SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 22 de agosto de 2021

Por novas autobiografias, caminhos de aprendizagem e currículos: como me tornei um educador. 1615 dias.



Eu cursei Administração de Empresas na UECE que na época era a melhor Faculdade de Administração de Empresas no Ceará, fui fundador e primeiro presidente da primeira Empresa júnior do Ceará, onde realizamos dezenas de consultorias e fui Executivo de Empresas como Coca- Cola, Brahma, Du Pont e Amro Bank. Hoje depois de estudar Economia, Psicologia e Cinema estudo Educação e como educador, pesquisador e palestrante tenho compartilhado o universo e desafios das Escolas e Universidades, públicas e privadas, brasileiras e americanas; onde convivi nos últimos quinze anos com Professores e acadêmicos de Harvard, Duke, Yale, Columbia, MIT, Princeton e outras, orientando pesquisas dos estudantes sobre inovações econômicas, educacionais e sociais que cursaram 16 créditos no Brasil. 



Hoje escutando Diretores e Professores des Escolas falando da importância da gestão na Escola, me pergunto de que práticas de gestão estão falando ? Organizações que aprendem, liderança como monges executivos, células de qualidade, ou várias práticas que estimulam a criatividade e o desenvolvimento pessoal das pessoas ? ou as antigas práticas de gestão de controle, cobrança de metas individuais ou por setor onde trabalha, técnicas de planejamento, mapeamento de processos e projetos, reengenharia, e outras que destruíram milhares de empresas e suas culturas feitas para durar, e foram abandonadas por empresas que fabricavam coisas.


Essas práticas não são suficientes para inovação, competitividade sistêmica em clusters que são monitorados por planejamentos em portais on line que podem mudar os rumos das empresas e setores da economia todos os dias, diante de um mundo cada vez mais digital, disruptivo e tecnológico que abala inclusive as formas que educamos com os impactos da inteligência artificial, Big data e robótica. Agora querem fazer isso com as escolas, gerando educadores tecnocratas que confundem gente com produtos feitos em escala e gestão industrial, tipo Taylorismo, Fordismo ou Toyotismo. 




   

Sim senhores!  As escolas vivem no mundo atual e não no mundo passado da gestão e suas burocracias, isso sem contar as mudanças climáticas, avanço de brutais desigualdades e violências, e infelizmente para os marxistas, o muro de Berlim caiu há mais de 30 anos. Digo isso aos educadores porque as teorias e práticas, pedagógicas e de gestão tem que mudar. Muito mais que isso temos que mudar como formamos os educadores, indo além dos limites da educação, temos que aprender novas práticas de gestão para lidar com pessoas que necessitam ampliar seu potencial e criatividade, esses educadores necessitam compreender os contextos econômicos, sociais e ambientais que impactam a educação e seus resultados; o avanço da criminalidade e violências que fazem parte do dia a dia das escolas é um deles, mas também a urgência das questões ecológicas, tecnológicas, sociais e do mundo do trabalho que já impactam o presente e futuro de nossos alunos, necessitando de outros caminhos em suas vidas para viver e se educarem.



Essas questões tratam dos contextos e desafios que vivemos exigindo novas formas de educar, visando ultrapassar os limites do currículo como entendemos, e gerar novas autobiografias de educadores nos relatando suas aprendizagens e de seus alunos nessa jornada. Claro que isso vale também para Secretários de educação, Diretores de Escolas e Universidades, e Professores que devem ser maestros dessa mudança, práticas pedagógicas e cultura organizacional.



Integrar práticas pedagógicas com o contexto do mundo que vivemos e, outros mundos que necessitamos criar é necessário, interagindo essas práticas com nossas vidas e dos alunos para criar outras razões, diálogos e currículos que dançam com as disciplinas e territórios onde as escolas e universidades atuam. Muito mais que salas de aulas, precisamos transformar o mundo e a vida em sala de aula, aprendendo a pesquisar cientificamente , gerar conhecimento e transformar em atitudes éticas capazes de impactar nossas vidas, as cidades e a Terra.



A  pesquisa científica desperta o conhecimento da realidade complexa e nos desafia, somada a autobiografia que resgata razões e memórias que dão sentido às nossas vidas e o que fazemos no mundo, essa práticas pedagógicas da pesquisa cientifica e autobiografica interagem conosco nas Escolas, Universidades e espaços educacionais não escolares. Compreender essa jornada é essencial, inclusive usando tecnologia para entender como nos tornamos ao longo da vida em alunos e educadores, em tempos limitados ou integral, para tirar notas boas e ter uma vida boa, e outros. Compreender porque determinados assuntos nos fez estudar algo, buscar e ler livros, escolher um saber como curso universitário, uma área como profissão mas poderíamos ter escolhido outras ? mais de duas ? somos polímatas ? Nessa jornada vamos compreender como nos tornamos quem somos, os lugares que vivemos, suas regras, métodos e desafios, onde estamos e para onde vamos ? Principalmente se for um educador ou político, pois suas decisões, métodos e objetivos impactam bilhões de vidas e são mais poderosos que armas e dinheiro, porque podem ajudar a construir sociedades mais pacíficas e éticas sem violências e brutais desigualdades. Como escreveu Alex de Toqueville realizar a quarta educação do mundo.



Eu citei que já atuei em Empresas, Escolas e Universidades poderia ter dito que já joguei bola, lia as leituras na missa, era muito brincalhão, e tinha uma empresa que organizava festas e baile funks. Cada um desses ingredientes se misturou na minha vida pelos lugares que passei, aprendendo e ensinando, com os livros que escolhi ler, querendo aprender algo que a realidade me desafiava a pesquisar cientificamente, e que muitas vezes assistia filmes com esse objetivo de aprender. Esse processo me levou a lutar nas ruas, movimentos estudantis e sociais, em períodos que aprendemos que os desafios são também coletivos, onde o conhecimento ganhou vidas em novas palavras e linguagens que ao invés de me reduzir ao mundo das empresas, política, social ou educacional foi ampliando meu ser, minhas razões e vivências, causas, sonhos e amores baseados e nutridos por diversos valores. 



Foi nessa jornada também tecnológica que aprendi a usar novas tecnologias, fiz informática no ensino médio, a me relacionar com a natureza e espiritualidade, estudei ecologia e judaísmo. Eram dimensões de minha vida que buscava apreender e expressar meu ser neste mundo, comecei a criar e empreender novas ideias, projetos, organizações e redes com e nas Empresas, Governos, Terceiro setor, Escolas, Universidades, Cooperação internacional, Mercado financeiro, Comunidades pobres, e Cidades mas também nas artes escrevendo meus textos neste blog, livros e fazendo meus filmes. Por isso fui fazer 5 anos de faculdade de cinema mas com um olhar econômico por ter estudado economia e atuado na cooperação internacional como Banco Mundial e ONU. Eu sempre busquei entender de forma sistêmica, complexa, transdisciplinar, intersetorial e internacional o mundo que vivemos e seus desafios críticos, visando criar inovações em projetos e políticas públicas. Foi essa jornada que me levou à educação e me tornou um educador em busca de novas formas de ser, viver, educar, nos auto governar com currículos que transformassem nossas autobiografias em jornadas educacionais.  



Nunca perdi de vista os fios educacionais que me trouxeram até aqui, incluindo as redes que fazemos parte, nesta grande rede que é a educação para uma vida integral,  atuando em todas as dimensões que podemos expressar nosso ser e nossas capacidades de superar os desafios coletivos que compartilhamos. Esse foi o fio que me fez estudar psicologia e educação, mas também de ler várias biografias e escrever minha autobiografia. Amo compreender como vários seres humanos em seus contextos e desafios distintos em épocas diferentes, fizeram escolhas, tomaram decisões, pensaram e agiram para escrever com suas vidas e palavras o mundo que vivemos. Essas razões produziram novas ciências, tecnologias, economia, as formas como vivemos a política, entre elas o Estado e a democracia, diversas artes, espiritualidades e caminhos para nos educar, nos relacionar com a natureza, vivermos em casas e cidades, e termos pessoas que consideramos família, amigos ou interagimos pelas redes sociais. Essa prática pedagógica e didática de aprender com a vida, a Escola, Universidade e outros espaços educacionais não escolares que compartilhamos nos desafia todos dias a aprender, gerar conhecimento, reescrever nossas biografias, expandindo nossos seres, superando desafios coletivos, e gestando nessa jornada novos currículos, caminhos de aprendizagem e educadores.



Eu acredito em uma educação que gere várias oportunidades, escolhas e desafios para pessoas em movimentos presenciais e virtuais, em lógicas complexas, incertas e singulares, aprendendo a descobrir e criar o mundo, a ter visões sistêmicas e não fragmentadas e lineares, expressarem seus seres de diversas formas em todos ambientes e espaços que vive, incluindo as redes sociais e as nuvens que devem interagir e produzir singularidades. Necessitamos de bússolas para nos guiar diante de incertezas, e labirintos para nos achar e perder em busca de inovações e novos horizontes. O meu cérebro e vida também desenvolve meu big data e produz inteligência ao longo da vida, pesquisamos e aprendemos muito melhor que o Google ou a Alexia, fazemos isso por bilhões de meios, caminhos diversos e múltiplos que nos educam ao mesmo tempo nos tornam quem somos, ampliando nossa capacidades de transformar o mundo que vivemos. De um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. 






terça-feira, 17 de agosto de 2021

EDUCAÇÃO ! A REDE DAS REDES EM TEMPO INTEGRAL E VIDA PLENA !




A vida é uma jornada, aprendendo sempre, numa sociedade e educação em rede em busca de uma vida plena em  tempo integral . O desafio de compreender quem somos e o mundo em que vivemos sempre será maior que as formas que organizamos nossa sociedade ou dividimos o conhecimento em disciplinas. Essa jornada não cabe no currículo da escola ou da Universidade porque não se reduz a uma profissão, saber, ideologia, arte, causa, religião, tecnologia, ou a outros instrumentos que ao mesmo tempo buscam nos individualizar mas sempre nos expande em múltiplas direções, ao colocar mais ingredientes desses em nossas vidas ou misturando eles para descobrir a fórmula de nossa singularidade. 



Eu sempre teci redes em torno de desafios pessoais e coletivos que me ajudaram a construir o currículo da minha vida pois sempre um questionamento me despertava na jornada, ia em busca de pesquisar autores que escreveram sobre isso e experimentar vivências que me desafiavam a construir novos caminhos com novas ideias, organizações, práticas, e uma postura ética que sim, podemos fazer a diferença no mundo e em nossa vidas mas isso depende de redes e de como educamos nosso ser em tempo integral para uma vida plena.



Algumas práticas pedagógicas são essenciais na jornada da vida; uma delas já citei que é a pesquisa em sentido amplo como nos ensinou George Simmel temos que aprender a aprender, questionando, refletindo, criticando, e criando tudo que nos impacta nessa vida desde uma maçã que cai e gera uma teoria, uma imagem da natureza que gera uma pintura, um filme, uma música ou um romance, problemas práticos que nos desafiam a gerar novas tecnologias, formas de morar, nos organizar, viver e governar, um conhecimento que gera o despertar para outros conhecimentos, os milhares de caminhos que encontramos para viver nossa espiritualidade e nos relacionar com a natureza, e também o que o amor, a coragem e outros sentimentos nos ensinam; e tudo isso não se aprende em sala de aula. Ela é apenas um espaço educacional que se integra com outros espaços educacionais não escolares gerando uma jornada currículo em tempo integral para uma vida plena.




Além de pesquisas e espaços educacionais não escolares gostaria de frisar uma terceira prática pedagógica que é a autobiografia. Um processo de registrar essa jornada quer seja escrita, por fotos ou vídeos, contando essas histórias do que vivemos para nossas família, amigos, ou um desconhecido que encontramos na jornada ou pelas redes sociais. Essas três práticas pedagógicas são os processos que ligam os fios de nossa rede ou vida. Assim como a natureza, somos resultados de ecossistemas econômicos, sociais, educacionais, culturais, cada vez mais digitais mas não nos reduzimos a eles, apesar de que milhões de pessoas entregam o leme de sua jornada a processos que os reduzem a meros objetos. Consumo, redes sociais, ideologia, religiões, profissões como eu disse no início ao mesmo tempo que nos definem e socializam nos reduzem na medida em que confundimos nosso ser ou a educação como um produto quando somos uma jornada se expandindo em redes e dimensões humanas. É quase um ciclo infinito que nos descobrimos como ser e potência, descobrimos algo que nos realiza e desafia a novos horizontes, passo a passo, do micro nos conectamos ao macro, portanto o currículo em tempo integral de uma vida plena mais que conteúdo é processo, é caminho, é jornada, mas são feitas de escolhas. Estamos preparados para nos desafiar e escolher a vida que queremos ? sabemos de verdade quais são nossos sonhos? como gostaríamos que o  mundo fosse ? temos coragem de lutar por nossas vidas e o mundo que queremos? individualmente e coletivamente ? Essas foram “ as disciplinas “ que escreveram a história e o mundo que conhecemos, infelizmente escritos por poucos sobre o silêncio e o sofrimento da grande maioria. Onde aprendemos o verdadeiro, o bem, o belo e o justo ? numa sala de aula ? não na vida e na educação quando a transformamos na rede das redes e aprendemos o currículo em tempo integral de uma vida plena.




Aconteceram na minha vida milhares de erros e ignorâncias que fazem parte da jornada de viver e ser foram experiências vividas, encontros e desencontros, que revelaram efetivações e deixaram possibilidades em aberto, ainda em construção, envolvendo desconstruções ou ao menos conciliações diversas ao entrar em contato com as mais diferentes culturas organizacionais (da universidade, de empresas, poder público, ONGs, OSs, Fundações, relações com órgãos internacionais, etc) mas sempre  pensando e propondo novos caminhos e sinergias em rede.  Comecei essa jornada pensando numa ONG das ONGS, a Terra da Sabedoria, depois num processo de escrever cinco livros sobre ela e essa jornada educacional desde as suas origens, despertar, e processo de liderar e empreender em rede seus caminhos, virou política pública e sinergia social, se transformou no game e app até se tornar numa jornada educacional que registro dia a dia seus passos nos últimos 14 anos em 831 artigos num blog com relatos, fotos, vídeos de forma transmídia. 



Em minha trajetória profissional e social pude aprender em rede, sem me limitar aos limites das instituições, na exata medida em que elas têm elos e conexões pois sofremos os mesmos desafios de nossa sociedade como desemprego, violências, destruição de natureza, pandemia, falta de educação de qualidade e outros como pessoas. Esse currículo dos desafios críticos globais exige a participação de todos os setores em rede e de todos os saberes, pois são desafios complexos, sistêmicos, interdisciplinares, intersetoriais e internacionais pois superam a tranquilidade das divisões dos mapas geográficos. Esses desafios foram gerados em sociedades disciplinares, organizadas em caixinhas, seres fragmentados, saberes e métodos lineares que mais cegam que nos fazem enxergar quem somos e o mundo em que vivemos. Cada parede quebrada, cada luta social que faz ouvir nossas dores e sonhos, cada despertar da imaginação, cada saber transposto para além das disciplinas e conceitos redutores, cada transgressão espiritual nos ajuda a conectar novos fios com aqueles que emergem do meu ser e do mundo em múltiplas tessituras de redes das redes. Essa jornada educacional que une a sua casa, família, bairro, cidade, a natureza, a escola com espaços educacionais não escolares, usando tecnologia ou não, lendo livros ou vendo filmes, lutando, rezando, praticando esportes , cuidando de sua saúde, fazendo artes, cada um à sua maneira, faz emergir das redes das redes competências ímpares e singularidades que nos transformam em orquestras, geralmente, a educação escolar e universitária não se mostra capaz de ensinar e criamos juntos essas orquestras que emergem em cidades educadoras. 



As cidades ou mesmos nossa ruas e casas poderá perdurar por anos ou não, isto não sabemos nem como temos prever , como me ensinou o Professor Alex Coutinho da UFC “pois na história da humanidade cidades surgiram e decaíram, pelos mais variados motivos, e certamente existe uma certa fragilidade em algumas tessituras, fios que são mais finos, talvez devido a mandatos que podem findar em governos municipais e estaduais, à organização mais burocrática de algumas organizações como empresas, escolas e universidades, mas estão conectados a nós que são mais fortes.” Eu defendo que temos que fortalecer esses nós em nossos seres e nossas capacidades de superar desafios coletivos, de reconstruir nossas casas, ruas, cidades, sociedades, economias, educação, saúde mas principalmente agora diante das mudanças climáticas, inovações tecnológicas, incluindo engenharia genética, avanços das desigualdades e violências que nos desafiam a pensar todos os dias como humanidade no planeta Terra nessa grande rede que somos um.  



E uma das lições que o Professor Alex Coutinho compartilha na disciplina espaços educacionais não escolares e nos desafia em nossa jornada na vida é que  “A rede é como uma teia de aranha: forte para sustentar o inseto e os que são capturados, mas claramente frágil para outras circunstâncias. Em alguns casos, os fios que se desfazem podem ser refeitos por uma nova tessitura, e felizmente a rede pode permanecer em funcionamento. São diversos os dilemas que (in) surgem, mas também, às vezes, revelam novas possibilidades, o que é empolgante.” 




Nesse momento em minha jornada educacional vivo a culminância de tecer os elos que conectam desafios coletivos com jornadas pessoais que horas despertam pela necessidade de aprender, outros de superar as condições absurdas de pobreza e violências que vivem, outros ou os mesmos de sonhar, lutar, liderar e criar novas tecnologias, unindo os nós em uma rede e jornadas educacionais com o desafio de todos, não somente o meu, " é o de manter as conexões ativas, elas precisam se comunicar, mas simultaneamente os nós onde os fios se conectam, pensando aqui como se fosse a internet, tem seus "protocolos" e "portas" diversas, algumas ativadas, e outras desabilitadas e que podem ser habilitadas com o tempo, por ex, a curricularização da extensão na universidade, o que tende a significar modos de atuação mais rápida no meio social e de forma continuada, pois todo semestre estará garantida a extensão..” 



Desta forma concluímos juntos o Professor Alex e eu , aprendendo e ensinando, empreendendo juntos uma jornada educacional que se materializa na rede das redes: A educação vivida em tempo integral de uma vida plena de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. E cada um de nós que está lendo ou compartilhando esse texto pode fazer parte dessa jornada, mas para isso tem o poder de despertar seu ser, se educar e conectar- se pela janela de seu corpo e alma a esses desafios pessoais e coletivos que vamos superar em redes. Ninguém pode ficar sozinho ou calado e deixar de viver uma vida e existência plena, verdadeira, bela, boa e justa com você, a Humanidade e Deus.  




De uma gente que ri quando deve chorar

E não vive, apenas aguenta


Mas é preciso ter força

É preciso ter raça

É preciso ter gana sempre

Quem traz no corpo a marca

Maria, Maria

Mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha

É preciso ter graça

É preciso ter sonho sempre

Quem traz na pele essa marca

Possui a estranha mania

De ter fé na vida

domingo, 15 de agosto de 2021

EDUCAR PELA PESQUISA NA ESCOLA E NA UNIVERSIDADE! POR "NOVAS ANGICOS" INTEGRANDO MÉTODOS DE PESQUISA EM ECOSSISTEMAS EDUCACIONAIS, UNINDO ESCOLA E UNIVERSIDADE NA CIDADE EDUCADORA.



Introdução:


A pesquisa é a essência da aprendizagem e dos processos críticos e criativos que levam a autonomia intelectual e a ética do ser humano capaz de transformar sua vida e a história. Essa foi a motivação inicial de pesquisar esse assunto, investigando ao mesmo tempo a teoria de Pedro Demo e entrevistando Professores da Faculdade de Educação da UFC em como usam a pesquisa como instrumento de ensino em sala de aula, as várias metodologias de pesquisa e o impacto na aprendizagem dos alunos. 


Um dos pressupostos de Pedro Demo para educar pela pesquisa é " a definição da educação como processo de formação da competência histórica humana, com qualidade formal e política, encontrado no conhecimento inovador a alavanca principal da intervenção ética. O critério diferencial da pesquisa é o questionamento reconstrutivo, que engloba teoria e prática, qualidade formal e política, inovação e ética” 



UMA PESQUISA QUE GERA UM ECOSSISTEMA DE PESQUISAS NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES.



Portanto o nosso desafio nessa pesquisa é usar esse mesmo pressuposto de Pedro Demo e aplica-lo para balizar nossa pesquisa sobre a pesquisa. O desafio de investigar como estudantes nosso processo de formação pela pesquisa com qualidade formal e política na construção do conhecimento inovador e, como essa pesquisa pode auxiliar outros estudantes a seguir a mesma jornada. Porém no decorrer da realização dessa pesquisa, buscamos construir uma intervenção ética na nossa jornada como acadêmicos de pedagogia, no questionamento aos Professores da Faculdade de Educação sobre o uso da pesquisa como instrumento de ensino em suas disciplinas, nos impactos das metodologias de pesquisa na aprendizagem dos alunos. Além destes demos um passo a mais na intervenção ética em como acadêmicos de Pedagogia e Professores da Faculdade de Educação da UFC podemos levar juntos a pesquisa como instrumento de ensino em parceria com a Secretaria de Educação com apoio do Secretário Ferreira e da Prefeita da cidade Ariana, Diretores de Escolas públicas e respectivos professores e alunos do ensino fundamental no município de Paraipaba; somando a liderança de nosso Professor Dieb e sua assistente Elaine da disciplina de Pesquisa educacional que nos ensinaram e motivaram a viver essa jornada.  




A nossa missão educacional inspiradora tem a mesma vocação da experiência de Paulo Freire em Angico em ousar para além dos métodos tradicionais e bancários, como o desafio de alfabetizar as pessoas em 40 horas mas no nosso caso de buscar um método que desafie professores e alunos a usar a pesquisa em sala de aula e em suas cidades e vidas. Nós como estudantes e educadores temos a missão de compreender o nosso processo de aprendizado em como a pesquisa nos ensina, ao mesmo tempo, como podemos usa-lá em sala de aula, mas também em pesquisas educacionais para avaliar nossos processos de ensino e aprendizagem dos alunos. 


A PESQUISA MAIS IMPORTANTE!



Em uma de nossas entrevistas com professores da Faculdade de Educação da UFC com a Professora Dra. Bernadete Porto, ela frisou que a pesquisa mais importante é pesquisa sobre os alunos que compõem a sala de aula, suas vidas, os territórios e a cidade onde vivemos, visando melhorar a didática mas também os laços sociais e comunitários na comunidade escolar, inserir esse conteúdo em projetos interdisciplinares dialogando com outras disciplinas, com outras metodologias de pesquisa que contribuam na intervenção ética dos alunos em transformar suas realidades em diálogo com suas famílias construindo juntos uma cidade educadora. Essa é a missão do projeto que nossa pesquisa gerou no município de Paraipaba. 



Dessa forma contribuímos com um alerta que Pedro Demo faz “ Não se busca um profissional de pesquisa, mas um profissional de educação pela pesquisa. Decorre, pois, a necessidade de mudar a definição do professor como perito em aula , já que a aula que apenas ensina a copiar é absoluta imperícia. “ Em termos educacionais Pedro Demo defende “ É essencial não perder de vista que conhecimento é apenas meio, e que, para tornar se educativo, carece ainda de orientar-se pela ética dos fins e valores”  



Nada melhor que dá vida a esse conhecimento na Escola e nas cidades que vivemos não tornando a aprendizagem, refém da avaliação mas transformando em autonomia e capacidades de transformar a escola e a cidade que vivemos. “ Tendo se tornado cada vez mais evidente a proximidade entre conhecer e intervir, porque conhecer é a forma mais competente de intervir, a pesquisa incorpora necessariamente a prática ao lado da teoria, assumindo marca política do início ao fim. A marca política não aparece apenas na presença inevitável da ideologia, mas sobretudo no processo de formação do sujeito crítico e criativo, que encontra no conhecimento a arma mais potente de inovação, para fazer e se fazer oportunidade histórica através dele. Neste sentido, a cidadania que se elabora na escola não é , por sua vez , qualquer uma. Pois é especificamente aquela que sabe-se fundar em conhecimento, e, segundo, para estabelecer com competência inequívoca, uma sociedade ética mais equitativa e solidária.”


A AULA MEDÍOCRE, O PROFESSOR COMO CÓPIA, O ALUNO COMO CÓPIA DA CÓPIA.



É necessário citar mais esse trecho de Pedro Demo porque ele é a base de nossa hipótese nesta pesquisa e na intervenção nas Escolas públicas em Paraipaba, porque não é de qualquer pesquisa que estamos falando “ Onde não aparece o questionamento reconstrutivo, não emerge a propriedade educativa escolar. Entretanto, não se pode reduzir o questionamento reconstrutivo simples competência formal de aprendizagem, mas é crucial compreendê-las como processo de construção do sujeito histórico , que se funda na competência advinda do conhecimento inovador, mas implica, na mesma matriz, a ética da intervenção histórica. Será mister desenvolver a face educativa da pesquisa, também para não restringi-las a momentos de acumulação de dados, leituras, matérias, experimentos, que não passam de insumos preliminares… a pesquisa busca na prática a renovação da teoria e na teoria, a renovação da prática, a educação encontra no conhecimento a alavanca crucial da intervenção inovadora, agregando lhe sempre o compromisso ético…enquanto a pesquisa usa a transmissão do conhecimento como ponto de partida e se realiza em sua construção permanente,  a educação exige ultrapassar o mero ensino, instrução, treinamento, domesticação…enquanto a pesquisa persegue o conhecimento novo, privilegiando como seu método o questionamento sistemático crítico e criativo, à educação reage contra o mero ensino copiado para copiar, privilegiando o saber pensar e o aprender a aprender..sem crucificar unilateralmente a aula, esta representa, como regra, a garantia de mediocridade, porque, além de marcadamente ser, no professor, cópia, faz do aluno cópia da cópia.  


ECOSSISTEMAS EDUCACIONAIS E NOVAS ANGICOS.



É importante enxergar de forma sistêmica e complexa como um fluxo de pesquisas entre Escolas, Universidades e cidades despertam novos horizontes que impactam a economia, qualidade de vida, cidadania, gestão pública, preservação da natureza, desenvolvimento de tecnologias, superação da pobreza e enfrentamento dos avanços das desigualdades, violências e criminalidade. Nesta jornada de pesquisa como estudantes e educadores, demolimos as paredes que separam as Escolas e Universidades, e resolvemos pesquisar um ecossistema educacional que integre e relacione métodos de pesquisa com as disciplinas e o currículo abordando os desafios da comunidade escolar e da cidade. Em busca da alfabetização em 40 horas em Angico, Paulo Freire buscou pesquisar e construir um método que impactasse outras vidas e realidades. 



Concluímos em nossa pesquisa teórica e nas entrevistas com Professores da FACED que as metodologias de Pesquisa tem um grande potencial por diversos caminhos de ampliar a aprendizagem dos alunos, e ao mesmo tempo transformar o papel do professor nessa jornada. Como disse o Professor Valdemarin Coelho da Faculdade de Educação da UFC que também entrevistamos, ele relacionou em sua tese de Doutorado a complexidade de Edgar Morin com a realidade definida por Lukacs como complexo dos complexos que é preciso aprender e pesquisar essa realidade que somos parte começando pela escola " a pesquisa se tornou um componente essencial, isso falando em termos de formação de professores da educação básica, você utilizar a pesquisa como instrumento de ensino e aprendizagem, é essencial neste momento porque como professor estou ao mesmo tempo exercitando minha capacidade de pesquisador e estou fomentando no estudante exatamente essa formação" Hoje a Antropologia avança em pesquisas relacionando tudo com tudo em designer de futuros numa sociedade repleta de incertezas é preciso inserir essa premissa é que estamos fazendo no projeto na cidade de Paraipaba e no bairro do Servluz. Essas e outras contribuições de outros professores entrevistados que abordaremos mais a frente como adequar a pesquisa aos objetivos das disciplinas, incentivar os questionamentos críticos, incluindo o questionamento da propria ciência como ideologia e outros nos despertam para outras singularidades que a pesquisa nos ensina, indo muito além dos sistemas únicos e gerais de pensamento que busca englobar tudo nos desconectando das múltiplas realidades que vivemos como aprendemos com Simmel, outro autor que pesquisamos nesta jornada. 


Por esta razão resolvemos dar continuidade a essa pesquisa nas escolas públicas na Cidade de Paraipaba unindo estudantes e professores das escolas públicas e do curso de pedagogia da UFC nesta pesquisa e intervenção educadora .


PESQUISADORES PROFESSORES COMO MAESTROS DE ECOSSISTEMAS  E SISTEMAS EDUCACIONAIS.





Afinal os Professores das Escolas e Universidades ou nós futuros Professores devemos juntos enfrentar o desafio que nos alerta e conclui Pedro Demo “ Hoje, professor é mero instrutor. Acha que sua habilidade é apenas de passar conhecimentos e procedimentos, mantendo em si e no aluno o fosso medieval do alinhamento impositivo. Por isso mesmo, qualquer um pode ser professor, bastando que transmita receitas, impondo moral e cívica, distribua conselhos e exortações, dê aulas. Não se vê necessidade maior de competência. Tanto é assim, que uma parte delas é ensinada nas escolas normais, adquirindo apenas terminalidade de segundo grau, outra parte faz somente licenciatura curta, insinuando desde logo que pode ser curta sua profissionalização. Ao mesmo tempo, a remuneração reflete cruelmente a subalternidade do professor:  em vez de expressar  dignidade profissional inequívoca, luta por mínimos ou pelo mínimo. “



No mundo da inovação tecnológica mas também de mudanças climáticas, profundas desigualdades e violências podemos pelo caminho da pesquisa unir estudantes e professores em torno da jornada de pesquisas transformando nossa vidas, escolas e cidades com novas formas de ser, viver, educar e governar de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. 


Afinal nosso currículo e nossas vidas se unem no Planeta Terra e na mágica de conhecer, aprender e agora buscar nos salvar pelos erros que nossos conhecimentos e ignorâncias cometeram sem pesquisar e avaliar todas as consequências da visão míope, linear e fragmentada que temos de nossas vidas e do mundo que compartilhamos com outros seres.  

   





quarta-feira, 11 de agosto de 2021

EXISTEM AULAS QUE DURAM PARA SEMPRE E VIRAM CULTURA E ASCENSÃO SOCIAL.



Existem aulas que duram para sempre e viram cultura e ascensão social. Essas aulas costumam não acontecer em sala de aula mas em outros momentos e espaços da vida, onde aprendemos mundos diferentes não apenas com a razão mas com valores como a coragem, os sentimentos, as dores, a imaginação, e a luta por liberdade, igualdade  e fraternidade; nos convida a construir outros mundos possíveis. Assim mudamos a cultura com novas vozes e ascensão social daqueles que antes eram escravos como os judeus no Egito, os negros no mundo inteiro contra diversas formas de escravidão e brutais desigualdades e violências, a emancipação e a conquista dos direitos das mulheres, a luta dos povos indígenas e das comunidades pobres por dignidade e qualidade de vida, assim como dos hispânicos nos EUA pelos direitos dos imigrantes e os refugiados em busca de uma nova vida. 

 


Uma vez alguém me ensinou o que era uma comunidade pobre e como ela lutava por política pública, até hoje aprendemos e caminhamos juntos. Eu também ensinei meu filho que caminha conosco mudando a cultura de outras pessoas. Outra pessoa me ensinou o que era corrupção, e aprendi que era esse dinheiro que faltava nas comunidades pobres, eu também ensinei a meu filho e outras pessoas. Agora mais pessoas caminham juntos, isso virou cultura e ascensão social de muita gente quando esse dinheiro chega ao lugar certo. Mas infelizmente do outro lado de nossa cultura vivo no Estado do Ceará com sinais de Ditadura, o nome do prédio da Assembleia legislativa é o nome do pai do Ciro Gomes, ele e seu irmão governaram o Estado por 3 mandatos, assim como uma Avenida e um bairro levam o nome do pai do Tasso que foi governador 3 vezes do Ceará e por duas vezes Senador em três décadas. Ciro Gomes foi eleito pelo PDS e sua família sempre conviveu com a Ditadura e herdou o poder dos Coronéis mantendo e fazendo acordos com seus filhos e netos.  



As duas famílias se beneficiam do acesso ao Estado público como a família de Ciro Gomes que foi Governador, Deputado Estadual e Federal, e Prefeito, assim como seu irmão Cid Gomes foi Governador duas vezes, Prefeito e Senador, o outro irmão Ivo Gomes Prefeito por duas vezes e Deputado Estadual, não é erro ortográfico, nem palavras repetidas. A cultura das Oligarquias e Coronéis continua presente no Século XXI no Ceará, assim o quarto irmão Lúcio Gomes é e foi Secretário de Estado várias vezes, a ex mulher do Ciro Gomes foi para o Tribunal de Contas fiscalizar a família ? Assim como Tasso beneficia seus negócios várias vezes com acesso ao poder com incentivos fiscais, financiamento público, contratos para seus negócios e privilégios ! Isso é cultura assim como as Oligarquias de Sarney e ACM no Nordeste que são os donos do poder das Casas grandes que inviabiliza a DEMOCRACIA com o silêncio da corrupção em seus Governos durante décadas como no Ceará.



Eu li vários livros e suas ideias permanecem em minha mente, mudaram minhas atitudes e viraram cultura. As brutais desigualdades e pobreza impedem que o Ceará, somado ao quinto pior Estado em analfabetismo do Brasil, onde 60 % da população não concluiu o ensino médio, permite que as Oligarquias no Ceará mantenham seus feudos e prefeituras há décadas sob o comando do Coronel Ciro Gomes. Enquanto os cearenses e nordestinos vão morar há décadas nas periferias de São Paulo, Rio, Brasília, Porto Alegre e outras cidades. Nas últimas décadas os incentivos fiscais provocaram uma guerra que destruiu as culturas de varias cidades e a classe média em benefício de alguns e suas empresas. No Ceará, a cultura da violência e arrogância dos poderosos perpassa todos os domínios de nossa sociedade, um estudo feito por um Doutorando da UFC, um pacto de silêncio sobre corrupção, semelhantes às máfias onde a Assembleia Legislativa não fiscaliza os recursos públicos, assim como foi no Rio do ex Governador Sérgio Cabral, e os demais poderes da sociedade como a Mídia, Empresários, Judiciário e a maioria da Universidade pública silencia diante dessa Ditadura que persegue os que pensa diferente buscando construir uma cultura democrática. 


 

Nós também somos feitos da natureza e apenas um vírus foi capaz de provocar profundas mudanças na sociedade como foi o mesmo em outras épocas. Isso também é cultura porque mesmo com essas tragédias, ainda não aprendemos a mudar nosso comportamento em relação a natureza, caminhamos com ideias erradas sobre ela, ao mesmo tempo sobre economia, pois ela não existe sem planeta. 



Importante aprendermos que mudança cultural e a história da humanidade continua a ser inscrita pelos que lutam, nem Hitler conseguiu evitar mesmo com todo o seu poder e milhões de mortes no Holocausto. Infelizmente foi pelo caminho da guerra que ele foi derrotado e terminou no lixo da história; assim como outros Ditadores que tentam inviabilizar a Democracia por diversos caminhos mas sempre usando a força e a corrupção. Apesar do casamento no Ceara entre Coronel Ciro, Tasso, e PT durante décadas. As aulas continuam no Ceará com milhares de injustiças, desigualdades, opressão e corrupção em benefício de famílias, às custas das vidas e mortes do povo cearense. As marchas das mulheres, vidas negras importam, a luta dos índios brasileiros, das comunidades das periferias, os sertanejos continuam a lutar por vidas, cultura, dignidade e ascensão social apesar de vocês Oligarquias cearenses e nordestinas. É engraçado ver as entrevistas de Ciro Gomes ele critica a todos por tudo que ele faz pior há décadas no poder no Ceará, não tem vergonha de mentir, enganar, mudar oitos vezes de partido para permanecer no poder a qualquer preço, e silencia sobre a corrupção e brutais desigualdades e violências que o Governo das Oligarquia mantém pela Ditadura da corrupção, a cultura do Coronéis dos donos do poder da Casa grande cearense.   




terça-feira, 10 de agosto de 2021

AOS NOVOS MESTRES COM CARINHO! SALVE A ESCOLA, A UNIVERSIDADE E A VIDA DE MILHÕES DE CRIANÇAS E JOVENS! 1572 dias .



Carpe diem! Hora da sociedade dos poetas mortos ressuscitar. A ideia da escola como disciplinas , grade curricular, avaliação, e outras. Essas palavras revelam uma sociedade disciplinar feita por grades de pensamento para vigiar e punir, tendo o professor como capataz dessa instituição . As palavras são duras mas revelam a verdade de milhares de escolas e a vida de milhões de estudantes que há tempos não aprendem, reféns de uma educação bancária, e não se educam para uma vida onde o verdadeiro, o bom, o belo e justo ampliam suas existências e realizam seu potencial. A Escola precisa mudar, ser salva, e para isso precisa aprender ou seja nós precisamos aprender e ser críticos e criativos diante de modelos que sacrificam vidas. Não chegamos a essa situação apenas por questões econômicas, mas também políticas pois a escola atende a vários interesses poucos deles relacionados às pessoas que nela estudam ou a cidade em que vivem, as formas como se organiza nossa sociedade separando os lugares para rezar como a igreja, trabalhar nas empresas, e aprender nas escolas, e outros mesmo vivendo numa sociedade em rede. Sim vivemos uma transição civilizatória, o limiar do antropoceno com as mudanças climáticas, inovações tecnológicas, sociedades sem leis, avanço do crime organizado, e aumento de brutais desigualdades e violências. Tudo isso impacta a escola além de várias concorrências pedagógicas como os celulares, redes sociais, games e outros que disputam a atenção dos estudantes além de “ensinar” várias outras lições que divergem da escola mas que ao mesmo tempo disponibiliza pela internet conteúdos ou as mesmas disciplinas da escola. Antes a escola era o meio de acesso a esses conteúdos e o professor a ensina-las. 



Sim, o maior desafio que temos é aprender a pensar de forma crítica, sistêmica e complexa para que possamos ler a realidade que vivemos e construímos outros caminhos de educar e outros mundos possíveis. Aprender a identificar uma fake news como nos alertou Umberto eco, aprender a compreender nossa trajetória de vida de como chegamos até aqui e para onde vamos, aprender que várias escolas estão mudando como Emília Romana e podemos criar o nosso modelo, aprender outras práticas pedagógicas e integrá-las para além da sala de aula, quebrar as grades curriculares e unir espaços educacionais não escolares que interage com a vida dos estudantes e permitem uma cidade educadora, tornar as disciplinas libertadoras, e os professores maestros dessa jornada de aprender e ensinar.




Claro que podemos fazer uma jornada pedagógica de como a razão foi se transformando ao longo dos séculos para se tornar instrumental sem crítica, reduzida a conceitos sem nos conectar a dança da vida dos desafios pessoais e coletivos que enfrentamos como humanidade. A razão repetida de uma educação bancária e sem reflexão dialoga pouco com os contextos que vivemos e suas certezas não dão conta das incertezas e ignorâncias que nos ensinam de diversas formas a mágica da vida e do mundo. A razão desconectada de tudo e letrada, produziu um pensamento único feitos de vários fragmentos que nos torna prisioneiros de ilhas, cada um no seu quadrado pensando de forma linear. Aprendemos pouco sobre nossos sentimentos, imaginação, amor, coragem, dignidade que somados a nossa autobiografia podem ser uma bússola no mundo de incertezas e desafios para escola, professores e a sociedade que vivemos. Sim podemos ensinar com autonomia o que aprendemos na vida e compartilhar na escola contribuindo com a orquestra de saberes que precisa aprender a dialogar com o outro, o diferente, a família, a comunidade, e a cidade, produzindo vínculos e laços sociais e comunitários de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria. 

 


Minha jornada pessoal como aprendiz me levou por múltiplos caminhos em busca de uma terra da sabedoria. A primeira lição é que apenas conhecimentos técnicos científicos não preenchem o ser e a existência e precisamos de arte. Assisti todos os filmes que pude, e li todos os livros de todas áreas que foi possível, incluindo a literatura, me graduei em Cinema pela UFC e escrevi 825 artigos como esse no meu blog. Escrevi 5 livros e me aventurei pelo mundo da música, indo a shows, teatros, dança e outros. Ao mesmo tempo, formando um currículo paralelo e fractal em várias dimensões humanas, fui lutar nas ruas nos movimentos estudantis e sociais, depois nos partidos, governos e cooperação internacional por políticas públicas e inovação social. Aprendi que não adianta apenas saber, é preciso lutar e essas lições críticas tem que ser vividas e não apenas lidas. Aprendi a criar e empreender vários projetos econômicos, sociais, educacionais e artísticos começando no bairro, Escola e na Universidade, e depois em várias cidades e países onde as ideias ganham vida nos transformam e transformam o mundo que vivemos. Trabalhei em empresas como executivo e aprendi a imensa importância da utilidade e da economia para o dia a dia do mundo como vivemos mas que a vida não se reduz a ela. Aprendi a ensinar nas Escolas, ONGs e Universidades incluindo acadêmicos das principais Universidades do mundo onde acompanhava os estudantes em pesquisas. Trabalhei no Banco Mundial e na ONU, e ganhei vários prêmios no Brasil e pelo mundo, incluindo do Presidente da UNESCO, pelos projetos que criamos. Aprendi o valor da prática em projetos de extensão e como o ensino deve se tornar pesquisa, esses saberes me proporcionaram ao mesmo tempo viver várias dimensões do meu ser como educador, palestrante, pesquisador, empreendedor, executivo, consultor, gestor público, cineasta, escritor, e líder estudantil, social, empresarial, tecnológico e ambiental. O importante dessas lições, onde múltiplas lições e saberes se cruzaram na teia da vida, produziram minha educação, contribuindo com a economia, mantendo minha saúde praticando esportes, e me contentando com a natureza, novas tecnologias e espiritualidade judaica, assim pude cuidar de minha família e filho, e meus lares em várias cidades de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.    



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