SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 24 de junho de 2012

8 ½ , Nine – A arte de ensinar cinema em tempos pós modernos.



Qual a nota que podemos dar a uma aula num curso de cinema ? 8 ½ , 9 ? talvez os filmes , os frutos da arte , sejam a melhor forma de contar esta história. Porem não vivemos mais os tempos modernos, os tempos e os filmes mudam, e com a pós-modernidade, também a arte de ensinar arte, ou melhor, fazer cinema. Num momento em que o cinema tem sido utilizado para ensinar outras ciências, para fazer “ jornalismo”, política, transformar comportamentos, o processo torna-se cada vez mais complexo e dinâmico ao lidar com as várias dimensões da arte. Principalmente na era “mainstream” que o cinema se transforma em meta linguagem potencializando as vidas das pessoas e a geopolítica global das culturas e das mídias; conquistando identidades, sonhos e imaginários.

Bem esta complexidade , outra característica da pós-modernidade, que cada vez mais avança sobre os modelos pedagógicos e multiplica as formas de ensinar, nos exige escolher algumas dimensões onde a arte de ensinar cinema pode ser aprimorada. Bem estas dimensões ,que reportam a universos e temas distintos que influenciam na concepção e produção de um filme, são como ingredientes que visam dar sabor ao saber e a experiência de vivê-los, senti-los como conceitos que vivos transbordam a sala de aula. Porem eles devem ser orgânicos para dar forma a um plano politico-pedagógico que se comunique com as diversas realidades que impactam sobre as formas de ensinar e fazer cinema. São eles: O contexto da época, o cineasta e o local onde a arte emerge, as dimensões do aprendizado, o papel da Universidade – um meio no meio de tantos meios, as técnicas e as etapas de realização de um filme, os lugares ( projetos, seminários, oficinas, ateliês .. )“ panelas” e disciplinas onde estes ingredientes se misturam , as atitudes do artista e exemplo de escolas de cinema pelo mundo.

Estes são os fios, ou melhor, as imagens que vamos misturar na sala de aula como numa panela. Tendo no professor o gourmet ou maestro desta musica , que se forma a cada nota que vai se acrescentando, dando simetria ao encanto de apreender. O filme não só nos ensina conceitos, mas também sentimentos, vidas, sonhos, que engradecem a razão. Assim como as Universidades que ensinam cinema devem transformar a aula numa obra de arte para que possamos avaliar os alunos não pelo que eles decoraram ou repetem, mas pelos seus sensos críticos e suas criações.

O cinema tem muitas lições a dar a Educação como é desenvolvida em nossas sociedades na medida em que apreendemos que trabalho em equipe, oficinas, projetos, ateliês e boas histórias pode de fato educar os seres; ao permitirem exerceram com as todas as dimensões, as potencialidades de seu ser e de suas artes no mundo e na vida.

PROJETOS PARA JOVEM FORTALEZA



Em Bogotá, em lugares pobres dominados pelo crime, foram instaladas bibliotecas aonde todos podem pegar de forma gratuita um livro emprestado. O fato é que a violência nestes lugares diminui-o, infelizmente muitos acham que cultura não é antidoto para pobreza.
O mesmo erro materialista que os marxistas cometeram ao buscar desprestigiar a espiritualidade do ser humano. Sim nós somos ao mesmo tempo seres econômicos, educacionais, sociais, culturais, espirituais, de todas as cores. Privilégio infelizmente da classe média que tem acesso a tudo isto ao mesmo tempo, enquanto o pobre às vezes tem trabalho, mas falta educação, saúde e cultura. Se quisermos eliminar uma destas dimensões é o mesmo que castrar uma parte deste ser, o que provocara nele e na sociedade várias consequências, mais este não é o objetivo deste artigo, quem tiver interesse é só ler http://terradasabedoria.blogspot.com.br/2011/04/parresias-espirituais.html

O que nos interessa aqui é que uma cidade deve ser moldada pelos seres que vivem nela , assim como foi na história,várias cidades que deixaram legados para humanidade e também a cidade que é nossa casa, ela deve ter identidades com seus habitantes e ser constituída por dimensões que compartilham a vida destes seres. Muitos acreditam que o jovem de hoje só se interessa por celulares, festas e bebidas. Esquecem que isto não é a causa, mas consequência da sociedade e cidade ou lar que entregaram a estas gerações. Uma grande ironia desta juventude é que ela não acredita mais na família, na policia, no professor, nem no padre, mas acredita e segue o Batman, o Harry Porter, os ídolos no esporte e na musica. Por quê? Bem todo jovem assim como nossa jovem Fortaleza esta cansada desta razão medíocre que impera na politica, como ultima novidade dos profetas do passado que continuam pregando, ou melhor, fingindo um credo que nem eles mais acreditam.

As pistas de skate, o cinturão digital, escolas técnicas de qualidade, e agora o metro não são suficientes nem os melhores caminhos para reduzir a violência e as desigualdades; poucos políticos querem entender o que significa para cidade politicas publicas. Simplesmente porque “alguns líderes” vão chegar pregando a ideologia que mais interessa ao rotulo da sua empresa chamada partido, do que, o que tem impacto sobre a vida das pessoas. Outros vão falar mais do mesmo como se isso alterasse as raízes das desigualdades.Porque mesmo Educação, Renda, mobilidade e saúde são processos que não se resolvem de forma isolada, a sinergia entre eles é vital, e lógico somados a trabalho, cultura, espiritualidade, lembra? As dimensões do ser e da cidade? É que tem impacto sobre a vida das pessoas, por isso estas ações tem que ser integradas, em rede, orgânicas, palavras que estão mais no vocabulário dos nossos jovens do que da maioria dos políticos.

Talvez porque o lar que eles querem dar para os outros não seja o que os nossos jovens e seus pais querem viver. Eles ficam tanto presos e delirando em seus projetos de poder que se esquece de pensar para o que foram eleitos. Mas para que mesmo foram eleitos? No poder executivo? Para falar, reclamar, prometer? Não foi para fazer.

Esta é uma compreensão muito cara a esta geração que viu seus pais serem iludidos e roubados por falsas esperanças. A esperança da população é que os debates, as intrigas, as vaidades, os jogos de poder, fossem resolvidos antes de apresentar e construir com os donos da casa , o povo , um plano de governo. Que os projetos fossem debatidos a luz da vida das pessoas. E que as ideias e inovações fossem um insumo básico para reduzir os custos e ampliar o impacto das politicas públicas. Porque assim tem sido nas empresas, em Prefeituras e Governos espalhados pelo mundo, ONGS, e outros setores.

Em uma cidade jovem como Fortaleza com maioria da população e eleitores jovens. Não existe desculpa para que a energia desta geração seja desperdiçada em drogas, violência, celular e festas. Esta energia criativa, solidária, e alegre tem força para mudar esta cidade na medida em que transformam seus seres e seus lares. Esta energia dá vida a projetos e espaços públicos que iluminam novos caminhos para uma Fortaleza jovem com empreendedorismo, diversas culturas, formação politica, tecnologia da informação, novas formas de educar e viver em sociedade. Tenho convicção que estes jovens serão acompanhados por suas mães e pela melhor idade, seus avôs, nestas lutas. E os frutos já vêm e virão mais rápido com o apoio do poder publico como os projetos de bibliotecas em Bogotá, o protagonismo juvenil nas Escolas Técnicas no Ceara, os pré-vestibulares do PRECE , a formação profissional diferenciada do IEP, e centenas de outros projetos que temos acompanhado em várias cidades e países. Novas formas de ser jovem e de governar reconstruindo nossos lares e nossas cidades

domingo, 17 de junho de 2012

A luz destruidora das desilusões é a mesma luz que cria. Os DESAFIOS vão começar! página 5


Uma jovem estava decepcionada com a passeata e com o mundo que não se acabou. Ela esta triste com tudo e com todos, porque ninguém é mais sincero neste mundo, cada sorriso uma performance para uma foto no facebook , todos tem que agradar para se vender, enquanto olha sua cidade , as lágrimas caem dos olhos, mas a luz destruidora das desilusões é a mesma luz que cria um novo mundo.

Ela era uma leitura do Blog transmidia , real e virtual , queria conhecer os personagens para saber se são de verdade, ela quer se unir à UNESERES e mudar seu comportamento econômico na sociedade com a Novos Mercados. Ela cansou de protestar e votar, agora vai agir e assumir o poder de transformar o mundo em que vive. Cansou de ser espectadora, assistir aulas, ler livros, rezar, votar, consumir. Ela quer sentir sua carne, suas emoções, o sabor do seu saber, o prazer de sua arte, os ganhos de seu trabalho, o encanto de sua cidade, não há Fortaleza bela sem uma Fortaleza Feliz.

Ela olha no espelho imagens de seu passado , de sua cidade , do mundo em que vive como um álbum de fotografia , esta sozinha , no seu ap , vestindo e cheirando , as roupas e o perfume que criou. De repente ele chega e une dois sonhos , da um beijo, as imagens no espelho mostram as últimas fotos, enquanto esta deitada sentido os carinhos de prazer , seu corpo e sua mente estão a mil , um lual lhe espera com seus amigos . Ela vai ter que estar lá, e falar para os amigos sobre o projeto, os DESAFIOS , a vida passa rápido mas o amor pode acontecer.

Chegou a hora de conhecer mais a si e o mundo em que vive. Criando, realizando, vivendo, sentindo, assim irá abalar e aniquilar este nó essencial de sua limitada existência. Entrar em sintonia com sua vida e de sua sociedade, com suas dores e seus sonhos. Lembrar que Deus, mas também a sua atitude pode salva-la, mas é preciso viver as verdades , que lhe faz , se mover.

Enquanto isso a equipe de cinema da ECODIGITAL começa a preparar o seriado RAPSODIA para internet do cineasta Mitchu sobre as várias tribos, conflitos e desafios de sua geração. Um filme também ia contar esta história, 68 HIGH TECH, vários personagens que saem das ruas, das ONGS , dos movimentos , passam pelos celulares, internet , TV e vão chegar as telas e multiplicar nas ruas ; começando tudo de novo, ate que possam ser personagens de sua própria história , com novas formas de viver em sociedade. Um Mainstream político e cultural.
Ela lidera outros leitores do Blog e resolvem participar do filme , organizando um evento , no cinema, não podia ser um lugar melhor. Porque ela não queria apenas ler , eles querem mudar a história.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

NINGUÉM PODE ME VER TENTAR , NINGUÉM PODE ME VER CHORAR ! página 4.


“Eu não sou pastor nem político sou artista! Não estou a serviço da miséria nem do consumo, não sou capital nem trabalho, sou um jovem . Este furação, esta tempestade, esta avalanche, os noticiários avisam. Eu não estou com medo!”

Os jovens estão em pânico, enquanto na TV muitos comediantes e programas policiais deliram diante do horror da vida de gente simples e das besteiras que comovem seus egos. Elas se lembram das cenas dos filmes de catástrofes, o cinema e a TV agora virou um espelho da sociedade, uma imitação da vida, uma tela global sempre alerta de urgências também conectada pela internet nas nuvens. As pessoas que assistiam as passeatas , as aulas de Bill , as piadas e os crimes na TV, montaram o quebra-cabeças , ligaram as cenas separadas em suas vidas , vendo o desespero começaram a se mobilizar , lutar , enviar socorro, médicos, e as pessoas que estavam próximas vieram ajudar. Como uma profecia era um alerta e os tremores em nossas vidas e mentes passam rápido.

Nestas horas de desespero, violências, vazios... Quase todos se tornam pastores e padres aptos a profetizar, julgar, explicar as causas extraterrestres, apocalípticas, cientifica... Se esquecerem de que somos todos seres humanos e vivemos na mesma sociedade , que o econômico massacrou sem piedade o planeta, as pessoas, a política, a ciência enquanto nós consumimos e nos divertirmos, a espera de milagres, imitando as performances nos corpos , nos desejos, nos sonhos, que surgem nos filmes ou especialistas de plantão.

Tarcísio com a câmera na mão subiu e gritando disse “ para que culpar o mal, os pecados, isso é muito triste, esta triste moral não vai salvar ninguém “ Onde estão as nossas virtudes ? Onde estão as nossas excelências? Eu quero filmar alguém quer assistir? Alguém vai sorrir das minhas histórias? Virtude é poder, é força, me ajudem a sonhar, me deem motivos, utopias para eu saciar a fome de vocês que nem celulares, hambúrgueres, cerveja, drogas, festas vão preencher. Eu não sou pastor nem político sou artista! Não estou a serviço da miséria nem do consumo, não sou capital nem trabalho, sou um jovem “

Pequenas explosões jogam fogo sobre jatos de agua, consciências dançam um rave como um xamanismo, cada um evocando seus Deuses, heróis, mitos a nos libertar do quanto pouco realmente vivemos nossas vidas, do que nos comovemos com ouros de tolos, do que nos sentimos felizes em sermos virtuais, e onde estão nossas virtudes para dançar conosco a vida?

Será tão difícil pensar nossas misérias espirituais para com coragem construir nossas excelências, nossas virtudes, entre a cólera da violência e apatia da solidão , entre a covardia e o temor de que nada mude, pode dar um passo, e caminhar juntos ?

Os jovens se juntaram e começaram a caminhar juntos eles tinham ouvido falar na primavera árabe, no occupy, mas queriam algo mais, mas para onde iriam em um mundo em destruição ambiental, onde só haviam trabalhos mal pagos e alienados, a politica dominada por corrupção, uma educação sem sabor e repetitiva, uma espiritualidade que cobra o dizimo...

PARA ONDE VAMOS ? PARA ONDE VAMOS? PARA ONDE VAMOS? Todos começavam a gritar dançar juntos , ou melhor, a cantar em coro. NINGUEM PODE ME VER TENTAR , NINGUEM PODE ME VER CHORAR ! NÃO HÁ NADA A PERDER ! NÃO HÁ NADA A PROVAR.

Cansados de imitar a vida, de repetir palavras, de viver razões sem emoções, seus mosaicos digitais conectados as seus DNAS e histórias de vida se conectam em blogs transmídias de projetos que os convidam a escrever, conviver e compartilhar seu dom, suas virtudes, seus sonhos e com coragem e alegria construir outras sociedades , outras formas de ser e viver em sociedades mais felizes.

Este furação, esta tempestade, esta avalanche, os noticiários avisam ...

Eu não estou com medo!

domingo, 3 de junho de 2012

Bill Calhoun – a União de Seres Sustentáveis, uma luz no mosaico digital. página 2 e 3.



Sim eles são pessoas extraordinárias, em outras épocas seriam chamados de revolucionários. Você também pode fazer parte desta resistência e ser personagem de sua própria história e de uma nova história. Eles têm um plano para evitar o fim do mundo, uma parte secreta e outra a ser difundido pelas redes sociais. Aqui você encontrará os desafios, enigmas, mistérios e incertezas contidos neste mosaico que revela as várias jornadas que estão sendo traçadas em vários lugares por várias pessoas com os mesmos objetivos, formando uma coalizão com muito poder social e espiritual, pois seus conhecimentos, cultura e atitudes políticas estão desenhando uma economia ética, poética e criativa baseada em energia social alimentada por novas formas de ser e viver em sociedade. Na jornada de vida destas pessoas tem Levantes como o que o foi feito em 1944 pelo povo polonês contra os invasores alemães, pois muitos deles participaram ativamente da primavera árabe, do occupy , dos protestos na Espanha e Chile , e da luta contra corrupção e garantia de direitos no Brasil. Porem como os italianos e franceses que tinham seus países ocupados por inimigos durante a guerra mundial, elas sabem se manter em silêncio e lutando através de suas redes secretas desenvolvendo novas estratégias e projetos que façam a consciência e a espiritualidade transformarem as condições econômicos e sociais do povo enquanto se preparam para o juízo final. Cada um deles constrói de baixo para cima de forma interativa um plano coletivo formado por planos individuais e de projetos que se acoplam entre si formando um holograma, um mosaico que serve como um portal de acesso a esta nova sociedade.

Bill acabava de ler esta mensagem que recebeu no seu email no tablet. Ele estava em sala de aula aguardando seus alunos. Ele retira de seu bolso seu mosaico digital , o seu DNA surge na tela , ele esta acoplado a um sensor que se liga aos seus sentimentos. Em uma das telas começa a surgir imagens de sua história: um garoto pobre negro, precisando sobreviver no meio da guerra das drogas em seu bairro e da desigualdade racial em seu páis, muitos amigos já tinham morrido. Surge a imagem de uma igreja, ele se torna frei no momento em que os Black powers lutavam nas ruas; ele é designado para acompanhar as resistências na America Latina. Forma-se em Direito em Chicago. Vem estudar no Brasil, Antropologia com Damatta, onde reencontra a partir de uma doença, sua identidade africana, deixa a Igreja católica, e torna-se um líder espiritual do Candomblé. Mora durante muitos anos na Bahia, e passa a dirigir um programa universitário de Justiça Social, aonde acadêmicos de Universidades americanas vem estudar no Brasil por um semestre. Estas imagens refletidas no mosaico em forma de clip estão conectadas a vídeos interativos on-line no you tube.Outros membros da rede secreta são acionados e se conectam ao que ocorre com Bill neste momento.

Seus alunos entram na sala para assistir o Seminário sobre a União de Seres Sustentáveis. Eles tinham acabado de chegar do MST, pois na Universidade – UNESERES que Bill fundou com Egidio, as aulas são em campo, aonde além da razão, os sentimentos, as emoções, os valores, as vivências se unem para compreender pela voz dos injustiçados,novas tecnologias sociais que foram desenvolvidas por eles. Não existe um currículo único ele é desenhado de acordo com os contextos, saberes locais e desafios das comunidades. A tecnologia através do tablets é utilizada para difundir o conhecimento durante as aulas via redes sociais , enquanto pesquisam, também produzem imagens que geram documentários sobre as resistências. Aos poucos desenvolvem novos olhares, estéticas, que mudam a nossa forma de ver o mundo, nos questionam sobre nossos habitus e nossas instituições, despertam novas ideias e atitudes através da critica da realidade. Criando novos caminhos empreendidos com ajuda deles e de outras pessoas de diversos setores atuando em sinergia.Sim os jovens de olhos azuis , das melhores Universidades do mundo, passam a ter consciência do que os saberes produziram de desigualdade no mundo, e não querem mais ser instrumentos da destruição do mundo em que vivem. Eles começam a pintar as casas do MST, a plantar em suas hortas comunitárias, enquanto pesquisam como podem ser sustentáveis em sua vida, consumo, e nos diversos projetos e comunidades onde atuam.

Mais as coisas não são tão simples quando se fala em justiça. Bill esta pensando que se por um dia milhares de jovens deixarem de tomar Coca-cola, um dos pilares do capitalismo como esta construído hoje , será desafiado e quer planejar esta ação com eles. Porem Bill começa a falar para o grupo “ há um desafio interior, como tornar nossas escolhas sustentáveis? Como podemos ter atitudes econômicas, politicas, sociais, educacionais, culturais que tenham como principio a sustentabilidade e a coerência com nosso ser e o mundo que queremos viver. Como podemos ser orgânicos, conscientes, menos fragmentados , potencializando nossas virtudes, conhecimentos, sentimentos em relação aos outros, ao lugar que vivemos, a espiritualidade , a natureza ? Como podemos repensar nosso ser ao mesmo tempo repensando as instituições que fazemos parte as empresas, as escolas, os governos, as igrejas, a mídia ? Como incluímos mais pessoas a ter acesso aos seus direitos ? ....”

Ele continua lembrando que as respostas tem que ser atitudes muito mais que teses. Como podemos perceber a missão de Bill é contribuir na formação destes jovens, transforma-los em agentes de multiplicação das tecnologias sociais, de novas praticas, saberes, olhares e atitudes.

Um dos alunos de Bill , Jacob , ele tinha estudado e escrito sobre o Banco Palmas na Fortune ,se levanta: - Bill quero apresentar minha nova pesquisa sobre os pescadores de Camocim, pode ser agora? -Ok. - Bem às vezes temos seres sustentáveis que lutam em suas resistências, mas não conseguem se incluir economicamente e socialmente como os pescadores há 500 anos no Brasil. Vou apresentar agora um curta que fizemos com a turma do cinema para que possam ver as condições em que trabalham e vivem. O governo federal construí-o um Terminal de Pesca que funciona muito mal, várias pessoas que não trabalham na pesca recebem seguro para votar nos políticos, enquanto os pescadores atuam como escravos para donos de barcos. Este é um grande desafio para construirmos com eles outras formas de eles se organizarem em cooperativas, vender diretamente seu peixe para os compradores e assim ter como comprar barcos e cuidar de suas famílias. Estou estudando o modelo desenvolvido na Itália de Mercado de Peixes, que Alessandro Maietti e o Prof. Bill estão implantando no Brasil. Criando Novos Mercados que através de leilão de peixes, valoriza o produto com sanidade e acompanha o trafego do mesmo ate a mesa do cliente. Ao vender direto, transfere renda para o pescador pelo trabalho e lhe dá acessos a direitos através do mercado e da sua organização em cooperativas.

Enquanto Jacob falava , ouve-se gritos de jovens nas ruas em passeata indo ocupar a Prefeitura de Fortaleza, um pequeno tremor de terra, balança o prédio, as ondas se agitam , os alunos começam a correr....

Por novas formas de ser e viver em sociedade! pagina 1




Eu sei que quando se lê se quer apreender algo mais, porque a realidade cada vez mais complexa nos exige atitudes precisas como acupunturas que tenham impacto nas mudanças que precisamos para viver, mas não se apreende tudo de uma vez, cada um e cada coisa tem seu tempo. Mesmo assim é preciso apreender a misturar os ingredientes para novos sabores de vida, os saberes para uma compreensão mais dinâmica da vida, encarar com valores e coragem as dialéticas múltiplas em varias direções da politica, da economia, da educação, da espiritualidade, e das artes. Viver as transdisciplinariedades, complexidades, transmídias e outras gestações em curso de novos caminhos de ser e viver em sociedade. Precisamos de novas sínteses, de novos começos e jornadas em busca de outros fins. No fim tudo é arte tecida com a vida e suas escolhas, pois no começo sempre são as diferenças que constroem novas referencias, personagens, práticas, projetos, imaginários, sonhos... Nada disto vem sem conflitos, sem um choque de valores, sem um debate de conceitos, sem uma luta estética e ética por novas formas de ser e viver em sociedade.

Chega a época que assim como um perfume podemos misturar as essências até encontrar o cheiro capaz de transformar os corações e mentes de seu tempo. Despertar seus amores, dores, sentimentos, medos, alegrias e prazeres para o que é belo e bom.

Às vezes precisamos de histórias que nos conte estas jornadas que podemos enxergar além das pessoas, as ideias, as práticas, os valores que as movem. Temos que ter consciência do impacto de nossos atos e ate mesmo de nossos sonhos, do imaginário que nos move. Eles ganham vida em projetos dos quais podem emergir no meio de tantos meios e tramas, como num filme só que vivo e real , outros seres e formas de viver em sociedade. Entre estes seres a magia da sustentabilidade onde vivem.

Bem este é o caminho que seguimos reunindo ideias nos livros, pessoas de várias áreas, sonhos multiplicados pelas artes, projetos com as experiências que vivemos,valores na espiritualidade que nunca abandonaram nossas crenças, coragem de lutar por justiça nos conflitos políticos, e a imaginação e arte nos livros que escrevemos e nas imagens que filmamos; tudo isto junto e misturado.

E agora chega a época de misturar as essências, saberes, sabores, em equações que jorrem luz e leite de nossa vontade de lutar e empreender sementes de novas formas de ser e viver em sociedade. Estas histórias a partir daqui que vamos contando, realizando e vivendo juntos e misturados.

domingo, 20 de maio de 2012

PROCURAM-SE LÍDERES! A MORAL, A POLÍTICA, E A GESTÃO DAS POLÍTICAS DITAS PÚBLICAS.


Existem várias formas de tiranias e ridículos disfarçadas de gestão pública. Na ausência de líderes públicos que canalizam demandas, prioridades, conhecimentos, e energias das pessoas sobram espaço para burocracias utilizar o dinheir o público usando a força do estado para destruir a autonomia e a organização das próprias pessoas em torno de temas centrais no desenvolvimento de suas capacidades e de suas vidas. Porque nem sempre o bem necessita de bens materiais, mas necessita de respeito. Porque o dever público deve ser precedido de amor às causas e as pessoas como bem maior de uma sociedade.

Enquanto para uns tudo é gestão para outros tudo é politica e da mesma forma disfarçam os interesses de seu grupo com maiorias construídas momentaneamente com aquele fim. Usam os cargos e o dinheiro público para cooptar burocracias ao invés de instrumento de dialogo e aperfeiçoamento coletivo de políticas construídas publicamente. No meio de tudo isto entre os gestores e a nova casa grande politica ainda aparece os defensores dos pobres, excluídos... Como setores da igreja, ONGS, empresas que tem programas de responsabilidade social que dizem que não precisam da politica e vão resolver a pobreza sem o estado utilizando a mágica da “gestão social” misturando a moral com a ética, o pessoal e o coletivo.

Porém a verdade é que precisamos dos 3 e das diferenças entre elas. Necessitamos de um moral que não se reduza a política, de uma política que não se reduza a moral, e de uma gestão que não se reduza a política e nem a moral. Este é nosso desafio como equilibrar os três saberes a luz das vozes das comunidades que demandam aos gestores e políticos, politicas publicas capazes de mudar suas vidas ? Enquanto a questão politica busca a relação entre o justo e o injusto, a moral foca no debate entre o bem e o mal, ou melhor, entre o humano e o inumano. Mas qual o sentido deste debate quando não há um consenso sobre a sociedade ideal entre o que seria a justiça hoje no meio de tantas injustiças tão banais ao nosso lado? Quais os sentidos do bem e do mal quando Deus não unifica mais a coesão da sociedade em torno de uma espiritualidade única ou hegemônica? Hoje a busca deste sentido é a maior expressão politica de nosso tempo pois hoje a legitimidade do Estado não vem mais das suas forças feudais cada vez mais transparentes em suas ousadias de se considerarem reis e rainhas no meio de tantos ídolos ;mas da capacidade do Estado em transformar as injustiças no bem de uma maioria ao acessar seus direitos. Estes direitos não podem ser construídos de fora para dentro mas devem respeitar a capacidade das pessoas de construírem os sentidos de suas vidas. Pois mesmos Espartacos derrotados carregados de sentidos são mais heróis do que generais vitoriosos a custa da força do poder das armas ; e muitas vezes as politicas publicas e o Estado tem se transformado em armas para os poderosos concentrarem mais renda negando a dignidade básica de seu povo.

E de que adianta vencer quando não se sabe por que viver? As pessoas não acreditam mais no mundo e nos seus políticos porque tem sido negado a elas o acesso aos direitos , espaços que nos permitem, a construção de sentidos comunitários em suas vidas, de busca do saber, de realização pelo trabalho, de prazeres e alegrias na cultura enfim daquilo que nos torna humano . Porque é este compartilhar direitos que nos torna comunidade. Sem vínculos, não há comunidades, não há sentidos, nao ha politica. Não nos reduzimos como seres humanos ao consumo e ao dinheiro. Como disse no inicio, mais do que a gestão ou as lutas politicas ideológicas o que esta em jogo na validação das politicas públicas é os sentidos que permitem que indivíduos exerçam suas capacidades e os direitos universais que dão forma e vida as comunidades. Portanto as regras e os valores que as leis e o Estado, seus gestores e políticos, devem querer implementar nascem da reconstrução dos tecidos sociais que voltam a religar as pessoas em torno mais que de bens econômicos e sim do bem que podemos compartilhar em nossa humanidade. Isto é que devemos orquestrar, que as diversas pessoas possam exercer a partir do Estado um pouco de sua autonomia, de seus direitos, de suas vozes, de seus sentidos. Eu sei que a política assim como a economia é dominada pelo neoliberalismo e age por interesses ou dos negócios ou dos políticos e de seus grupos , porem é o inverso do que defendemos; afinal uma ação só pode ser considerada moral ou ética se agir por desinteresse. Esta é a grande diferença entre ser líder publico por dever ou por amor!

É urgente que coletivamente devemos construir limites para a economia e o Estado no neoliberalismo que vivemos.Portanto quais são os limites da economia? Para ela não ser usada como armas destruidoras de vida? e da politica e do Estado? Afinal hoje ,onde tudo é possível, é cada vez mais assustador as formas como estes poderes econômicos e políticos tem sido usados. Só podemos limitar estes poderes pela ética e a moral atribuindo sentidos a cada ato de nossos governos, empresas, Universidades, ONGS,.... para que elas não usem as vidas dos sujeitos que compartilham e usufruem estes espaços e poderes como estatísticas dos projetos,que elas desenvolvem com recursos públicos,em nome de legitimidades sem participação,cada vez mais vazias de sentidos e comunidades de fato e de direitos.

A soberania continua do povo e não dos governos, leis e juízes que podem e são mudados historicamente quando se confunde democracia como tentativa de anular as consciências e competências que continuam reescrevendo a história a luz da moral, da ética, da espiritualidade e dos sentidos que atribuímos inclusive aos governos. A consciência de um homem de bem é mais exigente que um legislador, afinal o individuo tem mais deveres que um cidadão. Portanto os caminhos possíveis de fortalecer as democracias e governos são criando as condições para que a educação, a liberdade e a humanidade avancem por indivíduos cada vez mais conscientes e críticos de seus sentidos e dos sentidos de sua sociedade. Seres humanos que além de respeitar as leis e cumprir todos os seus deveres possam amar. Por isso precisamos de lideres que busquem criar as condições para que vínculos, sentidos, possam se religar em suas comunidades e em suas vidas. Os cidadãos não são meros objetos , consumidores ou eleitores de políticos. Eles são pessoas que as politicas publicas têm impactos múltiplos em suas vidas.

Entendo moral tudo que se faz por dever e ética tudo que se faz por amor , aprendi com o sociólogo André Comte-sponville. É na potência de agir , no comando de nossas vidas, que exercemos nossas capacidades, nas pequenas vitórias que plantamos como seres,que damos um salto qualitativo na luta e conquista de nossos direitos. A justiça não existe,precisamos fazê-la, assim como o amor tem que ganhar vida em nossas atitudes , na construção de novas formas de governar, que emergem de baixo para cima, dos vínculos entre os indivíduos e suas diversas comunidades e expressões como trabalho, educação, cultura e outras.A política e os líderes só existem com educação,com liberdades, com vínculos,com comunidades,ela é feita dos elos capazes de reconstruir os sentidos,o tecido social,as capacidades, e tudo aquilo que só podemos fazer coletivamente, muito mais que os governos,como preservar a natureza,gerar trabalho,melhorar a educação,reduzir a violência e a criminalidade,por que isto necessita das atitudes das pessoas e da capacidade do poder público de orquestrar estas “músicas” potencializando as vidas e as comunidades.

Porem infelizmente grande parte dos políticos a confundem com seus interesses e seus podres poderes, frutos de suas incapacidades e das maquinas inúteis que os produziram confundindo-os com seus egos e vaidades. A Democracia morre quando o vazio da não realização de sentidos nas vidas das pessoas deixam elas ser devoradas pela escuridão de um ser reduzido a objeto por sua comunidade e seus líderes ditos públicos.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Sobre os amigos que nos despertam ,dos medos, das mesmas ideias vendidas como novidades !


O poeta urbano me disse que por estes dias , eu tinha escrito uma obra de arte. Enquanto outro , Edmar Junior , conclamava Miss Saravejo lá no meio da guerra declarar o que era belo! Porem as músicas de Pink Floyd como “ Wish you were here ” vividas por Ivo Gomes toca sem parar em minhas buscas, como trilha sonora da vida real “ então você acha que consegue distinguir ? paraíso do inferno , céus azuis da dor ...O que encontramos os velhos medos ? “ E faz alguns dias que estes medos , tem se transformado em buscas , que tem se transformado em ideias , que tem pulsado como ar que respiro da arte que vivo , centelhas, indícios, de novos sonhos impossíveis, que me trouxeram ate aqui para viver além do agora, o ontem e o futuro sempre. Momentos eternos. Uma das mesmas ideias é como a maior parte dos políticos continua idiota, isso não é novo, mas os medos se perpetuam, o Sarney ainda esta aí, e com ele o neto do ACM, o Collor, até o Jader lembra ? o Lula com o mesmo discurso , não os mesmos inimigos, mas o mesmo poder , os grandes empresários e os seus filhos do Capitalismo de Estado sem concorrência , o STF , os Desembargadores e a teia de advogados, TCEs, TCUs, que há tempos privatizam a Justiça como pedágios, sem falar na mídia que grita como animadora de torcida deste jogo de quem dá mais! Eles constroem o poder público, a sua semelhança como Idiotas, erguendo ora cemitérios ora circos, para enterrar os pobres enquanto comemoram os mesmos carnavais. Como diria Antônio Marcos que já morreu, mas continua novo, diferente do Sarney que continua vivo, infelizmente, “há o mundo sempre foi um circo sem igual, aonde todos representam bem ou mal, onde a farsa de um palhaço é natural” A dos políticos perdeu a cor, de tão artificial é triste como funeral. Esta é para mim uma das grandes novidades ninguém esta mais a fim de representar, nem os políticos, nem precisa mais, ninguém acredita mais, diante dos mesmos absurdos vendidos como novidades, não deixa de ser cômico, engraçado, ter visto a mesma peça tantas vezes, gritado, chorado e cantado tantas vezes “o mundo tão desigual, tudo tão desigual” Será que podemos “brincar ou brindar” com o orçamento público e as prioridades no Brasil? Será que posso falar nos títulos da divida pública e a nossa capacidade de investimento no Estado público? Será que podemos de deixar de representar a educação, a segurança, a preservação da natureza em nosso país ? Será que conheceremos os sócios do Brasil enquanto os Bancos brasileiros baixam os juros para permanecer os mais altos no mundo em épocas de crise americana e europeia? Piada senhores, muda às peças e os atores, porque estas ideias não me comovem mais! Outra mesma ideia vendida como novidade que não me comove mais é a nova crise. Bem o desemprego vai aumentar né? Porque não leram Keynes? Não bem pior porque este modelo de educação industrial, interessado em formar trabalhadores para fabricas que não existem mais, nem sequer é discutido principalmente nas escolas? Porque as comunidades e os seres ainda não começaram a discutir economia? Outras formas de democracia que gere trabalho para além do capital? Não a pergunta não esta invertida. O que esta é nosso modelo educacional que vem da cultura das diversas drogas e diversões dispostas a lhe desconectar do mundo concreto com esperança de que o mundo virtual te faça feliz. Sempre mais fugas baseadas nas mesmas ideias que não discutem educação, economia e diversão como se fossem mais sagradas que Deus; e este ate é permitido discutir. Porem o papel do Estado não, nem da educação, da economia... Da diversão mesmo entre os marxistas. Eles não se divertem brigam pelo poder entre eles, para continuar a farsa do Estado que se fundiu há tempos com o Capital. Não posso deixar de perguntar , de buscar para além dos medos, novos horizontes, que ainda não viraram espetáculo e que tem o poder de nos libertar principalmente a imaginação de novas formas de viver em sociedade. A correlação entre as forças que movem a economia, educação, cultura e outros hoje são insustentáveis não apenas ambientalmente, mas humanamente insustentável ser no meio dos robôs que as tecnologias preferem porque podem ser vendidos e obedecem cegamente. Porem nem este medo me comovem mais, tenho outras utopias para sonhar não preciso de Blade Runneres, Matrixs, posso cantar outras musicas e fazer outros filmes. E escrever outras coisas. Não preciso das mesmas ideias, vendidas como novidades, porque posso nascer de novo a cada ideia e atitude que tomamos diante da vida. Por isso que como Poeta urbano , Ivo Gomes, Edmar Junior temos o direito de viver nossa palavras , de viver a nossa vida e descreve-la como poesias, para além da espiritualidade e do amor , mas sobre o mundo concreto que muda a nossa forma de espiritualidade e amar este mundo transgredindo seus medos, palcos e ilusões pós modernas. Os amigos de ideias e lutas são aqueles que nos despertam da letargia que os ingleses nos insistem em nos vender como vida, que mas do que o capital colonizaram nosso imaginário, mas cansamos de seus falsos paraísos nada ortodoxos entre eles. Podemos ser uma nova civilização como Darcy Ribeiro lutou e não cansou de ser derrotado por seus inimigos. Porem precisaram de amigos que acreditem nas mesmas obras de arte, que cada um da sua forma constrói.

domingo, 29 de abril de 2012

CHEGOU A HORA DE PARAR! Entre o invisível e o visível destas palavras. por Egidio Guerra.

o olho divino



















Depois de vários anos lutando nas pastorais, grêmio, UNE, empresa júnior, ONGS, Empresas, Partidos, Banco Mundial, Projetos, Governo, ONU...Chegou a hora de parar. Nesses caminhos busquei encontrar algo, e de uma certa forma encontrei uma parte de mim em cada lugar desse, em cada sonho realizado, em cada desafio, conhecimento e valores compartilhados, porém o preço pago pela vida pessoal é muito alto e as formas de diálogo e relação entre as pessoas nas instituições estão se tornando cada vez mais troca entre mercadorias. De fato depois de lutar por ser e seres, chegou a hora de parar para não correr o risco, de transformar-me em mercadoria. Porém como sempre disse, daqui para frente é tudo bônus, digo que posso morrer a qualquer momento, morro super feliz, realizei quase tudo que sonhei, e esses sonhos nunca couberam nas instituições, muito menos em mercadorias ou relação de trocas entre pessoas. Fazer política nos partidos é pouco; achar que a Universidade representa o saber, menos ainda; que as empresas desenvolvem as capacidades das pessoas, pelo contrário; que as igrejas têm espiritualidade; há tempos é dizimo. Enfim, a questão ética e estética estão cada vez mais distantes da arte, mas graças a Deus tudo isso continua pulsando de outras formas para além das instituições; se organizando por outros meios, inclusive pela internet; e outros seres já não cabem mais nos lugares e tarefas que querem que eles ocupem. Depois que cada ser se expande e encontra seu ritmo, a música, a vida, caminham para mudar a história e os múltiplos sentidos que iluminam novos horizontes e lutas. É para lá que estou indo, você quer caminhar junto? Sozinho não dá mais! É hora de parar entre o vermelho e a sensibilidade da chuva. A razão dos bastidores castra e não ilumina mais...Por isso que o parar é sem recomeço . Quero que os lugares sangrem, não se pode sangrar sem buscar a cura das dores que crescem, gritar em seu lugar, aonde os sentidos desaparecem, já que até hoje a razão silencia em acordos e os encontros entre os seres comecem para encontrarem a si mesmos. Muitos hoje se escondem de si mesmo, se entregando aos vazios da cachaça quando pobres ou dos poderes vazios quando ricos. Sem luz, consomem a si mesmos, quando poderiam despertar para vida com novas ideias e horizontes. Nesses casos o fogo congela ao invés de aquecer, as virtudes são silenciadas. A sensibilidade da beleza que desperta nosso olhar busca conquistar a estética e a ética de nossa vida, mas muitos não querem ver nem pensar, apenas esquecer, apenas brincar, quer limpar a sujeira, mais um novo dia, mais mortes na TV e mensagens no facebook, as mesmas preocupações, dinheiro,.... É hora de parar entre o azul e o terror do cotidiano. O que cada um quer mais? Mais pimenta na comida, um carro a mais nas ruas, uma noite de sexo com mais novidades, mais uma cerveja, menos prazer, menos amor, menos fé?... Bem que poderíamos navegar, brincar de forma alegre e livre, deixar as palavras, os lugares, fluírem com seu próprio encanto, enquanto perdemos o medo de amar, de ter fé, pois é hora de parar! Você acha que consegue? Sem continuar a ler este texto, sem lutar, sem se divertir, parar de olhar para o sol, trocar de roupa, visitar novos lugares, novos amores, novas resistências, entre o branco e a vontade de morrer lutando? Entre a melancolia dos ricos e doença dos pobres, entre uma escola que adestra, uma igreja que repete palavras e perdões, o trabalho que você paga com a vida mais batata frita e cerveja, entre a arte idiota de monstros e seres fantásticos, cada vez mais velozes e destruidores? Olho para meu filho. Enquanto pinguins, soldados, cruzes, melancias, fumaças, dançam uma música sem ritmo, sem sentido nas propagandas. Todos querem o real, as mercadorias para se vestir, moldar seus corpos, ir a festas. Entre o preto e o idiota que vive sem pensar, é melhor parar! As nuvens carregam ácido, os olhos também, vamos comer etanol ao invés de trigo, vamos vender o sabor como sabonete para limpar tudo que se envergonha dos delírios, vamos queimar o fim de tudo e lançar uma nova moda. Porém enquanto várias destruições acontecem ao nosso redor, um novo vulcão explode, multidões se movem, gente nova nasce. Enquanto o amarelo não virar ouro, a luz não deixa que eu pare, os ventos, as máscaras caem, a neblina, o nevoeiro desaparece, os escombros desta sociedade vira poeira. Os pássaros voltam a voar, o declínio do capitalismo europeu e americano, abre espaços para novas hegemonias. Não preciso mais dos jornais e das velhas mídias. Posso andar de bicicleta e não comer carne; posso amar sem sexo e fazer sexo sem amor; posso lutar contra a corrupção e denunciar empresas e políticos pela internet, independente dos falsos juízes; posso respeitar a sabedoria da terceira idade e proteger o que é sagrado pra mim; posso escrever estas palavras entre o cinza e o desequilíbrio das cores e das dores; despertar uma nova consciência. Uma barbárie que ao mesmo tempo em que nega, afirma uma paz violenta em cada ser e na sociedade, capaz de despertar a dignidade de novas ideias, valores, imagens, atitudes e sonhos. Não posso parar! O balé de pássaros e pessoas, os fogos de artifício, a música, os ecos da natureza, despertam o olhar e a curiosidade das crianças. Novas explosões, o silêncio absoluto, cartazes de dores que não voltam mais, nascer de novo, de novo, de novo entre o verde e as certezas tecnológicas. Porque afinal quem somos nós? Que mesmo querendo não podemos parar, que mesmo chegando às conclusões entre poesias e razões não paramos de pensar e sentir, que mesmo sofrendo, não deixamos de amar, que mesmo que mintam, roubem, traiam, não destroem nossa fé, que potência é esta que carregamos? Assim como a natureza, essas dores e desesperanças, no silêncio emergem como furações. Destruindo e criando novas paisagens, complexidades, tecnologias, que como linhas se entrecruzam a milhares de outras formas, para tecer novas realidades, seres, cores, imagens, poesias, que afirmam a vida entre o invisível e o visível destas palavras e cores que não paro de ser escolhido por elas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

GASTA 4 GANHA 150. O MELHOR NEGÓCIO DO MUNDO.


No Crato falei que a juventude sem a rebeldia, indignação e sonho será mais um adulto entregue ao celular, cachaça e forro mesmo na decima Economia do mundo. Bem , se um politico comprar o voto de todos os eleitores do Crato , ou seja 65 mil eleitores , nas eleições a 50 reais o voto, ele vai gastar 4 milhões. Porem o orçamento da cidade é 120 milhões por ano ou seja 480 milhões em 4 anos. Se eles roubarem 30 % , dá 150 milhões , OU SEJA GASTA 4 GANHA 150. O MELHOR NEGÓCIO DO MUNDO. Uns dizem e se dividir os 150 milhões por todos os habitantes dá 3 mil para cada. Ai ele compra uma Tela plasma ou uma moto, pode ser roubado, ou um parente ficar sem médico, o filho sem escola, a moto se acabar nos buracos e faltar lazer e esporte de verdade na sua comunidade. Por isso dividimos a cidade em territórios para as comunidade dizer quais são as prioridades, quanto custa , e ela saber de onde vem o dinheiro. Cada proposta dessa vira um projeto e temos um plano de governo que vai virar uma placa de artesanato e colocado em um monumento da democracia em algum lugar da cidade. O teatro e o cinema vão ajudar a divulgar estas propostas com personagens históricos da cidade!