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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

O ouro tem um futuro brilhante pela frente.





 


Trump e tarifas: é MUITO mais sério do que pensamos


Se há uma coisa a entender sobre a política comercial dos EUA, é que ela é empírica, indutiva e em constante movimento.

Está, como o país, em perpétuo ajuste, que é a característica de um país baseado na experimentação. Os Estados Unidos não são um país "ancorado", e seus arranha-céus são uma ilusão: é um país em permanente movimento horizontal. Tudo está constantemente escorregando.

Donald Trump acaba de ameaçar aumentar as tarifas chinesas, antes de suavizar seus comentários, e será um movimento perpétuo.

É, por exemplo, óbvio que os direitos aduaneiros de 15% impostos à Europa sem compensação serão reajustados em muitas ocasiões.

Devemos lembrar o provérbio latino: "Júpiter enlouquece aqueles que deseja destruir".

Mas há algo mais, tirado de um artigo de Gillian Tett do Financial Times.

De fato, as leis tributárias nos Estados Unidos devem ser aprovadas pelo Congresso.

No entanto, Trump está invocando uma lei de 1977, a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA), para impor seus próprios impostos.

E em 5 de novembro, em menos de um mês, a Suprema Corte deve decidir sobre a legalidade do uso dessa disposição. E o colunista conclui que, se a Suprema Corte se alinhar com Trump, ele terá poderes tributários quase monárquicos.

Além disso, ele poderia muito bem, e até certamente, anular o julgamento da Suprema Corte se fosse desfavorável a ele, o que equivale a aniquilar o poder deste último.

Nos Estados Unidos, portanto, é um golpe de Estado permanente, parafraseando o título de um livro de François Mitterrand, que está a tomar conta.

E o que não entendemos é que tudo vai passar por isso: a dívida pública, a moeda, enfim, os frágeis esquifes simbólicos que esperamos que sejam estáveis, já que emanam da principal potência americana, quando é precisamente por isso que não são.

O ouro tem um futuro brilhante pela frente.

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