SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Saber biológico, tecnológico, ambiental e espiritual. 1123 dias.



Eu preferia não escrever essas palavras mas joga-las ao vento, para que você possa olhar para o céu, sentir a brisa tocar sua pele , enquanto as ondas do mar dançam com sua sensibilidade , ao lembrar dessas palavras.

Despertar das verdades racionais para conseguir enxergar os sonhos sensíveis que ampliam seu ser e humanidade, independente das tecnologias. Um despertar da sensibilidade para lhe lembrar que existem milhares formas de ser em você, e milhares de caminhos para construir seu ser em harmonia com a tecnologia, natureza, humanidade e espiritualidade.


É possível educar a si mesmo se conectando com o mundo, através de uma jornada que atravessa teu ser em sintonia com a natureza da qual faz parte ? É possível um saber ao mesmo tempo biológico, tecnológico, ambiental e espiritual ?


Um Chip como uma semente plantado na Terra mede hoje a produtividade do solo, ao mesmo tempo que outro implantado no cérebro capta os fluxos elétricos que podem ativar decisões e atividades ao nosso redor, como por exemplo a melhor hora de colher. Essa energia ao mesmo tempo física e espiritual, pois reflete nossas decisões, funciona como as vozes que velozmente viajam pelo celulares no espaço para ordenar comandos em lugares virtuais e remotos sem nossa presença física. Se conectarmos as coisas e robôs pela internet às nossas decisões individuais em nuvens com Big datas e inteligência  artificial coletivos, poderemos ter um mundo que funciona de forma automática alimentado por energia solar.


Esse é um dos meus sonhos, integrar todas as tecnologias, conectadas a natureza de forma harmoniosa mas que espiritualidade terá a capacidade de orientar e educar nossos corpos para não usa-la com objetivo de ficar bilionário, ter poder ou destruir pessoas ou mesmo o planeta ? A verdade é que com muito menos tecnologia estamos destruindo corpos, criando ciborgues, e colocando a nossa existência e do planeta em risco. 


Quais programadores consegue programar o livre arbítrio, escolhas e espiritualidade de outros seres ? que chips alteraram o comando de nossas consciências e a busca por virtudes ? Essa pergunta não visa ser respondida racionalmente porque compreendemos como a razão tirou a sensibilidade do ser humano, de seu contexto, o separou da natureza, o fragmentou em mil pedaços, tornou ele uma coisa que pode ser manipulada pelo consumo, poder, tecnologias, fabricando desejos, e fazendo com que não sinta e nem busque encontrar os sentidos de viver.


Despertar em cada um nós de forma biológica e espiritual, o amor, a sensibilidade, a fé, as causas, a busca por justiça e sabedoria, o bem, a beleza, as virtudes, e valores que transcendem nosso ser e precisam muito mais que um ego e um corpo. A sensibilidade nos expande, nos dá vida, multiplica nossos saberes e frutos quando coletivamente agirmos em harmonia com a natureza e nossa espiritualidade, usando todas as tecnologias.   


O saber antes de ser tecnológico tem que ser biológico, humano, ambiental e espiritual. Quem quer ser comandado por máquinas ? e deixar que elas tomem as decisões sobre a sua vida e o mundo que vivemos? quem quer corre o risco de caixas de pandoras interferirem na natureza, em nossas corpos, em beneficio do poder de alguns homens e seus algoritmos ?   


Acordei do pesadelo da razão e comecei a sonhar com o bem, o belo e o justo. Despertei, não estava dormindo, apenas tinha perdido o controle de minha vida, esquecido meus objetivos, sonhos, e enquanto tomando banho no mar, uma luz iluminou o céu, eu consigo enxergar meu ser, sentir tudo ao meu redor que me toca de forma sensível, abrindo milhares de caminhos para novas formas de ser, me educar, me auto governar, viver, humanizar e integrar as tecnologias com meu ser e a natureza . 


Um saber biológico, tecnológico, ambiental e espiritual que conecta tudo a todos, nos expandindo e ampliando nossas capacidades e escolhas capazes de construir seres singulares e bilhões de mundos possíveis, assim como nossas galáxias e o universo do qual somos pequenos grãos de areias de células e chips em busca de uma Terra da Sabedoria.. 

segunda-feira, 27 de abril de 2020

“Preocupa-me que líderes autoritários tirem proveito do sofrimento”

Timothy Snyder, historiador: “Preocupa-me que líderes autoritários tirem proveito do sofrimento”
Pesquisador norte-americano, autor de ‘Sobre a tirania’, diz que o ser humano não pode esquecer que é um animal, “e portanto exposto a contrair doenças”


O historiador norte-americano Timothy Snyder, em Madri em 2018.VICTOR SAINZ / EL PAÍS

Pergunta. Como você está passando?

Resposta. Imagino que como todo mundo. Procuro cuidar da minha família, tento orientar meus filhos com os deveres. Busco encontrar uma nova rotina que me permita trabalhar no começo e no final do dia, enquanto dedico a parte central à minha família. Encontro-me bem. Há muito em que pensar. Este é um problema objetivo e um problema político. E há muito que pensar em termos históricos, e procuro trabalhar nisso.

P. Encontrou razões para sentir medo? O medo é um argumento nestas circunstâncias?

R. É muito, muito importante. Pessoalmente, não tenho medo. O que me preocupa de verdade é o medo político. Preocupa-me que uma catástrofe, que pode ser inclusive propiciada por um Governo, possa servir para ajudar a consolidar o poder nesse mesmo Governo. Preocupo-me com a política do medo. A política do medo é muito importante no meu país porque, quando adoecemos, realmente não temos aonde ir. Não sabemos como falar da doença. Temos um sistema de saúde muito ruim. O problema não é só que as pessoas estejam morrendo. O problema é que, além disso, as pessoas têm medo de morrer, e não sabem como resolver esse problema.

P. Você tem escrito sobre vários cenários de desastre. Este foi causado por um vírus, não por ditadores. Parece um romance de suspense. Você tem a sensação de que mistérios desse tipo podem reaparecer para guiar a humanidade por algo que não compreendemos?

R. Em nível profundo, o problema é que nos permitimos estar alienados do mundo que nos cerca, alienados da natureza. O fato é que somos animais e, como tais, estamos expostos a contrair doenças. Se nos esquecermos disso, nos sentiremos vulneráveis. As pandemias ocorrem, são uma parte importante da história da humanidade, isso sabemos. Têm um aspecto alarmante, porque são invisíveis, mas a verdade é que agora estamos mais bem preparados que nunca na história para entender uma pandemia. O problema não é nosso entendimento objetivo da situação, é que alguns países têm governantes que deliberadamente o interpretam mal e dificultam que outras pessoas entendam bem. O que ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos é que temos um Governo que deliberadamente não fez exames nas pessoas, e isso permitiu que houvesse todo tipo de incertezas e medos, criando essa sensação de mistério. Isto não deve ser algo misterioso. Devemos ter pessoas competentes no comando, em quem se confie. Se confiarmos em quem manda, não teremos tanto medo e não haverá tanto mistério, e será mais fácil para nós sermos livres. O preocupante é que as pessoas autoritárias tirem proveito da confusão e do mistério.

P. Sobre a tirania parece ter um tremendo epílogo nesta invasão da mentira que ocorre em tempos de pandemia…

R. Busquei escrevê-lo de modo a que fosse relevante no futuro, e tenho notícias de que estão voltando a lê-lo mundo afora. O assunto da fidelidade aos fatos é muito importante atualmente. Trump é um exemplo de alguém que é capaz de lançar desinformação ao ar num momento em que precisávamos mesmo de simples dados. Trump afirmou que não tínhamos esta doença nos Estados Unidos, mas o único motivo de que nos parecesse assim era que não estávamos fazendo os exames. Isso é muito similar aos comportamentos autoritários ao redor do mundo. Os russos fizeram algo muito parecido: você diz que não tem, mas aí acontece que tem, sim, e então joga a culpa nos outros. Como não enfrentou os fatos, agora tem um grande problema, e usa esse problema para culpar os outros. Assim, nos Estados Unidos, Trump culpa os governadores dos Estados, culpa os democratas, culpa a OMS. Desconsiderar os fatos se transforma em uma razão para promover práticas autoritárias, algo que está ocorrendo de maneira bastante geral.

P. Em seu país, no Reino Unido e no Brasil, nega-se a realidade, manipula-se a verdade, como se esta fosse maleável, como se fosse ficção…

R. O vírus é um exemplo muito claro de que há verdades científicas, de como a natureza opera por suas próprias regras, e não podemos mudar essas regras simplesmente não falando delas. Entretanto, nós, humanos, nos damos muito bem com isso de acreditar nas ficções durante um tempo muito longo, e às vezes, quando você sofre por causa de uma ficção, se convence ainda mais de que essa ficção é verdadeira. Portanto, o importante é parar o sofrimento, porque os piores líderes autoritários encontram maneiras de fazer esse sofrimento operar a seu favor. Se você não encarar os fatos, se se dedicar a contar mentiras, consome o tempo de que necessita para salvar vidas. Nos Estados Unidos estão morrendo dezenas de milhares de pessoas que não tinham por que ter morrido. Tivemos tempo de sobra para nos preparar. Podíamos ter prestado atenção no que outros países estavam fazendo, mas não prestamos, porque temos um líder que acredita na bruxaria e não na ciência. Ele nos falava de milagres, nos contava que isto sumiria num passe de mágica, iria embora sozinho. A realidade acaba se impondo, mas eles jamais reconhecem. Nós, como cidadãos particulares, temos que ser capazes de recordar: “Não, o que disse antes foi isso e estava equivocado, e isso teve um custo”. Uma das maneiras pelas quais o autoritarismo funciona é que as pessoas se habituam a que se minta para elas, a tal ponto que lhes parece atrativo e esperam que lhes mintam, querem que lhes mintam, e uma vez que você cai nessa situação se esquece de recuperar sua democracia.
A pandemia representa uma oportunidade para que a democracia demonstre como funciona, mas também para que os líderes autoritários hábeis como Trump sigam adiante com uma política do sofrimento

P. Quais você acha que serão as consequências das manipulações de hoje no aspecto democrático e político?

R. Acho que a democracia tem um bom aspecto, objetivamente. Países como a Espanha, a Itália e a Alemanha, que sofreram a epidemia com muitíssima virulência, tinham, no entanto, jornalistas que escreviam sobre o que estava ocorrendo e tiveram respostas de saúde pública que foram relativamente rápidas. Esta epidemia é ruim para todo mundo, mas quando você vive em uma democracia tem alguma ideia do que está acontecendo e alguma capacidade de perceber que seus líderes estão ou não ajudando. Tenho a impressão de que nos países do Leste Europeu a democracia terá inclusive um melhor aspecto do que antes da reação, porque em lugares como a Rússia e os Estados Unidos, onde os líderes mentem, e onde a imprensa muitas vezes é muito fraca para confrontá-los, muita gente vai morrer desnecessariamente. Acredito que isso poderá tirar um pouco de atrativo do autoritarismo, ao menos fora desses países. Minha preocupação é que haja alguns líderes autoritários que sejam suficientemente hábeis para tirar proveito do sofrimento, e isso é claramente o que Trump está tentando. Ele não quer que o sofrimento acabe, quer que se mantenha dentro de certos níveis, para depois canalizar esse sofrimento contra aqueles aos quais define como seus inimigos dia após dia. Penso que a pandemia representa uma oportunidade para que a democracia demonstre como funciona, mas infelizmente também é uma oportunidade para que os líderes autoritários hábeis como Trump sigam adiante com uma política do sofrimento. A política carece de finalidade, carece de verdade. O único que vale é a habilidade do líder para decidir quem é culpado e quem é inocente, a quem cabe atribuir a culpa. A política se transforma em uma produção diária de inocência e culpa.

P. Há três anos você deu um grande presente ao jornalismo, aquele livro contra a tirania da mentira. Qual acredita que deva ser hoje o papel do jornalismo com respeito à manipulação?

R. Esta pandemia mostrou a enorme importância do jornalismo local. Uma das razões pelas quais estávamos tão confusos nos Estados Unidos é porque não temos jornalistas locais que possam falar da doença onde ela acontece. Por exemplo, quando chegou a Seattle, Washington, não tínhamos suficientes repórteres para informar a respeito. Conforme a doença ia se espalhando pelos quatro cantos do país, não tínhamos repórteres que pudessem informar sobre todas as pessoas que chegavam aos hospitais e o que isso significava. Sempre ficamos para trás, porque não temos repórteres locais. Penso que a falta de repórteres locais é muito perigosa para todo tipo de políticas, e estamos vendo isso com esta doença. Os jornalistas servem um pouco como banco de memória. Se você escreve sobre o que fazem os líderes um dia qualquer, ao menos tem a oportunidade de apanhá-los quando tentarem retificar ou mudar de lado mais adiante. Esta é uma das poucas coisas que os jornalistas conseguiram fazer com Trump. Recordam a ele, e ao povo norte-americano, que mudou seu discurso radicalmente. A terceira coisa que os jornalistas podem fazer, e acredito que estão melhorando nisto, é em serem acérrimos defensores dos fatos. O The New York Times e o The Washington Post se moveram nessa direção, e me parece muito importante. É preciso haver um componente moral nisto. Temos que dizer: “Os fatos são nosso trabalho, os fatos importam, os fatos são reais, conhecer os fatos beneficia o público e por isso estamos comprometidos com os fatos”. Nunca é demais salientar a importância dos jornalistas em tempos de doença, porque os jornalistas permitem a transmissão de informação veraz ao público, e isso por sua vez permite ao público criticar os seus governantes. Múltiplos estudos mostraram que esta é a forma de controlar a enfermidade. Há um estudo na publicação médica britânica The Lancet, de 2019, que afirma justamente que a transparência ajuda a controlar as enfermidades. Mas a transparência não vem por si só, é algo em que os jornalistas precisam trabalhar.

P. Você fala das instituições como guardiãs da decência. A decência está em perigo?

R. Claro que a decência está em perigo. É muito triste ver como instituições de todo o mundo que outrora tinham uma reputação irrepreensível, seja o Supremo Tribunal da Polônia ou a Suprema Corte dos Estados Unidos, se tornam terrivelmente politizadas e perdem o respeito que já tiveram. É uma pauta muito significativa que o autoritarismo frequentemente funcione à base de corromper as instituições. Por exemplo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, do qual nos orgulhávamos até bem pouco tempo atrás, foi corrompido de cima a baixo. É dirigido por um homem, William Barr, que não acredita em absoluto no sistema jurídico. Dito isto, não podemos prescindir das instituições. Justamente porque os autoritarismos as corrompem temos que fazer o possível para defendê-las. Além de proteger as instituições, também é importante construí-las. Esta doença nos vai levar a novas coalizões, vai propiciar novas relações que antes não existiam e, quando passar, ou quando a tivermos controlada, algumas destas coalizões e relações nos ajudarão a criar novas instituições, novas formas de sociedade civil. A razão pela qual as instituições nos conectam com a decência é que nos permitem estar juntos, nos permitem criar regras, criar pautas de comportamento com o passar do tempo. Isso continua sendo tão importante quanto sempre foi. Temos que resgatar as instituições que ainda temos, e depois nos caberá pensar criativamente para construir novas.

domingo, 26 de abril de 2020

BOLSONARO, MORO E LULA? Quantos Brasileiros preferiam matar seus inimigos políticos hoje ou focar em nossos problemas nacionais ?





Nesse exato momento estamos destruindo parcelas do nosso presente e do futuro por causas e motivos medíocres que pouco ou nada se relacionam as vidas dos brasileiros. Gastamos nossa energia, tempo, e coesão social para ao invés de enfrentar problemas como pandemia, destruição da economia, aumento da violência e miséria, ficamos defendendo gangues partidárias, líderes corruptos e construindo uma agenda que inviabiliza a democracia que tem como base o dialogo. 


Sim sem direção flertamos com o caos e o aumento da completa desordem social e politica. Seitas de direita ou esquerda não podem conduzir um país,  politica não é religião, nem políticos profetas de esquerda ou direita, a polarização culmina sempre em diversos tipos de terrorismos, fascismos, stalinismos, e outros que em busca de uma solução mágica esquecem o real.


A pandemia no Brasil e seus bilhões de gastos em políticas públicas, muitas delas sem eficácia e impacto em relação a disseminação do vírus e suas consequências em termos do numero de mortes, criação de sistemas de saúde artificiais, aumento do desemprego, prejuízos a educação de milhões de crianças e jovens, fome, miséria e piora das condições de vidas nas comunidades mais pobres. 


O Brasil sem planejamento, diferente de outras nações que sabem priorizar as suas populações e não políticos, temos um histórico e incapacidade de medir as consequências dos atos de quem ocupa cargos públicos. Desde Bolsonaro que resolve fazer mudanças na Policia Federal em meio a uma pandemia, aos Governadores como o do Ceará, Camilo Santana junior , membro da Oligarquia e seus respectivos 01, 02, 03, 04, liderada pelo Coronel Ciro Ferreira Gomes, há décadas no poder vivendo do Estado, que se aproveitam com a pandemia para gastar proporcionalmente mais do que o Estado de São Paulo com menos de um quinto da população, com pouca ou melhor nenhuma transparência sobre os detalhes dos contratos firmados. Claro que podemos falar da venda de álcool gel mais caro, roubo e superfaturamento de equipamentos hospitalares, ou na mesma proporção quem espera e trabalha para o caos, corrupção e torce para aumentar o numero de mortes na pandemia, mesmo no meio de uma guerra quando deveríamos nos unir.


Os pobres, as pandemias, os políticos e cada um de nós temos uma história, e nossas escolhas ou falta de planejamento, apontam as consequências que temos em nossas vidas e em nossas nações. Bolsonaro, Moro e Lula fizeram a deles tem direito de faze-las como Presidente, Ministro, ou Líder de um partido. Porém, ainda bem, não vivemos em sistemas totalitários e cada um tem a liberdade de fazer a sua, sem se render a chefes, sem se vender, sem se calar, sem repetir palavras, agindo de acordo com suas consciência e buscando de formar crítica informações para fundamentar suas posições e atitudes. Como escreveu Hannah Arendt, o inferno esta dentro de nós, alguns chamam eles do Brasil do outro.


Eu sei que isso é difícil, num país aonde de diversas formas se vive de favores de políticos, agora ou pagando dívidas passadas, que o futuro não depende do talento, mérito, crédito ou oportunidade de vida conquistada sem negociar o voto, a opinião ou pior a vida e a alma. Eu sei que o saber vale pouco ou quase nada no Brasil e sim os amigos ou gangues partidárias que faz parte. Eu sei que nossas elites enricam pelo Estado as custas de milhões de pessoas que pagam com a vida. Eu sei que famílias se elegem com cargos e orçamentos públicos, não importa nada, apenas se é filho ou neto de alguém. Eu sei que Lula e Bolsonaro elegeram em suas ondas várias pessoas sem história de luta politica ou por causas públicas, que de forma oportunista hoje se consideram líderes mas que não representam nada.


Porem nós sabemos que a historia continua a ser inscrita, que nações não se constroem por esses caminhos, que líderes não são falsos nem superficiais, que corrupção é crime em vários países e que a lei não serve aos poderosos de direita ou esquerda, que para salvar suas economias os EUA, Europa e Ásia estão investindo trilhões de dólares com foco nas pessoas, assim como estão construindo caminhos para proteger vidas nas pandemias. 



Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo

Olha o sopro do dragão
É a verdade o que assombra
O descaso o que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais

Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então
Tudo passa, tudo passará
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz

Teremos coisas bonitas para contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe para trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos

A pobreza nasceu da exclusão de milhões de pessoas sem condições mínimas de trabalhar e viver, isso se tornou ao longo do tempo em moradias e comunidades sem condições mínimas de saúde, violências, muitos de nossos políticos e elites descobriram agora que temos pobres, espero que continuem ajudando depois da pandemia. O Totalitarismo e fascismo surgiram em Democracias brutalmente atingidas pela pobreza e o medo do futuro, onde líderes apontaram inimigos como o problema a serem eliminados. 


Nesta Terra de gigantes que trocam vidas por diamantes ! Quantos de nós brasileiros nos dias de hoje se pudéssemos eliminaríamos os pobres ou seus inimigos políticos ? A verdade sobre o Brasil que vivemos é que nosso presente e futuro precisa ser discutido, e o pior caminho hoje é obedecer cegamente políticos, entregando nossas histórias, posições, consciência, escolhas e atitudes a delírios e projetos de poder de alguns às custas de milhões de vidas vítimas da pandemia e da pobreza. 

E essa justiça
Desafinada
É tão humana
E tão errada

Nós assistimos televisão também
Qual é a diferença?

Não estatize meus sentimentos
Pra seu governo, o meu estado
É independente

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Morreu um amigo com Corona Vírus e as consequências de nos educar para os cantos dos pássaros e das serpentes.





EDUCAÇÃO SABEDORIA PARA OS FILHOS DO UNIVERSO!

Sim os pássaros e as serpentes cantam assim como os humanos. Domingo eu estava dialogando pela internet, via zoom, com um amigo que tinha acabado de saber o resultado do seu exame de corona vírus, deu positivo! Ele faleceu em três dias. 

A gente conversava sobre como o mundo podia ser diferente, ou melhor como cada um de nós podia tornar o mundo melhor e isso dependia de nossas atitudes e de nossa educação. Isso depende da capacidade de apreender com o outro sem ter que passar pelas mesmas dores que o outro. Eu aprendi muito com ele na conversa e ele me disse que apreendeu também comigo, esperava fazer diferente em sua vida dali pra frente.


Na primeira hora de conversa analisamos noticias da mídia e dialogamos sobre nossas origens comuns e diferenças. Nós sabermos que todos nós somos filhos do Universo, feitos de poeira estrelar, que transformamos em vida e numa jornada histórica e poética de tragédias e epopéias humanas. Nesta jornada humana começamos com poucos humanos, seguindo as palavras de Michel Serres, e nos transformamos em negros, índios, brancos, judeus, cristãos, muçulmanos, ocidentais, orientais, russos, americanos, europeus, chineses e outros, porém nascemos, continuamos humanos, partimos da mesma origem. Serres morreu ano passado era uma grande amigo da humanidade.

Sim Darwin entrou na conversa, e ate o presente momento nos prova que todos temos a mesma origem, inclusive estrelar, além dos humanos, plantas, e animais; partimos de um ancestral único revelados em nossas células e DNA. Comecei a mostrar vários dados demográficos a ele, e contar Histórias do nascimento do que denominamos nações. As nações são resultados de imigrações e guerras, gerando vários povos, culturas, criações humanas na tecnologia, arte, ciência e outras. Elas emergiram dessas trocas por pessoas que começaram a interagir entre elas nas cidades, em contatos com outras cidades, impérios, nações. Agora a imigração global, somada aos milhões de refugiados, talvez prove para alguns o que temos em comum, é muito maior que nossas diferenças étnicas, culturais, nacionais e outras. O que temos que enfrentar são as desigualdades que vários povos sofrem. Eu e ele somos apaixonados por História e histórias.


Na segunda hora conversamos e aprendemos como transformar essas jornadas em histórias para despertar, educar, emocionar, conscientizar, interpretar essa histórias em nossa vidas. Grécia, Egito, Judeus, Indígenas, Romanos, Otomanos e outros povos contaram suas histórias e influenciaram muitos pensadores sobre nossas tragédias em relação a morte de um ou de milhões em guerras, doenças e fome. Essas tragédias geram com suas análises teorias e pensadores como Walter Benjamim, Nietzche, e outros. Infelizmente aprendemos mais com as tragédias do que com as epopéias, os sentimentos nos ensina mais do que a razão. A razão muitas vezes cega e solitária em suas verdades excludentes. 


Depois dos pássaros cantarem para despertarmos, antes da hora das serpentes. Na terceira hora quando o medo nos ensina o valor dos sentimentos e da ética, perante as nossas tragédias, recordarmos que os neurocientistas como Antônio Damásio provam que os sentimentos vem primeiro, antes da razão, aprendemos o mesmo com o filósofo Spinoza sem ele usar o método cientifico, ele descobriu antes, que Edgar Morin aprimorou este despertar na teoria da complexidade, que arte ou a espiritualidade já sabia bem antes de todos. Não importa se chamamos de ciência, filosofia, arte, espiritualidade esses conhecimentos sobre a relação entre pensamentos e sentimentos estão presente em todas as formas, independente de como dividimos o saber, são lições essenciais de uma educação com sabedoria para os filhos da terra. Estes caminhos evitam que sejamos mordidos pelas serpentes da ignorância, vizinha da maldade, que cobra seu preço na hora da morte. 

Assim como nos dividimos em etnias, raças, classes, nações da mesma forma fizemos com os saberes. Agora no meio da pandemia temos que apreender rápido que a vida de cada ser humano importa no planeta Terra, como do meu amigo, parente ou desconhecido, visando entender o que teríamos feito como humanidade para evitar essas mortes.   


Podemos aproveitar essas horas e dias para estudar Michel Serres, Spinoza, Darwin, Edgar Morin, Demografia, ler tragédias, e descobrir que nossa Jornada na Terra é incerta, que mesmo o poder, ciência, dinheiro, não consegue controlar e garantir nossos destinos e vidas. 


Todo dia podemos nascer de novo! Na quarta hora e última de nossa conversa conversarmos porque a natureza criou este vírus e outros que provocaram milhões de mortes, assim como as guerras humanas, a fome e a miséria produzidas pelo ser humano? Talvez precisamos criar uma história que nos contêm sobre isso, quem são os novos Faraós que nos escravizam, que mexa com nossos pensamentos e sentimentos, que nos eduque com sabedoria para vida. E que os seres humanos sejam educados para transformar suas vidas e para entender e interpretar como fazemos com a Bíblia, é preciso continuar a escreve-la, agora como filhos de Deus e do Universo. Ela tem que ter arte, filosofia, ciência, espiritualidade, medicina, economia, politica e outros. 

Necessitamos apreender agora como lidar com problemas complexos e sistêmicos que não vão ser resolvidos por uma única nação ou saber. Sim pela nossa capacidade de misturar todos estes ingredientes como filhos do Universo, visando compreender como nós criamos as nossas próprias tragédias com nossa atitudes e saberes limitados. As tragédias nos surpreendem e nos fazem caminhar em busca da cura e desenvolver anti corpos pra lidar com ela.


Todos nós que conversamos com outras pessoas somos educadores, podemos colaborar com a cura, nossos conhecimentos e vivências, podemos falar sobre nossas dores, medos e aprendizados, e aprender com as dores, coragem e os conhecimentos do outro. Toda fala tem o poder dos cantos dos pássaros ou das serpentes!   

Os ar acondicionados não nos protegem do aquecimento global, nem bunkers de guerras nucleares, nem viagem estrelares para outros planetas, nem super robôs, são soluções artificiais que desconsideram a natureza e o Universo. Estamos no inicio da pandemia, as mortes e os casos estão aumentando e dobrando no mundo, os aerportos conectados e o vírus não liga para seu Presidente, Governador ou OMS. Nenhum país ou ciência vai resolver a pandemia sozinha. 


Meu amigo ou amiga não tiveram tempo de despedir, morreram sozinhos e foram enterrados numa cova pública. A nacionalidade deles? italianos, brasileiros, americanos, chineses não lembro. Na minha concepção de mundo são filhos da Terra. Suas profissões? médico, enfermeira, politico, empresário, professora, não lembro, acho que ele ou ela não se reduzem a uma profissão, saber, nacionalidade, ele ou ela eram e sempre serão muito mais, porém não conseguiram viver tudo que podiam e queriam nessa Terra. Eles tinham medo, às vezes faltou coragem quando precisavam, às vezes o medo lhe salvaram de outras situações. Eles tentaram entender que a miséria pode se tornar riqueza como vários países e pessoas fizeram, e que riquezas podem destruir tudo, que podemos aprender com a natureza e ser parte da ecologia da vida e não da morte, que o bem e o mal, certo e errado, andam juntas e dependem de nossas escolhas e sabedoria para seguir nossas jornadas na Terra. Dos cantos dos pássaros e serpentes que ouvimos na Terra. E que tudo que fazemos tem consequências. Necessitamos aprender antes de agir a ter clareza de todas as consequências e impactos que provocamos com nossa atitudes e saberes, talvez o nome disso seja sabedoria.


Eles viveram e morreram para me ensinar como Moises, Abraão, Salomão, Davi, Jesus que tudo se resume ao amor a Deus e a cada ser humano, que possamos orar juntos pelos que morreram na Pandemia, e proteger a todos para que possamos salvar mais vidas e buscar a cura. 

A cura não apenas para esta pandemia, mas para vida na Terra com sabedoria dos filhos do Universo, visando evitarmos as consequências das pandemias, guerras, mudanças climáticas, desigualdades, pobreza e outras que produzem Corona vírus e suas consequências para todos, nos libertando das doenças que criamos curando nossa alma, mente e corpo.

terça-feira, 21 de abril de 2020

A Balada dos pássaros cantores e as serpentes.




“Coriolanus jogou o repolho na panela com água fervente e jurou que, um dia, isso nunca mais passaria por seus lábios. Mas esse não era aquele dia. Ele precisava comer uma tigela grande daquela coisa anêmica e beber cada gota do caldo para impedir que seu estômago roncasse durante a cerimônia da colheita. Era uma das várias precauções que tomava para mascarar o fato de que sua família, apesar de residir na cobertura do apartamento mais opulento da Capital, era tão pobre quanto a escória dos distritos. Que, aos dezoito anos, o herdeiro da outrora gloriosa Casa Snow tinha nada com o que viver além de sua inteligência.

Sua camiseta para a colheita o estava preocupando. Ele tinha um par aceitável de calças escuras, compradas no mercado clandestino ano passado, mas era para a camiseta que as pessoas olhavam. Felizmente, a Academia provia os uniformes que precisava usar diariamente. Para a cerimônia de hoje, entretanto, os estudantes foram instruídos para se vestir com elegantemente, mas com a solenidade que a ocasião ditava. Tigris tinha dito para confiar nela, e ele assim o fez. Apenas a sagacidade de sua prima com a agulha o tinha salvado até agora. Mesmo assim, não poderia esperar por milagres.

A camiseta que retiraram do fundo do armário – que pertencia a seu pai e já tinha visto dias melhores – estava manchada e amarelada pelo tempo, com metade dos botões faltando e a queimadura de um cigarro em uma das mangas. Muito danificada para vender até no pior dos tempos. E essa deveria ser sua camiseta para a colheita? Naquela manhã, ele tinha ido a um quarto durante a aurora, apenas para encontrar tanto a camiseta quanto a prima faltando. Não era um bom sinal. Será que Tigris havia desistido daquela coisa velha e se aventurara pelo mercado clandestino em uma última tentativa de achar roupas apropriadas? E que diabos ela teria que valesse alguma coisa para trocar? Apenas uma coisa – ela mesma -, e a Casa Snow não estava desesperada àquele ponto. Ou estava, conforme ele salgava o repolho?”.


A ambição será o seu motor.
A rivalidade, a motivação deles.
Mas alcançar o poder tem um preço.
É a manhã da colheita que começará os décimos Jogos Vorazes. No Capitólio, Coriolanus Snow, de dezoito anos, se prepara para uma oportunidade única: alcançar a glória como mentor dos Jogos. A casa de Snow, uma vez tão influente, está passando por tempos difíceis, e seu destino depende de Coriolanus conseguir superar seus companheiros em engenhosidade, estratégia e charme como mentor da homenagem que ele lhe concedeu.
Tudo está contra ele. Eles o humilharam, atribuindo-o à homenagem do Distrito 12. Agora, seus destinos estão irremediavelmente ligados ...


A grande escadaria que levava à Academia podia acomodar todo o corpo discente, por isso acomodava facilmente o fluxo de funcionários, professores e estudantes que se dirigiam para as festividades do dia da colheita. Coriolanus subiu lentamente, tentando uma dignidade casual, caso chamasse a atenção de alguém. As pessoas o conheciam – ou pelo menos eles conheciam seus pais e avós – e havia um certo padrão esperado de um Snow. Este ano, começando neste mesmo dia, ele esperava obter reconhecimento pessoal também. A tutoria nos Jogos Vorazes foi seu projeto final antes de se formar na Academia no meio do verão. Se ele apresentasse um desempenho impressionante como mentor, com seu excelente histórico acadêmico, Coriolanus deveria receber um prêmio monetário substancial, o suficiente para cobrir suas mensalidades na Universidade.Haveria 24 tributos, um menino e uma menina de cada um dos doze distritos derrotados, sorteados para serem jogados em uma arena para lutar até a morte nos Jogos Vorazes. Tudo estava estabelecido no Tratado de Traição que pôs fim nos Dias Escuros da rebelião dos distritos, um dos maiores castigos suportados pelos rebeldes. Como no passado, os tributos seriam despejados na Arena Capital, um anfiteatro agora em ruínas que havia sido usado para eventos esportivos e de entretenimento antes da guerra, junto com algumas armas para matar um ao outro. A exibição foi incentivada na Capital, mas muita gente evitou. Como torná-lo mais atraente foi o desafio.

Com isso em mente, pela primeira vez aos tributos deveriam ser designados mentores. 24 dos melhores e mais brilhantes seniores da Academia foram escolhidos para o cargo. As especificidades do que isso implicava ainda estavam sendo elaboradas. Falou-se em preparar cada tributo para uma entrevista pessoal, talvez um pouco de preparação para as câmeras. Todos concordaram que, para que os Jogos Vorazes continuassem, precisavam evoluir para uma experiência mais significativa, e a ligação entre a juventude da Capital e os tributos dos distritos deixava as pessoas intrigadas.

Coriolanus abriu caminho através de uma entrada envolta em faixas pretas, por uma passagem curvada e pelo cavernoso Heavensbee Hall, onde assistiam à transmissão da cerimônia de colheita. Ele não estava atrasado, mas o salão já estava lotado de professores e estudantes e vários oficiais dos Jogos que não eram necessários para a transmissão do dia da abertura.

Avoxes passavam pela multidão com bandejas de posca, uma mistura de vinho aguado com mel e ervas. Era uma versão intoxicante do material azedo que sustentara a Capital durante a guerra, supostamente afastando doenças. Coriolanus pegou um cálice e sacudiu um pouco da posca ao redor da boca, esperançosamente enxaguando qualquer vestígio de hálito de repolho. Mas ele só se permitiu um gole. Era mais forte do que a maioria das pessoas pensava e, nos anos anteriores, ele havia visto homens da classe alta se enganarem profundamente, absorvendo profundamente.

O mundo ainda pensava que Coriolanus era rico, mas sua única moeda real era o charme, que ele espalhou liberalmente enquanto caminhava pela multidão. Rostos se iluminaram quando ele deu um olá amigável para alunos e professores, perguntando sobre os membros da família, deixando elogios aqui e ali. “Sua palestra sobre retaliação distrital me assombra.” “Amo sua franja!” “Como foi a cirurgia nas costas de sua mãe? Bem, diga a ela que ela é minha heroína”.

Dean Casca Highbottom, o homem creditado como criador dos Jogos Vorazes, estava supervisionando o programa de mentores pessoalmente com o entusiasmo de um sonâmbulo, de olhos sonhadores e, como sempre, viciado em se transformar. Seu físico, outrora fino, estava encolhido e coberto por uma pele flácida. O recorte preciso de um corte de cabelo recente e um terno nítido apenas suavizou sua deterioração. Devido à sua fama como inventor dos Jogos, ele ainda mantinha uma posição tênue em sua posição, mas havia rumores de que o Conselho da Academia estava perdendo a paciência.

“Olá”, falou de forma arrastada, acenando um pedaço de papel amassado sobre a cabeça. “Lendo as coisas agora.” Os estudantes silenciaram, tentando escutá-lo por cima do barulho do corredor. “Eu leio um nome para vocês, então vocês ficam com a pessoa. Certo? Muito bem. Distrito Um, o garoto, vai para…” Dean Highbottom olhou de modo semicerrado para o jornal, tentando se concentrar. “Óculos”, ele murmurou. “Esqueci eles.” Todo mundo olhou para seus óculos, já empoleirados em seu nariz, e esperou enquanto seus dedos os encontravam. “Ah, aqui vamos nós. Lívia Cardew.”

O rostinho pontudo de Lívia abriu um sorriso e ela deu um soco no ar em vitória, gritando “Sim!” Em sua voz estridente. Ela sempre foi propensa a se gabar. Como se a atribuição mais elevada fosse apenas um reflexo dela, e não de sua mãe administrando o maior banco da Capital.

Coriolanus sentiu um desespero crescente quando Dean Highbottom tropeçou na lista, atribuindo um mentor aos meninos e meninas de cada distrito. Depois de dez anos, um padrão surgiu. Os distritos mais bem alimentados e mais favoráveis à Capital do 1 e do 2 tiveram mais vencedores, com os tributos de pesca e agricultura do 4 e do 11 também sendo adversários. Coriolanus esperava um 1 ou um 2, mas nenhum foi atribuído a ele, o que foi mais insultuoso quando Sejanus Plinth marcou o garoto do Distrito 2. O Distrito 4 passou sem mencionar seu nome e sua última chance real de vitória – o garoto do Distrito 11 – foi designada a Clemensia Dovecote, filha da secretária de energia. Ao contrário de Lívia, Clemensia recebeu notícias de sua boa sorte com tato, colocando seu lençol de cabelo preto por cima do ombro enquanto ela estudava cuidadosamente sua homenagem em sua pasta.

Algo estava errado quando um Snow, que também era um dos estudantes de alta honra da Academia, passou despercebido. Coriolanus estava começando a pensar que o haviam esquecido – talvez estivessem dando-lhe uma posição especial? – quando, para seu horror, ouviu Dean Highbottom resmungar: – “E, por último, mas menos não importante, a garota do Distrito Doze … ela pertence a Coriolanus Snow.” – Tradução por Tributos THG Fandom.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

SOBRE A UNIVERSIDADE QUANDO A CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEIXAM DE SER HUMANAS. A SABEDORIA, EDUCAÇÃO, ARTE, POLÍTICA, ECONOMIA, ESPIRITUALIDADE SÃO HUMANAS.




Independente se o Corona vírus foi criado ou não em laboratório, a verdade é que vírus muito piores podem ser criados em laboratórios pelo acaso ou como arma de guerra a ser usado para fins políticos e econômicos . O físico Stephen Hawking alertou antes de morrer que a Inteligência Artificial pode ser o fim da humanidade. Da mesma forma que Einstein explicava sua ciência mas também falava de consequências politicas, judaísmo e educação. 


A fissão ou fusão de átomos existem na natureza como por exemplo na composição do Sol ou na fábrica de átomos, as estrelas. Agora transformar em Bomba atômica ou Nuclear é uma criação humana. Eleger políticos manipulando dados sobre pessoas como fez a empresa Cambridge Analytica e a proliferação de fake news ou mídia pagas para enaltecer políticos é mentir para fins que também destroem a humanidade. 

A Ciência não pode se resumir a entender como a natureza funciona ou criar naturezas artificiais, os cientistas necessitam em sua formação avaliar os impactos e consequências de seus atos assim como políticos. Não se formam cientistas nem políticos para terem sabedoria mas através da educação, do estudo da história, da arte, política, economia, ciencia e espiritualidade podemos nos humanizar e apreender as consequências das atitudes humanas. Essa deve ser a missão das Universidades e não apenas liderarem pesquisas cientificas e novas tecnologias isso grandes empresas estão fazendo as custas da humanidade e do planeta Terra.  


Há menos de um século exatamente em 1923 achávamos que só existia uma galáxia, a nossa Via Láctea, quando a cientista Leavitt descobriu que poderíamos medir a distância das estrelas da Terra pelo seu brilho, isso possibilitou a Hubble e seu telescópio descobrir milhares de galáxias. Portanto foi o método somado a tecnologia que gerou a descoberta assim como em outros casos em nossa ciência vou citar alguns.

O olhar humano foi superado no Cosmos e no microcosmos dos laboratórios, a velocidade humana pelos foguetes que criamos, agora o Big Data e a Inteligência artificial supera milhões de vezes a capacidade humana de analisar dados. Hoje um equipamento no laboratório pode produzir novas especies ou vírus na Terra, um Genesis 2.0 , um outro tipo de ser humano, um robô que conversa, olha, sente cheira, e processa dados. Enquanto a evolução segundo Darwin trabalha com populações, mutações genéticas e evolução natural. A Ciência cria com seus dados uma evolução artificial, novas armas resultados de tecnologias como drones, e habitats em laboratórios para produzir células, insetos, e bebês em ambientes artificiais produzidos pelo homem.  


Criar um bebe proveta é maravilhoso mas criar um vírus ou arma de guerra podem ter consequências de destruir a humanidade. No laboratório do MIT se produz seda com abelhas em bio construções porém distantes dos Habitats naturais interferindo na ecologia e na evolução. Algum tempo, li um romance alemão que falava que o ser humano veio da areia, ou mais preciso do silício, que também é a base da produção de chips ou seja os ciborgues são a continuidade natural da humanidade.


Porém não podemos esperar que a ética brote do chão, nem dos laboratórios, Bancos ou Governos porque seus fins são outros. Nunca foi tão urgente que as pessoas tenham mais tempo para estudar não apenas para melhorar a competitividade e economia de um país, mas pelo simples motivo que precisamos da natureza para viver nesse planeta, precisamos de ética e estudo para que se possível toda população possa pensar e ter condições de fazer escolhas sobre as descobertas cientificas e poderes de alguns. 


A missão da Universidade é nos educar para viver na Terra diante de tantas complexidades, incertezas e desafios. O método de educar com uso da tecnologia é uma questão essencial e estratégica pois não precisamos mais esperar o livro e o professor para aprender, e o mundo é uma sala de aula,  podemos fazer isso on line ou presencial em diversos caminhos fractais que supera a lógica do currículo, e mesmo os limites da linguagem como descobriu o Circulo de Viena, a lógica assim como o método cientifico são insuficientes e produtores de diversas consequências para o planeta e humanidade; e felizmente isso também é Ciência ou melhor Antropologia, sabedoria, educação, politica, economia ou uma nova tecnologia, ou seja novas formas de ser, educar viver e governar. A Universidade por definição é um Universo ou melhor Multiversidade com Bilhões de galáxias de saberes.   


Vivemos longe do Universo da ilha de Andrômeda, dois milhões e meio de anos luz para ser preciso, e pelo tempo que temos de vida não poderemos chegar lá , mas podemos ver a luz do futuro pelo telescópio, mas não do corpo, cérebro e alma humana. Talvez em cem anos podemos fazer mais descobertas do que a humanidade fez ate hoje. É difícil dizer onde isso nos levara, talvez ainda não tenhamos as palavras para expressar, mas nossos sonhos, arte e imaginação são pistas do futuro que desejamos para o bem e para o mal. Saber se no uso de nossas capacidades se queremos ser Deuses como Faraós no Egito ou bilionários hoje destruindo o mundo e os mercados, ou lideres políticos ou religiosos que não teriam nenhum pudor em destruir seus inimigos, são questões a serem estudadas como podemos evita-las da mesma forma que o cuidado que temos hoje de nos proteger de um vírus; talvez emergiu porque temos uma visão sistêmica e complexa de quase nada.

Quando estudo o cosmos e biologia aprendo muito sobre mim e a Terra desde que eu faça as perguntas corretas. Faço isso do meu notebook e chego a milhares de lugares e pensadores, ampliamos os limites do Universo, Economia, e da Ciência mas ainda reduzimos os seres humanos nas Escolas, Universidades, Profissões…Sabemos o que é fronteira porque nos limitamos a não discutir o que é o todo, a teia da vida, a visão sistêmica e suas consequências para o todo e as partes que resolvemos separar.


A Universidade não pode se reduzir a um espaço, a um campus, porque de fato ela não é, e sim as relações que acontecem através dela. A geometria euclidiana e simetria formam paralelos, porém em concepções estéticas e éticas distintas em suas teorias. A natureza é simétrica mas não euclidiana. É preciso medir as curvaturas de forma precisa em nossos modelos educacionais através de outras métricas que não conseguem medir as trajetórias de vidas de como as pessoas se educam, despertam a ética, criam inovações e outros.


Assistimos filmes em 3D e queremos enxergar e educar a realidade em uma Dimensão, quando a vida e mesmo nosso ser é multi dimensão, vivemos em várias realidades ao mesmo tempo, que se modificam com métodos distintos e relações reciprocas. Einstein se encontrava com Chaplin assim como Leonardo da Vinci através de suas pinturas mudou a Engenharia ou Goethe com o estudo das cores e botânica criou Fausto.


A teoria geral da relatividade nos ensina que a gravidade atua em várias dimensões que os objetos não caem em linha retas mas seguem espaços curvos, que a linguagem e a lógica que nos educam por excelência matemática é racional, mas a experiencia felizmente a modifica. Esse é um dos ingredientes para ensinar ética não lineares. O saber mais do que o conhecimento ou informações reage ao conteúdo de forma dinâmica, modificando o mundo de formas muito diferentes com inovações que não seguem trajetórias lineares, nem a historia, ainda bem!


Tudo pode ser modificado e alterado ate o espaço e o tempo que vivemos, podemos pensar o agora e o futuro de formas diferentes, devagar ou veloz, agir para as necessidades de hoje ou do futuro; e darmos saltos quânticos na órbita de nossas vidas e no mundo em que vivemos. O Ser humano como o Universo é móvel, orgânico e em expansão, somos feitos de energia e mudamos por vibrações.


Porem temos que entender como o Universo chegou ate aqui, depois do Big Ban, da mesma forma que nossas vidas e o mundo que vivemos. Nem sempre existiu pobreza, mas talvez formas de amor e cooperação sim, formas de aprender, de pensar as cidades, séculos antes de Cristo, de fazer arte nas cavernas ao mesmo tempo em que matávamos outros homens em guerras, de criar tecnologias como faca, rodas ou descobri-las como o fogo. Algumas essências ou dimensões são constantes das experiências humanas independentes das formas ou instituições, sociedades, profissões que criamos para organiza-las.


As perguntas mais simples e mais profundas não tem sido ensinadas, e elas podem dar outras formas ao mundo que não se reduzem ao capitalismo ou socialismo. Raciocinando, observando, imaginando, indo além dos limites que nos impomos ou agora são impostos pela tal Ciência, Política ou Economia.

Outras estruturas ocultas podem emergir se agruparmos as energias , pensamentos e recursos de outras formas para transformar e expandir todas as vidas das melhores maneiras possíveis escolhidas pelas pessoas. Capacidade para aprender e escolher isso é Educacao ou melhor ética. Mais do que entendermos o que nos divide, precisamos entender o que nos une, mais do que gera vazios, egos, maldades, poderes precisamos entender o bem, não apenas sobre a ótica espiritual, mas como tem feito a ecologia e agora a economia circular em busca de nossa sustentabilidade.


Não queremos viver sozinhos em uma vasta escuridão vazia, não foi isso que gerou a humanidade nem a vida como conhecemos. Entre termos tudo que queremos e nada, existem infinitas possibilidades de conquistas que dependem do individuo, outras do coletivo, e principalmente da mistura inseparável entre eles.

Apreender sobre o vazio ou o nada é essencial ou existencial nos diria Sartre ou a fisica. O vírus, e as novas tecnologias como as ondas que viajam pelas fibras óticas, nano tecnologias, microondas, vivem nestes espaços que chamamos de nada ou vácuo. Talvez ela possa explicar tudo ate mesmo nossa existência se tivermos espaço e  tempo para aprender numa viagem que podemos fazer pelo mundo olhando a partir da Universidade. Ate entender o nada nos gera problemas e paradoxos porque existimos assim como o Universo ?


Nós vivemos no fundo de um oceano de ar, na Lua podemos dançar sem o chão, a pressão nos leva a carregar pesos desnecessários para viver. Compor uma musica, ou este texto, depende da pressão entre tudo e o nada, da criatividade e de fazer escolhas para colocar em movimento nossas ideias, sonhos e a história da humanidade. 

O ar carrega ondas sonoras sem que possamos ver numa sociedade de imagens e consumos, superlotamos os nossos sentidos com conteúdos que não preenchem a existência mas uma simples música consegue. O éter da luz, som, energia em condições infinitamente pequenas é tão sutil e intangivel que não pode ser medido ou visto mas se ampliamos sua potência corta tudo com laser ou explode o mundo com energia atômica. Parece que um dos segredos da vida, do universo e da existência é o equilíbrio, a simetria, que produz o belo, o bem e o justo.


O método somado a tecnologia desvendou os segredos do éter. Não existe vácuos espalhados pelo Universo, tudo consta matéria e anti matéria, apesar de alguns homens terem criado essa ideia, talvez o que existe é quanta luz você quer enxergar ou aguenta aprender, abandonado ideias e poderes errados para entender como o Universo dança. Foi quando os negócios criaram o vácuo artificial para criar alguns produtos como a lâmpada elétrica que queima rapidamente se a luz tiver contato com oxigênio. Porem ele é uma ambiente artificialmente criado como bombas nucleares. Tesla queria produzir luz e energia infinita usando vibrações no espaço do vazio por isso é infinita.



Depois tivemos outros produtos como o Raio X, celulares, descobrimos o elétron, estrutura do átomo, e o vazio foi preenchido de múltiplas realidades provocadas pelo invisível. Ação e reação, causa a efeito, desaparecem no mundo invisível. Não é mais lógico, certo e compreensível, não sabemos o que vai acontecer. Quanto mais sabemos a posição de algo menos sabemos sobre seu movimento, se tiver a mesma quantidade de informações sobre os dois estados.


A incerteza nos leva apreender o mundo da energia . O nada pode estar vivo e criar coisas do nada, pacotes de energia aparecem e desaparecem, simetria e complexidade quântica dançam com a teoria da relatividade do Cosmos. O homem e o Universo vivem um dentro do outro. O bem e o mal também ate que realize uma escolha para ganhar vida e existir. No espaço e no tempo criamos e destruímos coisas ao mesmo tempo e algumas poucas delas sobrevivem ate serem destruídas por outras .


A matéria e antimatéria são partículas virtuais que produzem a realidade e o virtual ao mesmo tempo e se anulam, porque são energia fluindo pelo Universo, criando espaços, tempos e vácuos. No Principio algumas irregularidades e não as perfeições da energia se expandindo em velocidade foram capazes de produzir as galáxias, os planetas, a vida e o ser humano. Somos frutos de imperfeições visando ser perfeitos, enquanto isso gastamos nossa energia ate um dia que ficamos perfeitos, nessa ou em outras existências e desaparecemos, viramos luz em alta velocidade produzindo matéria e anti matéria ao mesmo tempo, ate novas escolhas. Entre o nada e o infinito existimos, é o que chamamos de realidade, entre a noite e o amanhecer do dia, transformamos a matéria escura em luz nas escolhas dessa palavras, frutos de uma trajetória de bilhões de vidas durante bilhões de anos, em busca de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.

Necessitamos humanizar a ciência e tecnologia e suas respectivas consequências em ambientes reais e vivos, onde todos grão de terra interage com todos na Terra.