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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Hamas e Israel confirmam primeira fase de acordo para acabar guerra em Gaza

 

Homens em salão apertando as mãos
Legenda da foto,Representantes do Catar, Egito, Israel e Palestina durante negociações do acordo no Egito
    • Author, Mariana Alvim*
    • Role,Da BBC News Brasil em São Paulo

O grupo palestino Hamas confirmou nesta quarta-feira (08/10) que a primeira fase de um acordo com Israel para encerrar a guerra em Gaza, medidado pelos Estados Unidos, foi alcançada.

De acordo com a CBS, parceira da BBC nos EUA, o Hamas afirmou que o acordo "encerrará a guerra em Gaza, garantirá a retirada completa das forças de ocupação, permitirá a entrada de ajuda humanitária e implementará uma troca de prisioneiros".

O Hamas agradeceu ao Catar, Egito, Turquia e ao presidente dos EUA, Donald Trump, por seus esforços de mediação.

O Hamas também pediu que Trump e outras autoridades internacionais garantam "que o governo de ocupação israelense cumpra integralmente os termos do acordo".

O povo de Gaza "demonstrou coragem, honra e heroísmo incomparáveis", acrescentou o Hamas.

"Jamais abandonaremos os direitos nacionais do nosso povo até que a liberdade, a independência e a autodeterminação sejam alcançadas."

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, divulgou uma declaração comemorando a perspectiva de libertação dos reféns e chamando a primeira fase do acordo de paz como "um grande dia para Israel".

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Ele afirmou que convocará o governo israelense nesta quinta (09) para aprovar o acordo e "trazer todos os nossos queridos reféns para casa".

Uma vez aprovado o acordo pelo gabinete israelense, o que deve ocorrer por volta de 14h de quinta no horário de Jerusalém (8h da manhã em Brasília), Israel deverá recuar sua ofensiva para uma linha previamente acordada.

A retirada deve levar menos de 24 horas, informou um funcionário de alto escalão da Casa Branca à CBS.

Após a saída de Israel, começa o prazo de 72 horas para a libertação dos reféns israelenses. Nos bastidores, a Casa Branca calcula que a libertação possa acontecer na próxima segunda-feira (13).

Netanyahu agradeceu às tropas israelenses e a Donald Trump "pela mobilização para esta missão sagrada de libertar nossos reféns".

plano de paz foi apresentado por Trump no último dia 29 com a presença de Netanyahu. Embora o Hamas já tivesse dado sinais de concordância, sua aceitação ainda estava pendente.

Pouco antes das manifestações de Israel e do Hamas, Trump já havia anunciado que "Israel e Hamas assinaram a primeira fase" de um plano de paz, proposto pelo republicano.

"Isso significa que TODOS os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha negociada", disse Trump na rede Truth Social.

Trump falando ao microfone em salão interno, com feição séria

Crédito,Reuters

Legenda da foto,Trump pode viajar para o Oriente Médio em breve, afirmou a Casa Branca

O presidente americano está "considerando viajar para o Oriente Médio" nos próximos dias, de acordo com a Casa Branca.

Mediadores dos EUA, Egito e Catar vinham há tempos tentando negociar um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar também confirmou que um acordo para a primeira fase do plano de paz para Gaza foi alcançado.

"Os mediadores anunciam que hoje à noite foi alcançado um acordo sobre todas as disposições e mecanismos de implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, que levará ao fim da guerra, à libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos e à entrada de ajuda", publicou um porta-voz do ministério na rede social X, acrescentando que mais detalhes serão anunciados posteriormente.

O acordo ocorre dois anos após Israel lançar uma ofensiva campanha militar em Gaza em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023 — no qual homens armados comandados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram outras 251 reféns.

Desde então, pelo menos 67.183 pessoas foram mortas em operações militares israelenses em Gaza segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.

**Com informações da BBC News

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