SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

A SAGA DOS JANGADEIROS QUE CONQUISTARAM ORSON WELLES Por BEATRIZ JUCÁ


 A SAGA DOS JANGADEIROS QUE CONQUISTARAM ORSON WELLES


BEATRIZ JUCÁ

Fortaleza - 10 OCT 2021 - 13:35 BRT


A saga dos jangadeiros de Orson Welles

Quatro pescadores cearenses navegam 2.700 quilômetros numa jangada até o Rio de Janeiro para cobrar direitos trabalhistas de Getúlio Vargas e atraem a atenção do cineasta Orson Welles


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A jangada tripulada pelos cearenses, que deixou Fortaleza rumando para o Rio em audacioso raid, chega à entrada da baía de Guanabara. (...) E os bravos homens do mar, acostumados às mais vibrantes emoções, acostumados aos perigos e à árdua labuta de todo dia, sentem então o carinho dos cariocas. Recebem os aplausos e as felicitações mais que merecidas (Agência Nacional)


14 de setembro de 1941. Já fazia calor às nove horas da manhã quando Manoel Jacaré e os companheiros Tatá, Jerônimo e Manuel Preto subiram na jangada São Pedro, uma embarcação feita com seis paus de piúba, uma madeira comum da região, rumo a uma aventura imprevisível: navegar 2.700 quilômetros do Ceará, até a baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, para pedir que os pescadores do país fossem incluídos na reforma trabalhista do Estado Novo, que estava em discussão na época. A efervescência gerada pela proposta do ditador Getúlio Vargas foi o que moveu os quatro pescadores rumo à aventura desconhecida. Eles acreditavam que, para serem ouvidos, precisavam ir pessoalmente a então capital do país. E queriam chegar até lá no transporte que os ajudava a tirar o sustento do dia a dia.


Pediriam a Vargas, antes de tudo, uma aposentadoria digna, para que os mais velhos não precisassem se alimentar de sobras de peixe quando não tivessem mais forças para entrar no mar. Foram 61 dias de uma viagem que quebrou recordes náuticos. E que de tão espetacular passou a ser seguida pelo Brasil como uma novela, narrada pelos jornais diários e programas de rádio. Acabou, por fim, atraindo as lentes de um dos mais renomados cineastas do século passado, Orson Welles.


Acostumados à vida no mar desde pequenos, mas sem os apetrechos necessários para grandes travessias, como carta de navegação, bússola ou mapas, os quarto homens tinham um plano simples, contava Tatá a jornalistas na saída daquele raid: bastaria olhar para o céu. “Cada porto tem uma estrela para guiar os jangadeiros”, explicava ele. Na partida, mais de 20 jangadas acompanharam a embarcação dos pescadores até a costa sumir da vista. De frente para aquele infinito de água, ficaram apenas os quatro homens e o sonho de trazer uma vida melhor, ainda que fosse no braço e na força exigida pelo manejo de uma jangada. “É uma vida desgraçada essa nossa, tão desgraçada que parece que as autoridades têm medo de olhar pra ela cara a cara”, dizia Mestre Jerônimo, que atravessou o mar ao menos outras duas vezes depois, sempre para pedir direitos.


Um diário de bordo escrito por Jacaré, único alfabetizado entre os tripulantes, narrava as aventuras vividas desde o porto anterior. Era assim que se sabia, por exemplo, que os homens precisavam se amarrar na jangada para poder dormir algumas horas dentro da embarcação sem qualquer proteção contra o sol ou tempestades. Ou dos momentos desagradáveis como quando chegaram à Praia do Cajueiro, no Rio Grande do Norte, e não encontraram o apoio de ninguém. Nem do padre, que “havia ido confessar uma idosa que há duas semanas estava entregando a alma a Deus”, contou Jacaré. As narrativas cativavam repórteres, que reproduziam os trechos no jornal a cada parada. A Agência Nacional cobria a saga reforçando o heroísmo da empreitada. E a novela alimentava o interesse e criava fama para os homens anônimos, que começaram a ser recebidos por autoridades locais e pescadores nos desembarques. Era assim que eles angariavam doações de alimentos, como farinha e café, para seguir viagem. A mistura era o peixe que tiravam do mar.


Às nove em ponto, quando soprava um bom vento Nordeste, empurramos a jangada para dentro d’água. Rezei pra dentro uma oração pedindo que a padroeira tomasse conta dos nossos filhinhos, pois Deus velaria por nós. E assim, principiou a nossa viagem ao Rio.


“De repente caiu um bruto temporal. O vento era tão forte que não foi possível navegar mais. Eu tive mesmo a impressão de que a bolina tinha se partido, pois a jangada deriva que nem sei quê. Graças a Deus o vendaval passou e só chegamos ao Amaro às 10 horas da noite. Pernoitamos e bem dispostos partimos no dia 20 a uma hora da madrugada. Foi um pedaço duro pra vencer.


“Ás nove horas do dia, fundeamos e partimos para a praia do Cajueiro, ao norte do farol do calcanhar, duas léguas antes da cidade de Touros. Passamos momentos bem desagradáveis neste lugar. Não encontramos apoio de ninguém, nem o padre estava lá.Tinha ido confessar uma velha que há duas semanas estava entregando uma alma a Deus. O Jerônimo disse pra mim: começou a urucubaca da miudinha”


Ao meio-dia do dia 30, o Jerônimo, que estava de vigia, viu um vulto negro a meia milha. Começamos os quatro a olhar e vimos que era uma baleia. Andou muito tempo no rastro da jangada, mas Deus é cearense e a bruta foi para longe.


Como se tivesse perdido o lápis, deixei de anotar um bocado de coisas. Por exemplo: entre Maceió e Bahia, pertinho da boca do São Francisco, pegamos um temporal de arromba. A nossa roupa de algodãozinho, pintada com tinta de cajueiro, começou a rasgar, pois o mar de um mês de viagem estragou o pano. Um jornalista de Maceió ficou com cara de bocó quando soube que nós não tínhamos bússola nem carta de navegação. A gente se guia pelas estrelas e deixa o vento fazer o resto.


Chegando na praia de Canavieira dirigi-me àquela povoação e uma senhora me disse que ‘aqui ninguém dormiu’. Mas por quê? ‘Porque todo mundo está fazendo promessa para que nada acontecesse aos jangadeiros’.

Partimos da Bahia no dia 20 de outubro, e a jangada vinha mais pesada: trazíamos 400 mil réis que o senhor interventor tinha nos dado para os extraordinários.


Há dias lutamos contra a calmaria. Não há vento nem pra remédio. O Tatá está machucado no pé. Eu, que saí de Fortaleza pai de nove filhos, soube que chegou mais um. Se Deus quiser, ano que vem mais um.


Fonte: Trechos dos diários escritos por Jacaré ou narrados por ele a jornalistas.


Em cada novo porto, os homens ouviam também seus companheiros de labuta e, nos bastidores, foram descobrindo que seus problemas se repetiam na maioria das colônias pesqueiras da costa nordestina. As jangadas eram caras demais para serem compradas pelos pescadores, que dividiam o lucro da pesca meio a meio com o dono da embarcação que precisavam alugar. Faltava acesso à saúde, remédios, escola. E a aposentadoria parecia um sonho distante. “De primeiro, quem não podia pescar mais, ficava de esmola. Se morresse, tinha que se enterrar de esmola”, lembra o pescador Antônio Kardec numa tarde de quinta-feira do último mês de setembro, com uma das mãos bloqueando o sol que começava a nascer na enseada do Mucuripe, ponto de partida dos pescadores 80 anos atrás. Ele estava prestes a completar cinco anos de idade quando Jacaré e seus companheiros deixaram o Ceará para falar com Vargas pela primeira vez.


Antônio Kardec tinha quatro anos quando Jacaré, Jerônimo, Tatá e Manuel Preto saíram na jangada São Pedro rumo ao Rio de Janeiro.

FERNANDA SIEBRA


Os jangadeiros trazem uma mensagem contendo aspirações dos homens que vivem da pesca no Nordeste. Esperam eles serem atendidos pelo chefe da nação, e o presidente Vargas promete estudar o pedido dos heróicos jangadeiros (Agência Nacional).


Chegada celebrada


Em 15 de novembro de 1941, às 17h50, a jangada São Pedro despontou na Baía de Guanabara sob olhares curiosos e aplausos de uma multidão. Navios de pesca acionavam suas sirenes e os carros buzinavam da avenida Rio Branco para cumprimentar os jangadeiros, àquela altura apelidados pela imprensa de “lobos do mar”. Quando, enfim, encontraram o presidente, a reivindicação daqueles homens cearenses havia se tornado um pedido nacional. “Hoje já não somos mensageiros apenas dos pescadores do Ceará”, alertou Jacaré a Vargas, no encontro. Uma postura que colocou aqueles homens sob vigilância da inteligência do Estado, que pretendia evitar que eles fossem cooptados por comunistas logo após o raid.



O pescador Luciano Preto maneja o mastro da jangada para levantar a vela.


Com os olhos do país grudados na vela branca da São Pedro e o próprio ditador se aproveitando da saga para construir uma imagem nacionalista do “trabalhador de fibra”, os cearenses conseguiram arrancar um decreto presidencial incorporando-os ao Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos. O problema é que, diante da informalidade da pesca artesanal, o benefício ficou só no papel naquele momento. No fim das contas, os pescadores só foram de fato beneficiados pela aposentadoria muitos anos depois, com a criação de outra lei.


Uma tragédia diante da câmera de Welles


Na outra ponta da América, o Governo Roosevelt colocava em marcha nos Estados Unidos a política da boa vizinhança com os países latinoamericanos, depois de instalar bases militares durante a Segunda Guerra em alguns pontos do Nordeste. Foi sob esta encomenda que o cineasta Orson Welles desembarcou no Brasil para filmar It’s all true (É tudo verdade). Veio ao país sem salário, com um orçamento de um milhão de dólares. No auge da carreira com seu clássico Cidadão Kane, ele registraria o Carnaval do Rio de Janeiro, mas decidiu incluir na produção também as favelas cariocas e a saga dos jangadeiros cearenses após ler um artigo sobre eles na revista norte-americana Time. “Ele acha que o Jacaré é o verdadeiro herói americano. Acha esta história impactante, um feito único no mundo”, conta a pesquisadora Berenice de Abreu, que há anos estuda a saga dos jangadeiros.


Orson Welles no Ceará

PARAMOUNT (DIVULGAÇÃO)


Já em Fortaleza, no ano seguinte à viagem dos quarto homens, Welles passou semanas ensinando as famílias dos pescadores a atuarem para seu filme. “Seu Orson”, como era chamado por eles, era uma pessoa educada, que agradecia à equipe ao fim de cada gravação. E convenceu Jacaré, Tatá, Manuel Preto e Jerônimo a retornarem ao Rio de Janeiro ―desta vez de avião― para encenar sua apoteótica chegada à baía de Guanabara em 15 de novembro de 1941. Os quatro aceitaram.


Welles escolheu como locação uma praia próxima à Barra da Tijuca. Os homens insistiram para chegar ao local das filmagens já de barco, saídos de uma praia próxima. Mas o mar estava agitado. A jangada virou abruptamente e os pescadores foram lançados para fora. Lutando contra as ondas, Jacaré gritou a seus companheiros para que nadassem rumo à costa. E foi obedecido pela última vez. O líder do grupo nunca mais voltou à superfície. Sumiu para sempre nas águas. “Era um homem que nadava que só um peixe. Mergulhou e desapareceu desta vez”, conta o pescador Antônio Kardec, no Mucuripe. Welles lamentava não só a morte de um jangadeiro, mas de uma grande liderança, emenda Berenice de Abreu.


Nas telas de cinema, a morte de Jacaré reverberou em silêncio. Welles afastou-se do seu projeto It’s all true após vários conflitos com a produtora estadunidense RKO Pictures, que já não se interessava pelas horas e horas de drama social que havia recebido dele diante da encomenda de um filme que incentivasse o turismo. O cineasta ainda tentou seguir o trabalho em homenagem a Jacaré, apesar do orçamento cortado. Não deu. Os rolos de filmes ficaram esquecidos por décadas até serem redescobertos em 1985 por um diretor da Paramount. Foram usados oito anos depois no documentário É tudo verdade – Um filme inacabado de Orson Welles. Recentemente, a passagem de Welles pelo Ceará foi parar de outra forma nas telas: os cineastas Petrus Cariry e Firmino Holanda estrearam no ano passado o longa A Jangada de Welles, com detalhes sobre a turbulenta passagem do diretor no Brasil.


MAIS INFORMAÇÕES

A experiência brasileira de Welles


Pescadores descarregam o pescado na pequena faixa de areia ainda destinada a eles.

FERNANDA SIEBRA


Os problemas continuam

No braço, levando jangada até o sul para chamar a atenção do país em ao menos outras nove viagens nas últimas décadas, os jangadeiros conseguiram o pouco que têm hoje: a aposentadoria —conquistada, de fato, apenas na década de 60— e um benefício social para os meses de vento intenso ou de defeso do pescado, quando é proibido pescar.

No Mucuripe de hoje, todos os dias, às 3h, o pescado continua a ser descarregado na areia e o cheiro do peixe toma o local, entrecortado pelo odor do café ou da cachaça vendidos aos montes pelas marisqueiras aos homens que retornam do mar. Mas dos prédios altos do outro lado da avenida, a tradicional pesca artesanal já não é mais celebrada. É vista como feia, indesejável ao progresso. E os jangadeiros precisam reunir forças todos os dias, espremidos em uma reduzida faixa de praia, sob pressão cada vez maior do turismo, da pesca predatória e da especulação imobiliária.


Há décadas, suas casas são empurradas pelas remoções ao topo dos morros que viraram favelas. São áreas dominadas pelo tráfico de drogas, onde só é possível subir de carro com os vidros abertos. Falar demais pode significar a morte. Enquanto mais uma obra avança para transformar a orla, dar espaço às embarcações de turistas ou construir novos quiosques, o pescador segue se sentindo invisível.


Neto do pescador Antônio Banqueiro caminha sobre o esqueleto da jangada que está sendo construída pelo avô no morro Santa Terezinha.

FERNANDA SIEBRA (FERNANDA SIEBRA)


“É como uma moeda de dois lados, mas rasparam um deles e agora só vêem o lado do dinheiro”, diz Antônio Banqueiro, um homem franzino que apresenta o Mucuripe como quem mostra sua casa. Aos nove anos de idade, ele pedia para ser levado ao mar porque sonhava que seria o pescador do futuro. Foi a primeira vez com o pai, mas como ele não tinha embarcação, depois saiu pedindo para ser levado pelos outros pescadores. Ouvia sempre que deveria estudar. “Tenho que trabalhar. Como eu vou estudar com fome?”, retrucava.


Tentou fazer as duas coisas e ainda conseguiu cursar o primeiro grau. Desde então, foi o mar que lhe deu tudo o que tem: inteligência para construir jangada no olho, sem desenho ou esboço; ciência para decifrar o cheiro dos ventos que o guiarão quando o GPS falhar; a casa onde criou seus filhos no vizinho morro Santa Terezinha. O que o mar não realizou foi o sonho do menino de ser o pescador do futuro, como os quarto jangadeiros heróicos esperavam 80 anos atrás.


Quando este futuro finalmente chegou, Banqueiro viu que a vida da pesca ainda estava presa ao passado, com os mesmos problemas enfrentados pelos seus antepassados. “Eu sou o pescador do presente. Mas espero que o jangadeiro do futuro ainda chegue”, ele diz. Mas que não seja necessário algo tão custoso como um novo raid.


Antônio Banqueiro deitado no compartimento de sua jangada.

FERNANDA SIEBRA


NOBEL DE ECONOMIA 2021



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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Conto de fraudes ! Aos militantes Profissionais não adianta ameaçar nem perseguir!




Muitos falam de Bolsomimions mas não sei qual o pior ? os Lulamimions ou puxa sacos e babões profissionais de qualquer politico que tenta negar a corrupção nos governos de Bolsonaro e Lula, a morte de milhares na pandemia de Bolsonaro ou de jovens no Governo Lula e Dilma, as alianças com o centrão e PMDB de Bolsonaro e Lula, ambos governos tiveram Ministros Banqueiros, ambos governos beneficiaram elites e ricos as custas das vidas de milhões de brasileiros. Ambos ocuparam seus governos com militantes profissionais.



Mesmo lutando sozinho não adianta tentar me calar! Eu critico politicas PÚBLICAS e denuncio corrupção desde os 15 anos quando atuava em movimentos estudantis e sociais pelos caminhos da rua, lutas e grito. Já na época os partidos de esquerda aparelhavam as instituições e organizações representativas estudantis como a UMES, semelhante a direita, em nome dos seus militantes profissionais e familiares. O velho problema das Oligarquias, gangues partidárias, Hitlers e Stalins, que dizem falar em nome da Democracia e do povo mas atuam em beneficio dos seus, mesmo contra a lei. Eu sempre ficarei mesmo que sozinho com George Orwell lutando contra BIG BROTHER.  



 

Depois teve o Sarney, nossa Democracia fundada na corrupção e violências começou mal, Fora Collor, privatizações de FHC, corrupção das Oligarquias no Nordeste, veio o PT e continuou roubar do mesmo jeito, devolveram inclusive 5 bilhões roubados em seus governos, Temer e agora Bolsonaro. Antes de Moro tenho mais de 100 artigos contra corrupção e privilégios quando o PT gritava nas ruas contra corrupção, fui expulso de dois partidos por denunciar corrupção antes de Moro e da Lava Jato. Denuncio no Ceara diante dos Partidos de esquerda calados, as corrupções da família Ferreira Gomes como Aquário, JBS e outros; e o silêncio sobre as brutais desigualdades e violências no Brasil, e a nível internacional nos associamos as diversas formas de lutas da Primavera Árabe, Chile, Marcha das mulheres e Vidas negras importam. Como eles aprendemos os limites, donos e interesses dos partidos que trabalham para si e abandonam as comunidades e os pobres, para se manter no poder a qualquer preço, trocando moedas entre si e outros poderes. 



A ultima que escrevi foram alguns artigos sobre o BNB, a ONG INEC e seu contrato sem licitação com o Banco do Nordeste, um privilegio dado a uma associação de funcionários do Banco do Nordeste, mas não foi nem será a ultima. Não adianta ameaçar, nem perseguir, procuro manter informado a Policia Federal, e outros profissionais de advogacy que lutam por transparência e controle social, assim como empreendedores sociais, funcionários da cooperação internacional e fundações que conhecem nossa luta há décadas porque é pública. 



Uma nação só muda com as mesmas oportunidades, direitos e leis igual para todos, por isso temos que colaborar na mudança cultural de nosso Brasil, incluindo denunciar o pensamento escravocrata da direita e esquerda brasileira, que trata o público como seus feudos, só muda os donos da casa grande, e mantem os privilégios para seus amigos, correligionários, burocratas corporativistas ou familiares. Essas historias tem acontecido nos Bancos Públicos, Universidades, Governos, Prefeituras, ONGs, Empresas sócios do poder público nas campanhas, a ate mesmo entre artistas.  



Porem continuamos a ser umas das piores injustiças e desigualdades do mundo, um dos piores sistemas de educação e saúde, salários escravocratas, morte de milhares de jovens, milhões sem acesso a politicas publicas, e outros que vai levar séculos para que os brasileiros tenham cidadania, trabalho, dignidade, segundo estudos econômicos e sociais. Não há nenhuma urgência nos discursos e praticas de poder para que nosso famoso povo brasileiro, lembrado apenas nas eleições, nos discursos dos militantes profissionais que buscam falar em nome deles, mas não no acesso as politicas públicas que transforme suas vidas,  isso devido as praticas de poder corruptas e não democráticas  que escreve de forma perversa a historia brasileira.  



Por isso gastei muito tempo de minha vida e recursos para transformar vidas em vários projetos e organizações, fui esbarrando nos controles dos partidos e corrupções, e entendendo porque várias boas ideias e praticas da sociedade civil não avançam nas  políticas publicas. Simples porque elas tem donos privados, os partidos que indicam militantes profissionais para roubar, corromper votos sem transformar as vidas das pessoas.  Eu ajudei captar recursos e parcerias para governos de muitos partidos, inimigos entre si, sem me render a nenhum deles ou tratar politico como Rei como se ainda vivêssemos no feudalismo e sua nobreza. 



A nossa luta ainda nem começou, há tempos não tenho medo de morrer, tenho sofrimento de ver tantas injustiças, pobreza, violências e vidas não poderem viver suas existências de forma bela, boa, justa, economicamente sustentável e verdadeiras. Portanto aos militantes profissionais que ameaçam, perseguem, mentem, se calam, roubam, é contra vocês que luto porque inviabilizam a democracia, políticos matam com seus atos e corrupções milhares de pessoas como Stalin, Hitler, elites, Oligarquias e gangues partidárias fizeram e continuam a fazer em vários países, estados e cidades ao longo da historia e hoje mantendo intactas suas praticas de poder. Agora a direita, esquerda, suas gangues partidárias, elites e Oligarquias censura e tentar calar quem denuncia corrupção, mas amanha será outro dia! TEM SOM CALICE!  Esse negócio de desligar o som não precisa não! chalaotuqueomandigohoj......arroz a grega..MEU SOM ! Presidente já abriu a caixa preta do FNE do Banco do Nordeste como fez o BNDES ? Bolsonaro vai calar como fez Lula, Dilma, FHC, Collor, e Sarney sobre bilhões gastos nos últimos 50 anos ás custas das vidas de milhões de nordestinos ? Bancos públicos devem ter estratégias econômicas e não política de beneficiar amigos do reis ao longo da historia. Inovar, competir, setores estratégicos, clusters, join ventures, financiamentos, e internacionalização são desafios nordestinos bem mais produtivos misturados com a ciência, inovações tecnológicas, mudanças climáticas e avanço das desigualdades é melhor que politicagem.



       

domingo, 26 de setembro de 2021

CULTURA ECONÔMICA DEMOCRÁTICA GERA INOVAÇÃO COM IMPACTO SOCIAL.




Não por acaso o Brasil é um dos países com as maiores desigualdades e injustiças do mundo, e a história não é a única explicação. Infelizmente nossas ditas instituições e organizações de vários setores da sociedade continuam trocando moedas entre si, fazendo negócios, protegendo seus feudos e privilégios, às custas da democracia, produtividade, ascensão social pela educação e ausência de inovação e impactos sustentáveis que transforme nossa cultura. 



Qual a métrica que avalia impacto social numa sociedade fragmentada com tecidos sociais violentos ? Onde milhões de vidas nos últimos séculos e nas próximas décadas tem poucas chances e oportunidades de transformarem suas existências, ascenderem socialmente e modificarem os lugares onde vivem ? Que cultura, economia, e democracia é essa que em seus discursos adota conceitos universais conquistados pelos cidadãos e história de outros países mas que no Brasil são esvaziados de seus conteúdos léxicos e de suas práticas transformadoras ? Vivemos de simulacros, de cópias das cópias, onde nossos contextos históricos, econômicos, políticos e sociais negam os direitos básicos para maioria de sua população enquanto elites, oligarquias, e gangues partidárias enriquecem pelo Estado "Casa grande" dito público ? 



Amartya Sen escreveu há mais de 4 décadas o livro “ Escolha coletiva e bem estar social”  que foi essencial no desenvolvimento das metas do milênio da ONU que depois foram ampliados seus indicadores e métricas por Oxford. Esse livro coloca os limites das eleições em resolver nossos desafios coletivos, a necessidade de aprofundar a democracia por outros caminhos, e a participação da sociedade civil é essencial numa sociedade em rede no processo de construir inovações com impacto social, e escalar em política pública. Sim, as inovações passam pelo critério em ampliar a produtividade de uma economia, foi isso historicamente que as tecnologias fizeram. Elas reduziram custos e ampliaram o acesso a energia, telefone, transporte, computadores, celulares e outros. Essas inovações produziram culturas tecnológicas, ampliaram caminhos digitais e redes sociais para difundir vozes diversas que aprofundaram a democracia mais do que os Partidos, difundiram o saber mais do que as Universidades, incluindo as consequências positivas e negativas desse processo histórico. 



Muitas organizações de nossa sociedade tentam segurar essa cultura digital e tecnológica que impacta ainda mais nossa sociedade, e não é apenas a direita e a negação da ciência e mudanças climáticas, ou a esquerda que ainda não descobriu que o Muro de Berlim caiu, que a China é brutalmente capitalista e ditatorial e que estes delírios têm profundos impactos em nossa economia, governos, e sociedade. Nessa terra brasileira poderá emergir uma revolução francesa quando empresas e políticos vivem do Estado ? Vidas negras importam ? As mulheres marcharam por igualdade, pão e rosas ? A nossa primavera árabe tirou Dilma e levou Temer e centrão ao poder, e continuam no poder do Trump brasileiro numa sempre fake histórica. Não foi apenas a proclamação da República, as revoluções foram oligárquicas e militares, a educação, economia, ciência e a maioria do povo sempre excluída desse processo. Até os partidos de esquerda são oligárquicos e sem democracia interna, onde parentes e amigos se revezam no poder, trocando moedas e protegendo seus feudos, cargos e fundos. 



O que precisa mudar em nossa cultura são os tomadores de decisão e o processo pelo qual a democracia define o que é prioridade. E as eleições regadas por fundos e campanhas milionárias inviabilizam muitas vozes e a Democracia. Nossa historia de escravidão, passada e atual com o racismo, morte de milhões de jovens nas ultimas décadas, muito mais que na pandemia, presídios super lotadas sem acesso a lei e justiça, periferias e comunidades abandonadas entregues ao controle do trafico de drogas e a pobreza, todos no aguardo da nova eleição e salvador da pátria. A ciência, economia, e sociedade precisa de liberdade para florescer! Nenhum país na história mudou sem tirar as pessoas da pobreza. A nossa cultura antieconômica, antidemocrática, e anti social, insisti que não, e fala em inovação. A inovação de verdade no Brasil começa pelas políticas públicas e nossa capacidade em mensurar seus impactos em transformar vidas e comunidades. 


 

A internacionalização é um caminho que outras nações seguiram, outras libertaram seus povos infelizmente pelo caminho das guerras e revoluções, os direitos constitucionais de negros, mulheres e índios precisam ser efetivados, a educação cidadã e a ciência precisam dialogar nas Escolas e Universidades, a economia continua sendo sinômino de produtividade e melhores salários no mundo, gestão e estratégia convergem, democracia e cultura andam juntas, inovação começa pelo social e política publica, impacto é transformar vidas e os lugares onde moram, tudo isso são ingredientes para uma cultura econômica democrática com inovação cientifica, tecnológica e social.  Sim precisamos pensar, ter estratégias sistêmicas e complexas que gerem sinergias entre setores, otimizando recursos e ampliando impactos. O Brasil vai ser o primeiro Vale de inovação global em políticas públicas e impacto social. 






sábado, 25 de setembro de 2021

DEPOIS DE VIENA NASCE O CÍRCULO DE PORTO ALEGRE .

 



O círculo de Viena nasceu de um grupo de pensadores de várias ciências que eram contrários a forma como as Universidades na época buscavam o saber em seus respectivos “ departamentos” , guerras de vaidades e poder, repetição de teses enterradas pela ciência e história, em benefício de Professores e seus amigos de pesquisa que usam de forma corporativa a Universidade não para cumprir sua missão do ensino superior, mas muitas vezes em aparelhar e guerras ideológicas que reduzem a Universidade a disputa de grupos. No mundo de Bolsonaros, fake news, terra plana e outros é importante também discutir que a Universidade não pode estar refém de grupos que negam a pluralidade e diversidade do saber como Stalin, reduzindo a ilhas que perseguem quem pensa diferente e busca outros caminhos para dar continuidade a história da ciência. 



O círculo de Porto Alegre atua como semente da Multiversidade que se propaga em rede abrindo mentes e sistemas fechados que buscam excluir as diferenças, visões sistêmicas, interdisciplinares e complexas que dão outro fluxo e movimento ao saber indo além das estruturas que destroem o saber. 



Já foi possível discutir a ciência e a teoria do conhecimento a partir da filosofia, matemática e da física, hoje cada vez mais a biologia, a genética, a neurociência ocupam esse espaço de validade no mundo que quer reduzir tudo a dados e algoritmos, e que sofre os ataques das mudanças climáticas que modificam ecossistemas e com eles nossas formas de pensar a vida, a natureza, e o mundo. As brutais desigualdades e violências impactam o acesso, à produção e a difusão do conhecimento que não serão resolvidas pelas inovações tecnológicas e cabe a Universidade a democratização do conhecimento que não tem donos, assim com o mesmo direito os espaços que buscam em suas pesquisas dar os próximos passos em suas ciências. O círculo de Porto Alegre busca dialogar sobre esses assuntos e outros com os jovens visando uma participação mais ativa, plural e livre na produção do conhecimento nos libertando daqueles que escravizam alunos e suas mentes usando podres poderes em ambientes educacionais. 



Entre os estudiosos do Círculo de Viena, estavam o físico alemão Moritz Schlick (1882-1936), os matemáticos alemães Hans Hahn (1979-1934) e Rudolf Carnap (1891-1970) e o sociólogo e economista austríaco Otto Neurath (1882-1945). As reflexões desse grupo de estudiosos versavam a respeito da importância da lógica, linguagem, matemática e física teórica na construção de teorias científicas. O Círculo escreveu um manifesto, em 1929, motivado pela discussão promovida em um congresso em Praga. O manifesto, redigido por Schlick, Hahn e Neurath, atacava a metafísica como ultrapassada. As pesquisas desenvolvidas pelos pensadores do Círculo de Viena foram divulgadas na revista Erkenntnis, fundada em 1930 e dirigida por Carnap e Hans Reichenbach. Os interesses intelectuais do grupo partiam do positivismo de Ernst Mach e Auguste Comte, da lógica de Russell, Whitehead, Peano e Frege e de teorias físicas, principalmente as de Einstein. A partir da leitura da obra fundamental de Wittgenstein, o Tractatus Logico-Philosophicus, o grupo enveredou pelo desenvolvimento de uma lógica incorporada a uma verificação empírica dos fundamentos do conhecimento. 



O Círculo de Viena pertencia a um movimento intelectual conhecido como neopositivismo, também chamado de positivismo lógico e empirismo lógico. Segundo esse movimento, era preciso retomar o ideal clássico e partir da base empírica para se construir uma teoria do conhecimento. O projeto neopositivista do Círculo de Viena encontra-se nas seguintes linhas de Schlick em “O fundamento do conhecimento”:



“As proposições fatuais são, pois, o fundamento de todo saber, mesmo que elas precisam ser abandonadas no momento de transição para afirmações gerais. Estas proposições estão no início da ciência. O conhecimento começa com a constatação dos fatos” (p. 46)¹. 




Pela interpretação do trecho acima de Schlick, entendemos que o conhecimento parte de proposições fatuais. Em outras palavras, o conhecimento deve partir de uma observação dos fatos. Aquilo que não pode ser verificado é considerado desprovido de sentido, como a afirmação “A alma é imortal” e outras de ordem metafísica, religiosa e estética. Nisso consiste o princípio de verificabilidade. O positivismo lógico dos pensadores do Círculo de Viena postulava que, para uma teoria ser considerada “ciência”, ela deveria ser unificada em linguagem e fatos que a fundamentarem. As proposições científicas, assim, são apenas aquelas que se referem à experiência e podem ser verificadas. O papel da Filosofia seria interpretar as proposições científicas – ou seja, a Filosofia deveria ser uma “Filosofia da Ciência”, que, inclinada para a objetividade e mediada por uma linguagem provida de sentido, encerraria os debates metafísicos e a atenção a proposições não passíveis de verificação. Isso (a interpretação das proposições científicas) está de acordo com o pensamento de Ludwig Wittgenstein em suas Investigações Filosóficas (1975, p. 112)²: "Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro." Podemos perceber que, para os pensadores do Círculo de Viena, só é possível conhecer o sentido de uma proposição se for possível determinar se ela é verdadeira ou falsa, e isso só é possível se ela for verificável. Aquelas proposições que não podem ser verificadas também não têm significação. Assim como os relatórios protocolares de uma experiência laboratorial, há proposições que são feitas a partir da experiência e expressam um fato. A essas proposições, os pensadores do Círculo de Viena referiam-se como “proposições de base”. As proposições de base descrevem casos particulares de fenômenos observáveis, como enviar uma nave até Marte para investigar se há petróleo. A partir de um número considerável de proposições de base encadeadas logicamente e aplicando o método indutivo, é possível estabelecer uma teoria científica, ou seja, uma proposição geral. A ascensão do nazismo repercutiu na formação do Círculo de Viena: Carnap e outros membros mudaram-se para os Estados Unidos; Hahn, Neurath e Schlick morreram, esse último assassinado por um aluno nazista. Mesmo com o fim do Círculo em 1939, as teorias desses pensadores ainda são discutidas. Entre os pensadores que apresentaram contestações às teses do Círculo de Viena, destaca-se Karl Popper.



O Círculo de Porto Alegre propõe ousar caminhos não lineares para essa dinâmica tāo própria da criação, produção e despertar do conhecimento que não se reduz aos muros da Universidade mas que podemos aprender com as biografias de pensadores e cientistas, seus respectivos métodos que não se reduzem a modernidade de alguns séculos, mas que além da razão, a imaginação, sentimentos, espiritualidades, causas , coragem política e outros foram importantes ingredientes em suas hipóteses, trajetórias, buscas, conhecimentos, inovações e desafios que deixaram como legado a humanidade. 



Libertar o conhecimento das grades curriculares, de suas formas de disciplinar e controlar o saber, afirmando que as condições históricas atuais mudaram o acesso e a produção do conhecimento, incluindo a necessidade de práticas pedagógicas que dialoguem com a mente de milhões de mentes e a necessidade de avaliar o aprendizado, indo além de notas e a redução das disciplinas desconectadas de um fluxo que desconsidera o saber e a singularidade de cada aluno. A Universidade adora criticar a Democracia e a Política, mas é um dos espaços menos democráticos assim como as empresas no mundo em que vivemos. Os donos herdam feudos e privilégios que consideram direitos em afirmar suas verdades sem o contraditório e as respectivas contradições que emergem e devem ser dialogadas, escutadas e respeitadas. O círculo é um símbolo universal do conhecimento é não o triângulo ou as pirâmides que seus faraós e elites negam existências visando manter sua nobreza em nome dos trabalhadores e dos excluídos ? Não existe educação e conhecimento sem política mas existem milhares de conhecimentos e políticas que não se reduzem a Dogmas, Deuses, ideologias; e não podemos negar milhares de caminhos que toda pessoa tem o direito de aprender e não ser reduzido as verdades ditas únicas que tentam apagar e anular as reflexões, críticas e os múltiplos caminhos que a história foi escrita. 




O círculo de Porto Alegre tem a missão de se expandir por várias cidades, escolas e universidades brasileiras com a missão de colocar a busca e o amor ao conhecimento no debate. Numa educação brasileira que historicamente sempre foi dominada pela Igreja, exército, elites empresariais, partidos e outros mas que deve prevalecer o laico assim como o Estado. Não somos ingênuos e conhecemos as condições históricas, econômicas, políticas, e sociais que afetam as vidas da maioria da população brasileira mas sabemos o papel que os intelectuais e cientistas tiveram na liberdade política, transformação da sociedade e produção de riquezas em seus países como Leonardo da Vinci, Voltaire, Goethe, e outros pensadores e cientistas italianos, franceses, alemães, ingleses, americanos, africanos, asiáticos, brasileiros...Indo muito além de uma hegemonia gramsciana, a luta e cooperação nacional e internacional é política, econômica, cultural, tecnológica, e a ciência tem um lugar próprio nessa dinâmica que deve semear e cultivar as mentes e corações de nossas crianças e jovens nas Escolas, Universidades e em tornar as cidades educadoras. Buscamos unir espaços educacionais escolares e não escolares numa educação integral para existências em busca da verdade, da ciência, do bem, do belo e do justo de forma interdisciplinar, intersetorial e internacional. A soma entre pesquisa científica e experiências indizíveis escritas em nossas autobiografias nos tornam universais em nossas formas de dialogar e construir o conhecimento. O círculo de Porto Alegre busca a formação de Polímatas e não a redução do saber e vidas a caminhos lineares que mais castram do que torna livre a busca do conhecimento por caminhos múltiplos e isso pode ter um impacto significativo em nosso Brasil e no mundo em profundas transformações que desafiam o conhecimento.  




POR AMOR AS CAUSAS AINDA NÃO PERDIDAS MAS DESPERTAS EM CADA SER. 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes encerram um ciclo da política brasileira enquanto outro nasce!

 


Ontem 7 de setembro foi a despedida de pessoas brancas, grande parte delas em suas juventudes viveram o período da ditadura militar, ou novas gerações de militares, policiais e milícias que em pouco tempo se embriagaram pelo poder, onde a ignorância permite tudo, inclusive não enxergar o novo que nasce ao mesmo tempo, sem fazer parte das suas fileiras entre eles a juventude, mulheres, negros, indígenas e personagens de uma nova historia que emergem pela internet, esses sim são a maioria de nosso povo. 



Novos pensamentos e novas formas de viver e governar foram gestadas pela sociedade brasileira nesse período, claro que não se trata de décadas de mentiras, negociatas para se manter no poder e práticas corruptas, oligárquicas e partidárias sem Democracia de Ciro Gomes, Temer, Lula, FHC, Sarney... Bolsonaro foi resultado delas.



Nessa busca por novas formas de ser, viver e governar, era fácil esquecer que na história, assim como na natureza, a morte e a vida andam sempre lado a lado. Antigas formas de fazer política morrem com o Centrão, Ciro Gomes, Lula e Bolsonaro, sempre se beneficiaram dela, enquanto, ao mesmo tempo e no mesmo solo, outra gerações, raças, cores, etnias, gêneros... encontram alimentos para florescer. Não o Partido Novo, o novo de verdade que surge sem dinheiro e poder para transformar a cultura política. Novas promessas emergem para o tempo que vivemos, uma germinação de sementes que mais que o poder busca construir, emancipar e empreender de forma solidária novos Brasis.


 

Muitos frutos maduros da política brasileira como Ciro Gomes, Lula e Bolsonaro, suas formas de fazer política antigas e coercitivas, impedem há décadas o despertar da semente viva do pensar e fazer política por novos caminhos. Porém a atenção brasileira sempre se volta para o declínio, esgotamento e fenecimento da política brasileira com mais esse ato de Bolsonaro no 7 de setembro, somando as violências de Ciro Gomes há décadas e as mentiras de Lula sobre corrupção. Uma cultura política agoniza, enquanto várias sensibilidades, sonhos e representações culturais se espalham, muitas delas lutando contra a miséria, crime organizado, corrupção e destruição da natureza. Elas se expressam na arte, educação, economia, no uso das tecnologias e redes sociais, na relação com a natureza, espiritualidade planetária e entre os amigos e suas tribos. Elas não se expressam nos movimentos estudantis e partidos aparelhados sem democracia a serviço das Casas Grandes de Direita e Esquerda. 


 

Nossa história é rica em complicações, suspense e desenlace, claro vem novos capítulos por aí. Na posse do Presidente Donald Trump há quase 5 anos, sua assessora disse que tinha sido o maior evento em número de pessoas na posse de um Presidente americano. Quando questionada por um jornalista em que informações ela se baseava, apenas disse em fatos alternativos. Esse termo foi usado por George Orwell no Livro 1984 para mostrar como o Grande Irmão mentia para criar uma realidade alternativa que não existia. Da mesma forma Ciro Gomes depois de 8 partidos e muita corrupção nos Governos da família continua mentindo na mídia que não critica suas mentiras, assim como Bolsonaro, a maior corrupção da história e desmonte do Estado e instituições brasileiras. Bolsonaro e o Centrão fazem o mesmo, essa é regra da política brasileira, mas a verdade, é onde vivem e o que passam milhões de brasileiros na fome, pobreza, desemprego, cercados pelo crime e milícias, falta de políticas públicas e outras.



Nesses lugares emerge um novo senso da realidade histórica brasileira e honestidade intelectual surgem depois de tantas mentiras e corrupções de Sarney, Collor, FHC, Lula, Ciro, Bolsonaro. Novos sentimentos emergem diante de tantos delírios e decadências, surgem personagens de novas histórias em suas comunidades e cidades educadoras, onde se ensina e constrói um novo Brasil. Nossa cultura política amadureceu em suas violências e caiu de podre sem alimentar ninguém, vivem em seus vazios existenciais e de poder. Essas são as maiores lições que temos, nem ruptura, nem continuidade absoluta, mas um processo complexo enquanto se encerra um ciclo, nasce outro, e Bolsonaro, um monstro na História cumpre sua missão de escancarar a escravidão, violências e brutalidades das elites brasileiras. O ciclo de Lula continua mas suas bases compartilham a mesma cultura política das violências de grupos quando estão no poder, aparelhando o Estado público, as mentiras, a corrupção, e os acordos para se manter no poder há qualquer preço. Eles ultrapassam qualquer limite para se manter no poder, suas famílias e correligionários as custas do povo brasileiro.