Cientistas da Universidade de Stanford alcançaram um avanço importante em pesquisas sobre o autismo. Em estudos com camundongos, eles conseguiram reverter comportamentos semelhantes aos do transtorno ao atuar sobre uma região pouco explorada do cérebro, o núcleo reticular do tálamo. Essa área funciona como um filtro de informações sensoriais, quase como um porteiro que decide o que chega ao cérebro. Nos animais com sintomas autistas, essa região estava hiperativa, o que se relacionava a hipersensibilidade, isolamento social, convulsões e comportamentos repetitivos. Ao reduzir essa atividade excessiva com um medicamento experimental contra convulsões chamado Z944 e com uma técnica de neuromodulação chamada DREADD, os cientistas observaram que os camundongos voltaram a apresentar comportamentos típicos. De forma surpreendente, quando essa mesma região foi artificialmente hiperativada em animais saudáveis, eles passaram a mostrar sintomas semelhantes ao autismo, reforçando o papel central do tálamo nesse tipo de comportamento. O estudo também ajuda a explicar por que autismo e epilepsia costumam estar associados, já que ambos envolvem circuitos neurais semelhantes. Embora ainda em fase pré-clínica, sem aplicação em humanos, os resultados abrem uma nova frente de pesquisa que pode levar a tratamentos mais precisos e biológicos no futuro. Estima-se que o transtorno do espectro autista afete cerca de 1 em cada 100 pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, o que significa aproximadamente 75 milhões de indivíduos. Se essa abordagem se mostrar eficaz em humanos, milhões de pessoas poderiam se beneficiar de terapias direcionadas a essa região cerebral.
“Autism symptoms vanish in mice after Stanford brain breakthrough” https://lnkd.in/dr976hqf
“Autism” https://lnkd.in/dakUD3vd
“Experimental Drugs Reverse Autism Symptoms” https://lnkd.in/dV4N3-e7
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