SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

HOLOCAUSTOS E DITADORES DE DIREITA E ESQUERDA NO BRASIL NOS DIAS DE HOJE E INFELIZMENTE DESDE A COLONIZAÇÃO.



Enquanto nossos Economistas e Governantes debatem o melhor caminho para nossas vidas e sociedades cometemos crimes contra a humanidade no Brasil quer seja mais de 500 mil mortes na Pandemia, 1 milhão de jovens mortos nos últimos anos pelo crime e violências ou milhões pela pobreza confinados em " campos de concentração " . Vivemos no Brasil a ausência do Estado de Direito quer seja nas comunidades pobres dominadas pelo crime organizado, o avanço da corrupção sobre o silêncio e as disputas de Máfias politicas.




Se Gandhi, Mather Luther King ou Mandela tivessem vivos e morassem no Brasil liderariam juntos com milhões de pessoas movimentos que denunciariam os campos de concentração que se tornam as comunidades pobres brasileiras dominadas pela fome, desemprego, violências, brutais desigualdades e exclusão tão absurdas quanto o apartheid na Africa, o racismo nos EUA, e a miséria na India.



Observamos a sensibilidade e a indignação humana em Movimentos como a Marcha das mulheres e Vidas negras importam nos EUA coordenados por uma comissão de negros, judeus e hispânicos que foram fundamentais na derrota de Trump. O Documentário na NETFLIX " This is personal" conta essa historia.



Na segunda guerra mundial dominados pelo Nazismo e Fascismo não assistimos calados as ideologias políticas violentas e reagimos a elas com lutas mesmo dentro dos campos de concentração. Haviam os que lutavam e os que sobreviveram em situações extremas sem entregar sua dignidade; hoje são nossas maiores lições de que devemos continuar a luta contra os crimes contra a humanidade.



O Historiador Todorov autor de livros sobre os campos de concentração como “ Diante do extremo ” inclui no objeto da história a vida moral, a vida estética. Ele dizia que queria buscar o ‘sentido moral’ da história.” Qual o sentido da moral nos dias de hoje quando em nome dela se usa a violência e a opressão contra milhões de pessoas no Brasil que nunca saíram da pobreza e vivem confinados pela exclusão de nossa sociedade ? Os campos de concentração nos revela uma face da humanidade até então desconhecida ou ao menos ignorada: aquela capaz de organizar racional e institucionalmente o extermínio em massa de seus integrantes. Qual diferença disso para milícias, crime organizado e políticos corruptos que matam milhões de pessoas nas ultimas décadas nas comunidades pobres ? Nesses locais de confinamento, tortura e penúria que pudemos observar os limites do homem em situações de terror, tanto dos que o praticam como daqueles que o sofrem. Mas em uma realidade tão drástica e limitadora, haveria espaço para virtudes heroicas, ou ali reinaria apenas o ódio recíproco? 




No nosso caso brasileiro menos o ódio mas a falta de autonomia desencoraja a luta por milhões de brasileiros que de tantas injustiças e brutais desigualdades consideramos normal os absurdos que vivemos. Seria então possível refletir sobre a moral das ações de personagens de ambos os lados em um ambiente “desumano” como esse? Ou estamos condenados a escravidão, racismo e pobreza da maioria de nossa população sobre o comando de elites econômicas e politicas que consideram isso normal e moral? Nem nos chocamos mais com nossos campos de concentração permanentes que matam milhões de vidas durante varias gerações desde a colonização do Brasil cercados pela luxúria, concentração de renda e poder de poucos que vivem de roubar os cofres públicos num Brasil sem Lei ?



No Brasil nosso problema antes de ser Capitalismo ou o Socialismo que caiu no mundo com o Muro de Berlim ou ascensão da China. É mais a atuação de elites, oligarquias, gangues partidárias e Ditadores como Hitler e Stalin que garante privilégios a políticos, empresários, funcionários públicos, artistas e outros de direita e esquerda pois o problema é moral; é a escravidão da maioria as custas da nobreza de poucos. 



Eu não consigo fechar meus olhos, acalmar meu coração e sentimentos, ou segurar minha vontade de sempre agir e transformar essa realidade com projeto simples que tem o impacto de transformar vidas e lugares. Não é pelo caminho da politicagem e corrupção e sim pela criatividade que tem nas tecnologias e inovações econômicas a capacidade de gerar inovações sociais com novas formas de ser, viver e governar. Não é através de um grande sistema que vamos adotar como o Socialismo de Marx ou o Neoliberalismo que vamos encontrar o caminho e sim pela construção de vidas autônomas e lugares singulares que emergem e não se rendem, nem a força da politica ou do dinheiro para construir seus próprios caminhos com pequenos passos e sonhos. Realizar o potencial humano pela educação, garantir segurança alimentar, energética, hídrica, trabalho, saúde, lazer para todos. 



A parábola dos talentos bíblica não é para os que guardam e poupam nem os que gastam com luxuria e sim para os que multiplicam . Não há mais porque separar a economia da filosofia, educação, saúde, meio ambiente, a realidade conecta uma a outra e produz holocausto. Não há mais porque separar sonhos dos pesadelos quando um se transforma no outro, viver é melhor que sonhar.  




terça-feira, 22 de junho de 2021

9 milhões de habitantes no Ceará, 60 % ou seja 5 milhões e 400 mil NÃO concluíram o ensino médio com as Oligarquias há décadas no poder.



De 9 milhões de habitantes no Ceará, 60 % ou seja 5 milhões e 400 mil NÃO concluíram o ensino médio apesar de uma política educacional intitulada  “TODOS COM EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS” comandada por uma Oligarquia há mais de 3 décadas no poder. Assim como foi Sarney no Maranhão, ACM na Bahia e outras no Nordeste Brasileiro. O Ceará também é o quinto pior Estado em analfabetismo do Brasil. Os principais indicadores de educação de qualquer país, estado ou cidade é o percentual da população que conclui o ensino médio e o acesso à Universidade. No Ceará se foca no marketing do IDEB com as melhores notas em português e matemática para o ensino médio que mantém um pouco mais de 300 mil pessoas matriculadas de milhões de jovens sem emprego, reféns do crime organizado e mesmo os que vão concluir o ensino médio poucos chegam a Universidade, e a maioria voltaram para as mesmas comunidades pobres excluídas de diversas formas pelo poder público para manter os privilégios de alguns as custas de muita publicidade com a mídia e os cofres públicos.





Avaliar uma política pública é abrir a planilha de quanto, em que e como o dinheiro foi gasto para medir o impacto do que deu certo e o que deu errado. Porque outros Países como Japão e Coréia, Estados e Cidades brasileiras economizam em Prédios, Estradas, priorizando de verdade a educação de todos, isso sem falar na absurda corrupção cearense não investigada pela Assembleia Legislativa (pedidos de CPI) como Aquário e outros; como foi no caso do Rio do ex Governador Sérgio Cabral, além dos incentivos fiscais como a JBS e outras empresas que o Governo do Ceara não divulga os números mas que podem aumentar a arrecadação tendo mais dinheiro para educação. A nossa maior "indústria" tem o foco no turismo em benefício dos estrangeiros como em Jericoacoara, onde o povo cearense participa com muito pouco dessa economia, gerando poucos empregos para os jovens que se formam nas escolas profissionalizantes nas cidades ao redor. Enfim, como todos sabemos a educação é o principal eixo estratégico de desenvolvimento de qualquer País, Estado ou Cidade e não apenas direito de poucos às custas da maioria. Esse mesmo processo é o que aconteceu no Chile com os primeiros protestos dos estudantes chilenos até agora com as recentes mobilizações populares e mudança constitucional. Os jovens perceberam que as desigualdades são profundas e que a educação foi uma promessa não cumprida que ia melhorar suas vidas, comunidades e cidades.




O Ceará é um projeto para Inglês ver porque para a maioria dos cearenses é brutal exclusão e desigualdades. Apesar dos empréstimos de bilhões do Banco Mundial em nome da pobreza e dos Bilhões anuais nas ultimas décadas do Fundo para o Nordeste gerido pelo Banco do Nordeste; o que observamos além do forte crescimento do crime organizado, a não formação de uma classe média, a concentração de renda nas mãos de 1 %,  a morte de milhares de jovens mais do que a Pandemia sobre o silêncio dos governantes, e o deslocamento da população cearense e nordestina para periferias de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre, e outras. Nesse período as populações dos 6 estados do Sul e Sudeste brasileiro cresceram e hoje é o dobro dos 9 Estados nordestinos, sendo que a bancada nordestina no Congresso e no Senado mantém os privilégios de poucos como os financiamentos do Banco do Nordeste para Empresas que diferente do BNDES não torna pública quais empresários e que montante receberam nas últimas décadas. O dinheiro em nome dos pobres sustenta Banco e Estados com dinheiro público às custas das vidas dos cearenses e serve para enriquecer alguns mantendo as mesmas oligarquias há décadas no poder com seu projeto político nacional. Já os discursos são diferentes para o Brasil das práticas feudais e corruptas que mantém as Oligarquias no poder com campanhas milionárias proporcionalmente mais caras que São Paulo. 



O Ceará foi o primeiro estado brasileiro a adotar políticas neoliberais com a gestão fiscal e excluir a maioria da população do acesso à política pública como o caso da educação já citado, além de saúde e outras. O problema é que as elites econômicas e governamentais cearenses, nordestinas e brasileiras aprenderam a enriquecer pelo Estado público. Nenhum país se desenvolveu de verdade sem tirar as pessoas da pobreza, foi o caso dos EUA, Europa, Japão, Coreia, tigres asiáticos e mais recente a China tirou 300 milhões de pessoas da pobreza, fato que está levando ela a liderar a economia mundial com investimentos, poupança e consumo. Nenhum desses Países excluiu a maioria de sua população do acesso e do direito a educação, crédito, habitação, nem a política educacional foi tratada de forma isolada com foco em melhorar a nota em duas matérias , e sim foi integrada à política social, nutricional, trabalho, saúde e outros. No Ceará nunca a política de segurança resolveu o aumento do crime e violências,  apesar da compra de carros Hilux e farda feita por estilistas. Nessas horas o Ceará não é um estado pobre e tem dinheiro para delírios como Aquário, Tatuzões e outros mas não para educação da maioria da população.      




O pior do Ceara é a ignorância e esperteza de nossos políticos e oligarquias, os Juniores que herdam o Estado de pai para filhos e netos, como são as mesmas famílias mudando 8 vezes de partidos, discursos e aliados, erram e desperdiçam várias vezes os recursos públicos sem nenhuma consequência afinal foi o irmão, pai, primo ? Por exemplo Ciro Gomes critica a todos menos a oligarquia e família que faz parte ? Esta pode roubar e errar a vontade há décadas, privilegiando seus interesses eleitorais, inviabilizando a democracia diante da ditadura da corrupção e brutais desigualdades. É fácil ver pelos números de analfabetos e os que não concluíram seus estudos, que vendem para o Brasil um Ceara que não existe para a maioria da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza. Há décadas e séculos o Ceara continua dominado por Coronéis como Ciro. E muito políticos, empresários, professores, burocratas governamentais, artistas e outros se calam imperando a lei do silencio para não perder sua pequena fatia do bolo e do pacto.








sábado, 5 de junho de 2021

MATRIX BRASIL ! NEM LULA, BOLSONARO OU CORONEL CIRO.

 



“Não morreu 471 mil mortes por COVID no Brasil, nem temos quase 15 milhões de desempregados”, esta é apenas a recente falta de memória ou desinformação que vive parte dos brasileiros mas não exclusiva de quem defende o Governo Bolsonaro, mas também de parte de nossa população que devido nossas brutais desigualdades econômicas e sociais é excluída de uma participação mais ativa e democrática em nossa sociedade.



Porém esse processo de vivermos dentro de bolhas ou por ignorância ou interesses não é exclusivo do Governo Bolsonaro, pois da mesma forma muitos defensores do Governo PT negam a absurda corrupção que houve no Governo Lula e Dilma, alguns bilhões que inclusive foram devolvidos aos cofres públicos, a morte de 1 milhão de jovens durante o Governo do PT e outros. Temos a bolha do Bolsonaro e do Lula  mas também do Coronel Ciro Gomes que também não fala da absurda corrupção, pobreza e mortes de jovens no Ceará durante as últimas décadas que as oligarquias governam o Ceará e suas respectivas mudanças de partidos. Desde a Ditadura na ARENA, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS, PDT até os dias de hoje mudam de partidos, discursos e aliados. A Ditadura da Venezuela se equivalem em tempo a do Coronel Ciro Gomes com campanhas milionárias proporcionalmente mais caras que São Paulo, distribuição de cargos e orçamentos para partidos visando inviabilizar a oposição e silêncio sobre corrupção de bilhões no Governo da família com pedidos de investigação negados na Assembleia Legislativa como foi o caso do Governo do Rio de Sérgio Cabral antes de tudo estourar . 



Ontem tive um pesadelo, eu queria acordar mas não conseguia escapar desses falsos discursos, cenários cinematográficos com campanhas milionárias e Matrix produzidos pelos interesses de nossos políticos, elites e gangues partidárias. Faz 35 anos que acordamos no Ceará ouvindo as mentiras do Ciro Gomes como um Big Brother que tenta apagar a História e a vida concreta de milhões de pessoas que vivem outra realidade fora da Matrix. Da mesma forma o PT cria um mundo paralelo que denomina política mas como mostrou em seus governos a serviço de seu partido, dirigentes e talvez seja uma das poucas “ esquerdas “ dominadas também por oligarquias; parentes sem história que dominam feudos eleitorais ou executivas municipais sem Democracia em nome do povo. Eu não sabia que Marx era irmão ou parente do Engels ou Lênin de Stalin e Trotsky! Eu sei que Lenin começou a lutar porque o irmão dele foi morto pela Oligarquia do Czar Russo. 



A MATRIX brasileira considera normal a violência, desigualdades, corrupção e privilégios das Oligarquias, elites e gangues partidárias. Uma é resultado da outra e formam assim uma Matrix que dependendo da pílula vermelha ou azul que tomar  o inimigo é o outro quando deveria ser as práticas de poder e ditatoriais em benefício de alguns. Esse problema da MATRIX brasileira enlouquece políticos, empresários que vivem dos incentivos fiscais do Estado, STF , Professores Universitários, ONGS, artistas, profissionais liberais e outros. Muitos dos Professores das Universidades brasileiras ainda não entenderam que o Muro de Berlim caiu em 1989 e que a China é capitalista como a Rússia e outras. Vidas brasileiras nunca importaram apenas seus votos e escravidão, se ensina nas Igrejas, Escolas e Universidades dogmas vendidos como verdades para pessoas que já sofrem brutais desigualdades e violências. O melhor caminho será educá-las para terem capacidades críticas e criativas se libertarem da Matrix, dialogarem sobre as vidas concretas, lutar por políticas públicas de impacto com menores custos e criarem seus próprios caminhos, assim como oportunidades e as mesmas chances de desenvolver seu seres, vidas, cidades e liberdades.   



O problema da Matrix política brasileira é que vence o quê mentir, enganar e roubar mais, ou seja o mais violento protegido pela mídia e instituições  brasileiras como o Congresso que servem de palco e cenários para tentar legitimar as Máfias de ladrões; onde nem sempre a lei do silêncio funciona e de vez em quando conhecemos os bastidores reais, quando alguma intriga ou disputa de poder com antigos aliados mostram o verdadeiro cabaré das prostitutas políticas brasileiras que tocam fogo no Brasil e em milhares de vidas todos os dias. Até lá nada no Brasil muda de verdade, apenas os enredos do STF, Mídia, Políticos e aliados para nada sair do lugar mantendo os privilégios de poucos às custas de milhões de vidas desde 1500.




domingo, 30 de maio de 2021

O QUE É EDUCAÇÃO ? NÃO É SINÔNIMO DE ESCOLA AINDA BEM! página 3



É repetitivo dizer que as escolas e os governos são as instituições que menos mudaram ao longo dos dois últimos séculos, mas devido a pandemia começaram a mudar e rápido. O melhor caminho para mudar a escola é compreender os espaços não escolares que educam através de outros meios que não são salas de aula, disciplinas tradicionais, currículo e os professores ocupam outra missão que vai muito além do conteúdo. Hoje o Professor Google disponibiliza vários conteúdos mas o que ele não ensina ? O que os Big Datas e inteligência artificial não conseguem ensinar ? Essas perguntas nos educam sobre a necessidade urgente da escola quebrar seus muros como cantou Pink Floyd e ampliar seus espaços não escolares. Da mesma forma os professores tem que compreender que o aluno tem outros professores que não são da Escola mas que impactam sua formação para o bem e para o mal, e temos que educar para lidar com essas circunstâncias de forma crítica, reflexiva, fortalecer suas personalidades e valores, lidar com os medos, angústias, e sentimentos que impedem seu livre desenvolvimento e liberdades incluindo econômicas, sociais e cada vez mais ecológicas.



Os bairros ou comunidades que vivemos ensina muito, assim como aplicativos cada vez mais integrados com realidade expandida interagindo com os lugares, os livros e os filmes, os esportes, a arte, os projetos sociais e ambientais, diversas experiências, a espiritualidade, as causas políticas e sociais, o trabalho, as novas tecnologias, nossa saúde, a família, enfim a vida. Todos esses espaços não escolares nos ajudam a compreender mais quem somos e o mundo que vivemos, aí as disciplinas como história, matemática, física, química, biologia, geografia, filosofia e outras tem o poder de aprofundar esses conhecimentos e expandi-los ao infinito. Porém, essas disciplinas isoladas visando decorá-las para passar no vestibular ou ter um diploma não serve ao ser nem à vida. Sim, os contextos importam, lidar com a diversidade cognitiva e múltiplos caminhos de aprender, capacidades críticas e criativas revelam nossa autonomia de pensar e construir nossa vida e moldar nossos destinos. Um caminho é pensar a educação no horizonte dos últimos duzentos anos, outros é na cultura judaica de mais de 5780 anos e múltiplas transgressões assim como na História da diversa Humanidade e dos bilhões de anos do qual somos apenas um dos frutos, que não se reduz a redução que passamos a tratar o conhecimento. 




Outros aspectos a pensar sobre a educação dada hoje nas Escolas ou Universidades é compreender que educação é mais ampla do que método científico, e não se trata de negar a ciência mas ao mesmo tempo não tratá-la como dogma, Deus e ideologia. É compreender que estamos vivendo uma transição tecnológica, mudanças climáticas, brutais desigualdades e violências. No ritmo da escola ou da Universidade até que chegue esse capitulo o mundo acabou! Mesmo antes do Mestrado ou Doutorado temos que ensinar o que é certo, atualizar o conhecimento, ampliar a diversidade dos autores que lemos e não nos render a ilha dos especialistas que querem contemplar o éter linear e esquecer o real complexo.




Por exemplo, a título de conclusão deste artigo vamos falar do Estado e sobre o valor da ficção em relação ao método científico como caminhos não escolares que modificam nossa percepção da Escola e da Educação. Muito do que compreendemos como Escola é filha do Estado e da Economia. Porém, se o Estado e a Economia estão mudando, será que a escola pode se emancipar e seguir seu próprio caminho ? O Estado rendido por vários interesses nada públicos nos coloca os desafios de nos autogovernar ou dar autonomia ao lugar que vivemos garantindo segurança alimentar, energética, hídrica, trabalho, diversão, arte, esporte, saúde, e educação independente do Estado ou do mercado e sim pelo fortalecimento dos laços e vínculos comunitários, familiares e sociais. A Escola pode ajudar a comunidade que está inserida nessa jornada ? isso pode ajudar no currículo ? Hoje vivemos uma má educação no Brasil mesmo com milhares de mortes na Pandemia ainda não são lições suficientes para muitos que continuam a desprezar o vírus com o risco de morrer outros milhares devido a nosso comportamento inclusive de políticos e outros.



Lembro também que educação mais do que ciência é arte como processo de construção da aprendizagem diante de múltiplos caminhos. O que distingue a ficção da realidade não é déficit de realidade, mas um acréscimo de racionalidade como nos educa Jacques Rancière. A arte é mais filosófica que a história porque essa última diz apenas como as coisas acontecem umas após outras, em suas particularidades, enquanto a arte pode nos educar como as coisas podem acontecer de modo geral . Na História elas podem acontecer por acaso mas na arte como encadeamento de causas e efeitos. Da infelicidade à felicidade não é algo agora imposto por um Deus mas resultado da ação humana e a relação que ela mantém com o conhecimento. A infelicidade do herói trágico é consequência de um erro: um erro qualquer na condução de sua ação e não mais uma transgressão da ordem divina. A peripécia que a arte produz no universo das expectativas muitas vezes a ciência, a economia, a política, a educação quer nos esconder os efeitos adversos de nossas ações mas porque nem sempre alcançamos os resultados prometidos ? A verdadeira educação não se restringe à escola mas dialoga com a vida e nos educa sobre a prosperidade e o infortúnio, a espera e o inesperado, ignorância e o saber.  No próximo artigo vamos continuar a dialogar como muitas vezes o infortúnio é efeito da ignorância que a realidade inesperada acontece, enquanto a escola nega educar para um mundo em transformação . E nem falamos sobre as desigualdades, as violências, e as máfias politicas e do crime organizado que estão inviabilizando nossas escolas, sociedade e a vida em comum. 





terça-feira, 25 de maio de 2021

UM NOVO CICLO DE UMA SÉRIE SEM FIM. 1520 dias.

 


Vivemos uma guerra interminável e nessa jornada escrevemos 810 artigos neste blog, entre um livro e outro, atuamos em várias profissões ao mesmo tempo, pesquisando e dialogando com vários saberes, vivendo com gente de classe, gênero, raça e idade distintas de diversos estados e países.  Hoje me pergunto: era para ter seguido uma trilha única na vida ? Claro que não. 



A vida é mais mágica, complexa e diversa se nos permitimos vivê-la em toda intensidade, mas isso não significa que minha trajetória de vida é uma receita mágica. Afinal cada um soma de forma única e rara na orquestra da humanidade. Outros apenas ruídos, enquanto personagens foram em suas vidas polímatas, tocaram com suas almas sinfonias, seguiram suas ideias, sonhos, sentimentos e ajudaram a moldar o mundo com ajuda de Deus e de anjos. 



Necessitamos abandonar nossos medos e fantasmas, nos curar dos traumas, dores e injustiças que sofremos entre heróis e vilões. Aprender a escrever o roteiro de sua vida entre os desafios de sua época e as expressões de seu ser, compreendendo a realidade e a imaginação. Mas afinal quem são teus inimigos ? Ninguém ! 



Não é a Dialética de Hegel que gera síntese é a vida. A luta não é o Estado nem o mercado. Eles se inscrevem e apagam todos os dias na História, o mundo morre e outros renascem. Entre inferno e céu, longe e perto, qual seu destino ? Da borboleta para provocar o furacão ?  



Outras janelas se abrem entre livros e filmes. Destruir o mal ou criar o bem ? Amor e confiança é tudo. Pessoas raras não te abandonam por mais motivos que der. Porque sempre buscamos o amor que nos cura de todas as dores que passamos, mesmo quando acontece algo ruim fica tudo uma bagunça, mas seguimos e mesmo não tendo chance vencemos. Não desistimos, isso é o que nos define, em especial em situações limites. Nunca é tarde para mudar a pior parte de sua vida e dizer te amo. 





sexta-feira, 14 de maio de 2021

COMUNIDADES E CIDADES DA SABEDORIA PÓS SOCIAL. 1510 dias.

 


Seguindo o pensamento de Martin Buber sobre a nova e antiga comunidade. Ele que foi um dos grandes renovadores do pensamento comunitário para ele não é mais possível voltar à comunidade tradicional. É preciso lutar por uma comunidade nova que não seja pré-social mas pós social. A principal diferença entre elas é que não seria fundada no parentesco de sangue. O que gera castas e oligarquias na direita e esquerda como na Alemanha Nazista, India, Estados Unidos e Brasil como nos Estados de Pernambuco e Ceara, e os respectivos projetos de poder econômicos e políticos em benefício delas; incluindo o enfraquecimento da democracia e o silêncio sobre corrupção. O pensamento de Martin Buber como caminho se une ao de Isabel Wilkerson sobre os problemas gerados pelas organizações econômicas e políticas geradas no Estado pelas Castas, onde se encontram as origens de nosso mal estar.



As comunidades e cidades novas é resultado de afinidades eletivas ou livre escolha como tem acontecido antes da pandemia por comunidades fundadas por jovens na Europa ( eu visitei uma perto de Viena ) que juntos se educam e trabalham para garantir a segurança alimentar, energética, hídrica e outras usando tecnologia e se conectando ao mundo pela internet. Essas comunidades não são limitadas por fronteiras religiosas, regionais e nacionais; muitas delas se conectam em redes, numa visão cosmopolita e mística de Gustav Landauer, "a comunidade mais antiga e universal com a espécie humana e o cosmos". Uma Terra da Sabedoria, gerando uma educação que integra a relação com a natureza, espiritualidade e a tecnologia para ter como princípios o cuidado da família, saúde e a habitação que dialoga com a economia, arte, e a política que emerge dessa relações um ethos comunitário. 



Hoje as pessoas estão querendo abandonar os formigueiros das grandes cidades e as lições da pandemia nos apontam como um caminho para se mudar para pequenas cidades mais perto da natureza e da terra sem as escravidões que as castas impõem. Comunidades autônomas que não resultam mais do crescimento primitivo mas de uma ação consciente. É importante frisar que esse pensamento não é capitalista, nem comunista ou socialista. A ideia é ultrapassar a própria cidade, uma terceira forma de vida comum, distinta da aldeia rural e da cidade, gerando uma nova organização do trabalho integrada às outras dimensões da vida e da comunidade. Um comportamento criador de comunidade que une cultura e espiritualidade, evitando poderes coercitivos do Estado ou da Economia para fortalecer a relação entre eu e o outro pelo diálogo e encontro. Modelo diferente das formas rígidas e ritualizadas das religiões, instituições políticas e Estado. Buscando a fusão do ser humano com o mundo, a natureza e seu semelhante. Um futuro capaz de transformar a realidade passada e presente. Uma vida perfeita e verdadeira, o advento de um mundo da unidade em que a separação do bem e do mal seria abolida pelo aniquilamento definitivo do pecado. Não se trata de um acontecimento histórico mas algo tecido pela história, uma reviravolta sem progressos medíocres, sem projetos de poder autodenominadas vanguardas.



O último Isaías fala as palavras de Deus “com efeito, criarei novos céus e novas terras”. É uma experiência direta em convívio com a natureza, espiritualidade, comunidade e outros que nos transforma para mudar nossas formas de ser, viver, educar e nos autogovernar.  A ação do homem é profética e participa da redenção do mundo.  Não devemos apenas esperar, contemplar e sim agir agora, unindo as centelhas da luz divina dispersas no mundo. Segundo Buber, Deus quer a mudança do mundo com a participação da humanidade atuando juntos de forma cooperada. O dever de todo homem que habita em Deus é maior que o Estado e a Economia, desejamos submeter o Estado ao espírito não a religião. Esse caminho torna possível a superação do Estado por uma forma superior de sociedade onde criatividade e ordem se unem no povo. Condenamos a tirania do Estado e Empresas que sugam o sangue das veias das pessoas e comunidades. Essas bonecas mecânicas que querem substituir a vida humana e orgânica. As formas centralizadas e mecânicas destroem o pensar, ser e a vida em comunidade. 



Aqueles que têm fome e sede de justiça serão saciados. O anarquismo tem um fundamento espiritual e de liberdade. Enquanto o capital quer lidar com o indivíduo, o Estado tira autonomia da vida em grupo. Na sociedade medieval tínhamos redes de comunidades e trabalho associadas entre si, essa rede foi esvaziada pela coerção do capital e do Estado que desarticulam as formas orgânicas e atomizam os indivíduos. Porém não queremos voltar nem ao comunismo agrário primitivo, nem ao Estado corporativo da Idade Média, temos que unir as resistências de nosso tempo para nos salvar e ao planeta das brutais injustiças, desigualdades e violências. Existem nesse caminho vários obstáculos econômicos e políticos, e uma mudança interna necessária da vida social, a reestruturação comunitária das relações humanas. A regeneração das células do tecido social, será o renascimento de forma descentralizada de pequenas comunidades e cidades. 




Nessa transição de civilização que estamos vivendo temos que seguir em frente enquanto o mar se abre, as revoluções acontecem, os Reis e Ditadores caem, os Robôs e a inteligência artificial ainda não estão no controle de nossa Distopia, ainda não alcançamos o carbono zero e vamos sofrer todas as consequências das mudanças climáticas e as brutais violências e desigualdades que nos acostumamos. Como escreve Isabel Wilkerson “ quem tem uma casa velha sabe que aquilo que prefere ignorar não irá desaparecer. O que está escondido virá à tona, quer decidimos olhar ou não. A ignorância não protege das consequências da inação. Aquilo que queremos que desapareça continua nos incomodando até reunimos coragem para encarar o que preferimos não ver.” E a pior delas são as ideias que carregamos que mantém a destruição da Terra e da humanidade pois isso lutamos de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.   





quarta-feira, 5 de maio de 2021

DIVERSIDADE COGNITIVA ! REVOLUÇÕES URGENTES NO MEIO DE PRECIPÍCIOS ENQUANTO APRENDEMOS A VOAR! 1500 DIAS .



A sociedade grega aprendeu com as tragédias o valor das epopéias ? ou as epopéias se transformam em tragédias na Guerra do Peloponeso que colapsou uma importante era para humanidade! Os delírios da idade média viraram cruzadas e inquisições. A Modernidade explodiu em duas guerras mundiais e holocaustos, e nos atuais tempos que vivemos em crises financeiras, ecológicas e sociais. Nós aprendemos com a Pandemia ? Muitos que viviam do sucesso, consumo e hedonismo estão assustados com a pandemia mas talvez não consigam enxergar o mundo que vivem? Interpretam como uma bolha de luxo, delírios e vazios poderes neoliberais mas foram derrotados por um vírus invisível aos egos.  Buscamos viver no mundo sem bolhas.



Revolucionários como ditadores socialistas, hackers, rebeldes e profetas emergem diante de becos sem saídas e precipícios. Onde além da razão precisamos de fé e esperança para que o mar se abra, uma inovação tecnológica ou extraterrestre nos salve tornando verdades nossas ficções científicas. O ideal é que a revolução acontecesse pelos meios normais como a educação, economia e pela natureza, mas são tantos poderosos, corruptos  e criminosos no comando da humanidade que o mundo foi vendido.  A Política ao invés de liderar e lidar com nossos desafios coletivos prefere mentir, roubar e produzir tragédias revolucionárias uma atrás das outras. 



No meio de tudo isso temos que aprender a voar sem drones para enxergar o mundo de forma sistêmica. Os drones podem ajudar a enxergar a totalidade do mundo que produzimos e não apenas ilhas do paraíso mantidas pelo inferno de Dante e bilhões de pessoas. Necessitamos  redesenhar o mapa do saber para pensar nas palavras e números que criamos mas que muitas vezes não expressam nem contam nada, apenas iludem e mentem pois as caixinhas dos saberes explodiram por algum rebelde polímata e as instituições viraram múmias sem profetas. Educamos para tudo menos para uma cidadania planetária, um dos poucos caminhos políticos que nos resta. Ortega & Gasset denunciou nossa especialização mas estamos muito ocupados e cegos para ver suas consequências . A fissão nuclear teve consequências intencionais como a Bomba atômica mas a internet foi uma criação não intencional que tem se tornado um caminho de Êxodo para uma nova civilização, se conseguirmos pensar em robótica, renda mínima, carbono zero, e desurbanização das grandes cidades numa única equação e solução ao mesmo tempo distopia e utopia. 



A inteligência não nasce ideológica e todos são úteis  para os atuais desafios. Eles não serão apenas resolvidos por padres, políticos, empresários, professores mas cada um de nós independente da função e talvez mais importante o lugar onde mora tem um missão importante e singular. Mesmo a polarização e as guerras que vivemos foram ultrapassadas como modelos, pois não se trata de quem vai vencer e sim de quem já foi derrotado por sua proposta de mundo. Independente de você ser esquerda ou direita você tem direitos como cidadão, pode alcançar a riqueza e o consumo pelo mercado ou crime infelizmente em muitos casos não tem muita diferença, a democracia está sendo destruída pela corrupção e apenas votar não resolve, bilhões de pessoas clamam por seus Deuses quer seja no Brasil, Índia, Europa, EUA e em alguns países eles se chamam Partidos dito comunistas, elites e Ditadores Oligárquicas.




Várias Universidades no mundo tentaram lidar com os arranjos pessoais e sociais que eclodiram no fim da segunda guerra que tal as Universidades voltem a fazer o mesmo ? Porque a menor crise que vivemos é científica e tecnológica. Aprender a lidar com valores e crenças, mudança social e cultural, pandemia e outros necessita de métodos distintos da especialização caótica que geramos, necessitamos de sistemas abertos e múltiplos, que una diferentes em torno de desafios, ousando com uma diversidade cognitiva, imaginar e realizar ao mesmo tempo. Criamos um Instituto avançado Terra da Sabedoria, fora das Universidades, conectando pessoas e desafios em redes para transformar trajetórias de vidas em movimento e comunidades geolocalizadas ao mesmo tempo, conectadas por HUB SÓCIO AMBIENTAIS.  O celular pode pagar contas, votar, aprender mas também pode ser uma bússola de autogoverno para voar para outra civilização.



Chega de ignorantes instruídos atuando em instituições oficiais que cobram impacto mas eles não tem nada a dizer sobre os trilhões gastos em barbáries consideradas normais. A especialização absurda sem conexões e pontes produz idiotas, gera o enfraquecimento da imaginação científica e um grande prejuízo na educação de nossas crianças e jovens. Necessitamos fortalecer nossa ignorância criativa no mundo das ideias, abrindo portas e janelas, derrubando muralhas de chinas e muros tipos mexicanos que existem em vários lugares mas erguidos primeiramente em nossas mentes, corações e sonhos sem alma. Os muros são tão altos que muitas vezes impedem a visão.



Nós necessitamos de currículos que muito mais que disciplinas sejam processos como compreender nossa trajetória de vida, os contextos que vivemos, os pensadores que dominam nossa época, e os desafios que compartilhamos. Lidar como a economia, educação, saúde, religião, natureza, tecnologia e outros se integram em nossas vidas. Por isso que desde 1960 se ampliaram os estudos sobre negros, mulheres, e latinos; gritos de liberdade que emergiram de baixo para cima nos libertando de saberes que moldam poderes. Processos como Cognição, Cultura, Urbanos, Pobreza e violências não cabem em caixinhas modeladas por conceitos sem contextos. 


As vezes estudar o bobo da corte ensina mais sobre poder do que o rei, assim como jogos se inscrevem na cultura da humanidade como pesquisou o Polímata Huizinga. A interação entre pessoas e saberes diversos nos educa mais que os círculos e quadrados que criamos para  viver. O google surgiu em 2008 e agregou a ciência e o conhecimento cidadã nos libertando dos saberes que se intitulam oficiais, muitos menos por suas ideias do que por suas estruturas. Hoje entre ler devagar um livro e coletar informações rápidas pela internet temos que aprender a transformar conhecimento em vida preservando a Terra.

Empreendendo sonhos de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.



Ecossistemas digitais - ECODIGITAL é um ambiente onde linguagens transmídias dialogam com big datas, inteligência artificial e outras tecnologias visando transformar vidas  que compartilham e habitam a Terra da Sabedoria , um mundo virtual que gamefica o real. 



Lidar com ecossistemas digitais visando nos educar e lidar com nossa singularidade se tornou urgente pois a solução da internet gerou outros problemas. O ataque de 11 de setembro não foi detectado, apesar dos alertas de segurança, pois se transformou em ruídos pelo dilúvio de dados. Hoje o Google é que nos pesquisa. E no meio dessa inundação de informações sem conhecimento, a formação e a visão sistêmica dos Polimatas é urgente para prever colapsos como pandemias e criar novos caminhos. Como descreveu Leibniz " precisamos de homens universais. Pois aquele que consegue ligar todas as coisas pode fazer mais que 10 pessoas"