Respirar com células e precisão
No Hospital St. Mary, em Seul, um marco silencioso foi alcançado: uma mulher de cerca de 50 anos recebeu um transplante de traqueia impresso em 3D, feito sob medida com material biodegradável e células-tronco. Após a remoção de parte da traqueia por conta de um câncer, a paciente foi tratada com uma estrutura de poli(caprolactona), combinada a células cartilaginosas e progenitoras, que se integrou ao corpo sem rejeição, regenerando vasos e tecidos ao longo dos meses.
A medicina regenerativa, antes vista como promessa distante, começa a se concretizar. O uso de bioimpressão permite criar órgãos personalizados, respeitando a anatomia e a biologia de cada paciente. É como costurar uma roupa que não apenas veste, mas cresce com o corpo. A ausência de imunossupressores e doadores humanos marca uma virada ética e técnica: o corpo passa a se curar com seus próprios recursos, guiado pela engenharia celular.
Historicamente, os transplantes sempre dependeram da escassez — de órgãos, de compatibilidade, de tempo. Agora, com a impressão biológica, o paradigma muda. O foco deixa de ser o estoque e passa a ser o projeto. Cada paciente pode ter sua solução moldada, impressa e integrada com precisão.
O futuro aponta para hospitais que imprimem tecidos sob demanda, para terapias que respeitam o ritmo biológico e para uma medicina que não apenas trata, mas reconstrói. Porque respirar, quando se torna possível de novo, é mais do que função — é renascimento.
Fonte: Hospital St. Mary, Seul
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