O que aconteceu na COP30 não é caos, é clareza.
Após décadas de empresas de petróleo e mineração invadindo terras indígenas, envenenando rios, deslocando povos inteiros e apagando culturas em nome do lucro, essas mesmas comunidades estão se levantando no maior palco climático do mundo e dizendo: chega.
Eles viveram genocídio, apropriação de terras e colonização corporativa disfarçados de "desenvolvimento". Agora, eles estão trazendo essa verdade para os corredores do poder, e o mundo não consegue desviar o olhar.
Se os guardiões da Amazônia e de tantos outros territórios invadirem uma conferência destinada a decidir seu destino, talvez isso não seja perturbação. Talvez seja a forma mais honesta de participação que já vimos até agora.
É assim que a responsabilidade se manifesta quando a diplomacia educada falha.
Eles podem ser nossa melhor e última linha de defesa para evitar que o mundo queime.
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