A fissura no consenso americano sobre a China
Em anos recentes, um dos mais citados bordões de analistas da política americana era que a hostilidade à China era o único ponto de união entre republicanos e democratas, cada vez mais polarizados em suas demais posições. Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Chicago Council on Global Affairs coloca esse consenso em xeque. De acordo com o levantamento, republicanos e democratas estão se distanciando nas visões perante à China, com os primeiros preferindo o confronto e, os segundos, favorecendo uma postura mais conciliadora. E os democratas não estão sozinhos. “Impulsionados por uma mudança entre democratas e independentes, a maioria dos americanos agora prefere uma politica de cooperação e engajamento com Pequim, se opõem a tarifas mais altas, e são contra reduções no comércio bilateral”, diz a pesquisa do Chicago Council, um think tank independente que está entre os mais influentes dos EUA.
A maioria dos republicanos, que são a base do Presidente Donald Trump, continua hostil em relação à China, mas isso não impediu que ele e o Presidente Xi Jinping anunciassem hoje uma trégua de um ano na guerra comercial iniciada com a imposição de altas tarifas na importação de produtos do país asiático pelos EUA.
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