, e sim uma mudança de paradigma. Por isso precisamos aprender agora, aprendendo modelos de conhecimentos. O analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler e escrever segundo Alvin Toffler mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender. Eu preciso desconstruir meu ser e entender como a sociedade me construiu, preciso aprender algo novo sempre. As empresas não precisam ter carros, hotéis, ou aeronaves, mas elas precisam ter informações, conectar pessoas e ser inteligentes on-line. É preciso aprender as diferenças, a diversidade da humanidade e da natureza do qual somos parte, temos que desaprender comportamentos e hábitos, formas de reproduzir coisas, não apenas por serem antigas mas por serem erradas. A lei pune racismo, machismo e outros.
O futuro pertence às pessoas neuroplásticas, capazes de adaptar áreas do cérebro às novas habilidades e novas questões. É preciso aprender a criticar, discordar, aprofundar, superando teorias, ciências, leis, comportamentos, o que exige ampliar, contextualizar e ressignificar, porque não existe uma coisa pronta e perfeita mas existem apenas adaptações, mutações e transformações desse conhecimento. Supere seus desafios e evolua passo a passo..até o fim de 2022, 50 % das habilidades profissionais que existe hoje serão transformadas, 1 bilhão de empregos no mundo todo serão completamente transformados, em 2022, 133 milhões de empregos serão criados pela digitalização, até 2025 mais da metade dos trabalhos do mundo serão realizados por algoritmos ou máquinas, e os trabalhadores precisaram aprender mais habilidades socio emocionais e habilidades tecnológicas.
Óbvio que nessa jornada nossos estudantes continuaram tendo que aprender e ensinar português, matemática e outras matérias, mas por quais caminhos, mais dos mesmos erros, será que podemos aprender com outros alunos ou pela internet? Quanto tempo se gasta na Universidade para citar referências em textos acadêmicos, quando cada vez mais programas automatizados fazem isso, e poderíamos gastar esse tempo para ler mais ou dar vida ao conhecimento. Isso me lembra o livro Polímata do Historiador Peter Burke quando as pessoas podiam estudar e ter experiências em várias áreas, proporcionando um conhecimento mais sistêmico sobre si e a realidade, menos fragmentado, linear e instrumental. Hoje podemos ter aulas com pesquisas em campo, projetos interdisciplinares, autobiografia, pesquisa ação e outras práticas pedagógicas, mas os professores em escolas públicas têm tempo para preparar essas aulas? Existe formação de professores com didáticas e práticas pedagógicas ou estão gastando seu tempo para que alunos copiem e decorem para os exames sem aprender a pensar? Nós sabemos a resposta e mudamos o que ? Porque interessa ao Governo as notas para seu marketing independente de como as pessoas aprendem e vivem ! Sei que os educadores usam Pink floyd em suas palestras e vidas mas cantam de verdade ? Another Brick In The Wall ou querem enganar os alunos quando não enganam a si mesmos. Nós somos apenas mais um tijolo em suas paredes das Escolas e Universidades.
A criança e o jovem precisam aprender na escola e expressar seu ser e isso é tão importante quanto conteúdos. Pensar as incertezas e dinâmicas da sociedade que vivemos, assim como a história e lógico também o pensamento de vários autores para compreender suas ideias e misturar com as nossas, essas são lições que carregam dentro delas múltiplas lições entre elas o verdadeiro amor ao saber. Por exemplo os pensadores que amo, tiveram existências incríveis na luta para que o saber libertasse outras pessoas, eles não foram reféns de uma disciplina, nem de governos, e talvez pela soma de tudo isso produziram e criaram conhecimentos incríveis que ajudaram a escrever a história e construir a humanidade. Necessitamos motivar nossos alunos para compreender que o saber pode impactar suas vidas e os lugares onde moram é tão importante quanto o currículo. Pessoas não são biscoitos a serem empacotados e recebem notas nem professores são diretores de fábricas .
Como podemos pensar os educadores, as escolas e os alunos nesse mundo em transição e podemos ajudar a mudar as Escolas e Universidades para mudarem nosso Brasil com cidades educadoras. Temos hoje vários Doutores e Professores de Universidades que não mudam nada, nem mesmo suas existências, o repensar do saber e agir pode mudar a sociedade que vivemos e milhões de vidas ao mesmo tempo a partir das Escolas e Universidades e das cidades onde moramos.
Às vezes escrevo textos como esses que penso rápido, cito mais de 10 livros que li e numa frase cito 3 pensadores de áreas diferentes como Bruno Latour, Foucault e Umberto Eco, faço isso porque em minha casa tenho 2 mil livros riscados da primeira página a última, eles foram escolhidos não porque fazia uma Faculdade A ou B, ou por estar escrevendo um texto acadêmico mas porque os desafios e angústias da vida me levaram a buscar esses autores. Eu aprendi com Vygotsky sobre minha região proximal e buscava mais complexidade com Morin visando ter uma vida plena e um mundo melhor, desconstruindo a sociedade e seus podres poderes que buscam anular e destruir pessoas com Foucault.
Hoje o crime, políticos, empresários e burocratas tomaram conta da escola e destruíram o amor ao saber para virar empacotadores de diplomas. A escola pode conscientizar mais sobre o saber e nossos desafios, compreender melhor como aprendemos e ousar por novos capítulos na história da educação. Eu me formei em cinema porque quero contar essa história, incluindo a minha história como aluno e educador. O meu objetivo com essas lutas e contribuições não é a graduação ou o Doutorado, mas mudar a educação. Eu sempre busquei expandir meu ser de forma integrada e sistêmica pelas diversas áreas educacionais e profissionais que passei. Por menor que seja quero dar minha contribuição a educação, é uma missão e essa mudança virá de diversos caminhos. Eu criei uma rede na minha vida atuando em vários setores e sendo ponte entre Empresas, Universidades, Movimentos estudantis e sociais, ONGs, Cooperação internacional, Governos e Comunidades, cada um me vê com sua identidade pois fui executivo, militante, artista, gestor público, educador e outros. Nessas identidades fazemos pontes para conectar mundos diferentes, ao invés de atuamos sozinhos transformamos o mundo em rede. Esse é o meu discurso na Espanha quando ganhei o prêmio do Presidente da UNESCO em como devemos aprender a escrever a música juntos que muda nossas vidas e sociedade, e como podemos tocá-las em orquestras as sinfonias educacionais.
Não sou do projeto de poder do PT, nem de Bolsonaro, nem das Oligarquias mas da sociedade civil. Essa missão educadora e inspiradora nos engaja nesses desafios educacionais. Minha relação com o saber não é acadêmica ou profissional mas existencial e social, o que o saber me transforma como ser para que eu transforme os lugares onde vivo. O meu amor ao conhecimento é esse, assim como meu amor a Escola e Universidade como espaços onde compartilhamos saberes, por isso a internet vira espaço de aprendizagem. Ser Professor, Doutor ou publicar livros são causas, não produtos, que geraram belas, boas e justas existências que nos constituem como seres capazes de realizar sonhos de algo que nos transcende pelo amor aos saberes.
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