Educar é mais sagrado que o que padres, rabinos e pastores fazem pois pode provocar mais sofrimentos as pessoas, sociedade e humanidade, se reduzimos as pessoas à objetos, saberes e escolas à prisões, sem capacidade critica e criativa para se libertarem. Inclusive muito das posições totalitárias na politica vem da redução do saber, fragilidade de uma educação que é por princípio sistêmica, e falta de diálogos mais amplos com todos sobre tudo, principalmente com quem pensa e é diferente.
Essa jornada alicerçada em atitudes, valores e questionamentos de nossas crenças em busca de novos conceitos, metodologias, praticas, avaliação, tecnologias pode resultar em caminhos capazes de despertar novas trajetórias de vida e formas de organizar nossa sociedade, nossa economia, instituições religiosas, politicas e outras.
O saber necessita de farol de onde enxergamos vários caminhos . O amor ao saber e vidas mais orgânicas, menos fragmentadas, desperta em nós as capacidades de escolher nossos objetivos e não ser refém de objetivos de vida impostos por modelos educacionais. Pior que o isolamento social tem sido o isolamento disciplinar, ideológico, ou qualquer outra forma de reduzir a educação a uma disciplina ou instituição.
No momento em que pesquisas em neuro ciência apontam que emoção e razão andam juntas, que assim como os trens se uniram a eletricidade e telefone para mudar o mundo, como hoje ocorre com a integração tecnológica entre internet, Big Data, inteligência artificial, Robótica; observamos ao mesmo tempo, também as mudanças climáticas e epidemias alterarem a teia da vida. Estes processos visíveis e invisíveis alteram nosso mundo e nossa forma de viver. É necessário compreender como estes desafios estão modificando nossas formas de ser, viver e governar para inovar o Estado, a Universidade, a politica e a economia criando novos caminhos de educar em rede indo alem das Escola e Universidade como caminhos institucionais.
É preciso criar pontes orgânicas entre as Creches, Escolas, Universidades com a vida. Uma nova Educação ou a educação como jornada da humanidade ou processos capazes de expandir nossos seres. Educação que não se reduz a um ciência mas é transdisciplinar, nem a um setor é intersetorial, nem linear mas complexa, nem claro somente a uma nação, é internacional , precisamos educar o homem a viver no planeta Terra. Precisamos fazer que o ser humano crie sua bússola educacional e transforme o mundo numa sala de aula, que desenvolva uma auto didática como relatou o escritor Jack London em sua autobiografia “ Martin Eden” ou Rosseau quando deixou a cidade para viver sua jornada na floresta escrevendo "Confissões" , ou Sócrates que não escreveu nada mas sua bússola educacional guia a humanidade ate hoje.
Esta educação tem missão, propósitos e causas como zerar a pobreza, preservar a natureza, realizar todas essências, potencialidades e dimensões humanas apoiando cada ser em sua jornada, e claro podemos usar a integração tecnológica nos celulares com moedas sociais para expandir o acesso a oportunidades de vidas, criar novos conceitos, metodologias e praticas como saúde ecológica indo alem dos limites disciplinares, método científico ou caixinhas que atualmente dividimos e organizamos nossa sociedade. A sabedoria necessária para isso precisa de sonhos e imaginação para criar estes caminhos e avaliar seus impactos se possível on line sobre trajetórias de vidas, escolhas e aprendizados que cada caminho na vida nos gera em mais ou menos felicidade, alegria, justiça, espiritualidade, sustentabilidade econômica, estéticas, saude, liberdades pois cada caminho que seguimos nos educa de várias formas com ou sem professores nomeados para esta missão.
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