Exames cerebrais mostram efeitos em crianças semelhantes aos traumas de guerra.
Estudos com imagens cerebrais revelam que crianças expostas a conflitos familiares frequentes podem desenvolver padrões de atividade cerebral semelhantes aos de veteranos de guerra. A exposição constante a gritos, hostilidade e tensão emocional ativa os sistemas de alerta do cérebro de forma crônica.
Os exames mostram hiperatividade na amígdala e no córtex insular anterior - regiões responsáveis pela detecção de ameaças e medo. Esse padrão de "hipervigilância" prepara o cérebro para perigos constantes, mesmo na ausência de ameaça física real.
As consequências são profundas: essas alterações cerebrais aumentam significativamente o risco de desenvolver ansiedade, depressão e outros transtornos mentais na vida adulta. O conflito emocional crônico pode ser tão impactante quanto abusos físicos.
A descoberta reforça a importância de ambientes familiares emocionalmente seguros para o desenvolvimento cerebral saudável. Intervenções precoces e comunicação não-violenta são essenciais para proteger o desenvolvimento das crianças.
Fonte: McCrory, E. J. et al. "Heightened neural reactivity to threat in child victims of family violence." Current Biology (2011) | University College London
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