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domingo, 12 de outubro de 2025

Dra. Virginia Apgar.


 




Em 1952, em uma sala de parto de Nova York, um bebê nasceu azul e sem chorar. Os médicos hesitaram em continuar tentando ressuscitá-lo, foi quando uma voz firme quebrou o silêncio: "Vamos escrever o bebê", disse a Dra. Virginia Apgar.


Esse momento marcou o início de uma revolução silenciosa na medicina e na pediatria. Virginia Apgar sonhava em ser cirurgiã, mas na década de 40, poucas mulheres conseguiam entrar na sala de cirurgia. Disseram-lhe que nenhum hospital a contrataria, mas ela se reinventou tornando-se anestesista e começou a trabalhar na maternidade, onde viu algo que a perturbou profundamente. Os recém-nascidos não receberam cuidados prioritários necessários para os médicos não saberem priorizar seus cuidados.

Certa manhã, ele pegou caneta e papel e criou um teste simples, mas poderoso, O APGAR SCORE, que inclui cinco critérios, frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, reflexos e cor da pele. Cinco números que poderiam decidir se um bebê precisava de ajuda urgente.

O impacto desse teste foi tão grande que em menos de uma década todos os hospitais dos Estados Unidos o usavam e, graças a isso, a mortalidade infantil caiu. Os médicos finalmente tinham uma linguagem para cuidar de recém-nascidos, e milhares de bebês que antes eram considerados perdidos começaram a viver.

Virginia não parou por aí, formando-se em saúde pública, juntando-se à March of Dimes e se tornando uma voz global para mães e filhos. Quando perguntada como ela prosperou no mundo dos homens, ela respondeu com um sorriso

"As mulheres são como saquinhos de chá: você não sabe o quão fortes elas são até colocá-las em água quente."

Ele faleceu em 1974, mas seu legado continua vivo. Hoje, a cada dois segundos, em algum lugar do mundo, um bebê respira pela primeira vez e alguém liga silenciosamente para um número em homenagem à mulher que se recusou a desistir.

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