A ciência brasileira fez história e criou um medicamento experimental que devolveu movimentos a pessoas com lesão medular.
Inovação que devolve esperança — Polaminina: quando o impossível começa a virar possível
Cientistas da UFRJ, em parceria com o laboratório Cristália, acabam de apresentar resultados promissores com o Polaminina — um medicamento experimental derivado da proteína placentária laminina — com potencial para restaurar mobilidade a pessoas com lesões graves na medula espinhal (tetraplegia/paraplegia).
O que se descobriu:
• Pacientes com lesão medular completa (nível A), sem função motora ou sensitiva, ganharam recuperação parcial significativa: cinco deles evoluíram para o nível C, com retorno de força e movimentos.
• Em um dos casos mais impactantes, Bruno Drummond (na imagem desse post), que ficou completamente paralisado após acidente, conseguiu retomar quase todo o controle de braços e voltou a caminhar com aplicação rápida do medicamento e fisioterapia intensiva.
• A aplicação ocorre diretamente na medula até seis dias após a lesão, em doses muito pequenas.
• Até agora, não houve registro de efeitos adversos graves relacionados ao medicamento; complicações observadas foram atribuídas à gravidade das lesões.
Limitações e próximos passos:
• Os estudos ainda são iniciais, com poucos pacientes, é uma prova de conceito, não cura universal.
• O Polaminina ainda não possui aprovação formal da Anvisa para uso clínico generalizado.
• Fatores como tempo de aplicação, fisioterapia precoce, e intensidade dos cuidados de reabilitação se mostram cruciais para os melhores resultados.
Por que isso importa:
• Abre caminho para tratamentos mais acessíveis do que terapias complexas (como com células-tronco), com menor imprevisibilidade.
• Representa um avanço científico significativo no Brasil, mostrando como pesquisa local pode gerar soluções transformadoras para problemas globais.
• Traz esperança real para milhares de pessoas que vivem com lesões medulares, para familiares, redes de saúde e para o futuro da reabilitação neurológica.
No meu caso, com quase 27 anos de lesão, não sei o efeito desse tratamento, mas fiquei muito feliz em me imaginar pelo menos recuperando alguns movimentos, e quem sabe conseguir voltar a ficar em pé e dar alguns passos.
Como costumo dizer nas minhas palestras:
Eu parei de andar e aprendi a voar! 🙏🏻😃♿️🚀
Ative para ver a imagem maior.
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