SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Como geração Z está redefinindo 'sonho chinês'


Joy em Chengdu

CRÉDITO, WANG XIQING/ BBC

Legenda da foto, 

Joy Zhang está entre milhões de jovens chineses recém-saídos da universidade que estão lutando para encontrar emprego

  • Author, Laura Bicker
  • Role, Correspondente da BBC News na China

"Tive um, dois, três, quatro... cinco empregos nos últimos meses", diz Joy Zhang, de 23 anos, que acabou de concluir a graduação.

Ela conta os trabalhos nos dedos enquanto caminha por uma fileira de barracas em um mercado local de alimentos em Chengdu, na província de Sichuan, no sudoeste da China.

"O fato é que há muitos empregos, o problema é se você está disposto a reduzir suas expectativas", acrescenta ela, antes de negociar o preço dos brotos de ervilha.

A experiência de Joy não é incomum na China de hoje, onde há mais graduados do que empregadores que precisam deles.

Da sua turma de 32 alunos, apenas cerca de um terço encontrou empregos de tempo integral desde que a formatura, em setembro do ano passado.

Mais de uma em cada cinco pessoas com idades entre 16 e 24 anos estão desempregadas na China, segundo dados oficiais de agosto de 2022. 

O governo não divulgou números sobre o desemprego de jovens desde então.

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Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

Após os anos de expansão da China, milhões de jovens enfrentam um futuro para o qual não estavam preparados — e a forma como vão reagir moldará o destino da segunda maior economia do mundo.

Há uma revolução nas mentes da Geração Z do país, segundo o antropólogo Xiang Biao, professor da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que passa muito tempo em entrevistas com jovens na China.

"Toda a vida dos jovens foi moldada pela ideia de que se você estudar muito, no final do seu trabalho árduo haverá um emprego e uma vida decente e bem remunerada esperando por você. E agora eles descobrem que essa promessa não está mais funcionando", diz Xiang.

As oportunidades diminuíram numa economia em desaceleração e altamente endividada, que foi duramente atingida pelos lockdowns repentinos da covid-19. 

E sob o autoritarismo do Partido Comunista, a China é agora um lugar incerto para fazer negócios, tanto para empresários como para investidores estrangeiros.

Velhos e novos sonhos

Isso ficou evidente numa recente feira de empregos em Pequim. 

Os recrutadores de fala mansa ofereciam, na sua maioria, empregos que não exigiam alta qualificação, como assistentes para venda de seguros ou equipamento médico.

"Acredito que as dificuldades são apenas temporárias. Pessoas com capacidades reais encontrarão emprego", diz um jovem de 25 anos, com mestrado, que tinha acabado de regressar da Alemanha com sua parceira. 

"O futuro do mundo está na China", disse ele.

O recém-formado Tianyu, que estudou engenharia de software, parecia menos certo disso. 

Ele diz que embora suas habilidades fossem "muito procuradas", havia muitos graduados com currículo semelhante. 

"Portanto, não é fácil encontrar um emprego."

Um homem e uma mulher conversando em uma feira de empregos em Pequim

CRÉDITO, WANG XIQING/ BBC

Legenda da foto, 

Empregos com baixos salários dominaram recente feira de empregos em Pequim, decepcionando muitos jovens com graduação

Alguns dos amigos dele pretendem seguir carreira como funcionários públicos, dadas as perspectivas consideradas sombrias no setor privado. 

Um recorde de mais de 3 milhões de chineses prestou concurso para o serviço público em novembro.

"Muitos estão procurando emprego, poucos encontraram empregos", diz Tianyu. 

E aqueles que tiveram sorte estão trabalhando em áreas não relacionadas com sua formação, segundo ele.

Foi isso que Joy também fez: sem se intimidar, ela aceitou os empregos que encontrou. Implorou a uma empresa de turismo que a aceitasse como guia no parque dos pandas em Chengdu durante o verão, vendeu bebidas quentes e estagiou em um jardim de infância.

"Esses empregos não oferecem boas perspectivas para o futuro", diz Joy. 

"Eles oferecem salários baixos, e você é facilmente substituível. É por isso que a maioria das pessoas prefere ficar em casa".

Ela agora aceitou um cargo de vendedora de material educacional. Não é o emprego dos seus sonhos, mas Joy vê a oportunidade como uma forma de ganhar experiência.

Seus pais, no entanto, estão preocupados. 

Joy vem de um pequeno vilarejo nas colinas, a cerca de 400 km de distância. Ela foi a primeira da família a ingressar na universidade. Seu pai ficou tão orgulhoso que fez um banquete em sua homenagem com mais de 30 mesas de convidados.

"Meus pais esperam que eu tenha uma vida melhor, um emprego e uma renda melhores do que a geração deles, já que me formei na faculdade", diz ela.

"Eles esperam que, após financiarem minha educação, eu possa pelo menos ter um emprego... [mas] insistirei em seguir o meu próprio caminho, no meu próprio ritmo."

Ela faz uma parada para comprar alguns bolos quentes enquanto aponta para um açougueiro que prepara salsicha picante de Sichuan. 

É delicioso, mas "gorduroso demais", diz rindo.

Casal caminha em Chengdu

CRÉDITO, WANG XIQING/ BBC

Legenda da foto, 

Joy, a primeira de sua família a ir para a universidade, agora mora em Chengdu

Ela passou a amar essa cidade vibrante durante seus anos na universidade. E planeja ir mais longe: viajar para a Austrália um dia e aprender inglês.

O mercado de trabalho pode ser difícil, mas Joy acredita que a vida para ela ainda é mais fácil do que era para os seus pais, quando a China era muito mais pobre e os sonhos muito mais distantes. 

"Acho que esta geração tem sorte e é abençoada", diz ela. 

"Há muito tempo e muitas chances para atingirmos nossos objetivos. Podemos pensar mais profundamente sobre o que realmente queremos. Em comparação com a última geração, não nos importamos muito em ganhar dinheiro. Pensamos mais no que podemos fazer para alcançar nossos sonhos", acrescenta.

'Arregaçar as mangas'

Isso é o que o professor Xiang chama de "reescrita do sonho chinês".

Ele diz que a pandemia se mostra dos catalisadores do novo sonho chinês da Geração Z.

"Os jovens tiveram uma sensação de vulnerabilidade... [que] a sua vida poderia ser mudada, destruída por forças poderosas. Isso os faz repensar todo o paradigma de como a sociedade chinesa e a vida coletiva chinesa estão organizadas."

Mesmo durante os rigorosos confinamentos na China, os jovens foram incentivados a continuar frequentando a faculdade. 

O resultado foi um recorde de 11,6 milhões de estudantes formados somente em 2023.

A frustração deles inspirou memes virais, humor cínico e até escolhas não convencionais. 

Alguns postaram fotos alternativas de formatura jogando suas dissertações no lixo. 

O apelido"deitado" foi cunhado para aqueles que optaram por sair da corrida desenfreada e encontraram maneiras de sobreviver longe da competição da vida moderna.

Muitos pararam completamente de procurar trabalho, voltando para casa para serem "crianças em tempo integral". 

Alguns documentam a sua vida nas redes sociais, à medida que ganham pequenas somas de dinheiro fazendo tarefas para os pais ou cuidando dos mais jovens da família.

A BBC conversou com uma jovem que não quis ser identificada e que decidiu voltar para casa dos pais na zona rural da China. 

Ela diz que tinha tempo para ler livros, conversar com a família e que estava valorizando uma vida diferente de uma carreira na cidade. E acrescentou que sabia que não seria para sempre — mas disse que estava satisfeita por enquanto.

Estudantes em fila para prestar concurso público em Pequim

CRÉDITO, GETTY IMAGES

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Estudantes fazem fila para prestar concurso público em Pequim

"Não se trata apenas de uma escassez de empregos, de oportunidades ou de salários, mas sim do colapso do sonho que os levou a trabalhar tanto", afirma Xiang. "Isso não só traz decepção, mas também gera desilusão."

Pequim pode estar preocupada que essa crise possa se agravar, que o descontentamento social aumente e que uma juventude desiludida represente uma ameaça ao governo do Partido Comunista.

Já aconteceu antes. 

Em 2022, protestos contra as rigorosas políticas de "covid zero" do governo surgiram em todo o país — o desafio mais direto ao Partido Comunista em décadas. 

Em 1989, a frustração com o desemprego e a inflação forneceu a centelha inicial para o que se transformou em protestos históricos e massivos na Praça da Paz Celestial.

Até agora, não há sinal disso.

"A razão muito importante para isso é a transferência de riqueza intergeracional", diz Xiang. 

"O sistema de apoio social baseado na família ainda existe. Os pais deles se beneficiaram das reformas da China e têm poupanças e ativos imobiliários suficientes. Mas agora o valor disso está diminuindo", explica.

Mas o governo está de olho no tema. 

O presidente chinês, Xi Jinping, exortou os jovens a "comer amargura", um termo chinês para designar dificuldades duradouras.

Pequim instou os graduados a pararem de pensar que não devem fazer trabalhos manuais, pedindo-lhes que "arregacem as mangas".

Esperança vs desânimo

Essa é uma solução temporária para Zheng Guling, de 23 anos, que se formou em vendas e marketing.

Ela ri do namorado, que a provoca enquanto ela se prepara para jogar sinuca em Qinhuangdao, a apenas algumas horas de carro de Pequim. 

O casal se conheceu na universidade. Ambos estão ansiosos para encontrar trabalho. Guling está pensando em assumir uma função de atendimento a clientes em uma empresa de cartão de crédito.

"Quando fui às feiras de empregos, descobri que a maioria das empresas está apenas recrutando vendedores. Há muito poucas empresas e poucos empregos", diz ela.

Guling vem de uma pequena cidade no sul da China. Ela teve aulas principalmente online por quatro anos. E nunca esteve em uma sala de aula com seus colegas. Ela teme que isso a tenha privado de habilidades tão necessárias.

Guling e o namorado

CRÉDITO, LAN PAN/BBC

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Guling quer abrir sua própria loja para vender rolinhos de macarrão de arroz cantonês ( 'rice noodle rolls')

Tanto Guling quanto Joy estão "arregaçando as mangas" e encontrando seu próprio caminho. 

É claro que essa não é a situação de todos, diz Xiang. 

Muitos jovens chineses sentem um profundo sentimento de desânimo por não conseguirem arranjar um emprego.

Mas ele diz acreditar que o desespero deles também estimulará uma mudança. Segundo o professor, essa é uma "geração muito poderosa", com potencial para mudar a China.

"A narrativa chinesa precisa de ser reescrita. Já não pode ser sobre prosperidade, crescimento e força nacional", afirma. 

"Os jovens são a força motriz para essa reformulação do sonho chinês."

No seu discurso de Ano Novo, Xi Jinping disse que a China resistiu ao "teste dos ventos e das chuvas" e declarou a sua "plena confiança no futuro".

Encolhida em uma casa de chá com vista para o mar congelado, Guling se empolga quando fala sobre seu maior sonho: quer ser sua própria chefe.

Ela conta que espera ganhar dinheiro suficiente para abrir uma loja de café da manhã em sua cidade natal, vendendo rolinhos de macarrão de arroz cantonês. 

"Terei mais liberdade", diz ela. "Então, poderei fazer o que gosto em vez de continuar trabalhando para outras pessoas."

Enquanto saboreia os petiscos da casa de chá, bolos lunares, castanhas e manga seca, Guling explica que quer mais do que uma vida provinciana.

"Meus pais nunca deixaram sua província natal. Vivem em círculos muito pequenos. Só querem uma vida estável. Mas queremos ver mais coisas. Explorar o mundo exterior e pensar sobre o que realmente sonhamos", conclui.

Como renúncia de reitora de Harvard revela 'guerra cultural' em universidades dos EUA.

 

Como renúncia de reitora de Harvard revela 'guerra cultural' em universidades dos EUA

Claudine Gay durante discurso

CRÉDITO, GETTY IMAGES

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Reitora de Harvard, Claudine Gay, foi alvo de intensas críticas por parte de alguns políticos republicanos

  • Author, Anthony Zurcher
  • Role, Correspondente da BBC na América do Norte

A renúncia de Claudine Gay, a primeira pessoa negra a se tornar reitora da prestigiada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, está sendo celebrada como uma grande vitória pelos conservadores que se opuseram a ela por motivos ideológicos desde que ela assumiu a vaga, em julho de 2023.

Embora as alegações de plágio na tese de doutorado dela tenham sido um fator decisivo para que Gay deixasse o posto mais importante de Harvard, a saída dela é mais do que apenas um escândalo de desonestidade acadêmica.

Gay ficou em maus lençóis em dezembro de 2023 por sua participação em um painel do Congresso sobre antissemitismo nos campi universitários

As respostas tépidas e burocráticas dos membros do painel, incluindo Gay, sobre como lidar com os apelos ao genocídio dos judeus levaram à renúncia da reitora da Universidade da Pensilvânia, Liz Magill.

Depois desse episódio, Harvard ofereceu apoio contínuo ao mandato de Gay como reitora. Mas a batalha não acabou.

Para seus críticos de direita, Gay representa muito do que eles detestam no ensino superior americano moderno, que consideram dominado por uma ideologia de esquerda que coloca maior ênfase na diversidade étnica e de gênero do que no rigor acadêmico.

"Foi um exercício velado de raça e gênero quando escolheram Claudine Gay", escreveu nas redes sociais o candidato presidencial republicano Vivek Ramaswamy, formado em Harvard, após a renúncia.

O colunista do New York Times Bret Stephens, chamou a atenção para o histórico acadêmico relativamente fraco de Gay, de 53 anos, que não inclui livros publicados e apenas 11 artigos em periódicos científicos. Ele condenou o que chamou de "modelo de justiça social do ensino superior".

Christopher Rufo com os olhos arregalados durante conversa

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Ativista de direita Christopher Rufo ajudou a divulgar história de plágio de Gay

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Episódios

Fim do Podcast

Ele escreveu que a "podridão intelectual" no ensino superior americano "não vai parar de se espalhar até que as universidades retornem à ideia de que seu propósito central é identificar, nutrir e libertar as melhores mentes, e não arquitetar utopias sociais".

As alegações de plágio que levaram à renúncia de Gay foram trazidas à tona por Christopher Rufo, um ativista de direita conhecido pela batalha cultural sobre o suposto ensino da teoria crítica da raça nas escolas dos Estados Unidos.

Numa publicação nas redes sociais em dezembro de 2023, Rufo expôs o que seria uma estratégia para os conservadores buscando dar visibilidade a histórias que, na opinião deles, os principais meios de comunicação estão ignorando.

"Lançamos a história de plágio de Claudine Gay pela direita", escreveu Rufo. 

"O próximo passo é introduzir isso no aparato midiático controlado pela esquerda, legitimando a narrativa para atores de centro-esquerda que podem derrubá-la. Então, fazer pressão".

Os esforços de Rufo foram amplificados por meios de comunicação como o New York Post e o Washington Free Beacon, que na segunda-feira (1/1) publicaram detalhes de uma nova denúncia anônima apresentada a Harvard incluindo evidências adicionais de suposto plágio no trabalho publicado por Gay.

Na sua carta de renúncia, Gay disse que recebeu "ataques pessoais e ameaças alimentadas por uma animosidade racial", acrescentando que as últimas semanas deixaram claro que é preciso fazer mais para "combater o preconceito e o ódio em todas as suas formas".

Foi um sentimento ecoado, com raiva mais concentrada, por parte da esquerda.

"Então, o que aprendemos é o seguinte: fanáticos de má-fé que fingem estar preocupados com o antissemitismo usarão tranquilamente as mulheres de cor — especialmente as negras — como bode expiatório e para-raios para grandes questões sistêmicas", escreveu a romancista Celeste Ng nas redes sociais. 

"E que as pessoas que desejam a manutenção desse status-quo vão fazer de tudo para mantê-lo inalterado."

Celeste Ng em foto com expressão de seriedade

CRÉDITO, GETTY IMAGES

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Nas redes sociais, autora Celeste Ng acusou Harvard de ceder "aos fascistas"

A atual polêmica de Harvard atingiu o seu auge com a renúncia de Gay, mas o esforço conservador mais amplo para minar — e, em última análise, suplantar — as instituições de ensino superior dominadas pelos liberais continua.

Na Flórida, o governador Ron DeSantis — atual candidato presidencial republicano — substituiu a liderança do New College of Florida, cancelando seus programas de diversidade e inclusão, demitindo membros do corpo docente e colocando ativistas de direita, incluindo Rufo, entre seus administradores. 

Seu objetivo, em parte, é oferecer um contraponto conservador à moderna faculdade de artes liberais.

Donald Trump, como parte do seu plano "Agenda 47" para um segundo mandato, apelou para mudanças na forma como as universidades americanas são creditadas, para enfatizar a "defesa da tradição americana e da civilização ocidental". 

Ele também se comprometeu a acabar com os programas de equidade, forçar as universidades a reduzir os custos gerais e tributar as doações das escolas que não respeitarem esses pontos.

Harvard poderá, em última análise, substituir Gay por alguém que tenha uma disposição acadêmica e política semelhante e que continue defendendo formas de diversificar o corpo discente de Harvard.

Mas, ao derrubar a reitora de uma das universidades mais prestigiadas do país — aquela envolvida na luta do Supremo Tribunal sobre as preferências raciais nas admissões no início deste ano — os conservadores alcançaram uma vitória substancial a partir da qual podem avançar.

O CEARA E O BRASIL NÃO É PARA PRINCIPIANTES!


Instituto de pesquisa ATLAS INTEL, fundado por Andrei Roman - Fellow Lemann, lançou suas primeiras pesquisas eleitorais no Ceara, coloca Evandro Leitão, o candidato da Oligarquia Camilo Santana/ Ferreira Gomes, recém filiado ao PT, na pesquisa eleitoral para Prefeito de Fortaleza, e tira os candidatos históricos do PT. Enquanto o Coronel Camilo Santana empurra a politica educacional de Lemann no Ministério da Educação contra os educadores que elegeram Lula Presidente. É hora de ocupar as escolas! Há décadas no poder o Ministro Coronel Camilo Santana que se diz do PT coloca o pai, Eudoro Santana, há poucos meses no PSB que tem uma aliança com o PDT para enfrentar o PT em várias capitais. O mesmo padrão sempre: impor candidato por pesquisa, ocupar os partidos inviabilizando a democracia, atender os interesses das elites como Lemann e incentivos fiscais, corrupção e campanhas milionárias no Ceara de bilionários e elites politicas que enriquecem pelo Estado.   

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

2024 Infeliz aos ignorantes, violentos e corruptos brasileiros!




Quem sofre as consequências da miséria e das desigualdades no Brasil? Lógico, os que são excluídos socialmente, passam fome, não estudaram, nem recebem nenhum salário digno de vida, não têm ou têm difícil acesso às políticas públicas como saúde, habitação e outras. Essa é uma camada invisível que pouco se discute sobre ela a não ser quando vira crime, a outra são profissionais que lidam com essas situações como professores em escolas que se transformaram em depósitos de crianças e jovens, sem condições mínimas de educar, agentes penitenciários e presos que sobrevivem no inferno das cadeias brasileiras, policiais que matam e morrem no seu trabalho, médicos e enfermeiras que buscam tratar doenças quando o maior problema é a miséria nas condições sociais nos lugares em que vivem. 


 

Porém quantos de nossos políticos querem discutir a qualidade e o impacto das políticas públicas para transformar essa realidade? Quantos de nossas elites estão preocupadas com essa situação e tem compromisso em fazer sua parte pelo menos pagando impostos para mudar essa situação? O que sabemos é que políticos que vivem da corrupção e compra de votos há anos como oligarquias, centrão e outros que transformam partidos em gangues para se prostituírem e serem usados por outros interesses que inviabilizam a democracia, tornando refém de máfias políticas.  


 

Mas a luta continua contra esses infelizes em nome de milhões de crianças nas escolas e fora delas sem infância, aos jovens reféns em suas comunidades do tráfico e violências, dos idosos que vão morrer sem nenhum direito ou realizar seus sonhos que foram roubados toda a vida por elites ou políticos corruptos. Mas tudo isso tem jeito, com políticas públicas com impacto, transparência, controle social e participação. Tudo isso tem jeito se nossos infelizes, bárbaros e brutos que provocam infelicidades em milhões de vidas se permitirem aprender, viver, e ser humano no mundo repleto de violências. 


 

Sim eles podem conhecer, conviver e aprender com comunidades que mantém sua identidade, formam valores no convívio entre eles e suas famílias, estudam, buscam pelo trabalho melhorar suas vidas, protegem o meio ambiente em que vivem, e lutam politicamente juntos quando a comunidade é atacada por outros interesses econômicos e políticos. Nós temos transformado essa jornada de aprendizagem para vida em programas acadêmicos e escolares interdisciplinares, interculturais e internacionais com a presença e dialogo de diversos saberes em ecossistemas educacionais que refletem sobre nossas escolhas e trajetórias de vidas em mundo caóticos e incertos gerando novas formas de ser, viver e governar.  



Sim para mim eles são o futuro que pode salvar humanidade, diferente de cidades que o tecido social foi destruído pelo egoísmo, corrupção e delírios de alguns. Cidades que compartilham tecnologias e internet que viram armas para o ódio, obras e espetáculos financiados com dinheiro público como meio de corrupção e privilégios, segregação pelo crime, racismo, e pobreza. As diferenças entre essas cidades e comunidades podem ser indicadores de políticas públicas que têm impacto ou não, de educação que gera cidadania e vida, que humaniza professores e alunos, o que gera saúde e o nosso melhor convívio com a natureza, tecnologia, economia, e política a serviço do bem comum. 



Nós podemos caminhar e escolher o bem, ou o mal como os infelizes que para sorrir precisam de dinheiro, drogas, e violência que lhe dão prazer tamanha suas mediocridades perante a vida e Deus. Eu continuo feliz com minhas revoltas e rebeldia graças a sensibilidade, o amor e a fé em nosso pai com o qual renovamos a aliança de construir de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria em 2024 e sempre. Em nome do amor e dos felizes de coração e mentes saudáveis a serviço da vida.