SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Pag 25- CONEXÃO GERAÇÃO JOÃO VICTOR- Carta de João Victor





Adorava Matemática tanto quanto música e depois que descobri filmes foi um amor eterno a primeira vista.Ainda hoje é o lugar que tenho paz completa, dentro dos cinemas, que deixo de pensar por um momento para obvio pensar no filme. Ela me tira do mundo, a Tv nunca conseguiu isso. Não me lembro dos meus super-heróis de infância que gostaria de ser eles, sempre me sensibilizei mais com histórias reais de vida, de pessoas, de conquistas.


Por isso tive que escrever as minhas próprias histórias e aos 6 anos escrevi um pequeno livro com contos infantis , fiz a capa artesanal e dei de presente para minha mãe .

A minha vida é marcada por turbulências de vez em quando, acho que para ajustar a direção do barco ou para que me dê tempo de refletir sobre as barreiras que encontrei no caminho, e aprofundar a visão de mundo e de vida, além do meu papel nesta jornada. Este livro foi escrito nestas passagens por portais aonde enxergamos lá na frente quando olhamos para trás.
Sempre fiquei doente acho que pela asma depois curada; se é que é possível pelo numero de injeções que tomei. E claro catapora, mas nunca quebrei nada nem um dedo, graças a Deus, isso é uma vantagem diante de tantas estripulias.

CONEXÃO GERAÇÃO JOÃO VICTOR- Carta de João Victor da Lua

A primeira parte deste livro/ DVD fala da infância de meu pai na sociedade onde ele nasceu , meus avôs, bisavôs .. Estas são minhas origens .

Parece que este livro é um manual de como encontrar o tesouro da vida com segredos e mistérios a desvendar através de poesias , histórias de um grupo de amigos,a biografia dele como incentivo para que eu escreva a minha história de vida, Manifestos que brilham as razões, Textos sobre o contexto da época aonde tudo acontecia, Projetos capazes de transformar a Sociedade em que vivemos, perguntas e reflexões para que eu possa pensar e responder os enigmas de minha vida e do mundo em que vivo.

Sou parte deste livro , ele continua com minha história. Ele esta sendo escrito on-line pela Internet em outra dimensão do tempo próxima a minha.

Vários amigos estão se unindo em Tribos . Eles estão em Busca de heróis , de Protetores , para entender a MATRIX da Sociedade em que vivemos, as gerações que nos antecederam, porque tudo isto faz parte do segredo de nossas vidas.

Eles estão nos convidando para sair da Lua e viver uma Jornada na Terra e salvarmos o planeta do Apocalipse. Libertando minha imaginação e compreendendo a realidade que vivemos. Destruindo as correntes , monstros e espaçonaves que nos preendem aqui na Lua para libertar nossos poderes de Protetores na Terra .

Vamos conhecer os Ecossistemas que mantem a vida na Terra e na Sociedade, a partir da vida que pulsa dentro de nós. Necessitamos ir em busca de uma Simetria pessoal e Sinergia social, implodindo os Franksteins que habitam o planeta, temos que ser sábios e ter coragem para encontrar as agulhas , perguntas e respostas, capazes de libertar o amor em nossa vida e na sociedade este que é o tesouro sagrado.

Nós somos os personagens principais deste filme na vida real. Este livro é uma forma de nos preparar para os desafios que enfrentaremos . Aproveitar nossas vidas não perdendo a oportunidade de ser, viver e revolucionar este mundo.

Evitar o Apocalipse, ser um herói , um PROTETOR.

O Futuro não existe , o futuro se cria hoje! Era uma vez.....Sincronizar com as poesias, o tempo zero à liberdade de ser, deixando de ser prisioneiros do passado em tempo real. Refletindo e respondendo as perguntas. Enfrentando a Ditadura do Silêncio e do Espetacúlo ao fazer as perguntas proibidas no deserto que vai florir , vamos desvendando os segredos e mistérios , a história desta história, sua Matrix!

Nas visitas ao museus fazendo arqueologias de quadros , tirando suas fotos , e gerando a fusão dos sentidos de nossa época. Encontrando os segredos dos significados das palavras nas redações, os personagens do livro numa brincadeira de esconde -esconde e momentos perfeitos como o circo. No Baú de nossa infância que viaja no mar da vida até a lua e de volta a Terra, tem nossa escola, o bairro e milhares de coisas além do horizonte para desvendar. E lógico muito perigo, medos a enfrentar, lugares obscuros de nosso passado e sociedade!
Aos poucos vamos abrindo os selos das profecias do Apocalipse , antes que Issac seja sacrificado por sua sociedade aonde amar é proibido.

Perguntas e Reflexões 2

De que é feito o seu baú? Que coisa e lembranças você guarda dentro dele? Onde estão aquelas fotos quando éramos crianças? e os amigos de infância que histórias você pode me contar ? Onde eles estão hoje? Lembra dos primeiros amores, brincadeiras, dos segredos e da sala de aula? Pode me contar algumas coisas que aconteceram com você na escola e em seu bairro? E as férias, aniversários, Natal, ano Novo? E sobre sua família, pai, mãe, tios, primos, baba, cachorros? Quem são os personagens da TV e do vídeo game que marcaram suas vidas e seus sonhos e poderes? Quais eram seus sonhos, o que pedia ao papai do céu? E as festas? E as turbulências e dasabores da Infância como foram, onde estão, o que fizemos com elas?

Pag 24- A Escola e o Bairro dois caminhos sem destino.




Na escola como todos adorava a lanchonete, mas guardava o dinheiro da merenda para comprar o meu primeiro brinquedo com meu dinheiro, um Banco Imobiliário, que fui comprar na loja com meu pai. Muitos amigos do tempo desta escola, o Ginásio Santo Tomás de Aquino, ainda são meu amigos até hoje. Quer seja a turma do futebol, das travessuras ou dos melhores da sala. Era um dos 4 que competiam saudavelmente pelas melhores notas porque sempre sentamos um ao lado do outro, eu , Leo ( Fez Administração comigo ) , Paulo Geovani ( hoje Juiz ) e Iran ( Engenheiro) eu continuo Isaac . Porem no futebol gostava de jogar com os melhores, entre eles, o Luizinho, sempre foi craque, ainda hoje.

Na turma das brincadeiras, que de vez em quando me fazia sentar na geral para fazermos algo inovador, nunca testado na sala de aula, me geraram alguns problemas. Conheci todos os diretores e coordenadores e algumas vezes fui punido. Tinha medo, mas a alegria dessas brincadeiras valia a pena. Entre elas : Quando conversarmos soube a professora ela escutou e pediu que disséssemos o que estávamos falando. Eu sempre fui muito sincero, tenho uma terrível paixão pela verdade, disse que era ela gostosa. Ela mandou eu ficar o resto da aula em pé em frente ao quadro, depois me acostumei é já tinha uma cadeira para mim me esperando. Na escola até a quarta série acho que me apaixonei por todas as meninas bonitas da sala: Adriana, Álida, Verônica, Lana Mara, não porque eram apenas bonitas mas eram mágicas em seus sorrisos , sua vozes, gestos , mas enfim eu não tinha chance. Ainda continuo fã da beleza do amor que estas meninas marcaram minha infância de algo puro e profundo, diferente do BBB.

O BAIRRO

Lembro-me que morava numa casa pequena perto da Igreja de Nazaré, era alugada, enquanto constrói a nossa, naquele terreno de meu avô. Não sei se lembro da circuncisão, mas deve ter doído. Tenho um irmão, o Junior, dois anos mais velhos que eu. Ele sempre foi apaixonado por lutas e artes marciais, às vezes testava nas portas para ver se abria mesmo fechadas. A gente não viajava muito, mas de vez em quando íamos a praia, ao Remanso e a Canindé, onde aprendi sobre Francisco de Assis. Lembro de ter feito colônia de férias e alguns passeios porque tem algumas fotos no Baú.

Meu pai viajava muito pelo interior e minha mãe tinha plantões no Hospital. Desde pequeno tinha uma baba, a Abinha, e o meu pano de dormir que tem uma equivalência hoje a um amor que você tem por um cachorro é inseparável. A Abinha sempre nos protegeu. Minha mãe é disciplinadora e me tornei organizado, disciplinado e trabalhador graças ao exemplo dela. Da mesma forma que meu pai era o equilíbrio entre as duas quando resolviam brigar por qualquer motivo, aos poucos fui assumindo este papel conciliador.

Meu irmão Gerardo Junior sempre foi muito parecido com meu pai, mas agitado que eu enquanto criança e jovem quando encontrava os amigos, por outro lado mais tímido com os estranhos. Ele não gostava de futebol, eu amo, a nossa parceria era igual a dos filmes em alguma aventura eu fazia reta-guarda, ele atacava principalmente a comida, ainda hoje..
Nunca tivemos muitas oportunidades de brincar com os primos a não ser nas férias quando viajamos ou num aniversário. Não deu para criar vínculos mais fortes, mas família é família, os mais danados quando se encontravam como meu primo Ricardo e prima Vivi valia a pena as aventuras.

Não sei se vocês se lembram da sua primeira comunhão, eu olho para foto, na época tinha 10 anos. Parece que estes rituais não marcam tanto apesar da sua importância.
Em meu bairro adorava brincar com os meninos da rua de futebol, estourar rasga-lata na lixeira e caixa de correio dos outros, organizava as olimpíadas com várias competições e partidas de videogame até amanhecer pela segunda noite.

Nossa casa tem a frente na Avenida e as costas por aonde entra os carros na rua de trás , juntando com a de meu primo , Emilio, elas se ligam até o outra rua do lado, que sai na casa do Luís e do Paulo, a única com piscina da turma . Pense no circuito de Mônaco, pense na confusão. Ainda bem que o máximo que fazíamos era a guerra entre o Irã e o Iraque com a pronta intervenção dos EUA , nossos pais.

Pag 23- O Baú da infância.


A infância é como um Baú guarda várias coisas e lembranças dentro dele ; para de vez em quando abrir.

Eu nasci em 23 de março, o meu filho no dia 15 de janeiro de 1997. Eu ele as 7horas, 7 minutos e 7 segundos.

Quase não saia da barriga de minha mãe , era muito confortável. Não sei se Freud explica, mas não lembro muito quando era pequeno, até os seis anos. Porque o que vem na memória é o Jardim de infância e a tia Vera. Recordo-me chegando na sala, o lugar de guardar a lancheira e os brinquedos. Recordo-me de ter que tomar vacina na farmácia perto de casa e sair correndo driblando a todos e um extremo pavor pela dor que sempre tive mesmo minha mãe sendo enfermeira.

Neste baú tem muitas roupas que vesti e achava bonito por mais simples que fossem é que nunca me importei com a moda, a roupa para mim sempre foi uma mensagem. E as minhas era o que hoje chamam cool , adequadas a ocasião. Lembro-me que tinha umas camisas que queria vestir todos os dias porque as meninas ficavam olhando para ela principalmente quando tinha uma mensagem do tipo me arrumei para você.

Muitas vezes tinha que me arrumar porque eu lia a primeira e a segunda leitura na missa de domingo na capela de minha vô. Até hoje não sei de quem foi à idéia ou se me ofereci, mas foi muito importante para mim. Tinha momentos únicos de conversa com meu pai do céu (Deus ) , desde criança repito sempre a mesma oração “renovo contigo o pai, a aliança de construir a tua terra, à Terra da Sabedoria” a maior parte ajoelhado seguido de pais-nossos, ave-marias, credos e uma conversa diária com ele.

O nome Terra da Sabedoria me veio num sonho, não consegui acordar dele, era como se fosse o final do mundo, ficava angustiado, pois o que via não era apenas destruição, mas o fim da vida da forma como conhecemos e nos habituamos.Porém no final tive uma paz absoluta como se dissesse tem que atravessar esta ponte mesmo não sabendo o que está do lado de lá, caminhe, e foi o que fiz. Quanto mais caminhava mais a felicidade e a paz preenchiam minha alma, meu coração quando acordei palpitava. Sabia que tinha sonhado, mas tinha sido real compartilhar aquele momento. Estes são os primeiros dias da Terra da Sabedoria. Quanto conheci minha primeira namorada de fato aos 16, já havia alguns anos que planejava minha vida e a Terra da Sabedoria. Ninguém acreditava, ninguém ouvia, mas muitas oportunidades foram acontecendo e eu nunca tive dúvidas que esta era minha missão de vida.

Uma das minhas principais orações se realizou também; pedia a meu pai que me desse um boa namorada, bonita, uma grande mãe, inteligente, feminina e amiga. Foi minha primeira namorada Virginia , que namoramos 7 anos e ficamos cassados 7 . A mãe de João Victor. Porém isso vem bem depois...

Antes dela me apaixonei perdidamente por uma paranaense Samantha Senter, seu pai era do exercito e tinha mudado para Fortaleza. Ele, o pai dela, era o terror do bairro, tinha fama de valente. Criei coragem para me aproximar dele e da Tia Rachel, para assim ter á permissão de brincar com ela na sua casa e na rua. Samantha era mais corajosa que todos os homens da rua, brigava, mandava em todo mundo, mas como seu pai tinha um coração mágico de bondade. Ficamos tão próximos que nos chamavam de irmãos , viajamos juntos, fazíamos as refeições juntos, e brincávamos de tudo até amanhecer . Eu a protegia, sua irmã Cíntia, e tia Rachel dos ladrões e cururus quando Lineu não estava em casa. Inclusive tinha que criar coragem par imitar os Menudos numa festa que fizeram para ela, para poder cantar “ Quero Ser “ Esta foi uma das primeiras festas que organizamos com direito a boate e tive que apreender a ser DJ, mas adorei. Aquelas luzes, fumaças misturadas com batidas de dance, muito rock e música lenta são inesquecíveis. É tanto que quando jovens eu e meu primo Emilio montamos uma empresa de som . A WAR SOM e fizemos muitos bailes e festas em colégios da cidade.

Sempre estava e encontrava os amigos do bairro na rua , entre nossas brincadeiras, nas festas e depois na missa. Imaginamos que poderíamos criar uma Associação de Jovens do Bairro Aeroporto ( AJA ) . Nasceu assim nossa primeira ONG , a AJA com projetos e estatutos discutidos depois da missa em reunião na Igreja. Durante a missa convidávamos os jovens a participar do grupo que além de organizar a missa, fazer as leituras, coletas era a juventude católica.Participávamos de eventos maiores dos casais com nossas Barracas e doações.
Depôs começamos organizar um conjunto de festas nas casas de nossos pais em rodízio, campeonatos esportivos e um campeonato de Surf na Lagoinha.Fizemos a viagem de ônibus até a casa de praia dos pais de Fauber, quando chegamos lá um dos garotos , o Lulinha , que hoje mora em Miami queria comer a comida sozinho. O Edmar Junior, outro amigo, que há 20 anos lutamos juntos na área social, fez questão que ele comesse tudo para nunca mais ser fominha.
Um dos mais valentes e agitados da nossa turma era o Marco Aurélio que depois de anos ganhou o campeonato mundial de vale-tudo. Só tinha estrela e artista. Com esta turma éramos muito convidados para festa de 15 anos mesmo que a aniversariante não soubesse, inclusive na festa de 15 anos da Virginia, minha primeira namorada. Um dia quando voltávamos da primeira comunhão andando na rua, uma senhora que dirigia um buffet disse que estávamos atrasados, e nós os garçons pela roupa que usávamos já eram para estar servindo a bastante tempo. Não tem problema uma bandeja para lá, outra para cá, levamos o bolo para casa.

Pag 22- Lições de Issacs





Outras lições iriam apreender na escola! Lições de Isaacs .


Ao acordar pela manhã mais uma vez para ir a aula, sentia um grande desconforto, ou melhor, insegurança. Sabia que naquele dia aprenderia mais alguma coisa e esse aprender mudaria mais uma vez a minha vida...

Lembrava que a primeira vez que tive a consciência de que aquele lugar onde brincava, longe de minha casa, era uma escola, foi quando comecei a aprender a ler e escrever. Como para qualquer pessoa, aquilo era muito importante, pois até então apenas escutava a fala das outras pessoas e nada do que eles faziam ou pensavam quando estavam lendo ou escrevendo. Queria além de ler e escrever, saber os significados das palavras que as pessoas escolhiam para falar, pois assim conheceria muito mais sobre elas. Neste ponto, minha professora Rita tinha um truque especial...

- Bom Dia, crianças! Exclamou Rita!
- Bom Dia! Todos responderam
- Hoje vamos ter uma aula diferente. Precisamos ampliar nosso vocabulário. Tudo Bem?...
- Tudo Bem, respondemos...
- Mas afinal o que é “tudo bem”, para vocês? Indagou Rita...
- O silêncio ficou no ar. Pela primeira vez na vida daqueles alunos eles pensavam um pouco sobre o que falavam sem pensar.
Começavam a despertar para o mundo e a perceber que às vezes ou quase sempre fazemos coisas apenas como mero ato de repetição...
A professora continuou...

- Pois Bem, eu vou escrever uma palavra e gostaria que todos vocês escrevessem uma redação tendo por tema o significado desta palavra. Certo? Depois eu vou pedir que alguns de vocês venham até aqui para ler suas redações. De preferência aqueles que tem atribuído significados diferentes a esta mesma palavra. Não quero que vocês imaginem nada, apenas escrevam o quanto puderem sobre o significado desta palavra para vocês! A palavra é justiça! Vocês têm 25 minutos!

O tempo é relativo, todos nós sabemos! Isto significa que naquele momento, o que demoraria 25 minutos, poderia tornar-se uma realidade absoluta durante toda a vida de Isaac. Assim começava aquele ritual de compreender os significados das palavras, a partir dos valores de quem as expressa, do seu projeto de vida e de como vê o mundo. Enfim de sua ideologia marcada por demasia pelo lugar ou esconderijo que ocupa e por seus atos. Assim poderia ver naquele momento e, em especial, o significado para aquelas crianças do que era justiça.
Poderia ser verdade, beleza, liberdade, ética, se saísse da mesma boca, como, por exemplo, da de Isaac, teriam quase sempre o mesmo significado, pois o seu projeto de mundo, os seus valores que davam sustentáculo às suas palavras era concreto, integrado, múltiplo e consistente em seus atos!

Ao final do tempo, iríamos esboçar uma pequena noção daquela palavra, fruto da nossa infância. Era este o inicio da busca que empreenderíamos durante toda a nossa vida.
Buscamos significados, para as palavras que consideramos mais importantes para as nossas vidas. Durante a juventude passaremos da noção para o conflito de significados, que enquanto crianças representavam sonhos e agora a realidade gera conflito de valores. Nós e o mundo objetivo, o que existe e o que podemos criar, o que aceitamos e não aceitamos, a fé para mudar...

Como adultos já não definiremos as palavras, mais as nossas vidas! Pois a palavra terá se transformado em conceito do sistema de vida que levamos e do qual temos uma lógica de idéias que carregamos conosco pelo labirinto da verdade. Mais já diziam alguns filósofos: “a verdade é a perfeição!” Alguns artistas, como Renato Russo, afirmavam: “Sonhos vem, sonhos vão o resto é imperfeito”.

Lá estavam eles na sala de aula com a professora Rita, quem seria o primeiro a ler a sua redação?

Michel se levantou e pediu licença para começar. Adiantou que havia pensado mais que escrito e não podia falar muito sobre justiça, poderia dar exemplo do que havia analisado como atos justos.

Lembrou-se do que havia feito Salomão, quando duas mulheres se diziam mãe de uma mesma criança. Salomão viu que não conseguiria descobrir a verdade, para assim fazer justiça, se não usasse da seguinte estratégia. Anunciou que cortaria a criança ao meio. Neste momento, a mãe verdadeira entregou a criança à outra mulher, afirmando que preferia que a criança ficasse com ela. Assim, o rei descobriu a verdade e fez justiça, deixando a criança com a verdadeira mãe, a que provou seu maternal amor. Mesmo que para isto entregasse seu filho, impedindo-o de morrer! Observamos com esse fato que a justiça é uma palavra vazia, que necessita de fatos, sentimentos, para que ela possa ganhar conteúdo e nada pode defini-la previamente.

Puxa que legal! Levantou-se Bin, mais o meu significado é diferente e minha história também. Todo domingo vou à Missa com os meus pais. Lá na Igreja se fala muito sobre a justiça de Deus! A qual acredito, por exemplo, todos nós já ouvimos falar sobre a arca de Noé, que garantiu a sobrevivência de nossa espécie, para que a justiça de Deus fosse feita, a Terra, foi inundada através do Dilúvio, que matou toda a vida humana, com exceção daqueles que estavam na Arca. Eles não seguiram os Mandamentos de Deus, e fizeram todos os males, os quais Deus puniu com a sua justiça, ou seja, a sua vontade!

Todos já estavam bastante interessados no assunto, pois além das histórias serem interessantes, os nossos maiores interesses era descobrir qual o significado que cada um dos colegas daria à palavra justiça!

A professora Rita levantou e pediu que Nicolau lesse a sua redação! Nicolau em tom solene com voz alta como sempre. Iniciou o seu discurso ou sua redação!

“Bem, lá no edifício em que moro, existe uma quadra de futebol, onde jogamos bola todo final de tarde. É sempre uma confusão para ver quem joga primeiro. Tomei a iniciativa de definir a regras. Agora jogam primeiro, os mais velhos, em caso de empate quem tiver chegado primeiro. Como podem perceber foi feito justiça. Eu, por ter ajudado a organizar, controlo para que tudo aconteça dentro das regras e ninguém seja injustiçado! Justiça é poder definir regras que facilitem o nosso convívio”.

Muito bem Nicolau! Parabenizou David que estava sentado ao seu lado e falou.
- Professora posso ler o meu? É bem pequeno mais fácil de entender.

- Pode ler, David.

“Bem! Recentemente economizei cinqüenta reais de minha mesada e comprei todo de material para fazer travinhas de futebol, mas não tendo tanta habilidade para fazer isto e nem tempo, contratei alguns meninos pobres que moram lá perto de casa, para que fizessem o serviço. Se fizessem dez travinhas, daria uma a eles e esses aceitaram! Foi a maneira que encontrei de ser justo com eles, recompensando o seu trabalho. Vendi as outras nove e ganhei cem reais, fui justo comigo também!”

Foi neste momento, que Isaac resolveu falar, também queria dar a sua contribuição, porém não tinha escrito nada, só observava, sentia, tentava entender o que acontecia naquela sala e assim começou a falar...

Bem, muito do que vocês falaram até agora é bastante polêmico, fiquei com algumas dúvidas sobre o que é justiça. Eu, por exemplo, já rasguei a minha redação duas vezes, pois quando começo a pensar e a escrever sobre justiça só consigo lembrar de meu pai me levando ao circo e minha mãe me beijando. Não sei explicar, apenas sinto que são momentos que vejo a justiça de perto. Quando minha mãe me beija e me acaricia, sinto que para mim e para ela, aquilo que estamos fazendo é bom. Nós dois concordamos que o beijo, o carinho nos agrada e nos faz felizes! Eu não conseguiria explicar, mas apenas dizer que a justiça é algo muito próximo do amor pelo outro, como amamos a nós mesmo só podemos dizer se algo é justo, quando podemos sentir na pele do outro, a nossa atitude... É assim que vejo justiça...

Todos ficaram quietos, o silencio invadiu a sala. Nem ao menos ficamos tristes ou alegres com suas palavras, foi como estivéssemos ouvindo algo que já sabíamos!

Depois Amy, com sua voz suave, falou que justiça era a beleza! Onde esta predominasse, se estaria fazendo justiça! Ela começou a citar o último livro que estava lendo: “Peter Pan”, que enfrentava todos perigos, o capitão gancho e vencia! Considerando que Peter Pan era belo e jovial, todos queriam a sua vitória. A vitória dele era justa como a de “Robin Hood”, que, apesar de ser assaltante, ajudava os pobres! Isto são belos, eles e seus feitos. Todos querem ser Robin Hood e Peter Pan. Não é verdade? E se eles fossem feios e não vencessem, vocês queriam ser eles? A justiça é o belo!

Renata ficou calada. Ela nunca havia pensado em justiça, sempre fez o que quis, o que lhe desse mais prazer ou que dissessem que daria. A idéia de justiça não estava muito presente em suas aventuras, afinal roubar a goiabeira da vizinha, era atraente, pelas goiabas e pelo perigo. Brincar do jogo do copo poderia não ser justo com os espíritos, mas ela queria conhecer esses limites. Descer com sua bicicleta em alta velocidade, pela ladeira, sem parar para atravessar a rua era emocionante, justo demais pela adrenalina que extravasava. Para ela só quem corre todos os riscos é justo. Isso ela contou a mim, depois disse que iria causar muita polêmica e seu ouvido preferia ter prazer escutando musica alta a conselhos da professora! Ligou o seu walk-man e fez que ouvia aquele debate!

Não achávamos precipitada essa infância muito intelectual, você não imagina o que as crianças hoje estão fazendo. Elas se forem bastante estimuladas, quebrarão os limites que antes chamávamos de épocas das brincadeiras, mas a maioria dos adultos brinca mais com a vida, a sua e a dos outros, do que quando criança! E o pior, acreditam que é coisa seria, que não esta brincando...

Esse velho diário já me dizia: “O juízo final pode ser apenas uma criança sozinha escolhendo os seus melhores brinquedos”. E quanto uma educação critica e criativa faria diferença sobre a formação de Isaacs e o poder da liberdade de construírem sus mundos.

Como esta frase “O juízo final pode ser apenas uma criança sozinha escolhendo os seus melhores brinquedos” existem outras todas soltas, escritas esporadicamente entre uma pagina e outra.

Fico surpreso porque ao escrever sobre a minha infância, elas acabam se encaixando perfeitamente sobre o que estou falando. Parece que o e-book, o baú e o mar que abrigaram durante muito tempo esse diário, deram-no vida. Ele fala por muitas gerações que virão e, um dia, voltarão ao mar! O método e o ritmo que seguimos é o da vida, ora poesia, manifestos, perguntas, reflexões e histórias a contar...

Pag 21- O CIRCO








No circo da vida num encontro entre um espetáculo e outro as gerações conversam rapidamente, as minhas brincadeiras com as de meu filho se misturam em nossas infâncias. É como se ao ser pai Deus nos dá a oportunidade de voltar a ser crianças e as mães de reencontrarem aquela boneca que tanto amavam e cuidavam, com a magia e o brilho do sorriso de uma criança.


O esconde –esconde e sua busca por perfeição ao descobrir alguns sentidos da vida reverbera em meu futuro presente como pai e no presente futuro de meu filho em sua jornada aqui nesta Terra.

Uma música sempre me marcou profundamente o refrão diz” há o mundo sempre foi , um circo sem igual, aonde todos representam bem ou mal, aonde a farsa de um palhaço é natural . Há no mundo da ilusão entreguei meu coração” Era um retrato da geração de meus pais e da minha , não gostaria que continuasse sendo a de meu filho. Um novo significado para o circo deve brilhar em sua memória.

Lembro-me que a noite, quando o João Victor ia dormir , quando tinha cinco anos, sonhava com palhaços, mágicos, acrobatas, bailarinos... certas noites acordava e continuava sonhando, acordado...

Ele Levantava bem para me contar , o quanto eu tinha colorido seus sonhos com minhas histórias , brincadeiras e ideias. Falava dos palhaços e da alegria que proporcionavam ao seu coração! Imitava os acrobatas em suas estripulias, fingia ser mágico escondendo as roupas de sua mãe...

O sonho era tão intenso e real, que naquele dia, antes de ele dormir, fui até a sua cama e pedi que ele fosse de carro comigo bem ali, logo estariamos de volta.
- Mais pai estou morrendo de sono, respondeu
- Não tem problema, você dorme lá...

Entrou no banco de trás do carro e lá se pôs a dormir. Eu continuei a percorrer meu caminho. Por algum motivo sentia que aquele momento merecia uma história , um livro , era a autobiografia de diálogos entre gerações.

Meu avô e pai também não conseguiriam encontrar algum pintor famoso que o já tivesse pintado, o que logo iria acontecer. Desta vez, não se tratava de nenhum momento histórico ou bíblico, mas, sobretudo, dos objetivos eternos pelos quais estes momentos significam a vida.

Tratava da busca da felicidade, da vida, da perfeição e se nós não poderíamos mudar o mundo, como tantas vezes idealizamos enquanto jovens, poderíamos mudar o mundo de meu filho, construindo um momento repleto de felicidade. Em cada passo que dava até o circo, sentia que também estava conquistando a felicidade de meus pais, ao construir a felicidade de meu filho. Colocava neste mundo alguém que veria a vida com outros olhos. Se meu filho se acostumasse a viver seus sonhos, tornando-os realidade, amanhã teria forças para construir sonhos maiores.
- Acorde filho chegamos!

Ele só conseguia ver os palhaços, os mágicos, os trapezistas todos estavam lá. Era fantástica, a luz, a gargalhada da criançada, seu coração batendo, até hoje ele não sabe ao certo se foi sonho ou realidade. Pois quando acabou o espetáculo, dormiu! Mas isso não importa, é até bom confundirmos sonhos com realidade. Porque só assim, quando quisermos, saberemos transformar sonhos em realidade. E nunca deixaremos de acreditar neles, o mundo será o palco da vida espetáculo que construiremos. Graças a este dialogo entre gerações pela arte aprendemos estas lições!

Pag 20- BRINCANDO DE ESCONDE-ESCONDE: ENCONTRANDO AMIGOS





Durante a infância, formei meu grupo de amigos, bem diferentes cada um em suas posturas diante do mundo. Era essa diversidade de propósitos, que me atraía. Queria compreendê-los em seus mundos, em suas certezas, para que pudesse construir o meu... Era a estrela, a rosa que falava mais alto dentro de mim, que guiava minhas jornadas desde a infância...


A nossa brincadeira preferida era o esconde-esconde. Toda vez que brincávamos, era uma verdadeira descoberta. Em cada lugar que achávamos para nos escondermos tinha um pouco, de quem nós éramos, como na sociedade de hoje cada um com seu lugar, no seu quadrado e seu papel, escondendo dos outros as conseqüências e significados de suas atitudes.

Às vezes, as brincadeiras dão um salto no futuro, para falar dos lugares que haveríamos de nos esconder neste mundo moderno, este que se assemelha muito à casa sombria de minha tia, onde brincávamos de esconde-esconde e em cada amigo que encontrava seu esconderijo, revelava-se um personagem de minha historia. A angústia de ser descoberto a qualquer momento é talvez o principal medo que carregamos; que nossas brincadeiras se tornem realidade!
Eu sempre fui escolhido para procurá-los. Continuaria fazendo isto durante a juventude e enquanto adulto...

10, 9, 8, 7, 6 ,5, 4, 3, 2, 1. Lá vou eu! Espero que todos estejam bem escondidos: e não esqueçam! Um gordo não se esconde em lugar apertado, nem medrosos no escuro... Nós poderemos ser salvos. Se eu achar um de vocês e correr para o bastão da vida, é só gritar PERFEIÇÃO. Se um de vocês não me acharem também poderão sair de seus esconderijos, irem até o Bastão da vida e também gritar PERFEIÇÃO. Não existem ganhadores ou perdedores, o tesão dessa brincadeira é que ou salvamos a todos, ou viveremos na escuridão, a ausência da luz, a ausência de Deus...

Michel gostava de se esconder na Biblioteca, atrás dos livros! Seu pai era médico ele amava filosofia. Apesar de ser magrinho, branquinho, já usava óculos, se esforçava para subir as prateleiras e ficar lá em cima, longe da ignorância, até que no futuro Foucault desceu e brincou de lutar nas ruas por suas idéias. Os livros à sua frente garantiriam mais segurança de que não seria encontrado e pelos livros encontraria o verdadeiro papel do saber em nossa sociedade e nossas instituições. Mesmo que fosse encontrado seria um dos últimos, pois a Biblioteca, por seu ar sombrio intimidava as pessoas de irem lá! Ele tinha alergia a poeira e talvez a única forma de encontrá-lo no meio de tantos livros, fosse despertar sua alergia! Sempre que ia à sua procura, levava um espanador e fazia com que a natureza o entregasse. Com isto, seus espirros, se davam cada vez mais altos, me apontando o lugar onde estava e os livros nos ajudariam a subir no bastão da vida e gritar: Perfeição!

Nicolau, um fã da CIA, gostava de se esconder entre pessoas e de procurar imitá-las para que não fosse encontrado, podendo confundi-lo. Se suas palavras serviam de esconderijo, seus atos permitiam que pudéssemos vê-lo, pois nunca seguia os rumos de suas palavras era só procurá-lo no sentido inverso, como era amigo íntimo de David, filho de um grande industrial, estava sempre próximo a ele, perto do luxo do quarto de minha tia, mas procurava imitar o jardineiro, como se estivesse ali, trabalhando, fazia voz de cansaço, que enganaria até os mais céticos! Já David, não se escondia, gostava de ficar deitado na cama de minha tia, comendo pipoca, assistindo TV, até que eu o encontrasse e pedisse para que ele dividisse sua pipoca com os outros, pelo contrário, ele se escondia para comê-las sozinho. Michel, Nicolau e David, só faltavam três!

Como podemos observar, Michel seguirá futuramente sua carreira em Educação, Nicolau será político, David trabalhará no mercado financeiro. Todos envolvidos em uma sociedade de heroísmo e traição. Uns idealistas tentarão salvar a Grécia, a modernidade, outros se adaptarão às circunstâncias, será que o juízo final vencerá mais uma sociedade?

Existiam também aqueles que por concordarem com o mundo que ai está, reafirmavam suas condições objetivas através de seus atos! Renata gostava de buscar como esconderijo lugares perigosos, ela sempre dizia que não fazia isto para dificultar encontrá-la, apenas pelo prazer do perigo! Se havia na casa, algum local perigoso ela já conhecia todos... , Bin sempre muito calmo e sublime, buscava a paz em seus esconderijos. Lá estava ele, em cima da árvore contemplando... Lá estava ele numa caverna para fugir deste mundo ou próximo ao silêncio da varanda...Esse até agora nunca encontraram. Era necessário além de falar que foi encontrado, tocá-lo, às vezes acordá-lo de seu mundo distante! Amy tinha por seu esconderijo ela mesma, gostava de se maquiar, pintar-se, usar perucas, trocar as roupas com as de minha tia, se fazer de estátua, como um quadro a se confundir com a paisagem. Era a mais difícil de achar, pois ela não estava buscando se esconder, em sua naturalidade transformava-se em sonhos e desejos. Sempre quebrando as impossibilidades. É com ela, que os outros descobriam novos lugares, novas formas e até mesmo determinada coisa ou assunto, vistos sob vários ângulos.

Como disse no início o objetivo da brincadeira, como também de nossa infância, era construir momentos que tocassem o bastão da vida e pudéssemos gritar: Perfeição! Muitos estão agora se interrogando: o que são esses momentos de perfeição? Essa palavra tem muitos sentidos talvez um deles seja sonhos que se realizam.

Pag 19- A REDAÇÃO



Um fato que me mostrou um bom exemplo disto, foi quando minha mãe e professora Rita, pediu-nos que fizéssemos um texto falando sobre o que pensavam a respeito de sua origem e do mundo em que vivemos. Eis a redação de um de seus alunos chamado Michel , que viria a ser meu amigo durante a juventude, que me surpreendeu:

... E Deus criou o mundo! No primeiro dia fez a coca cola; no segundo dia fez o computador; no terceiro dia fez o “Big Mac”, sem picles e ficou engarrafado no Trânsito até o quarto dia, quando criou, não sei bem ‘o que’, roubaram ou seqüestraram. No quinto dia permitiu que os homens criassem as religiões e suas guerras; no sexto dia fez o Estado e no sétimo dia ao invés de descansar, não tinha tempo, aproveitou para mundializar o capital, através da globalização! E o seu inconsciente, criou o oitavo dia, fazendo Freud para justificar as malvadezas da humanidade!


Não sei se concordo com tudo que ele disse, porém teria feito o mesmo que minha professora: ela deu dez para ele. A professora não explicou sobre que “Deus” era para falar, ele falou sobre o “Deus-Homem” e suas criações, a origem do mundo moderno: o nosso berço!
A origem do mundo é uma grande interrogação. Com ela convivemos desde a nossa infância e aprendemos a preencher esta lacuna em nossa razão, criando o nosso próprio mundo, com explicações vindas da religião, ciência, política, arte, mitos e a pitada de sal que colocamos com nossas idéias sobre tudo isso.

Sempre soubemos que o mundo é uma interrogação e disso sempre soubemos, mas nunca estivemos tão assustados. Tão jovens caminhamos para algo que não concordamos. Somos uma geração que não teve como construir, nem vivenciar nossas Utopias, nossas estrelas ainda não puderam brilhar em toda a sua intensidade. Ainda precisamos construir nossas certezas e perfeições, para preencher esta interrogação. Dar sentido à nossa juventude, para que as Rosas floresçam, para que Isaac viva e o seu viver não seja castrador de outros viveres, sendo esta a lógica do mundo atual.

Precisamos unir valores humanos e divinos, como a política e a fé, como os quadros repintados por papai. Delacroix e Michelângelo num só quadro, construído pela juventude, vivendo a sua poesia e, se possível, transformando estrelas em parques de diversão.

Na escola, tive a oportunidade de conhecer outros colegas, o limite, o outro, aquele que como eu tem o seu caminho, seu projeto de vida. Que deve ser respeitado, pela liberdade de sua escolha, o outro que não posso fazer instrumento de meu mundo, afinal Deus só deu uma vida para cada um.

Pag 18- A INFÂNCIA DE ISAAC, A ORIGEM DE SEU MUNDO






Entre as diversas teorias sobre a origem do mundo, prefiro a minha, fazendo de Adão e Eva os cozinheiros da sopa da vida, porque a Ciência procura definir os componentes e a receita da sopa? Estou em busca do pomar (Éden ou Marte), de onde foram tirados os ingredientes, seus cozinheiros e quem foi o mestre de cozinha. E porque, afinal, esta sopa produziu baratas e algas marinhas entre asteróides, universos e o inferno de Dante com sua Divina Comédia.
Começo a falar de minha infância, o mundo perfeito, a inocência, a harmonia dos valores, o momento em que sonhar é estar acordado, algo mais importante, coerente e de maior impacto para a nossa jornada...


Infância, pulsão de descobrir, criar, ser, realizar; verdades que não definimos, sentimentos que não calamos, sinceridade que somos, caminhos por onde andamos, momentos perfeitos que se realizaram. Formigas que são verdadeiras riquezas e astros, pequenas coisas, grandes significados.

Nós estamos prestes a entrar no mundo de nossa infância, quando contarmos até três, estaremos dormindo, aquela brisa de chuva, tocando nosso corpo, a nossa velha casa, os velhos sonhos, seremos nós! Um, dois, três...

OBS: MINHA INFÂNCIA TEM SUAS PECULIARIDADES E FATOS INTERESSANTES, PORÉM ELA NÃO É MAIS IMPORTANTE E NEM MENOS REAL QUE A SUA, PROCURE RECORDÁ-LA, TRAÇANDO A ORIGEM DE SEU MUNDO.

Ao acordar, meus pais estavam trabalhando. Papai Gerardo pintando e mamãe Rita corrigindo as redações de seus alunos pacientes.

Meu pai, mantinha a tradição e gostava de reproduzir com suas mãos, como meu avô quadros famosos com um diferencial dando um retoque especial. Ele escolhia aqueles que garantissem a ele, a serenidade da vida, em harmonia com o mundo que ele havia construído.

Delacroix, lembrava a sua militância de esquerda quando jovem, apesar de este quadro se referir a Revolução Francesa, expoente do Capitalismo. Ele dizia que como outros eram sinônimos de grandes momentos históricos, grandes oportunidades de libertar o povo, momentos estes, criados com muito suor e desperdiçados com muitas palavras. Palavras gritadas de poucas bocas, por esta razão nunca representada estava a verdadeira Liberdade.
No quadro de Delacroix, ele gostava de pintar a mulher de boca aberta, protestando, como estava fazendo o jovem, a rosa, ao seu lado. No original, ela está de boca fechada e a burguesia dominante, foi quem falou.

Um outro quadro, como já disse que sempre estava presente em minha vida e me chamava bastante atenção, era um desenho de Michelângelo pintado por meu avô: “O Sacrifício de Isaac”, que mostra Abraão prestes a sacrificar seu filho... Me lembrava das visitas aos museus que fazia, quando criança, com o vô Alberto. Continuava a indagar-me: porque um homem haveria de matar seu filho?

Tento responder a esta pergunta, ao longo de minha vida, percebendo nos quadros que meu pai escolhia para pintar a presença de um jovem, como ele dizia, de uma “rosa”, quer seja o Isaac de Abraão ou a criança que segue protestando no quadro de Delacroix. Sentia que esses jovens tinham a mim como referência para meu pai e que seus protestos, estavam carregados de sua Fé no homem, como na Revolução Francesa, ou a Fé em Deus, no sacrifício de Isaac. A minha missão era uni-los num só quadro, no quadro da vida!

Porém o mundo atual me dá poucas referências, símbolos, espelhos, heróis, exemplos que pudessem facilitar a minha busca para o significado de minhas palavras e de minha vida. O mundo que me cercava me ensinava o que era TV a Cabo, Internet e a importância da informação, porém não me dava a oportunidade de compreender as reais possibilidades dessas informações, mudarem nossas vidas, pois não era exigido a capacidade crítica e criativa necessárias para analisá-las.

São informações literalmente virtuais, que escondem as suas conseqüências, as ideologias que carregam, como se fossem vazias e necessárias apenas para estarmos conectados a algo que nos consome, exigindo um determinado comportamento.

Por outro lado, quando as informações que chegam são boas, elas não acompanham a semente de transformação que a partir delas mudariam nossa realidade, tendo como horizonte o que outras pessoas de outros lugares do mundo conseguiram realizar. São mensagens de caminhos por onde podemos concretizar nossos sonhos. O virtual precisa se tornar real.

Países como Noruega, Dinamarca e Finlândia conseguem altos índices de qualidade de vida. O Microcrédito, reduz a pobreza em Bangladesh e lá existe a figura do banqueiro dos pobres. Vivo a me questionar sobre o que fazer para que essas informações se tornem realidade no lugar onde moro e se quisesse a partir destes modelos, implantar mudanças em meu país, a escola dos céticos logo diria: isto é utópico, temos outra realidade. Essa informação está incompleta ou encerrariam dizendo: será que você não percebe que somos “especialistas”?

Não é preciso ser Deus para transformar tal realidade. Einstein, Chaplin, Marx, Gandhi, Goethe, Sócrates foram seres humanos como nós, que se dedicaram com fé ao seu trabalho e modificaram o mundo.

Podemos produzir comida necessária para acabar com a fome. Temos total tecnologia de educação capazes de libertar o homem em toda sua plenitude. Todavia o Homem também tornou o mundo descartável com a Fé na sua ciência, criou a Bomba H.

Fui percebendo que a única coisa “impossível”, era mudar a posição da escola de céticos, dos “especialistas”. As suas posições ditas “racionais” são primordialmente políticas, eles não querem que seja possível!

Quando se trata de interesses econômicos, dados, números, explicações ficam sem sentido! Só quem é burro, acreditaria que o desemprego é estrutural e nada podemos fazer, que é necessário um ajuste fiscal, para equilibrar a balança comercial e por esta razão os governantes cortarem gastos na Saúde e na Educação.

Afinal qual o critério da existência da economia? Será preservar a vida humana ou aniquilá-la através de seus números? Vidas ou números? A lógica de um Sistema que pune a vida em benefício da loucura de uma minoria, que criaram as suas próprias palavras, para se manterem comunicando e ensinando ao mundo sua lógica, sua ideologia.

Mas que pelo menos deveriam ter a coerência do seu discurso, e apresentá-los completos com as suas conseqüências, não ter vergonha de dizer, o mundo que criaram e que sustentam com suas teorias e são sustentados com o nosso trabalho. Dizer que para reduzir o déficit público se faz necessário matar tantas vidas, castrar outras mais! E que lógico as sua não estão incluídas, por isso tanto faz somar, dividir, se a conta não sou eu quem pago!

Fui entendendo desde criança o que era fé para homens que comandam a modernidade. Até a minha pergunta inicial de como um pai, sacrificaria seu filho (?) foi ficando clara a sua resposta moderna! Sim! A técnica sem ética, sem filosofia é capaz de produzir bombas atômicas e matar seu próprio filho, economias globalizadas e matar seus irmãos de sangue e nação!

A cegueira da fé mirada para o seu umbigo, não consegue definir em nome de que mundo, de que valores estão construindo sua técnica, não olha para o outro, para o mundo, apenas para dentro, para sua ignorância. Da qual se vangloria e ataca, necessitando dos materiais que esta técnica lhe proporciona para preencher o seu vazio, de prêmios, de “novas” novidades, de moda e quanto mais preencher, mais vazio fica, pois a sua fé não produz resultados que satisfaçam o seu coração!

Por ser tão raro atos de fé na vida humana ou em Deus, tive que buscar novos caminhos durante a minha infância. Estava cansado de procurar a fé em olhos que estavam encobertos pelo “Deus-Homem”. Onde pouco se admite e se fala abertamente das condições de sacrifício que este mundo impõe a nós Isaac’s, através de projetos legais e até mesmo reverenciados com fé sem amor sem razão, por exemplo: investimentos em mais tecnologia, cercadas pela fome e miséria, ceifando mais vidas, globalizando os lucros. Isto castra a juventude deste mundo, fazendo murcharem suas rosas!

Porém com os passos do tempo e o que dele fazemos, com o estudo, fui descobrindo novos caminhos, novas associações de palavras e percebendo atos de fé, protesto das rosas em jovens de espírito. Exemplos como Gandhi, ao enfrentar a Inglaterra; o jovem chinês que enfrentou um tanque de guerra, na Praça Celestial; Chaplin ao ironizar Hitler em “O Dono do Mundo”; Jesus ao permitir que no ato de seu sacrifício, os homens percebessem que a falta da mesma fé e amor que salvou Isaac, permitisse a prática da injustiça de levar à cruz, alguém que só usou de suas palavras e atos para provar o poder da fé e do amor!

Talvez por esta razão reencontrar a fé seja tão difícil! Matamos a fé, o amor e hoje continuamos da mesma forma a aniquilar crianças, a sacrificar Jesus, mesmo reconhecendo nas palavras dele a dor de um oprimido, pelo qual nos viciamos a “rezar”, negando o próprio Cristo que condenou a fé sem ação! - “Não basta me dizer: ‘Senhor, Senhor!’ para entrar no Reino dos Céus; é preciso fazer a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mateus 7, 21)

Em nome do “Deus Neo-Liberal” fala-se de mercado e câmbio como primeiro e segundo mandamentos e não se fala de Vida e eu por estar escrevendo essas Palavras é que sou louco, que não caí na “real”. Porém o Presidente dito Fernando II, que vai até a TV anunciar as regras do jogo que ele segue fielmente, a “Teoria da Dependência”, num discurso criado, visando justificar a submissão “às forças ocultas”, em sua sócia-demagogia, é enquadrado na Normalidade. Até que ponto a Sociologia comeu o espírito dele, tornando-nos espectadores de um circo, onde seremos usados como comida para alimentarmos o leão? Até que ponto a palavra Fé, tem sido travestida de novos significados, como em empresas que usam programas de qualidade total, gerando uma linguagem “religiosa” para garantir a devoção e a lealdade do funcionário. Com suas cerimônias, hinos, bandeiras, para enaltecer a empresa e seus fundadores e óbvio, o dízimo, ou seja, o lucro.

Veja que algumas igrejas, em processo de expansão, são empresas, da mesma forma que algumas empresas são igrejas. É com este sentido que fazem canalizar a nossa fé e, portanto, todos os sentimentos espontâneos, naturais, humanos da Fé estão sendo banalizados, para garantir a sobrevivência material, e quanto mais fazemos isto, mais uns tijolos colocam neste mundo que tem a vida como refém, onde “Amar é Proibido”, quando ainda não somos nós!
O que podemos esperar dos filhos destes homens sem fé, de nossas Rosas, de nossos Isaac’s, o que brotará de nossa infância? Da nossa infância, que não se mostra receptiva à fé em Deus e na vida?

Pag 17- A MORTE PROPORCIONANDO O ENCONTRO DE ESTRELAS





Meu avô e as estrelas tinham algo em comum, ambos gostavam de passear pelo universo. Se as estrelas percorriam fisicamente o caminho, ele usava a sua inteligência para fazer o mesmo.
Foi dele que aprendi que a Ciência e a arte são formas de viajar por lugares desconhecidos, descobrindo e conquistando o saber. Mesmo parado em minha casa, ao ler um livro, estaria transpondo as barreiras do tempo, pois o que li não vivi, mas é como se o tivesse...
Também com ele, aprendi outras formas de viajar com a arte e os sonhos. É incrível que o mundo moderno o intitule como físico, judeu , e escritor que suas descobertas em suas jornadas humanas não sejam consideradas como avanços da Ciência.


Eu gostaria de lembrar, como seu neto, que seus avanços eram provenientes da plenitude de sua vida, da felicidade de seus momentos com a sua arte e seus sonhos e lógico de sua Ciência.
Recordo-me de sua fé como judeu, à espera do Salvador, renovando as suas crenças através de seus ritos e, em cada palavra e gesto, a contemplação ao Deus absoluto. Era uma forma de unir o passado, o presente e o futuro em um único momento: o momento da fé!
Não entendi até hoje, a sua divergência com os Cristãos e nem a dos Cristãos com ele, pois em nome da fé, proclamavam os que seriam salvos através dos apóstolos que seguiam e não de seus atos.

A Bíblia mostra, tanto no Novo como no Antigo Testamento, um Deus Bondade – Perdão, diferente daqueles de alguns “apóstolos”, que promovem o e o pregam como um repressor. Entendi que Deus, em qualquer circunstância, é o mesmo, daí se fazer desnecessárias tantas divergências e discórdias em torno d’ Ele.

Pode parecer estranho que para poder falar de um dos momentos mais marcantes da minha infância, tenha que falar sobre tantas coisas, tais como Ciência, Religião, Sonhos, Estrelas... Mas são esses significados que guardo comigo ao lembrar de meu avô e, principalmente, de sua morte!

Era um sábado a tarde, quando minha mãe entrou no quarto e disse:
- Isaac, seu avô foi visitar as estrelas mais próximas do Céu. Ele pegou uma carona e foi. Talvez não volte mais. Ele disse, antes de partir, que quando você olhasse para o céu, soubesse que ele era uma das estrelas a brilhar lá no alto!
- Por que ele não me levou? Eu também quero conhecer as estrelas, disse quase chorando...
- É que em cada estrela só cabe uma pessoa e não adianta você querer ir com ele. Tudo tem seu tempo, o dele foi agora. Você primeiro precisa aprender a dirigir sua estrela, foi esse o seu último desejo.

Ouvi várias vezes de algumas pessoas que ele havia morrido, mas para mim ele não desapareceu. Ele está vivo, apenas viajou... A vida se transforma, em diversas formas, como o amor por ele e o desejo de estar perto se concretizam nas estrelas. A morte é uma mutação, mas a energia não se apaga, porque a razão da morte não ilumina a si mesma, ela não se explica...
As lembranças que tenho dele e suas idéias são eternas. Hoje mesmo soube que descobriram uma nova tecnologia, graças aos seus estudos em física pura. Com certeza ele está alegre, lá em cima passeando em sua estrela, sempre atrás de novas descobertas, viajando entre os hiper-espaços.

Um dos objetos em que eu, como elemento neutro do mundo, gostaria de me transformar, para ser parte da diversidade do caos que rege o universo e com ela interagir, era num tecido que fosse composto pelo DNA da própria natureza, anterior à vida, que me permitisse entender a sua evolução e viajar em suas dimensões. Talvez até chegarmos a essa descoberta, quando eu for visitá-lo ele tenha feito das estrelas um parque de diversão igual aos dos meus desenhos e resolvido um de seus enigmas sobre árvores genealógicas, principalmente a de Adão e Eva, sobre o que encontrei várias anotações e ainda hoje isto me intriga:

Como é que tendo Adão e Eva tendo gerado três filhos, um deles morre e pouco depois, encontramos descendência para os dois filhos sobreviventes se até aquela altura só existiam quatro seres humanos vivos na terra: Adão, Eva, Caim e Set? E a Bíblia fala textualmente: “Caim conheceu sua mulher, que concebeu e deu à luz Henoc” (Gênesis 4, 17). Pode ser que em contato com os próprios, ele tenha decifrado quem foi a segunda mulher da criação.

Porém entre todas as suas interrogações, o mais interessante que ele descobriu e que considerava sua maior descoberta, como ele sempre me dizia, foi ter conhecido a si próprio, lembrando os dizeres do oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”, o que proporcionou todas as outras.

Bem poderia lembrar diversas palavras, que ele falou mas cada palavra tem uma profundidade e extensão em seu significado que não caberia aqui. Cada uma de suas palavras é como o espaço e o tempo, como o passado e o futuro, nenhuma deles podemos tê-la em toda a sua essência.
Como as estrelas, a luz demora a se apagar e quando se apaga, gera uma explosão, dando origem à poeira estrelar, novas palavras, novos significados que atribuímos a ela. E durante a nossa vida, uma mesma palavra, vai mudando o seu significado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Conquiste seu espaço no Universo encontrando teu propósito.





Engraçado como o destino escreve sua historia ou melhor como o acaso segue uma logica transversal ou seja o efeito bumerangue acontece porem do outro lado aonde espera a solução. 

Muitos amam a politica mas a reciprocidade ou as formas como  buscam encontrar caminhos não é gratuita. Quem não procura a oportunidade aparece e quem exige do destino as portas se fecham sincronizadas com o medo de quem acha que é para sempre enquanto ela te desafia de novo.

Alguns ocupam seu espaço sem fechar ou tentar controlar o espaço para si  . É algo tipo o espaço é que ocupa ele mas dizem que ele joga parado mas na verdade o destino escolheu ele talvez por alguns  valores, crenças e causas que o destino gosta de desafiar com oportunidades. 

Outros conquistam seu espaço com ideias muitas vezes criando e empreendendo espaços que não existiam enquanto outros roubam ou conquistam espaços com a força, corrupção e  outros meios sem fins. Nestes de fato o espaço é conquistado a um preço físico e espiritual gigante.

Mas na maioria das vezes os espaços moldam o homem.  Aqueles que são agressivos encontram agressividade no caminho, o tal olho por olho e dente por dente.  Outros não pedem e recebem. E outros pelo mérito conquistam sua voz , espaços , direitos e deveres. 

Porem todos passam por uma jornada de busca e descoberta para encontrar seu espaço e proposito. 

Que tal enfrentar todos os principais momentos que te causaram muitas dores e sofrimentos ? Aquele amor, injustiça e perdas que marcaram sua alma. Ele te fizeram sofrer ao mesmo tempo em que te libertaram e deram coragem para ousar novos destinos e caminhos. 

Sabe enfrentar os medos porem sem perde los , sem ficar achando que sem medos é indestrutível. Porque também os medos assim como os propósitos te definem.

Enfim o teu espaço é teu proposito. Tuas dores são tuas fortalezas por tudo que passou e tuas fraquezas porque infelizmente pode repeti-los.  

Como diz o provérbio os teus pontos fortes  também são os fracos isso depende da forma que os usa nos espaços que atua. Entre estourar as paredes que te aprisionam e se moldar a ela os caminhos são infinitos e as oportunidades múltiplas.

Lógico o que vai te ajudar a definir os espaços que te cabem ou a expansão necessárias do teu ser são os destinos, causas e propósitos que cabem dentro de ti  e te desafiam todos os dias a encontrar tuas dores, medos e sonhos. 

CONSTRUA CAMINHOS UNICOS QUE LHE CONVIDAM A DANÇAR COM A VIDA E O UNIVERSO DO QUAL SOMOS UM PEQUENO GRAO DE AREIA UNICO QUE BUSCA ENTRAR EM SINTONIA E HARMONIA COM O UNIVERSO PARA ABRIR TODOS OS CAMINHOS E DESTINOS POSSIVEIS E TE DAR A OPORTUNIDADE DE ESCOLHER ATE O FIM DE SUA VIDA.