No dia dedicado a nós, professores, em vez de celebrar, convido à reflexão.
Por que quem ensina é, tantas vezes, o menos reconhecido? Segundo o Todos Pela Educação (2024), apenas 2% dos jovens brasileiros dizem querer seguir carreira docente. Em 2015, eram 7%. O que explica uma queda de mais de 70% em menos de uma década? Se o propósito do professor continua firme, o que fez o reconhecimento da sociedade se enfraquecer? Por que o discurso sobre a importância da educação continua forte, mas o respeito concreto, as condições e o prestígio não acompanham? O professor ensina o médico, o engenheiro, o designer, o artista, e tantos outros profissionais que constroem, criam, cuidam e transformam. Mas quem, de fato, reconhece o valor de quem ensina? E quando Içami Tiba dizia: “O educador, como o médico, deve vestir simbolicamente um jaleco.” Será que deixamos de enxergar esse jaleco simbólico, aquele que representa ética, autoridade intelectual e compromisso humano? Será que a docência precisa de mais vocação ou de valorização real? E até quando o professor será lembrado apenas em datas comemorativas? Ensinar é o ato que torna todas as outras profissões possíveis. Mas poucos querem ser o alicerce quando o topo é o que ganha visibilidade. Fontes: Todos Pela Educação (2024) Içami Tiba — Educação: A Solução está no afeto
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