SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 19 de outubro de 2025

Porque há dores que não podemos superar. Aprendemos a conviver com isso. E, às vezes, para construir sobre isso.




 


10 de agosto de 2023: Fico sabendo que estou grávida.

18 de agosto de 2023: Perco minha mãe, de repente, para um ataque cardíaco. Alegria e dor. Lado a lado. Duas emoções impossíveis de fazer coexistirem. E, no entanto, tive que aprender a usá-los juntos. Eu experimentei minha gravidez entre as batidas de um coração que parou e a de outro que estava começando a bater. Passei por um túnel escuro depois que minha mãe morreu. E então, uma manhã, levantei-me com um objetivo: Viva a gravidez mais bonita possível. Porque eu sabia que meu bebê sentiria tudo o que eu estava passando. Que ele merecia a luz, mesmo em meio ao caos. Levei meses para entender que o que eu estava experimentando não era uma coincidência: Meu filho veio como um lembrete do que resta quando tudo desmorona. Eu não tive o luxo de "tomar o tempo". Eu tive que me reconstruir à medida que avançava. Aprendendo a ser mãe quando eu tinha acabado de perder a minha. E para extrair uma força que eu não suspeitava. Dois anos depois, percebo o quanto essa travessia me moldou. Tudo o que estou construindo hoje - minha saúde, meu negócio, minha visão - nasceu desse ponto de ruptura. Porque há dores que não podemos superar. Aprendemos a conviver com isso. E, às vezes, para construir sobre isso.

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