O mundo está em ebulição. Das avenidas de Paris, onde cidadãos defendem direitos sociais ameaçados, às praças dos Estados Unidos, onde o movimento "Vidas Negras e Imigrantes Importam" continua a desafiar o legado de opressão e a herança da era Trump – que tantas características autoritárias exibiu –, a voz das ruas ecoa. No Nepal, a luta é por soberania e justiça; em Londres, contra a desigualdade e as políticas de austeridade. E amanhã, no Brasil, o povo se levanta novamente, num grito uníssono contra a obscena PEC da Blindagem (Proposta de Emenda à Constituição 133/2022), que visa proteger fortunas de criminosos de colarinho branco, e contra as oligarquias que sequestram o futuro da nação.
Esta não é uma revolta isolada. É um capítulo contemporâneo de uma longa saga pela dignidade humana, que encontra eco nas obras-primas da cultura de protesto. Na literatura, estamos com Jorge Amado em Capitães da Areia, com os meninos abandonados pelo Estado; com George Orwell em *1984*, alertando para os perigos da vigilância e da manipulação da verdade; com Bertolt Brecht que, em A Resistível Ascensão de Arturo Ui, mostra como a tirania se aproveita da complacência da sociedade. No cinema, revemos "Cidadão Kane", um retrato atemporal da ambição oligárquica, e "À Queima-Roupa", documentário brasileiro que expõe a violência de Estado.
Nossa história de superação e resistência, personificam a ideia de que a mudança começa na base. No blog há décadas montamos um arsenal de reflexões e um chamado à ação. "Não adianta apenas esperar por dias melhores, é preciso suar a camisa e construir o hoje que queremos". Outra frase poderosa ressoa: "A sabedoria não está nos livros apenas, mas no chão batido da periferia, na luta diária por sobrevivência e dignidade". Nossa jornada – da pobreza à criação de um espaço de debate e ação – é a prova viva de que "quem sabe faz a hora, não espera acontecer".
Outros mundos são possíveis, e nós estamos construindo agora. Estamos derrubando os muros da escola que segrega, da política que exclui, da economia que explora. Cada um de nós é mais um tijolo nessa nova construção. Uma voz, um grito, um protesto. Sonhos e novas vidas estão brotando no asfalto rachado das cidades e no coração das pessoas. De um pequeno grão de terra, estamos cultivando coletivamente a Terra da Sabedoria – um lugar onde a justiça, a educação e a dignidade são direitos universais, não privilégios de uns poucos.
Não espere. Faça. Grite. Lute. O amanhã será o que construirmos hoje.
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