SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 29 de janeiro de 2022

TOMADA DE DECISÃO EM POLÍTICA EDUCACIONAL

 



Existem 4 caminhos para tomar decisões em política educacional.  1. Racionalidade absoluta ou limitada, 2. Modelo incremental com ajustes sucessivos. 3. Fluxos múltiplos com soluções antes dos problemas. 4. Lata do lixo a política vem de casa. Devemos observar sempre cenários, cultura política, momentos históricos e outros que são determinantes nas escolhas desses caminhos. Entre certezas e incertezas, normalmente engolidas pela política real, os interesses são ajustados; enquanto a política é desenhada vivemos múltiplas ambiguidades em todo processo. A dinâmica brasileira do desenho da política pública dificilmente passa pela análise completa e cálculo das consequências, incluindo a comparação das expectativas, visando democratizar a decisão pela melhor solução, infelizmente impera muitas vezes o ajuste mútuo de interesses e os acordos.


No Brasil, diz, o ditado tem políticas e leis que pegam e outras não, independente dos governos. De baixo para cima ou de cima para baixo, se ela passa por instâncias maiores ou não, vamos focar agora nos principais instrumentos de implantação das políticas públicas. Existem vários caminhos, um deles é a  regulamentação que estabelece regras com a lei. Do lado oposto temos a desregulação como liberar a importação de um produto. Nos EUA regulavam o consumo de álcool, no Brasil regulavam que empresas nacionais podiam assumir marcas internacionais para proteger o mercado nacional como o caso da Speedo, entre outros.


Outro caminho é colocar impostos e taxas como nos pedágios, ou incentivos fiscais para incentivar empresas a produzirem em determinado lugar ou produto, se busca incentivar a prestação direta ou terceirização do serviço público, ou a prestação pública de serviços de mercado como o correio, ou a prestação privada de serviços de mercado como os casos da privatização como foi a telefonia e outros. Existem também informações ao público nas campanhas como cigarro que o governo tem que informar suas consequências em termos de doenças, e outras como ecologia, mobilização da sociedade para vacinas. 


Outros exemplos são seguros governamentais como seguro defeso e seguro safra, transferência de renda como bolsa família e auxilio medicamento, a discriminação seletiva positiva como as cotas, prêmios e concursos baseado em metas e méritos, certificados e selos como essa empresa produz energia limpa. 


Temos dois caminhos para implementar as políticas públicas : de cima para baixo ou de baixo para cima. Quando é de cima para baixo o governo lava as mãos quando não dá certo e culpa outros atores. De baixo para cima precisa de convencimento e comprometimento o que leva tempo. Sobre a avaliação se dá em três  etapas: uma é antes, outra é o monitoramento sobre os atores e as metas , e ex post para saber se funcionou. Avaliamos a economicidade que aborda quanto gastamos, produtividade quanto ela produz de resultados, eficiência econômica sobre a relação entre o quanto gastei e quanto produziu, eficiência administrativa foca nos processos e etapas de implantação, como critérios de gestão pública, a eficácia se ela conseguiu atingir as metas, e a equidade como ela afetou diversos grupos e seus impactos positivos e negativos. Esses são critérios objetivos. 


Os aspectos centrais da avaliação de uma política pública tem três grandes eixos: jurídicos sobre a legalidade da mesma , gerencial sobre a execução dela, e política sobre quem ela conseguiu agradar seus públicos. Esses três aspectos dão uma norte sobre a avaliação e geram indicadores que são medidas que a gente cria para saber se uma política pública está funcionando ou não, atuando como marcadores que passam por uma série de critérios. Os indicadores de sucesso e insucesso tem inputs, outputs e resultados . Por exemplo, quantos buracos mandei tapar, quantos buracos foram tapados e os resultados em melhorar ou não, o trânsito e velocidade na estrada.  


Outra questão fundamental é se podemos confiar na qualidade dos indicadores que dependem da qualidade de dados. É preciso conseguir mensurar o resultado de forma eficaz. A qualidade dos indicadores depende da validade, confiabilidade, simplicidade, acessibilidade e estabilidade. Muitas vezes  se usam valores aproximados mas que não são precisos.  A confiabilidade de um indicador tem que se ter certeza como ele foi feito, isso melhora muito a avaliação de políticas públicas. A simplicidade do indicador facilita fazer melhores análises. A acessibilidade garante a construção de indicadores constantes quando esses dados são acessíveis. A estabilidade exige que seus indicadores sejam constantemente realimentados.  Isso gera séries históricas mas quando mudam os indicadores isso deixa um vácuo. Acontece quando os governos mudam os critérios que impedem a comparabilidade e a geração de indicadores longitudinais.


Os resultados da avaliação podem gerar continuidade da política pública, alterações das mesmas ou o fim da política pública.  No Brasil se mantém políticas sem resultados e impactos como incentivos fiscais . O fim da política pública estatal é um problema que deve envolver cada vez mais a sociedade civil. 


O Economista Amartya Sen atuando na ONU inaugurou novos processos de democratizar o processo de desenho, implantação, e tomada de decisão com a participação de indivíduos e vários setores da sociedade em busca de uma disputa ou complementaridade com o Estado, na construção de soluções, e avaliação das mesmas com as metas do milênio. Em seu primeiro livro, Bem estar social e escolha coletiva, sente a fragilidade da democracia e as eleições em gerar o bem-estar social. Dessa forma, é necessário aprofundar esse caminho para processos de participação de todos em todo o processo da construção de soluções, implantação e avaliação de vários setores e organizações nas metas do milênio na busca das melhorias e sinergias com as políticas públicas estatais.    

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Avaliação externa na Educação.

 



ENEM, SPAECE, PROVA BRASIL e ENADE! Algumas Universidades adotam o ENEM que se transforma, anos depois no grande acesso ao ensino superior no Brasil, mas começou como avaliação de Redes. Em 2005 com o advento do PROUNE, o ENEM se torna um exame de avaliação nacional, alem de instrumento de acesso ao PROUNE e FIES. A PROVA BRASIL a nível nacional e o SPAECE a nível estadual se tornam sistemas de avaliação realizados por redes estaduais mas que remetem a PROVA BRSSIL. O ENADE se torna um sistema de avaliação do ensino superior incluindo avaliação da estrutura fisica, corpo docente e uma prova para os alunos. A partir de 2011 passa a ser uma prova no final do curso. O ENADE se torna assim, um caminho de avaliar a qualidade do ensino superior a cada três anos, inclusive para fechar as instituições que não alcançasse o padrão mas nunca cumpriu essa função.


Esses quatros sistemas de avaliação adotam a teoria de resposta ao item, avaliando o nível das questões que você acertou, muito mais do que quantas questões acertou. Questões diferentes para pessoas diferentes vai me dar o nível dos estudantes quando comparados em séries históricas, gerando uma métrica de comparabilidade. Todas elas remetem ao PISA realizado pela OCDE, visando comparar a educação entre países, focado na resolução de problemas como matemática e interpretação de textos. Esses dois eixos influência a reforma do ensino médio brasileiro que prioriza o português e a matemática, da mesma forma o SPAECE. O PISA influencia o governo federal, estaduais e municipais. 


Ma a avaliação externa é boa ou ruim ? Primeiro ponto serve para prestação de contas. Antes centrada no gestor, pais e políticos eram eles, a propria métrica de qualidade da escola. Enquanto a avaliação externa cria um comprometimento da comunidade escolar para saber se as coisas estão funcionando através de critérios objetivos, podendo otimizar os recursos. Essa avaliação pode super pressionar os Diretores e Professores por resultados, onde nem sempre eles possuem os recursos para lidar com os problemas que atinge alunos, pais e escola. Porém esses profissionais passam a receber bônus, dinheiro e recompensas pelos resultados apresentados pelas escolas nesses exames de avaliação externa mas ao mesmo tempo isso impacta a saúde docente e a qualidade de vida desses profissionais. Outro efeito perverso desse processo é que passam a dividir as salas de aula pelos melhores, e o acesso ao tempo integral passa a também ser dos melhores. Dessa forma as escolas estão mais preocupados com os resultados do que a escola em si e totalidade de seus alunos.


Avaliação e transparência permite o controle social da escola medindo se ela é boa ou ruim. Sem a transparência dos dados, resultados e indicadores, a sociedade não pode cobrar, o que uma cultura de dados públicos viabiliza e o acesso a eles permite uma gestão mais competente. Melhorias objetivas dependem desses dados.  


Por exemplo nossos dados socio econômicos do ENEM é um exemplo de dados públicos fundamentais, mas nem todos os Governos fornecem ou disponibilizam esses dados . A escolha das escolas por pais dependem desses dados, assim como as melhorias da educação refletindo sobre os diversos dados: socio econômicos, notas, formação do professores e outros. Isso gera séries temporais. 


Porém se partimos da premissa do que estamos avaliando pode ser entendido como qualidade. No limite não discutimos o que é avaliar ! O que é bom e ruim na educação ? é a nota, as capacidades desenvolvidas , os valores humanos ou outra ? Qual o propósito da avaliação?  Infelizmente ligamos o piloto automático da avaliação mesmo que o avião vá se chocar com montanhas ou seguindo rotas sem destino! 


Já avaliação interna tem limites ela é influenciada pelas relações pessoais, o que alguns consideram importante, normalmente não usa estatística e outras. Porém a avaliação externa padronizada é necessária e complementar a avaliação interna. No mundo real existe pouco dialogo entre elas. E a avaliação interna passa a ser um simulacro de avaliar. A neutralidade das avaliações externas é falsa, porque nega as especificidades, contextos e diferenças entre escolas sempre muito diversas em suas condições. Negamos também os aspectos educacionais focando apenas em dados objetivos.


As avaliações externas coloca os alunos no centro do debate. Agora os bônus das escolas e os salários dos professores dependem deles. Os alunos competem entre si, uns recebem computadores, outros ganham viagens internacionais, agora em que condições essa responsabilidade se dá? Esse aluno pode ser punido ? as vezes esta desempregado ou seu bairro é violento! Ele consegue acompanhar uma escola em tempo integral ? isso vem gerando uma escola dos melhores e outra dos piores! Agora eles também são cobrados pelos resultados da competitividade da economia . No Brasil em que processos e politicas publicas são interrompidas. Isso é perigoso .


Por fim no currículo o peso maior é dado ao português e matemática. Em anos passados cada Universidade tinha sua prova e na maioria das questões o foco era decorar. O ensino médio era apenas um cursinho preparatório para o Vestibular. Vem o ENEM com provas interpretativas e o ensino medio ganha um nova perfil e missão, com uma prova para o Brasil todo, currículo mais padronizado, que permite um olhar mais para o Brasil. Assim o tipo de vestibular têm consequências na sala de aula. O currículo agora se reduz, com produção de textos, soluções de problemas, focando em habilidades que é possível ser padronizadas, gerando um empobrecimento do currículo, os conhecimentos municipais e estaduais somem, são negligenciadas e apagados. Isso afeta a autonomia docente que dificulta explorar novos caminhos e isso desestimula professores a buscar conteúdos e abordagens diferentes.


Por fim o gerencialismo invade as escolas com dados, avaliações, e todas as conseqüências que isso provoca. O resultado da escola agora depende disso. A gestão escolar depende dos dados e a capacidade de gerencia-los em busca de qualidade, reduzir custos, premiar alunos, dar bônus aos professores. Ao invés de controlar o que se produz como educação se foca no produto das notas ! O processo pedagógico é negligenciado, como observamos no processo da OAB que agora depende do advogado passar e não a formação das Faculdades de Direito. Agora o foco é treinamento para prova da OAB e assim como educação se perde a própria razão de ser da educação.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

APENAS O COMEÇO DA TRANSFORMAÇÃO DA GESTÃO DAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES.



Fundamentos, gestão, e educação; integrar essas palavras necessita de maestria sobre os processos educacionais. As particularidades dos fundamentos e da gestão do setor educacional exige integrar a comunidade escolar numa estratégia adequada, onde todos devem ensinar e aprender, cada um em sua função e em seu contexto, que pode ser único, escola de rede, privado ou público, creche, ensino fundamental, médio, superior e outros.  



Pensamos e vivemos essa jornada quando a disciplina nos convidou  a interagir com conceitos e práticas educacionais porém pensando de forma complexa, sistêmica e dinâmica. Complexa porque a educação não anda separada da economia, tecnologia, política, cultura e sociedade em que está alicerçada. Não se trata de compreender os fragmentos ou partes da gestão mas de como eles impactam uns aos outros das finanças, à legislação, métodos educacionais, capacitação e nível dos professores, relacionamentos com a família e a comunidade. Sistêmica porque a escola é um ecossistema educacional e a gestão é em rede impactando diversos atores de formas diferentes. Dinâmica porque há tempos a educação muda com a tecnologia, a legislação, as diversas formas de aprender, e como já citamos a economia e outros. Portanto compreender os fundamentos da gestão educacional exige viver essa jornada de forma dinâmica.



O Professor busca traduzir essa jornada em práticas pedagógicas desde a leitura de textos, diálogo com a turma, pesquisa, apresentação de casos, e outros com uso da tecnologia no ensino dela. Porém a diversidade dos alunos da turma num contexto de uma Universidade Federal exige que a disciplina tenha um olhar local, nacional e internacional, afinal cada vez mais a educação é global quer seja devido a hegemonia da internet, tecnologia e outros.Entre empresas, órgãos públicos, terceiro setor, militares e igrejas exige conhecer a história e de como esses poderes se consolidam pela educação e suas estratégias de gestão e financiamento; incluindo a presença cada vez maior do mercado financeiro. Observamos a compra de redes escolas por fundos, escolas dialogando política, a economia determinando a educação visando resgatar sua competitividade. Esses são os próximos desafios da disciplina e outros.




A melhor avaliação que podemos fazer da disciplina é ela ter mudado nossa forma de encarar os desafios da educação, todos reconhecem a formação do professor, a política educacional brasileira, mas muitos ainda precisam compreender como a gestão impacta a escola. Autonomia e aprendizagem dos alunos não acontecem por acaso defendo que elas dependem de uma gestão de excelência educacional a nível da escola e da política educacional de uma nação. Essas são as lições dessa disciplina para o Ceará e o Brasil.  A principal delas é que precisamos continuar inovando nos modelos de gestão e processos educacionais das escolas com estratégias cada vez mais compartilhadas em rede porque o desafio é global. Malala se torna Professora da PUCRS, Universidade de Chicago lança MBA global em Big Data, escolas internacionais com franquias se expandem para o Ceará como a Canadense, e outras estratégias e modelos impactam o setor e a gestão das escolas. Apenas o começo …um novo tempo!





segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

POLITICA EDUCACIONAL BRASILEIRA ! AS CONSEQUÊNCIAS DAS ORIGENS SEM CAUSAS. PARTE 1.

 



A nossa constituição tem uma política educacional que foi escrita há 32 anos atras mas vivemos um momento de pobreza e analfabetismo extremo. Vivemos num regime federativo que combina autonomia e independência dos Estados mas diferente do EUA que eles tem autonomia total. No Brasil o  Governo federal centraliza grande parte dos investimentos. Vivemos numa matriz cooperativa de repartição concorrendo componentes privativos, concorrentes e suplementares entre os entes federados. Isso quer dizer que os Estados possuem alguns componentes privativos, outros concorrentes e suplementares para cumprir a politica educacional definida pela Constituição e enfrentar a pobreza, analfabetismo e outros desafios brasileiros.  


O município se torna uma ente federativo na constituição de 1988 junto com o Governo Federal, Estadual e Distrito Federal. Ao dar poder aos municípios que conhecem melhor e estão mais perto de sua realidade, eles ganham autonomia. Autonomia  de organização, legislativa, de governo e administrativa . Já o STF visa ser a voz e defender a Constituição Federal. Os Estados também tem suas Constituições  e o municípios as leis orgânicas. Eles atuam de forma colaborativa na politica educacional com o Municipio fica o ensino fundamental 1  e 2, o Estado com o ensino médio e a União fica com o ensino superior dividindo as obrigações.


Entre a LDB  e a Constituição de 88 temos um segundo regime de Bem estar social depois de um regime autoritário ou o que Florestan Fernandes fala de uma constituição inacabada. Veio a queda do muro de Berlim em 1989, a agenda internacional imperou com o neoliberalismo, Consenso de Washington e com eles a agenda de reformas incluindo privatizações e outras. Isso mudou a forma de enxergar a educação no Brasil. Veio Collor, Itamar Franco, Plano Real, FHC, Privatização, pega dinheiro do FMI,  vem o Paulo Renato com a nova Lei de Diretrizes de base em 1996.  Impõe um  novo gerencialismo com novas formas de gerir o estado público.


A  centralização da avaliação passa a ser o eixo da reforma do ensino com a descentralização no processo de gestão e financiamento. Veio o home school, escolas militares, terceirização da educação, FUNDEB, e outras. Paulo Renato na época é o Ministro da educação e uma figura central nesse processo. Ele vai recriar a LDB. Ele vai criar mecanismos de gestão e a União vai elaborar  o Plano Nacional de educação, amarrando  o sistema de avaliação como sistema central de gestão. O sistema de avaliação tornar se o eixo definidor de politicas educacionais e prioridades visando a melhoria da qualidade de ensino.  Governo Lula e Dilma dão continuidade vem o Provão, depois o ENEM, FIES e o PNE passa a pensar a educação como politica de Estado definindo as metas de educação para os próximos 10 anos, a luz de um consenso independente de quem seja o Governo. Assim se busca a base curricular comum que só foi realizado 10 anos com o Novo ensino medio no Governo Temer. A politica educacional brasileira continua sem resolver problemas básicos como o acesso de todos a uma educação de qualidade com todas as consequências das origens sem causas que diferente de outros países separam a politica educacional da social e outras que impactam em seus resultados de forma sistêmica pouco medidos e avaliados.    


Continua .....

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

AS VERDADEIRAS FACADAS NO POVO BRASILEIRO! OS SEM LIMITES DA CORRUPÇÃO, IGNORÂNCIA E BRUTALIDADES! A GUERRA ENTRE A SOCIEDADE POLITICA MAFIOSA E A SOCIEDADE CIVIL BRASILEIRA!



No Brasil não há diferença entre esquerda e direita, suas praticas de poder corruptas, mentirosas, burras e brutais. Todos os dias o povo brasileiro recebe várias facadas dos políticos que se elegem e não cumprem suas obrigações mínimas. O pior é que eles acham que apagam a história do que fizeram e iniciam um novo espetáculo com a maior cara de pau. Diante de tantas tragédias na pandemia, desastres ambientais, criminalidade sem controle, fome, desemprego, miséria e outras vamos nos tornando um pais triste e sem esperança porque criminosos políticos tentam se manter no poder a qualquer preço, as custas de uma nação rica e de um povo trabalhador, impedindo as mudanças. Porem a revolta será o único caminho de expressão deve povo massacrado ! Mais de 600 mil mortes na Pandemia da corrupção representam milhares de facadas impunes. 



Lembro das várias corrupções e alianças do PT, como vemos hoje as mesmas gangues se organizando com o Centrão e partidos ligados aos evangélicos como faz também o Bolsonaro ! Qual diferença ? Um péssimo exemplo de politico é o Senador Eduardo Girão, um dos maiores defensores do Governo Bolsonaro na CPI da Pandemia , é pública as centenas de horas gravadas nas sessões no Senado e entrevistas calando para mortes da pandemia , corrupção do Governo Bolsonaro e outras. Agora tenta apagar a historia apoiando Sergio Moro! Eduardo Girão foi eleito pelo povo cearense e pouca ou nenhuma contribuição deu em seu mandato ao povo mais pobre do Ceara, talvez seja o pior mandato que já houve de um senador cearense na história, olhando para o umbigo e pautas pessoais como o retorno de cassinos e outros. Encontrei com um de seus assessores em Aracati indo ao Porto Canoa de sua propriedade que visa ser um Cassino se aprovado a nova lei com apoio dos evangélicos.


  

As facadas no Brasil contra o povo brasileiro são dadas por políticos ricos, frutos da corrupção, ignorantes e brutos que não respeitam números, ciência, história e falam de seus delírios e vaidades operando dinheiro público para seus interesses e delírios. Meus questionamentos é que no País das maiores desigualdades e injustiças do mundo, cada facada dada no povo gera várias tragédias por décadas impactando milhares de  vidas pela corrupção e omissão das prioridades públicas. Porem é bem pior quando perguntamos quais os limites da corrupção, ignorância e brutalidades da sociedade politica mafiosa ? Na verdade nenhum ! Lula e o PT, assim como Bolsonaro e Coronel Ciro Gomes aparelham instituições e dinheiro público para os interesses de partidos, famílias, oligarquias, elites e aliados. Isso significa que criamos e naturalizamos um grande mercado da corrupção onde políticos, Empresas e Bancos públicas, Universidades, ONGs, artistas e outros operam ao invés de cumprir suas missões institucionais com boas políticas públicas. 



As cicatrizes das facadas são expressas por diversas violências sem cura porque somos incapazes de agir sobre os que nos ferem em um Brasil sem justiça. Onde Máfias politicas imperam e tornam lei o assalto ao cofre público e a manutenção do seu poder com absurdos fundos eleitorais. Leva um tempo para as pessoas curarem suas feridas das facadas, leva um tempo para entender que muitos brasileiros julgam seu direito dar facadas as custas das vidas e escravidão dos outros sem direitos, leva um tempo para entender que no Brasil roubar é um crime impune, mesmo julgado, e que muitos com estruturas e muito bem pagos para mudar essa situação não fazem nada como o STF, Congresso e Governo Federal.




Gostaria de concluir que  não vou deixar de lutar contra isso. O que o Brasil faz é nos tornar insensíveis, omissos ou nos enquadrar em uma das gangues da sociedade politica mafiosa que luta pelo poder. Quem constrói o espaço público é a sociedade civil, somos nós e entre nacionalistas, socialistas, capitalistas temos uma tarefa de deixar de ser uma cleptocracia sem ideologia. A democratização do espaço público depende do pluralismo na produção de informação, o fortalecimento de uma cultura de liberdade de imprensa e expressão, ampliação do acesso a informação e participação com diversidade social, cultural e politica. Lutamos por menos espetacularização do cotidiano e mais por expansão das expectativas do povo brasileiro. No Brasil precisamos de uma síntese entre o que tem de melhor a direita e à esquerda para construir uma terceira via com a missão de fortalecer a sociedade civil e não a sociedade politica mafiosa. 



sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem!







































Porque se chamava moço

Também se chamava estrada

Viagem de ventania

Nem se lembra se olhou pra trás

Ao primeiro passo, aço, aço

Aço, aço, aço, aço, aço, aço


Porque se chamavam homens

Também se chamavam sonhos

E sonhos não envelhecem

Em meio a tantos gases lacrimogênios

Ficam calmos, calmos

Calmos, calmos, calmos


E lá se vai

Mais um dia


E basta contar compasso

E basta contar consigo

Que a chama não tem pavio

De tudo se faz canção

E o coração na curva

De um rio, rio, rio, rio, rio


E lá se vai

Mais um dia


E lá se vai

Mais um dia


E o rio de asfalto e gente

Entorna pelas ladeiras

Entope o meio-fio

Esquina mais de um milhão

Quero ver então a gente, gente

Gente, gente, gente, gente, gente


E lá se vai

Vai

Vai

Vai