SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

A célula que aprendeu a lutar

 


A célula que aprendeu a lutar


No Centro de Câncer do Massachusetts General Hospital, um ensaio clínico histórico reacendeu uma esperança antiga: a de que o corpo possa, enfim, vencer o câncer com suas próprias armas.
— um dos tumores cerebrais mais agressivos e resistentes — apresentou respostas rápidas e profundas. Em um caso, o tumor quase desapareceu em apenas cinco dias após uma única dose.

A técnica consiste em reprogramar células imunológicas do próprio paciente para que reconheçam e ataquem o tumor. É como ensinar um cão de guarda a identificar um invasor que antes se disfarçava de morador. Ao mirar múltiplas características do glioblastoma, a terapia contorna a resistência comum dos tumores sólidos, que costumam se adaptar e escapar dos tratamentos convencionais.

Embora os tumores tenham retornado em alguns casos, os resultados iniciais são inéditos. Uma paciente teve redução de 60% no tumor por seis meses — um feito raro para esse tipo de câncer. A imunoterapia, que já revolucionou o tratamento de leucemias e linfomas, agora avança sobre territórios mais complexos, como o cérebro.

Historicamente, o câncer cerebral era sentença. Agora, pode tornar-se condição tratável. O desafio está em prolongar os efeitos, refinar a técnica e expandir o acesso. Porque quando o corpo aprende a se defender, a medicina deixa de ser apenas intervenção — torna-se aliança.

Fonte: Mass General Cancer Center. “A Major Milestone in Glioblastoma Research.”

hashtagPauloRPFerreira hashtagsmartstarbr hashtagimunoterapiaavançada hashtagpesquisacontraocâncer

Nenhum comentário:

Postar um comentário