SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

APOCALIPSE - O livro da vida.



O livro e o Cordeiro 

1Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo, escrito de ambos os lados e selado com sete selos. 
2Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: "Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?" 
3Mas não havia ninguém, nem no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, que pudesse abrir o livro ou sequer olhar para ele. 
4Eu chorava muito, porque não havia ninguém que fosse digno de abrir o livro e de olhar para ele. 
5Então um dos anciãos me disse: "Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos". 
6Depois vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. 
7Ele se aproximou e recebeu o livro da mão direita daquele que estava assentado no trono. 
8Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos; 
9e eles cantavam um cântico novo:
"Tu és digno de receber o livro
e de abrir os seus selos,
pois foste morto
e com teu sangue compraste para Deus
gente de toda tribo, língua, povo e nação. 
10Tu os constituíste reino
e sacerdotes
para o nosso Deus,
e eles reinarão sobre a terra". 
11Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono, bem como os seres viventes e os anciãos, 
12e cantavam em alta voz:
"Digno é o Cordeiro
que foi morto
de receber poder, riqueza, sabedoria, força,
honra, glória e louvor!" 
13Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, que diziam:
"Àquele que está assentado
no trono
e ao Cordeiro
sejam o louvor, a honra,
a glória e o poder,
para todo o sempre!" 
14Os quatro seres viventes disseram: "Amém", e os anciãos prostraram-se e o adoraram.

O Cordeiro quebra os selos 

1Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: "Venha!" 
2Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer. 
3Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: "Venha!" 
4Então saiu outro cavalo; e este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e fazer que os homens se matassem uns aos outros. E lhe foi dada uma grande espada. 
5Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Venha!" Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha na mão uma balança. 
6Então ouvi o que parecia uma voz entre os quatro seres viventes, dizendo: "Um quilo de trigo por um denário e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o vinho!" 
7Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: "Venha!" 
8Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra. 
9Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. 
10Eles clamavam em alta voz: "Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?" 
11Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos que deveriam ser mortos como eles. 
12Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue, 
13e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da figueira quando sacudidos por um vento forte. 
14O céu se recolheu como se enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares. 
15Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos - todos, escravos e livres, se esconderam em cavernas e entre as rochas das montanhas. 
16Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! 
17Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?"

O povo de Deus 

1Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore. 
2Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar: 
3"Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores até que selemos as testas dos servos do nosso Deus". 
4Então ouvi o número dos que foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. 
5Da tribo de Judá
foram selados doze mil;
da tribo de Rúben, doze mil;
da tribo de Gade, doze mil; 
6da tribo de Aser, doze mil;
da tribo de Naftali, doze mil;
da tribo de Manassés, doze mil; 
7da tribo de Simeão, doze mil;
da tribo de Levi, doze mil;
da tribo de Issacar, doze mil; 
8da tribo de Zebulom, doze mil;
da tribo de José, doze mil;
da tribo de Benjamim, doze mil. 

A multidão de vestes brancas 

9Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes brancas e segurando palmas. 
10E clamavam em alta voz:
"A salvação pertence
ao nosso Deus,
que se assenta no trono,
e ao Cordeiro". 
11Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto em terra diante do trono e adoraram a Deus, 
12dizendo:
"Amém!
Louvor e glória,
sabedoria, ação de graças,
honra, poder e força
sejam ao nosso Deus
para todo o sempre.
Amém!" 
13Então um dos anciãos me perguntou: "Quem são estes que estão vestidos de branco e de onde vieram?" 
14Respondi: Senhor, tu o sabes.
E ele disse: "Estes são os que vieram da grande tribulação, que lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. 
15Por isso,
eles estão diante do trono
de Deus
e o servem dia e noite
em seu santuário;
e aquele que está assentado no trono
estenderá sobre eles
o seu tabernáculo. 
16Nunca mais terão fome,
nunca mais terão sede.
Não os afligirá o sol
nem qualquer calor abrasador, 
17pois o Cordeiro que está
no centro do trono
será o seu Pastor;
ele os guiará às fontes
de água viva.
E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima".

O Cordeiro quebra o último selo 

1Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio nos céus cerca de meia hora. 
2Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas. 
3Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e ficou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. 
4E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. 
5Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto. 

Os anjos com trombetas 

6Então os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las. 
7O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e granizo e fogo misturado com sangue foram lançados sobre a terra. Foi queimado um terço da terra, um terço das árvores e toda a relva verde. 
8O segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo como um grande monte em chamas foi lançado ao mar. Um terço do mar transformou-se em sangue, 
9morreu um terço das criaturas do mar e foi destruído um terço das embarcações. 
10O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha, sobre um terço dos rios e das fontes de águas; 
11o nome da estrela é Absinto. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação das águas que se tornaram amargas. 
12O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferido um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas, de forma que um terço deles escureceu. Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da noite. 
13Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta voz: "Ai, ai, ai dos que habitam na terra, por causa do toque das trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos!"1
O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia caído do céu sobre a terra. À estrela foi dada a chave do poço do Abismo. 
2Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a de uma gigantesca fornalha. O sol e o céu escureceram com a fumaça que saía do Abismo. 
3Da fumaça saíram gafanhotos que vieram sobre a terra, e lhes foi dado poder como o dos escorpiões da terra. 
4Eles receberam ordens para não causar dano nem à relva da terra, nem a qualquer planta ou árvore, mas apenas àqueles que não tinham o selo de Deus na testa. 
5Não lhes foi dado poder para matá-los, mas sim para causar-lhes tormento durante cinco meses. A agonia que eles sofreram era como a da picada do escorpião. 
6Naqueles dias os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles. 
7Os gafanhotos pareciam cavalos preparados para a batalha. Tinham sobre a cabeça algo como coroas de ouro, e o rosto deles parecia rosto humano. 
8Os cabelos deles eram como os de mulher e os dentes como os de leão. 
9Tinham couraças como couraças de ferro, e o som das suas asas era como o barulho de muitos cavalos e carruagens correndo para a batalha. 
10Tinham caudas e ferrões como de escorpiões e na cauda tinham poder para causar tormento aos homens durante cinco meses. 
11Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome, em hebraico, é Abadom e, em grego, Apoliom. 
12O primeiro ai passou; dois outros ais ainda virão. 
13O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das pontas do altar de ouro que está diante de Deus. 
14Ela disse ao sexto anjo que tinha a trombeta: "Solte os quatro anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates". 
15Os quatro anjos, que estavam preparados para aquela hora, dia, mês e ano, foram soltos para matar um terço da humanidade. 
16O número dos cavaleiros que compunham os exércitos era de duzentos milhões; eu ouvi o seu número. 
17Os cavalos e os cavaleiros que vi em minha visão tinham este aspecto: as suas couraças eram vermelhas como o fogo, azuis como o jacinto e amarelas como o enxofre. A cabeça dos cavalos parecia a cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça e enxofre. 
18Um terço da humanidade foi morto pelas três pragas: de fogo, fumaça e enxofre, que saíam da boca dos cavalos. 
19O poder dos cavalos estava na boca e na cauda; pois a cauda deles era como cobra; com a cabeça feriam as pessoas. 
20O restante da humanidade que não morreu por essas pragas nem assim se arrependeu das obras das suas mãos; eles não pararam de adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, ídolos que não podem ver, nem ouvir, nem andar. 
21Também não se arrependeram dos seus assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade sexual e dos seus roubos.

O anjo e o pequeno livro 

1Então vi outro anjo poderoso, que descia dos céus. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. 
2Ele segurava um livrinho, que estava aberto em sua mão. Colocou o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra, 
3e deu um alto brado, como o rugido de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. 
4Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz dos céus, que disse: "Sele o que disseram os sete trovões, mas não o escreva". 
5Então o anjo que eu tinha visto em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu 
6e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou os céus e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela há, e o mar e tudo o que nele há, dizendo: "Não haverá mais demora! 
7Mas, nos dias em que o sétimo anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus, como ele o anunciou aos seus servos, os profetas". 
8Depois falou comigo mais uma vez a voz que eu tinha ouvido falar dos céus: "Vá, pegue o livro aberto que está na mão do anjo que se encontra em pé sobre o mar e sobre a terra". 
9Assim me aproximei do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Ele me disse: "Pegue-o e coma-o! Ele será amargo em seu estômago, mas em sua boca será doce como mel". 
10Peguei o livrinho da mão do anjo e o comi. Ele me pareceu doce como mel em minha boca; mas, ao comê-lo, senti que o meu estômago ficou amargo. 
11Então me foi dito: "É preciso que você profetize de novo acerca de muitos povos, nações, línguas e reis".

As duas testemunhas 

1Deram-me um caniço semelhante a uma vara de medir e me disseram: "Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os adoradores que lá estiverem. 
2Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois ele foi dado aos gentios. Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e dois meses. 
3Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco". 
4Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra. 
5Se alguém quiser causar-lhes dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano. 
6Estes homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. 
7Quando eles tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matá-los. 
8Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi crucificado o seu Senhor. 
9Durante três dias e meio, gente de todos os povos, tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que sejam sepultados. 
10Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra. 
11Mas, depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram em pé, e um grande terror tomou conta daqueles que os viram. 
12Então eles ouviram uma forte voz dos céus, que lhes disse: "Subam para cá". E eles subiram para os céus numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. 
13Naquela mesma hora houve um forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus dos céus. 
14O segundo ai passou; o terceiro ai virá em breve. 

A sétima trombeta 

15O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céus, que diziam:
"O reino do mundo
se tornou de nosso Senhor
e do seu Cristo,
e ele reinará
para todo o sempre". 
16Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, 
17dizendo:
"Graças te damos,
Senhor Deus todo-poderoso,
que és e que eras,
porque assumiste
o teu grande poder
e começaste a reinar. 
18As nações se iraram;
e chegou a tua ira.
Chegou o tempo de julgares
os mortos
e de recompensares
os teus servos, os profetas,
os teus santos
e os que temem o teu nome,
tanto pequenos
como grandes,
e de destruir
os que destroem a terra". 
19Então foi aberto o santuário de Deus nos céus, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto e um grande temporal de granizo.

A mulher e o dragão 

1Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. 
2Ela estava grávida e gritava de dor, pois estava para dar à luz. 
3Então apareceu no céu outro sinal: um enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete coroas. 
4Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as na terra. O dragão pôs-se diante da mulher que estava para dar à luz, para devorar o seu filho no momento em que nascesse. 
5Ela deu à luz um filho, um homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono. 
6A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias. 
7Houve então uma guerra nos céus. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos revidaram. 
8Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu lugar nos céus. 
9O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente chamada Diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram lançados à terra. 
10Então ouvi uma forte voz dos céus, que dizia:
"Agora veio a salvação,
o poder e o Reino
do nosso Deus,
e a autoridade do seu Cristo,
pois foi lançado fora
o acusador
dos nossos irmãos,
que os acusa diante
do nosso Deus, dia e noite. 
11Eles o venceram
pelo sangue do Cordeiro
e pela palavra do testemunho
que deram;
diante da morte,
não amaram a própria vida. 
12Portanto, celebrem-no, ó céus,
e os que neles habitam!
Mas ai da terra e do mar,
pois o Diabo desceu até vocês!
Ele está cheio de fúria,
pois sabe que lhe resta
pouco tempo". 
13Quando o dragão foi lançado à terra, começou a perseguir a mulher que dera à luz o menino. 
14Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde seria sustentada durante um tempo, tempos e meio tempo, fora do alcance da serpente. 
15Então a serpente fez jorrar da sua boca água como um rio, para alcançar a mulher e arrastá-la com a correnteza. 
16A terra, porém, ajudou a mulher, abrindo a boca e engolindo o rio que o dragão fizera jorrar da sua boca. 
17O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. 
18Então o dragão se pôs em pé na areia do mar.

O monstro do mar 

1Vi uma besta que saía do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças, com dez coroas, uma sobre cada chifre, e em cada cabeça um nome de blasfêmia. 
2A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. 
3Uma das cabeças da besta parecia ter sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. O mundo todo ficou maravilhado e seguiu a besta. 
4Adoraram o dragão, que tinha dado autoridade à besta, e também adoraram a besta, dizendo: "Quem é como a besta? Quem pode guerrear contra ela?" 
5À besta foi dada uma boca para falar palavras arrogantes e blasfemas e lhe foi dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. 
6Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus e amaldiçoar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam nos céus. 
7Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação. 
8Todos os habitantes da terra adorarão a besta, a saber, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo. 
9Aquele que tem ouvidos ouça: 
10Se alguém há de ir
para o cativeiro,
para o cativeiro irá.
Se alguém há de ser morto
à espada,
morto à espada haverá de ser.
Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos. 

O monstro da terra 

11Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. 
12Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado. 
13E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens. 
14Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e contudo revivera. 
15Foi-lhe dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. 
16Também obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, 
17para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome. 
18Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis.

O Cordeiro e os 144.000 

1Então olhei, e diante de mim estava o Cordeiro, em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil que traziam escritos na testa o nome dele e o nome de seu Pai. 
2Ouvi um som dos céus como o de muitas águas e de um forte trovão. Era como o de harpistas tocando seus instrumentos. 
3Eles cantavam um cântico novo diante do trono, dos quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não ser os cento e quarenta e quatro mil que haviam sido comprados da terra. 
4Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois se conservaram castos e seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os homens e ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro. 
5Mentira nenhuma foi encontrada na boca deles; são imaculados. 

Os três anjos 

6Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. 
7Ele disse em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas". 
8Um segundo anjo o seguiu, dizendo: "Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição!" 
9Um terceiro anjo os seguiu, dizendo em alta voz: "Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber a sua marca na testa ou na mão, 
10também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro, 
11e a fumaça do tormento de tais pessoas sobe para todo o sempre. Para todos os que adoram a besta e a sua imagem, e para quem recebe a marca do seu nome, não há descanso, dia e noite". 
12Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus. 
13Então ouvi uma voz dos céus, dizendo: "Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante".
Diz o Espírito: "Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão". 

A colheita da terra 

14Olhei, e diante de mim estava uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém "semelhante a um filho de homem". Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão. 
15Então saiu do santuário um outro anjo, que bradou em alta voz àquele que estava assentado sobre a nuvem: "Tome a sua foice e faça a colheita, pois a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la". 
16Assim, aquele que estava assentado sobre a nuvem passou sua foice pela terra, e a terra foi ceifada. 
17Outro anjo saiu do santuário dos céus, trazendo também uma foice afiada. 
18E ainda outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: "Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas estão maduras!" 
19O anjo passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e as lançou no grande lagar da ira de Deus. 
20Elas foram pisadas no lagar, fora da cidade, e correu sangue do lagar, chegando ao nível dos freios dos cavalos, numa distância de cerca de trezentos quilômetros.

Os sete anjos com as sete pragas 

1Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus. 
2Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, 
3e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro:
"Grandes e maravilhosas
são as tuas obras,
Senhor Deus todo-poderoso.
Justos e verdadeiros
são os teus caminhos,
ó Rei das nações. 
4Quem não te temerá, ó Senhor?
Quem não glorificará o teu nome?
Pois tu somente és santo.
Todas as nações virão à tua presença
e te adorarão,
pois os teus atos de justiça
se tornaram manifestos". 
5Depois disso olhei e vi que se abriu nos céus o santuário, o tabernáculo da aliança. 
6Saíram do santuário os sete anjos com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente e tinham cinturões de ouro ao redor do peito. 
7E um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. 
8O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no santuário enquanto não se completassem as sete pragas dos sete anjos.

As sete taças da ira de Deus 

1Então ouvi uma forte voz que vinha do santuário e dizia aos sete anjos: "Vão derramar sobre a terra as sete taças da ira de Deus". 
2O primeiro anjo foi e derramou a sua taça pela terra, e abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da besta e adoravam a sua imagem. 
3O segundo anjo derramou a sua taça no mar, e este se transformou em sangue como de um morto, e morreu toda criatura que vivia no mar. 
4O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes, e eles se transformaram em sangue. 
5Então ouvi o anjo que tem autoridade sobre as águas dizer:
"Tu és justo,
tu, o Santo, que és e que eras,
porque julgaste estas coisas; 
6pois eles derramaram
o sangue dos teus santos
e dos teus profetas,
e tu lhes deste sangue
para beber,
como eles merecem". 
7E ouvi o altar responder:
"Sim, Senhor Deus todo-poderoso,
verdadeiros e justos
são os teus juízos". 
8O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao sol para queimar os homens com fogo. 
9Estes foram queimados pelo forte calor e amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio sobre estas pragas; contudo, recusaram arrepender-se e glorificá-lo. 
10O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino ficou em trevas. De tanta agonia, os homens mordiam a própria língua 
11e blasfemavam contra o Deus dos céus, por causa das suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram arrepender-se das obras que haviam praticado. 
12O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e secaram-se as suas águas para que fosse preparado o caminho para os reis que vêm do Oriente. 
13Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. 
14São espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso. 
15"Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua vergonha." 
16Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom. 
17O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e do santuário saiu uma forte voz que vinha do trono, dizendo: "Está feito!" 
18Houve, então, relâmpagos, vozes, trovões e um forte terremoto. Nunca havia ocorrido um terremoto tão forte como esse desde que o homem existe sobre a terra. 
19A grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das nações se desmoronaram. Deus lembrou-se da grande Babilônia e lhe deu o cálice do vinho do furor da sua ira. 
20Todas as ilhas fugiram, e as montanhas desapareceram. 
21Caíram sobre os homens, vindas do céu, enormes pedras de granizo, de cerca de trinta e cinco quilos cada; eles blasfemaram contra Deus por causa do granizo, pois a praga fora terrível.

A mulher sentada sobre o monstro 

1Um dos sete anjos que tinham as sete taças aproximou-se e me disse: "Venha, eu mostrarei a você o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas, 
2com quem os reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição". 
3Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres. 
4A mulher estava vestida de púrpura e vermelho e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição. 
5Em sua testa havia esta inscrição:
MISTÉRIO:BABILÔNIA, A GRANDE;A MÃE DAS PROSTITUTASE DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA. 
6Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus.
Quando a vi, fiquei muito admirado. 
7Então o anjo me disse: "Por que você está admirado? Eu explicarei o mistério dessa mulher e da besta sobre a qual ela está montada, que tem sete cabeças e dez chifres. 
8A besta que você viu, era e já não é. Ela está para subir do Abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e entretanto virá. 
9"Aqui se requer mente sábia. As sete cabeças são sete colinas sobre as quais está sentada a mulher. 
10São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco tempo. 
11A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e caminha para a perdição. 
12"Os dez chifres que você viu são dez reis que ainda não receberam reino, mas que por uma hora receberão, com a besta, autoridade como reis . 
13Eles têm um único propósito e darão seu poder e sua autoridade à besta. 
14Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis". 
15Então o anjo me disse: "As águas que você viu, onde está sentada a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. 
16A besta e os dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, 
17pois Deus pôs no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordar em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus. 
18A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da terra".

A queda da Babilónia 

1Depois disso vi outro anjo que descia dos céus. Tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada por seu esplendor. 
2E ele bradou com voz poderosa:
"Caiu! Caiu a grande Babilônia!
Ela se tornou habitação
de demônios
e antro de todo espírito imundo,
antro de toda ave impura
e detestável, 
3pois todas as nações beberam
do vinho da fúria
da sua prostituição.
Os reis da terra
se prostituíram com ela;
à custa do seu luxo excessivo
os negociantes da terra
se enriqueceram". 
4Então ouvi outra voz dos céus que dizia:
"Saiam dela, vocês, povo meu,
para que vocês não participem dos seus pecados,
para que as pragas
que vão cair sobre ela
não os atinjam! 
5Pois os pecados da Babilônia
acumularam-se até o céu,
e Deus se lembrou
dos seus crimes. 
6Retribuam-lhe
na mesma moeda;
paguem-lhe em dobro
pelo que fez;
misturem para ela uma porção dupla
no seu próprio cálice. 
7Façam-lhe sofrer tanto tormento
e tanta aflição
como a glória e o luxo a que ela se entregou.
Em seu coração
ela se vangloriava:
'Estou sentada como rainha;
não sou viúva
e jamais terei tristeza'. 
8Por isso num só dia
as suas pragas a alcançarão:
morte, tristeza e fome;
e o fogo a consumirá,
pois poderoso é o Senhor Deus que a julga. 
9"Quando os reis da terra, que se prostituíram com ela e participaram do seu luxo, virem a fumaça do seu incêndio, chorarão e se lamentarão por ela. 
10Amedrontados por causa do tormento dela, ficarão de longe e gritarão:
" 'Ai! A grande cidade!
Babilônia, cidade poderosa!
Em apenas uma hora
chegou a sua condenação!' 
11"Os negociantes da terra chorarão e se lamentarão por causa dela, porque ninguém mais compra a sua mercadoria: 
12artigos como ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; linho fino, púrpura, seda e tecido vermelho; todo tipo de madeira de cedro e peças de marfim, madeira preciosa, bronze, ferro e mármore; 
13canela e outras especiarias, incenso, mirra e perfumes; vinho e azeite de oliva, farinha fina e trigo; bois e ovelhas, cavalos e carruagens, e corpos e almas de seres humanos. 
14"Eles dirão: 'Foram-se as frutas que tanto lhe apeteciam! Todas as suas riquezas e todo o seu esplendor se desvaneceram; nunca mais serão recuperados'. 
15Os negociantes dessas coisas, que enriqueceram à custa dela, ficarão de longe, amedrontados com o tormento dela, e chorarão e se lamentarão, 
16gritando:
" 'Ai! A grande cidade,
vestida de linho fino,
de roupas de púrpura
e vestes vermelhas,
adornada de ouro,
pedras preciosas e pérolas! 
17Em apenas uma hora,
tamanha riqueza
foi arruinada!'
"Todos os pilotos, todos os passageiros e marinheiros dos navios e todos os que ganham a vida no mar ficarão de longe. 
18Ao verem a fumaça do incêndio dela, exclamarão: 'Que outra cidade jamais se igualou a esta grande cidade?' 
19Lançarão pó sobre a cabeça e, lamentando-se e chorando, gritarão:
" 'Ai! A grande cidade!
Graças à sua riqueza,
nela prosperaram
todos os que tinham
navios no mar!
Em apenas uma hora
ela ficou em ruínas! 
20Celebrem o que se deu com ela, ó céus!
Celebrem, ó santos, apóstolos
e profetas!
Deus a julgou, retribuindo-lhe
o que ela fez a vocês ' ". 
21Então um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma grande pedra de moinho, lançou-a ao mar e disse:
"Com igual violência
será lançada por terra
a grande cidade
de Babilônia,
para nunca mais
ser encontrada. 
22Nunca mais se ouvirá em seu meio
o som dos harpistas, dos músicos,
dos flautistas e dos tocadores
de trombeta.
Nunca mais se achará dentro de seus muros
artífice algum, de qualquer profissão.
Nunca mais se ouvirá em seu meio
o ruído das pedras de moinho. 
23Nunca mais brilhará dentro de seus muros
a luz da candeia.
Nunca mais se ouvirá ali
a voz do noivo e da noiva.
Seus mercadores eram
os grandes do mundo.
Todas as nações
foram seduzidas
por suas feitiçarias. 
24Nela foi encontrado sangue
de profetas e de santos,
e de todos os que foram assassinados
na terra".

Cântico de vitória no céu 

1Depois disso ouvi nos céus algo semelhante à voz de uma grande multidão, que exclamava:
"Aleluia!
A salvação, a glória e o poder
pertencem ao nosso Deus, 
2pois verdadeiros e justos
são os seus juízos.
Ele condenou
a grande prostituta
que corrompia a terra
com a sua prostituição.
Ele cobrou dela o sangue
dos seus servos". 
3E mais uma vez a multidão exclamou:
"Aleluia!
A fumaça que dela vem,
sobe para todo o sempre". 
4Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, e exclamaram:
"Amém, Aleluia!" 
5Então veio do trono uma voz, conclamando:
"Louvem o nosso Deus,
todos vocês, seus servos,
vocês que o temem,
tanto pequenos como grandes!" 
6Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava:
"Aleluia!,
pois reina
o Senhor, o nosso Deus,
o Todo-poderoso. 
7Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos
e dar-lhe glória!
Pois chegou a hora
do casamento do Cordeiro,
e a sua noiva já se aprontou. 
8Para vestir-se, foi-lhe dado
linho fino, brilhante e puro".
O linho fino são os atos justos dos santos. 
9E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro!" E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus". 
10Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: "Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia". 

O cavaleiro do cavalo branco 

11Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. 
12Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. 
13Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. 
14Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. 
15De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. "Ele as governará com cetro de ferro." Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. 
16Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome:
REI DOS REISE SENHOR DOS SENHORES. 
17Vi um anjo que estava em pé no sol e que clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo meio do céu: "Venham, reúnam-se para o grande banquete de Deus, 
18para comerem carne de reis, generais e poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos - livres e escravos, pequenos e grandes". 
19Então vi a besta, os reis da terra e os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no cavalo e contra o seu exército. 
20Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. 
21Os demais foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo. E todas as aves se fartaram com a carne deles.

Os mil anos 

1Vi descer dos céus um anjo que trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. 
2Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; 
3lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. 
4Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. 
5(O restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. 
6Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele durante mil anos. 

A condenação de Satanás 

7Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão 
8e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. 
9As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. 
10O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre. 

Os mortos são julgados 

11Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar para eles. 
12Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros. 
13O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. 
14Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. 
15Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.

A nova Jerusalém


1Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia.

2Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido.

3Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: "Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus.

4Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou".

5Aquele que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as coisas!" E acrescentou: "Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e dignas de confiança".

6Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida.

7O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos - o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte".

9Um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas aproximou-se e me disse: "Venha, eu mostrarei a você a noiva, a esposa do Cordeiro".

10Ele me levou no Espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus.

11Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho era como o de uma joia muito preciosa, como jaspe, clara como cristal.

12Tinha um grande e alto muro com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel.

13Havia três portas ao oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente.

14O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.

15O anjo que falava comigo tinha como medida uma vara feita de ouro, para medir a cidade, suas portas e seus muros.

16A cidade era quadrangular, de comprimento e largura iguais. Ele mediu a cidade com a vara; tinha dois mil e duzentos quilômetros de comprimento; a largura e a altura eram iguais ao comprimento.

17Ele mediu o muro, e deu sessenta e cinco metros de espessura, segundo a medida humana que o anjo estava usando.

18O muro era feito de jaspe e a cidade era de ouro puro, semelhante ao vidro puro.

19Os fundamentos dos muros da cidade eram ornamentados com toda sorte de pedras preciosas. O primeiro fundamento era ornamentado com jaspe; o segundo com safira; o terceiro com calcedônia; o quarto com esmeralda;

20o quinto com sardônio; o sexto com sárdio; o sétimo com crisólito; o oitavo com berilo; o nono com topázio; o décimo com crisópraso; o décimo primeiro com jacinto; e o décimo segundo com ametista.

21As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única pérola. A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente.

22Não vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o seu templo.

23A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia.

24As nações andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória.

25Suas portas jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite.

26A glória e a honra das nações lhe serão trazidas.

27Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro.
O LIVRO DA VIDA

1Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro,

2no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações.

3Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão.

4Eles verão a sua face, e o seu nome estará na testa deles.

5Não haverá mais noite. Eles não precisarão de luz de candeia nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles reinarão para todo o sempre.

6O anjo me disse: "Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer.

JESUS VEM !

7"Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro".

8Eu, João, sou aquele que ouviu e viu estas coisas. Tendo-as ouvido e visto, caí aos pés do anjo que me mostrou tudo aquilo, para adorá-lo.

9Mas ele me disse: "Não faça isso! Sou servo como você e seus irmãos, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro. Adore a Deus!"

10Então me disse: "Não sele as palavras da profecia deste livro, pois o tempo está próximo.

11Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se".

12"Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.

13Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.

14"Felizes os que lavam as suas vestes, e assim têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas.

15Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira.

16"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente às igrejas. Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a resplandecente Estrela da Manhã."

17O Espírito e a noiva dizem: "Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver sede venha; e quem quiser beba de graça da água da vida.

18Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.

19Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.

20Aquele que dá testemunho destas coisas diz: "Sim, venho em breve!"
Amém. Vem, Senhor Jesus!

21A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém.

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