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sábado, 18 de outubro de 2025

Michael Clarke Duncan cavou valas em Chicago para pagar as contas




Diante dos holofotes, antes dos aplausos, Michael Clarke Duncan cavou valas em Chicago para pagar as contas. Sua figura imponente o fazia parecer indestrutível, mas quem o conhecia sabia a verdade: ele era um homem tímido e doce, criado por uma mãe que lhe repetia continuamente: "Seu tamanho é um presente, mas sua doçura é seu verdadeiro poder".


Durante anos, ele foi segurança de boate, cuidando dos outros enquanto sonhava com um destino diferente. A indústria não viu isso. "Muito grande", disseram eles. "Bom demais", eles murmuraram, como se a fofura não pudesse ter um lugar em Hollywood.

A reviravolta veio no set de Armageddon. Bruce Willis o viu chorar e entendeu que aquelas lágrimas não estavam agindo: eram verdadeiras. Lá ele encontrou o homem perfeito para interpretar John Coffey em The Green Mile, o gigante incompreendido que carregava dor e compaixão em suas mãos.

Michael chorou em todas as cenas. Ele não fingiu. Ele se lembrou de sua mãe, lembrou-se dos tempos em que fora julgado apenas por seu tamanho, lembrou-se do peso de uma vida que o forçou a ser forte sem quebrar.

Quando ele faleceu em 2012, o mundo não lamentou um corpo musculoso. Ele lamentou uma alma sensível que mostrou que a grandeza não é medida pela força do punho, mas pela capacidade de tocar os corações.

Michael Clarke Duncan foi um lembrete eterno:
Às vezes, os gigantes não rugem.
Às vezes, eles só precisam de alguém que acredite neles.

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