Bactérias Multirresistentes: um desafio crescente na microbiologia clínica
As bactérias multirresistentes (MDR) são micro-organismos capazes de resistir a vários grupos de antibióticos, tornando o tratamento de infecções muito mais difícil. Elas surgem principalmente devido ao uso inadequado ou excessivo de antimicrobianos — tanto em hospitais quanto em ambientes comuns. 🔍 Principais bactérias MDR encontradas na rotina laboratorial • MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina) • VRE (Enterococcus resistente à vancomicina) • KPC (Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase) • NDM, OXA-48 e outras carbapenemases em enterobactérias • Pseudomonas aeruginosa multirresistente • Acinetobacter baumannii MDR e XDR Cada uma delas carrega mecanismos de resistência diferentes, como: 🔹 Produção de enzimas que inativam antibióticos 🔹 Alteração de alvos celulares 🔹 Barreiras na parede celular 🧪 Por que isso importa no laboratório? O setor de microbiologia tem um papel essencial, porque é onde tudo começa: • Identificação rápida da bactéria • Realização de antibiograma • Detecção de mecanismos de resistência (como KPC, ESBL, MBL) • Comunicação imediata a setores críticos, quando necessário Essas informações são essenciais para orientar a terapia antibiótica e implementar medidas de controle de infecção. 🚨 Impacto clínico Infecções por MDR podem gerar: • Maior tempo de internação • Aumento de custos hospitalares • Limitação de opções terapêuticas • Maior risco de mortalidade Por isso, a vigilância microbiológica e o uso racional de antibióticos são fundamentais para conter o avanço dessas “superbactérias”.
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