SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 28 de janeiro de 2023

O MINISTRO DA EDUCAÇÃO CAMILO ESTÁ NU! EDUCAÇÃO, POBREZA E POLÍTICA!


 

523 anos de pobreza do povo cearense.  Há 37 anos desde que Eudoro Santana, Pai do atual Ministro da Educação Camilo Santana, foi Secretário do Governador Tasso e depois outros Governadores como Ciro Gomes, Cid Gomes, o próprio Camilo Santana e Izolda Cela, esses representantes das Oligarquias, elites cearenses e suas famílias estão há décadas no poder sendo responsáveis diretos pela pobreza da maioria da população, aumento da criminalidade e violências, desigualdades, e absurdos ambientais em seus governos. A mesma Oligarquia continua com suas famílias no poder no atual Governo Elmano produzindo bilionários que não pagam bilhões de impostos há décadas, mais bilhões de dólares da Cooperação internacional; eles falam de educação mas se calam sobre a pobreza e violências geradas em seus Governos durante décadas. Why ? Perguntaria Lemann ou a gestão do sonho e divida grande das Lojas Americanas? Se as notas tiverem boas durante anos não importa quanto a contabilidade escondeu de pobreza e violências da maioria da população para gerar essas notas de uma minoria que não representa o que de fato significa educar uma pessoa! 


 

A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire revela que estes são novos tempos de opressão. As opressões aumentam, com requintes políticos. Agora a educação focada em notas exclui 60 % da população cearense do acesso à educação, vivendo na pobreza e na violência são os novos requintes políticos da opressão. Os oprimidos repõem outro paradigma de formação humana, outro paradigma de humano-inumano, de desumanização-humanização. O aumento da pobreza extrema e do desemprego faz crescer o número de oprimidos desumanizados. Os oprimidos se sabem roubados em sua humanidade e se sentem ameaçados da violência do Estado. Há violência do Estado e de seus órgãos de justiça e segurança contra jovens e adolescentes exterminados nas periferias urbanas, o Ceará com Camilo e Izolda no Governo durante 8 anos mata quatro vezes mais jovens que São Paulo. Mas os oprimidos, em seus movimentos sociais, resistem, afirmam-se humanos e apontam para outro paradigma pedagógico. Esse é um resumo do Artigo escrito pelo Professor titular Miguel G. Arroyo da UFMG, Doutor em Educação pela Stanford University. O Ministro Camilo está nu!



Ideias e debates como esses escutando e implantando teorias e práticas pedagógicas de Freire e outros pensadores da educação de verdade, pouco foram feitos pelo Governo do Ceará durante a gestão de Camilo e Izolda, pouco democráticos na educação, os professores foram pouco escutados e o modelo de notas foi empurrado de cima para baixo numa visão Lemann de resultados baseados em notas. Talvez por essa obediência aos Coronéis na política e elites sejam os tecnocratas que representam um modelo educacional sem direitos a questionamentos, assim eles exigiram os principais cargos para o grupo da Oligarquia cearense que hoje controla o Ministério da Educação.



Quando esquecemos que trabalhar com Educação é essencial atuar de verdade de forma democrática e não entregar cargos do MEC para a visão de mundo da Lemann, Itaú ou Todos pela Educação. Eles não representam nem nunca representaram os professores nem os estudantes.  “Quando esquecemos que trabalhamos com seres humanos, também esquecemos da nossa própria condição de docentes humanos. Precisamos reinventar a humana docência ou não reinventaremos a formação humana integral”, disse Miguel Arroyo, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante o 1º Seminário Nacional de Educação Integral.

 

Para ele, o ponto de partida está em compreender o contexto histórico, social e político em que a educação integral se dá. “Nunca entenderemos a educação integral se não entendermos os processos brutais de desumanização integral com que tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos são ensinados”, disse.



Tampouco adianta ampliar o tempo de escola, explicou Miguel Arroyo, se for para fazer mais do mesmo, apenas estendendo o tempo de exposição dos estudantes a uma educação bancária. “Isso é reduzir o processo de formação do ser humano a processos regulares de escolarização”.

 

Nessa empreitada, também é fundamental, em cada tempo humano, olhar para suas diversidades. Isso porque não existe uma única infância, adolescência, juventude ou vida adulta, dada a variedade humana e de contextos e culturas no território brasileiro, bem como os diferentes períodos de desenvolvimento e desafios que cada etapa apresenta.

 



“Como dar conta da especificidade de cada tempo humano? A formação social, cultural, ética, identitária é muito diferente em cada tempo e a nossa tradição pedagógica, que se orienta pelos tempos escolares, não respeita os tempos humanos”, pontuou o especialista. 

 

Educação integral: o que ela significa? 

 

Formar sujeitos sociais. “Para garantir o letramento, matamos a socialização, silenciamos as crianças, mas a nossa formação humana integral se dá na relação social com o outro”.

 

Formar sujeitos políticos. “Somos membros da pólis e é preciso formar cidadãos aptos a viver e agir em sociedade”.

 

Formar sujeitos culturais. “Os currículos têm que ser pensados como sínteses da cultura, que os governos temem mais do que a própria Educação por sua potência”.

 

Formar sujeitos éticos. “É uma das formações mais fundamentais. Não se trata de olhar o outro como alguém sem valores ou como um trabalho de moralização. Temos que pensar como formar infâncias e adolescências reconhecendo sua moral, sua ética e fortalecer sua condição humana”. 

 

Formar sujeitos identitários. “Mais de 80% das crianças, adolescentes, jovens e adultos das escolas são negros. Para resistir ao racismo estrutural, temos que formar os estudantes em suas identidades de raça, gênero e classe”.




Que tal os teóricos da educação da Fundação Lemann, Itaú e Todos pela Educação seguidos durante décadas pelos Coronéis Ferreira Gomes , Camilo Santana e Izolda Cela realizarem uma pesquisa sobre Educação e pobreza à luz de Paulo Freire, Vigotsky, Malaguzzi, Wallon, Morin e pensadores da educação brasileiros como Miguel Arroyo e outros ; somando a estudos sobre como países que se destacam no PISA como Finlândia, Canadá, Japão, a região de Emilia Romana na Itália e outros construíram seus sistemas educacionais, suas Histórias e os passos que foram dados para integrar política educacional com social e econômica.



Talvez possamos aprender como povo brasileiro que não podemos nos render as ignorâncias, delírios, violências e interesses dessas organizações que seus financiadores são responsáveis pelo Brasil ser uma das maiores concentrações de renda, injustiças, pobreza, desigualdades e violências do mundo durante décadas regadas pela não taxação de impostos dos ricos, incentivos fiscais, um dos mais altos juros do mundo, baixa concorrência bancária, títulos da dívida pública e os salários mais baixos da América Latina segundo matéria hoje da CNN.  

 


https://www.cnnbrasil.com.br/business/cesta-basica-e-38-do-salario-minimo-no-brasil-7-na-irlanda-e-160-na-nigeria/


Enquanto as Oligarquias cearenses representadas por Camilo Santana, Izolda e Ferreira Gomes gastaram trilhões durante décadas do povo cearense e da Cooperação internacional com outras prioridades das elites e das oligarquias, incluindo campanhas milionárias que inviabilizam a democracia para se manter no poder sempre, fazendo silêncio e não investigando na Assembleia Legislativa a corrupção de bilhões, que não reduzem a pobreza, e não muda de verdade a educação e a inclusão econômica e social do povo cearense.  Talvez possamos aprender com regiões pobres como Emília Romana e o Pedagogo Malaguzzi, o que eles fizeram para mudar de verdade a educação.  


 

Em abril de 1945, o Pedagogo Malaguzzi se juntou ao projeto ambicioso de um grupo de pessoas comuns de origem rural de trabalho e que, em uma pequena aldeia perto de Reggio Emília, decide construir e operar uma escola para crianças. Desta faísca vai nascer mais tarde outras escolas nos subúrbios e nos bairros mais pobres da cidade, todos autogestão.


 

Malaguzzi acredita firmemente que não é o que as crianças aprendem a seguir automaticamente, a partir de uma relação linear de causa e efeito entre os processos de ensino e os resultados como notas e sistemas avaliativos como SPAECE, mas é em grande parte o trabalho das mesmas crianças, suas atividades e do uso dos recursos que têm.

 

A escola é comparada a um canteiro de obras, em um laboratório permanente onde os processos de crianças e adultos de investigação estão interligados tão forte, viva e em evolução diária.


 

Emilia Romana, cuja capital é Bolonha, é uma região do Norte da Itália com quatro milhões de habitantes, composta por 109 províncias; uma delas é Reggio Emilia. Não é uma cidade grande, no entanto está em plena expansão, tendo sido definida como “cidade mundo”.  Em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, no Vilarejo de Vila Cella, trabalhadores e comerciantes que perderam tudo se uniram aos novos moradores que lá se estabeleceram a fim de construir uma escola para crianças pequenas. A escola foi erguida com a venda de um tanque de guerra, seis cavalos e três caminhões, deixados pelos alemães. Esse movimento inicial envolveu toda a comunidade, mas de modo especial os pais, pois nasceu do desejo de reconstrução da própria história e da possibilidade de uma vida melhor para seus filhos. Então, desde sua origem, Reggio Emilia é uma escola diferente, enraizada na vontade das famílias de construir um mundo melhor por meio da educação.


 

Portanto a nossa luta pelo PISO dos professores e pela PISA das notas deve ser ainda maior para tirar nossas crianças e jovens da pobreza através  de uma educação que mude suas vidas e dos lugares que vivemos construindo um mundo melhor para todos . O Brasil esta cometendo os mesmos erros que levou a juventude chilena a lutar contra Educação que produz desigualdades e pobreza em seus país. Elegeu Gabriel no Chile para mudar isso e aqui foi Lula, não foi Temer nem Lemann que aproveitaram o Golpe de Dilma para atropelar o MEC e a Democracia Brasileira. Camilo e Izolda se calam sobre isso ! 


Os caminhos da oligarquia na história brasileira levaram a pobreza, escravidão e ditaduras para manter os privilégios das famílias isso é que o acontece hoje no Ceara no Século XXI em seus números de pobreza e violências, incluindo violências politicas! As prioridades sempre foram manter as elites e as famílias politicas no poder. Camilo deixa sua esposa na Secretaria de Ação social do Ceará assim como Izolda a filha como Secretaria de Cultura, enquanto outros membros das famílias ocupam feudos para manter os acordos intactos há décadas. Os discursos são farsas da oligarquia cearense enquanto as mentiras, as mortes, a pobreza e as violências suas praticas de poder. As famílias se tornam Partidos e usam o Estado para seus interesses e acordos com as elites. É necessário não ter vergonha , moral, ética nem educação e civilidade para se sentar na corrupção, indicadores de pobreza e acordos com outros que vivem e enricam pelo Estado. Na visão deles é sua profissão viver do jogo da politicagem. Enquanto isso uma educação critica a tudo isso é massacrada por um modelo que visa agora se expandir pelo Brasil.  




segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Os Banshees de Inisherin ! Um filme que merece o Oscar ao falar de amizade, desespero e os contornos da alma humana.

 


Há uma ironia em um personagem como Colm, um dos protagonistas de Os Banshees de Inisherin, novo longa de Martin McDonagh. O homem chegou a um estado de entendimento do mundo à sua volta tal, que ele decide abrir mão de algo tão primordial ao humano, como o contato, e mais precisamente a fala do outro. Ele não deseja mais ouvir, principalmente o seu melhor amigo, Pádraic. Sendo um personagem saído da pena de McDonagh, que é um especialista em falastrões, intriga pensar se Colm não poderia ser um desejo de alter ego do autor. No seu entorno, a afastada ilha de Inisherin durante a guerra civil irlandesa, todos são extremamente comunicativos; Colm decide abandonar gradativamente a prática. Sem qualquer motivo aparente, o filme se abre para condenar os excessos, abraçando o mínimo e nos questionando sobre a ausência em nossas vidas. 

 

McDonagh vem do maior momento de sua carreira, o divisivo Três Anúncios para um Crime, e reencontra a dupla de Na Mira do Chefe, Colin Farrell e Brendan Gleeson. Sempre entulhado de excessos narrativos, pela primeira vez o diretor e roteirista parece despido de tudo. É óbvio que, com seu desfecho e o pipocar de bombas e tiros ao longe, seu autor está apontando para um esvaziamento do estado de guerra, um comprometimento vazio com a violência que só dialoga com a aleatoriedade. Mas para chegar ao cerne dessa reflexão, McDonagh parte de uma inútil vida coletiva nesta ilha minúscula, palco para o fim abrupto de uma amizade. Esse fim é ancorado em um desejo de reconfiguração pessoal, e assim romper com tudo que lhe parece desnecessário. 

 

Para onde a lente aponta, Os Banshees de Inisherin atesta uma melancolia e um caráter desiludido que contrasta com a personalidade de Pádraic, que alguns chamam de estúpido, outros de idiota, muitos acusam de chato, mas que na verdade o que vemos é uma intrínseca vontade de ser bom. O personagem de Farrell só deseja ser alguém de bem com a vida, em realizar o bem, em propagar bons sentimentos; pode não ser a pessoa mais esperta no recinto, mas compensa isso com pureza. O embate entre seus protagonistas, que estão em diferentes estágios de desejo, trava-se de maneira tão inusitada quanto inexplicável. Há em Colm a consciência de um encerramento de ciclo que precisa ser cumprido, a história entre eles chegou ao fim; Colm deseja mais do mundo, Pádraic não. 

 

O retrato desse desfecho, em paralelo a uma guerra sangrenta que se desenrolava próximo dali, é destrinchado de maneira prosaica, quase banal, por McDonagh. Não há, em sua superfície aparente, um grande evento acontecendo; para Inisherin, no entanto, um lugar perdido no tempo e no espaço, esse é um acontecimento de grandes proporções. E seus personagens centrais acabam cedendo à sede por sangue da massa, dando a eles o que o povo quer, pão e circo. Acabam sendo protagonistas de uma cada vez mais desoladora separação, que se apresenta frugal até se tornar radical e violenta. Como parte integrante de um mundo onde as guerras seguem de um motivo específico para se tornar coisa alguma, Os Banshees de Inisherin é um retrato acurado inclusive sobre o hoje. 

 

O diretor, que também é um premiado autor teatral, poderia ter feito de seu filme um veículo da palavra, exclusivamente – ou da perda delas. Ao escolher não confinar Os Banshees de Inisherin a um espaço físico, e sim procurando encorpar as paisagens à relação de intenso enclausuramento com sua terra, McDonagh realiza um pequenino conto moral cuja ambiência é primordial para a compreensão. Tendo a ilha como catalisador da solidão que se sente e de como aquela vastidão não impede de tornar o ambiente cada vez mais tóxico e desesperador, com rapidez todas as sensações foram apreendidas pelo espectador, que é arrebatado por uma história singela de desamor. 

 

O elenco escolhido para encenar Os Banshees de Inisherin é, inteiro, das personagens centrais até as participações menores e a figuração, todo compacto em sua excelência. Dos premiados Farrell e Gleeson, passando por Kerry Condon e Barry Keoghan, e indo a qualquer participação, maior ou menor, cada passagem beira à perfeição pela textura apresentada na união entre um texto que desenha seus personagens da melhor maneira possível, até a chegada no elenco. Sem perder a leveza despropositada com que a sucessão de eventos acontece, indo do cômico ao trágico em fração de segundos, McDonagh parece ter, mais uma vez, encontrado um lugar de equilíbrio que tinha lhe faltado na inserção anterior. Aqui, a certeza de um fim próximo que vai sendo insuflado na região, faz com que cada um em cena se refugie em respostas diferentes. Alguns o escape, outros a solidão, mais alguns o encontro com o fim, outros a depressão. Diante do fim, estaremos todos ainda na expectativa de uma renovação que nem sempre vem.

 

The Oscar goes to.... Babilônia.

 


Matheus Mans

 

Crítica: 'Babilônia' é insano, divertido e um dos melhores filmes do ano

 

 

2023 ainda está dando os seus primeiros respiros, mas já tive uma experiência marcante dentro de uma sala de cinema. Foi com Babilônia, novo longa-metragem de Damien Chazelle (La La Land, Whiplash) que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 19. Apesar das críticas absolutamente mistas nos veículos internacionais, fico do lado daqueles que ficaram extasiados. Afinal, o longa-metragem tem personalidade, força, musicalidade e é recheado de emoção.

 

A trama acompanha, basicamente, a história de três personagens centrais: Jack Conrad (Brad Pitt), um astro veterano do cinema mudo; Nellie LaRoy (Margot Robbie), uma estrela em ascensão; e Manny Torres (Diego Calva), um faz tudo que sonha em ser poderoso nessa Hollywood antes dos Anos Dourados. Para contar essa história, Chazelle exagera: tudo aqui é dantesco, grandioso, longo, exagerado. Pode parecer falta de sutileza, mas é proposital.

 

Afinal, Babilônia não quer ser sutil ao tratar Hollywood dos anos 1920 e 1930. Não quer, de forma alguma, tratar do passado de forma idealizada, romantizada. Pelo contrário: Chazelle faz o movimento reverso, em que desnuda Hollywood e mostra o que de mais escondido há em sua história. Drogas, sexo, orgia, mortes. É um mundo sem leis, dentro e fora dos set de filmagens, e que quebra o encanto do passado. Ao mesmo tempo, Chazelle constrói novos encantamentos. 

 

Há, no filme, a beleza do improvável e do inesperado. As coisas acontecem aos borbotões, sem um aparente rumo certo. A cena da gravação do filme mudo de guerra de Conrad é uma beleza -- inóspita, barulhenta, caótica. Nada é higiênico. O mesmo vale para ascensão da personagem de Robbie, totalmente atrelada à sua habilidade de lidar com o inesperado. Quem diria, Babilônia é como se fosse uma canção de jazz, esse gênero que Chazelle ama. Caos no meio da paixão.  

 

Dentro dessa boa história, ainda há três pontos a serem destacados: design de produção, trilha sonora e atuações. Sobre os dois primeiros, que quase se unem, não há um fio de cabelo fora do lugar. A festa, que toma conta dos quase primeiros trinta minutos, é exemplo disso, Tudo é muito bem alinhado e, dentro do caos, encontramos ordem. É um mergulho onírico e encantando no que Hollywood já foi. E, hoje, se tornou absolutamente chata, pedante, sem olhar para o passado.

 

Sobre o outro ponto, Pitt, Robbie e Calva estão absolutamente encantadores. Cada um tem uma cena para brilhar, para mostrar a força interpretativa, para justificar a existência. Mas é Robbie que rouba a cena. A sequência da festa, a exibição em seu primeiro filme, o caos no início do filme falado e uma das cenas finais só mostram como ela é uma das grandes atrizes de sua geração. É intensa, emocionante e, com ela, tudo se torna ainda mais forte e emocionante.

 

E, com isso, chegamos no final. É lindo, lindíssimo. Ainda que requente a estrutura de La La Land, que pode ser considerada até uma referência para aqueles que querem poupar Chazelle de críticas, a conclusão encanta. Me vi debulhando em lágrimas e simplesmente deixando pra lá os problemas do filme -- a duração exagerada de 3h09, os personagens que sobram, essa repetição. Afinal, a emoção sempre vence a razão. E aqui me permiti me emocionar como nunca.

 

Afinal, mais do que uma história sobre o cinema nos anos 1920 e 1930, Babilônia celebra o cinema, como forma e conteúdo, deixando qualquer fã da sétima arte no mínimo arrepiado. E, desculpa, mas é preciso ser muito chato para dizer que esta produção é um erro total ou coisa do tipo. Babilônia entrega emoção e exige, do lado do espectador, um mergulho verdadeiro e total. Quem não fizer isso, vai dar de cara com um filme longo. Se entregue e irá se emocionar.

 

 

 

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

ECOSSISTEMA DIGITAL 2120 Dias de luta, conquistas e glórias de um pequeno grão de terra à Terra da Sabedoria.

 


 

Um “UBER” que conecta objetivos de vida das pessoas a oportunidades em Empresas, ONGs, Projetos de extensão das Universidades e políticas públicas. Todo ser humano quer viver uma existência bela, boa, justa, economicamente e ambientalmente sustentável e realizar todo seu potencial no trabalho, educação, arte, saúde, esporte, aprender novas tecnologias, espiritualidade, participação cidadā e transformar as questões socioambientais e habitação onde vive apoiando sua família. Chegou a hora de escolher seus objetivos, ampliar suas experiências e aprendizagem pela corporeidade desenvolvendo sua autonomia, interações sociais, afetos, múltiplas linguagens visando sua individuação para um pensamento transdisciplinar, sistêmico e complexo produzindo diferenças. Torne-se assim personagem de sua própria história, um Game no mundo real, durante 1000 dias, cada dia uma conquista, uma Educação integral para vida unindo o que aprendemos com a família, cidade, Escola, Universidade e Espaços educacionais não escolares. 

 

Cada objetivo de vida se torna uma missão educadora, cada missão realizada e relatada se transforma em capítulo da biografia de sua vida que recebe ao final da jornada educacional, cada objetivo e fase atingida ganha moedas sociais que troca por produtos no mercado da sabedoria, cada produto e serviços das Empresas, ONGs, Governos e Universidades que você recebe, avalia o custo e o impacto em sua vida, assim acompanhamos sua trajetória produzindo dados para uma jornada personalizada e você com essa Bússola guia sua jornada com indicadores e melhorias em várias áreas da vida, concluindo suas missões empreendendo um projeto onde mora de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. 

 

4 milhões de jovens em 100 cidades vão gerar seu trabalho, renda, cidadania e gerar mercado em 23 setores inserindo 4 bilhões na Economia. Reduzimos assim a criminalidade, violências e desigualdades, quando jovens de Escolas, Universidades, ONGs, Sistema S e os que nem estudam nem trabalham, atuam juntos em células para transformar suas vidas e comunidades gerando sinergias entre setores, otimizando recursos e ampliando impactos numa atuação integrada em rede, evitando o desperdício de bilhões que são gastos sem impacto, sem transformar vidas e cidades. Ecodigital é um negócio de impacto social sustentável que fatura em 8 setores da economia , reduzindo riscos , usando capacidades ociosas e integrando processos econômicos, educacionais, sociais e ambientais de vários setores da sociedade, um Game e uma Rede Social para realizar objetivos e conquistas de vidas através de um Ecossistema digital.  

domingo, 15 de janeiro de 2023

SUCRILHOS.

 



Calçada pra favela, avenida pra carro
Céu pra avião e pro morro descaso
Cientista social, Casas Bahia e tragédia
Gosta de favelado mais que Nutella

Quanto mais ópio você vai querer?
Uns prefere morrer ao ver o preto vencer
É papel alumínio todo amassado
Esquenta não, mãe, isso uma cabeça de alho, e

Cartola vira que eu vi
Tão lindo, forte e belo como Muhammad Ali
E cantar rap nunca foi pra homem fraco
Saber a hora de parar é pra homem sábio

Rico, quer levar uma com nós? Cê que sabe
Quero ver paga de louco lá em Abu Dhabi
Eu sou nota 5 e sem provocar alarde
Nota 10 é Dina Di, DJ Primo e Sabotage

Pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

E pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

O planeta jaz, é a trombeta do Satanás
Usain Bolt se não correr fica pra trás
Querer tapar o sol com a peneira é feio demais
E cocaína desgraça a vida de um bom rapaz, é

Trilha sonora do gueto, Rappin Hood, Facção
Fazem o povo cantar com emoção
Zona Sul, haja coração
Dez mil pessoas nu, a favela na quermesse do Campão

Di Cavalcanti, Oiticica e Frida Kahlo
Têm o mesmo valor que a benzedeira do bairro
Disse que não, ali, o recém-formado entende
Vou esperar você fica doente

Cantar rap nunca foi pra homem fraco
Saber a hora de parar é pra homem sábio
Vacilou no jab, fio é lona
Criolo doido não é garapa
A idéia é rapida mas soma

Pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

E pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

E pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

E pode colar mas sem arrastar
Se arrastar favela vai cobrar
Acostumado com sucrilhos no prato
Morango só é bom com a preta de lado

Eu tenho orgulho da minha cor
Do meu cabelo e do meu nariz
Sou assim e sou feliz
Índio, caboclo, cafuso, criolo
Sou brasileiro

Eu tenho orgulho da minha cor
Do meu cabelo e do meu nariz
Sou assim e sou feliz
Índio, caboclo, cafuso, criolo
Sou brasileiro

 

 

O Maior Amor De Todos


 


Eu acredito que as crianças são nosso futuro

Ensine-os bem e deixe-os conduzir o caminho

Mostre-lhes toda a beleza que eles possuem dentro de si

Dê-lhes uma sensação de orgulho para tornar isto mais fácil

Deixe o riso das crianças lembrar-nos de como costumávamos ser

 

Todo mundo está à procura de um herói

As pessoas precisam de alguém para se espelharem

Eu nunca encontrei alguém que satisfizesse minhas necessidades

Um lugar solitário para se estar

Então eu aprendi a depender de mim

 

Eu decidi há muito tempo

Nunca andar na sombra de alguém

Se eu falhei, se eu fui bem sucedido

Pelo menos eu vivi como eu acreditei

Não importa o que levem de mim

Eles não podem tirar minha dignidade

 

Porque o maior amor de todos

Está acontecendo comigo

Eu encontrei o maior amor de todos dentro de mim

 

O maior amor de todos

É fácil de alcançar

Aprender a amar a si mesmo

É o maior amor de todos

 

Eu acredito que as crianças são nosso futuro

Ensine-os bem e deixe-os conduzir o caminho

Mostre-lhes toda a beleza que eles possuem dentro de si

Dê-lhes uma sensação de orgulho para tornar isto mais fácil

Deixe o riso das crianças lembrar-nos de como costumávamos ser

 

Eu decidi há muito tempo

Nunca andar na sombra de alguém

Se eu falhei, se eu fui bem sucedido

Pelo menos eu vivi como eu acreditei

Não importa o que levem de mim

Eles não podem tirar minha dignidade

 

Porque o maior amor de todos

Está acontecendo comigo

Eu encontrei o maior amor de todos dentro de mim

 

O maior amor de todos

É fácil de alcançar

Aprender a amar a si mesmo

É o maior amor de todos

 

E se por acaso aquele lugar especial

Que você tem sonhado

Te levar para um lugar solitário

Encontre sua força no amor

REVOLUÇÃO ÉTICA! A RADICALIZAÇÃO DE IDEIAS E BOAS PRATICAS QUE NÃO CABEM EM DOGMAS DE ESQUERDA E DE DIREITA!




A única chance que os pobres tem é na Democracia. Uma noite de terror pode derrubar 134 anos de luta e história democrática republicana ou 523 anos de escravidão. A democracia morre na escuridão de Ditaduras.


Não me peçam para radicalizar quando as melhorias das políticas públicas dependem de impactos nas vidas das pessoas. Por exemplo, o Economista liberal Amartya Sen provou que a fome é um problema político que depende das decisões dos governos e não uma causa natural. Mesmo Governos de Esquerda como de Stalin provocaram fome na Ucrânia, fato que influenciou Orwell a escrever a Revolução dos Bichos. 



Quando os Governos chegam ao poder tem a responsabilidade de resolver as prioridades públicas que geram várias consequências, muitas vezes mais caras que solucionar a causa, como no caso da fome que gera doenças, violências e mortes. Governos também não podem se omitir como no caso da segurança pública que facilitou o terror em Brasília. Nesse caso com a lei podemos evitar a maior consequência que é fortalecer a ignorância e brutalidades das pessoas que fizerem isso como algo normal. Elas precisam ser educadas para civilidade e o Estado de Direito.


 

Em outros países capitalistas como os EUA e Europa se taxa as grandes fortunas mas no Brasil não! Porque? Aqui é normal, além de massacre contra os pobres, uma das maiores desigualdades, injustiças e pobreza no mundo devido a concentração de renda! O nome disso é terrorismo econômico, fruto das ignorâncias e brutalidades de quem vive de privilégios do Estado. EUA e Europa fizeram reforma agrária, e apoiam com incentivos e terras milhões de pequenos produtores para produzirem alimentos vivendo saciar a fome de seu povo.


 

Aqui se mencionarmos o nome MST, setores do Agrobussiness reagem com terrorismo, mas vivem de bilhões de privilégios. Repito que o povo brasileiro não tem culpa da ignorância e brutalidade desses setores, de seu dogmatismo perverso que não se explica nem pela ciência, economia ou história mesma a capitalista ou liberal. 


https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2021/09/16/cooperativas-do-mst-atingem-meta-de-captar-r-175-milhoes-no-mercado-financeiro-para-agricultura-familiar.ghtml

 


O meu papel como de muitos não é radicalizar ações de terror baseados em dogmas de direita e esquerda. O meu papel é pelas ideias revelar o tamanho das nossas ignorâncias e brutalidades coletivas, os privilégios, corrupções, ações que inviabilizam a democracia quer seja de elites, oligarquias e gangues partidárias que se dizem de direita ou esquerda. E apontar e construir caminhos com boas ideias e práticas que tenham impacto e transformem vidas e cidades. Incluindo cobrar a Universidade pública seu papel histórico de colaborar com essas ideias e transformações como fazem várias Universidades em diversos países. Esse papel histórico levou vários países a reduzir a pobreza, melhorar a qualidade de vida e cidadania, fortalecendo a Democracia. Por isso criei o primeiro Vale Brasil de inovação global de políticas públicas e impacto social, e outras organizações e projetos sociais, mesmo sem apoio das elites, oligarquias e gangues partidárias corruptas. Muitos deles dizem falar pelos pobres, pela Democracia e pelo Brasil mas vivem de enriquecer pelo Estado.


 

A política no Brasil é a soma de privilégios para alguns e poucas são públicas de verdade no acesso e nos impactos gerados. Até o comer vira privilégio, artigo diferenciado numa sociedade brutalmente desigual, até bolsa família que é o básico pois trata-se de uma política capitalista neoliberal de renda mínima, vira debates ignorantes e improdutivos no Brasil. Todos podem ganhar auxílio do Governo como incentivos fiscais para grandes empresas, fundo partidário para políticos, e outros, mas para os pobres não? Nem segurança alimentar e nem o direito de viver para muitos. Mas as consequências de gastar muito mais com o crime, doenças, e deixarmos de produzir riquezas e mercado com gente trabalhando é normal? 523 anos não deu tempo para eles estudarem e aprenderem com outros países e economias? apenas chicote e bala?

 


Como poderíamos dizer numa conversa entre amigos e cidadãos brasileiros “ não é apenas matar a fome e o salário mínimo que vai salvar uma pessoa, mas a fome, injustiças e a falta de perspectivas geram revoltas como vimos no Chile e várias Primaveras Árabes.” Talvez nossos brutos e ignorantes nem estudem História e Economia porque grande parte deles é fruto de privilégios e corrupção, se acostumaram a viver matando os outros de diversas formas para enriquecer. Portanto temos que transformar a cultura, éticas e estéticas que respeitam as pessoas, seus lugares e cidadanias, e tratar da união das pessoas em torno de saberes, fazeres, objetivos comuns e capacidades de criticar, imaginar e despertar para outros formas de ser, viver e nos governar.    



Buscamos uma Revolução ética sem fome! Não haverá planeta nem vida sem uma Revolução ética diante das mudanças climáticas que dificultam a produção de alimentos, a segurança alimentar, hídrica e energética. Quantas pessoas no teu caminho você verá com fome ou morando na rua? Quantas vezes isso fará você refletir e pensar sobre isso? O que propõe a elas é matá-las? Quantas vezes será violento com tuas atitudes, palavras e insensibilidade no teu caminho? Não importa se contra crianças e pessoas indefesas que o crime é serem pobres? 


 

A Disney World é divertida e filmes são bonitos mas teu coração não! E as tuas palavras sobre amor e Deus são vazias? Não importa as violências impunes que tenha que usar para ficar mais rico ou para ter poder. Maquiavel escreveria uma Bíblia sobre os Príncipes diabólicos brasileiros ! No Brasil em dez anos aumentou 200% as pessoas morando na rua e o dinheiro para assistência social diminui! Enquanto isso, vários países zeram o número de pessoas nas ruas porque nada muda sem um lar, apoio da família, comida, educação e cultura. Agora muitos brutos e ignorantes buscaram destruir isso no Governo Bolsonaro, inclusive a própria Democracia e o Estado.


 

No feudalismo selvagem brasileiro, dito capitalista, vai se desenvolvendo aos poucos o ódio sempre mas tem que proteger o patrimônio contra o roubo? Mas o político que rouba para manter seu poder? Mesmo que gere fome e violências! Qual o limite disso sem lei? Se suas atitudes geram fome, mortes e violências? Qual o grau de transparência e consciência de um ser humano assumir as suas violências e corrupções em nossa sociedade? Ou dependeremos da hipocrisia, má educação, e mentiras para viver em sociedade no Brasil? Se fala de Educação, Universidade e Tecnologia sem tratar essas questões? Quantas pancadas você está disposto a receber sem reagir? Quantas pancadas você está disposto a dar sem se responsabilizar? É preciso educar nossas elites, oligarquias, e gangues partidárias em favelas dominadas pelo crime para que entendam os limites de nossa sociedade? 


 

A minha única radicalidade sempre foi das ideias e sonhos, frutos das perguntas e desejos certos que muitas vezes são consideradas proibidas em nossa sociedade pois revelam a profundidade de nossas ignorâncias e brutalidades.  A minha única radicalidade sempre foi pensar, sonhar, criar, empreender projetos e organizações visando políticas públicas que muitas foram negadas e omitidas por elites, oligarquias e gangues partidárias que roubam, gastam e desperdiçam trilhões nas últimas décadas sem impactos e continuam impunes. Durante essas décadas, pensar, fazer, e falar sobre essas coisas te faz ser perseguido no Brasil de diversas formas quando a Democracia pertence e é usada por poucos como Bolsonaro fez . 


 

Repetindo nós temos milhões de sonhos democráticos capazes de mudar suas vidas e o Brasil com uma Revolução ética. Essa é uma ideia radical. A única chance que os pobres tem é na Democracia. Uma noite de terror pode derrubar 134 anos de luta e história democrática republicana ou 523 anos de escravidão. A democracia morre na escuridão de Ditaduras. 




sábado, 14 de janeiro de 2023

Teoria da autodeterminação: por que autoconhecimento é a melhor ferramenta para encontrar motivação



  • David Robson
  • BBC WorkLife

No início do ano, muita gente naturalmente pensa nas metas para os próximos meses. E, ao fazer isso, vale a pena prestar atenção não só nos desafios em si, como também nos motivos que nos levam a persegui-los.

Digamos que você esteja planejando escrever um romance, por exemplo. Você pretende escrever pelo puro prazer de criar um mundo de ficção habitado por personagens curiosos? Ou por que você adora literatura e quer deixar uma contribuição valiosa para a cultura? 

Talvez você queira simplesmente provar para si mesmo que é capaz de ter um livro publicado. Ou quem sabe você anseie pela fama, e escrever um best-seller pareça um ótimo caminho para reconhecimento.

A teoria da autodeterminação afirma que cada uma dessas questões representa uma fonte diferente de motivação com consequências distintas — boas e ruins — para o nosso desempenho e bem-estar.

As pesquisas indicam que, escolhendo as metas certas, pelas razões certas, você será mais engajado e determinado, obtendo maior satisfação com seu sucesso.

Uma recompensa em si 

Como muitas ideias científicas, a teoria da autodeterminação vem sendo elaborada há anos.

Ela surgiu em estudos dos anos 1970, mas só começou a atrair interesse de verdade depois da publicação de um artigo pioneiro no ano 2000, que descreveu alguns dos seus principais conceitos relativos à motivação, desempenho e bem-estar.

A teoria parte da noção otimista de que a maioria dos seres humanos tem o desejo natural de aprender e se desenvolver.

"Ela se baseia na premissa de que as pessoas são orientadas para o crescimento", explica Anja Van den Broeck, professora da Faculdade de Economia e Negócios da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica.

A orientação para o crescimento é mais visível no interesse insaciável das crianças pequenas pelo mundo à sua volta. Mas os adultos também podem sentir fascínio e curiosidade inerentes por certas atividades, fazendo com que a simples realização de uma tarefa seja sua própria recompensa.

Pense em uma ocasião em que você ficou tão envolvido em uma atividade que não notou o tempo passar. Esta é a chamada motivação intrínseca.

Mas, muitas vezes, nossa motivação intrínseca pode não ser suficiente para realizar uma tarefa necessária para atingir nossos objetivos. Nestes casos, precisamos nos incentivar — ou ser incentivados — com diferentes formas de motivação extrínseca, como:

Identificação: você pode não gostar da atividade em si, mas ela pode ser importante para seus valores e objetivos mais amplos, o que fornece outra forma de motivação.

Para um professor, por exemplo, o reconhecimento da importância da educação e seu papel para melhorar o futuro dos alunos pode motivá-lo a passar mais horas corrigindo deveres de casa. Para o aspirante a romancista, a sensação de estar criando uma obra literária importante pode fazer com que ele revise seu original, mesmo se o ato de escrever propriamente dito possa, às vezes, parecer trabalhoso.

Você escreve um romance para satisfazer uma paixão ou porque está em busca de notoriedade?

Introjeção: às vezes, nós nos pressionamos para preservar nosso ego e autoimagem. "Sua autoestima pode depender da atividade", explica van den Broeck. Você receia que, se não atingir seu objetivo, sentirá vergonha e uma sensação de fracasso.

Regulação externa: às vezes, a motivação vem simplesmente de recompensas externas, como fama e fortuna.

Em alguns ambientes de trabalho, a regulação externa pode vir na forma de bônus de desempenho e aumentos salariais. Você continua a se concentrar no trabalho para conseguir o dinheiro, mesmo se achar que as tarefas em si são maçantes e sem sentido.

Se as pessoas não forem influenciadas por esses fatores, vem a desmotivação. E, como se pode esperar, pessoas desmotivadas normalmente apresentam baixa produtividade e comprometimento.

A desmotivação pode ser evidente na educação, com estudantes que aproveitam qualquer oportunidade para faltar aula e não têm intenção de se esforçar nos estudos.

Os psicólogos que estudam a teoria da autodeterminação elaboraram diversos questionários para avaliar cada um desses tipos de motivação em vários contextos diferentes. E, ao longo das últimas duas décadas de pesquisa, surgiram alguns padrões muito claros.

Van den Broeck, por exemplo, analisou recentemente 104 documentos que examinam a motivação no ambiente de trabalho. E, como era esperado, a motivação intrínseca — o interesse ou prazer inerente causado pelo trabalho em si — previa uma melhor satisfação profissional, dedicação e proatividade, além de proteger fortemente contra o burnout.

A identificação — sensação de que o trabalho é importante ou significativo — também foi excelente para o bem-estar, e provou ser ainda mais importante para o desempenho profissional.

Já os efeitos dos outros tipos de motivação tendem a ser mais ambíguos.

A introjeção (a relação entre o trabalho e a autoestima) parece garantir um melhor desempenho profissional, mas também aumenta o estresse e o risco de burnout, o que é um preço alto a pagar pelo sucesso profissional.

E a regulação externa — os incentivos puramente financeiros para alcançar um bom desempenho — provou ter as piores consequências. Como fonte principal de motivação, seus efeitos sobre o engajamento e o desempenho se mostraram limitados, além de prejudicar o bem-estar.

Há até algumas evidências de que as pessoas que são motivadas unicamente pelas recompensas extrínsecas são mais propensas a agir com desonestidade, como mentir sobre seu desempenho, para conseguir o reconhecimento que desejam.

O que você realmente quer?

É importante fazer uma ressalva ao analisar estas conclusões, segundo o psicólogo do trabalho Ian MacRae, autor de livros como Motivation and Performance ("Motivação e desempenho", em tradução livre), em parceria com Adrian Furnham.

Embora observe a importância de distinguir os diferentes tipos de motivação, MacRae destaca que sua importância relativa dependerá das circunstâncias mais gerais.

Por exemplo, se alguém estiver enfrentando dificuldade com a crise do custo de vida, motivações "externas" como a promessa de um pacote de aumento salarial podem fazer toda a diferença.

"Você precisa ter cuidado ao tirar conclusões para todos os setores do mercado de trabalho", ele adverte.

Mas, se as suas necessidades básicas estiverem sendo atendidas, a motivação intrínseca se torna muito mais significativa, segundo MacRae. Por isso, se você estiver em uma posição financeira relativamente estável, talvez possa repensar começar um projeto ou aceitar um cargo novo apenas pelo dinheiro extra — a menos que você ache que a proposta também despertaria sua curiosidade ou ofereceria sensação de propósito e significado.

MacRae sugere que, ao questionar suas fontes de motivação, você pode melhorar sua experiência no seu emprego atual.

"A autoconsciência tem importância fundamental. Um dos principais pontos é entender o que você realmente quer do trabalho — se é uma questão de relacionamento profissional com outras pessoas ou de aprender e se desenvolver, por exemplo." 

Você pode então procurar oportunidades para capitalizar esses elementos.

Do ponto de vista da gestão, MacRae afirma que é essencial que os líderes ouçam atentamente quando seus funcionários expressam essas motivações — e devem fazer um esforço genuíno para fornecer os recursos necessários que permitam aos funcionários buscar esses interesses.

Isso pode ser muito mais eficaz para revitalizar a força de trabalho do que oferecer um bônus de final de ano ao membro mais produtivo da equipe.

Van den Broeck concorda. Ela destaca que oferecer senso de autonomia aos funcionários influencia as formas intrínsecas e de identificação da motivação.

Isso não significa dar aos funcionários total liberdade para fazer o que quiserem, mas que é possível oferecer alguma possibilidade de escolha dentro das atividades que realizam, e explicar o propósito das tarefas inevitáveis que forem atribuídas a eles — para que possam pelo menos entender como seu trabalho se encaixa na missão da equipe.

O princípio do prazer

A teoria da autodeterminação não se refere apenas ao mundo do trabalho. Ela também pode servir para os nossos hobbies.

Você aprende um novo idioma porque tem curiosidade sobre outra cultura ou porque quer aprimorar seu currículo?

Você pretende aprender uma língua estrangeira, por exemplo, simplesmente para impressionar as pessoas? Ou porque você tem um interesse genuíno pela cultura ou uma necessidade específica de se comunicar com falantes daquele idioma?

Se a sua inspiração for esta última, você vai achar o inevitável trabalho árduo muito menos penoso do que alguém que quer aprender o mesmo idioma pelo status social de ser poliglota.

Já em relação à preparação física, você talvez possa se pressionar a fazer a atividade mais difícil que puder, simplesmente porque quer provar suas habilidades para si mesmo ou para outras pessoas — e pode sentir que está fracassando de alguma forma se não se esforçar ao máximo.

Mas nenhuma dessas razões reflete muita motivação intrínseca. Por que então não escolher uma atividade um pouco menos extenuante, mas muito mais prazerosa? Pesquisas recentes indicam que as pessoas que escolhem seus exercícios físicos desta forma apresentam maior persistência do que as que não consideram seus interesses ou prazer nas atividades.

Por isso, mesmo que as sessões sejam um pouco menos cansativas, se você tiver mais chance de continuar praticando a atividade, o compromisso de longo prazo renderá dividendos maiores. 

Afinal, a vida é curta, e há um limite para o que podemos alcançar com o tempo que nos é dado. A teoria da autodeterminação é um lembrete de que precisamos ser seletivos em relação às atividades que buscamos realizar.

Se você se concentrar nas metas que sejam pessoalmente mais significativas e agradáveis, ignorando as que foram inspiradas ou impostas por outras pessoas, o autodesenvolvimento não precisa ser uma obrigação — mas, sim, uma fonte de alegria.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.

 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Brasileiros mercenários! Tudo agora mesmo pode estar por um segundo.

 


Não foi Cuba, nem Venezuela, nem os EUA, nem China, nem os Judeus...

Foram os de sempre! Brasileiros mercenários que tocaram o terror em Brasília. Muitos invadem os três poderes, outros ladrões corruptos roubam, outros compram votos, orçamento secreto, empresários que fazem negociatas com o Estado para beneficiar seus negócios.... 

Todos brasileiros mercenários. 

Enricam vivendo e roubando do Estado impunemente,

O que for mais violento, roubar e mentir ganha?

Enquanto milhões de brasileiros pagam com a vida, desigualdades, violências e suas mortes na miséria! 

Brasil o País mais injusto do mundo. 

 

Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver

Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei



Não me iludo
Tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos

 

Pães de Açúcar, Corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento

Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

 

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

 

Pensamento
Mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

 

Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

 

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei