
- Edison Veiga
- De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
A autorização do governo de Donald Trump para que a CIA, o serviço de inteligência dos Estados Unidos, busque interferir na gestão de Nicolas Maduro, presidente da Venezuela desde 2013 e herdeiro político de Hugo Chávez (1954-2013), é só mais um capítulo na longa sequência de ações da agência norte-americana em países latino-americanos.
Desde que foi fundada, em 1947, a organização civil protagonizou, muitas vezes de forma secreta, trabalhos de coleta, processamento e análise de informações de segurança nacional em todo mundo.
Sobretudo no contexto de Guerra Fria, havia um esforço em conter avanços de regimes socialistas e colocar panos quentes em qualquer sinal que pudesse representar uma fagulha para um governo de esquerda.
"A CIA, agência criada na década de 40, externa essa lógica de conter, de impedir que as ideias que não condizeriam com a ideologia do mundo ocidental avançassem sobre o mundo ocidental", esclarece à BBC News Brasil o historiador e jornalista Rômulo Dias, autor do podcast ZGCast e professor de política internacional no Espaço Zeitgeist.
"A política externa dos Estados Unidos para a região no período da Guerra Fria tinha como principal elemento a contenção do comunismo", contextualiza à BBC News Brasil o jurista e cientista político Enrique Natalino, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).
Em artigo publicado em 1965 na revista chilena Vistazo, o jornalista Ernesto Solovera escreveu que os Estados Unidos sempre buscavam intervir com suas forças na América Latina e a "CIA é mais poderosa do que o Departamento de Estado". "O trio opera em perfeita harmonia. Wall Street [o poder econômico] determina as ações, a CIA move seus homens e o Pentágono [as Forças Armadas] invade", afirmou ele.
Ironicamente, o artigo foi traduzido para o inglês e arquivado pela agência de inteligência norte-americana, que ainda comentou que a publicação trazia uma cronologia de "alegadas intervenções dos Estados Unidos na América Latina de 1831 a 1965".
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De qualquer forma, é impossível listar todas as ocasiões em que a CIA buscou interferir na América Latina. "Operações secretas não aparecem em listas. Muitas vezes elas ficam secretas até segunda ordem", diz à BBC News Brasil o cientista político Leonardo Bandarra, pesquisador no Instituto de Estudos de Desenvolvimento e Paz da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha.
Hoje é sabido que a CIA forneceu apoio a vários grupos políticos e governos estrangeiros, tanto com operações paramilitares — por meio do Special Activities Center — quanto com participação em treinamento, planejamento e desenvolvimento técnico. Em geral, documentos sigilosos do governo norte-americano precisam ser abertos ao público depois de determinado período — há variações conforme o caso.
"A CIA tem um histórico de intervenções por conta do combate ao comunismo e da defesa dos ideais americanos de democracia, república e liberdade", diz à BBC News Brasil o historiador Victor Missiato, pesquisador do Instituto Mackenzie.
No Brasil, o momento mais claro dessa interferência foi a chamada operação Brother Sam, em que os Estados Unidos chegaram a mandar um porta-aviões para ajudar a consolidar o golpe que instaurou a ditadura em 1964 — operação detalhada no livro A Máquina do Golpe, lançado em 2024 pela historiadora Heloisa Starling, professora na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Bandarra situa a Brother Sam como uma das mais importantes atuações da CIA na América Latina.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) ligados à Comissão Nacional da Verdade publicaram em 2024 um documento corroborando a história da interferência norte-americana na instauração do regime autoritário brasileiro. A Brother Sam acabou desmobilizada. "Se concretizada, essa ajuda representaria a maior intervenção militar de uma potência estrangeira na história da América Latina", avalia em artigo recente o historiador Felipe Loureiro, professor na USP e pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre Estados Unidos.
De acordo com a analista de inteligência Dolores Garcia, da empresa de segurança Grey Dynamics, parceira da União Europeia, o que sabemos sobre a atuação da CIA na América Latina é resultado ou de documentos que foram desclassificados pela própria instituição ou por conta de escândalos que acabaram tornando esses fatos públicos. "As atividades atuais, portanto, são altamente improváveis de serem conhecidas", comenta ela, em texto publicado no site da companhia.
Pode ser o caso da chamada lawfare, ou seja, o uso da Justiça como instrumento de perseguição. Há quem acredite que a CIA tenha fomentado esse tipo de subterfúgio em países latino-americanos nos últimos anos, atuando contra governos não-alinhados aos interesses norte-americanos.
Muitas vezes as ações da CIA são tão discretas "que a gente não consegue afirmar se realmente houve apoio da CIA", ressalta o historiador Dias.
Documentos da própria CIA deixam claro que a organização apoiou campanhas de repressão política impetradas por governos autoritários na América Latina. Sobre a Operação Condor, esforço implementado a partir de 1975 e que reuniu governos de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru na perseguição a esquerdistas, a CIA registrou que se tratava de "uma cooperação dos serviços de inteligência e segurança de vários países sul-americanos para combater o terrorismo e a subversão".
A seguir, momentos em que a CIA interferiu na América Latina.

Regime militar no Brasil
Diversos historiadores já se debruçaram sobre o apoio do governo norte-americano ao golpe militar que instaurou a ditadura no país e à sustentação do regime autoritário.
Dias lembra que o combate ao avanço do comunismo feito pela CIA não era feito de modo aberto, mas sim "a partir de operações encobertas, atos de sabotagens, campanhas psicológicas, apoios a grupos armados".
Documentos indicam que a CIA estava acompanhando mais de perto a política brasileira desde que João Goulart (1919-1976) foi alçado à presidência, em 1961. Os americanos se preocupavam com sua plataforma reformista, com limitação a lucros multinacionais e nacionalização de empresas. Goulart também se recusou a romper laços diplomáticos com Cuba.
A CIA financiou campanhas de parlamentares de oposição ao governo de Goulart e também propaganda que enfraquecesse sua imagem. Também há indícios de que a agência americana tenha mediado financiamento realizado por empresários dos Estados Unidos ao Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), organização anticomunista que operou de 1959 a 1963.
A CIA esteve envolvida na Operação Brother Sam, em que o governo norte-americano chegou a autorizar o envio de porta-aviões e material bélico para apoiar o golpe militar em 1964 — o esforço acabou abortado no meio do caminho.
Guatemala, 1954
A CIA atuou na organização de um golpe de estado que acabaria derrubou o governo democraticamente eleito e de orientação progressista na Guatemala, sob a presidência de Jacobo Árbenz (1913-1971). Os Estados Unidos alegavam que haveria uma influência soviética na Guatemala, embora os dois países nem sequer tivessem relações diplomáticas.
Segundo pesquisou o jornalista William Blum (1933-2018), autor de, entre outros 'The Cia: A Forgotten History', o que tinha motivado a intervenção foi a pressão da United Fruit Company, então se sentindo prejudicada pelas políticas de reforma agrária que tinham expropriado parte de suas terras.
Blum afirmou que esta operação acabou funcionando como um modelo para outras intervenções na América Latina, com subterfúgios que incluíram suborno de oficiais do Exército local, investimento em campanhas em rádios e jornais contra o governo guatemalteco e influência diplomática.
"A CIA trabalhou para desestabilizar governos percebidos como ameaças aos interesses dos EUA, mesmo que não fossem explicitamente socialistas. Isso envolveu preparar o terreno para golpes militares, às vezes por meio de ações que provocassem uma resposta militar. Essas ações incluíam a participação em manifestações de esquerda ou o bombardeio de instituições valorizadas pelos militares", afirma Garcia.
Guiana Britânica, atual Guiana, anos 1950
Ao longo da década de 1950 a CIA teria financiado, em ação conjunta com o governo britânico, grupos de oposição a Cheddi Jagan (1918-1997). De orientação popular e progressista, ele tinha sido eleito como administrador colonial em 1953 — foi destituído militarmente pela Grã-Bretanha, com apoio da inteligência americana que via nele um fantoche soviético.
Em 1961, Jagan se tornou primeiro ministro. Depois de três anos do cargo, ele acabaria na oposição. Em 1992, ainda seria presidente da Guiana, já então uma nação independente.
Cuba
A CIA nunca deixou de observar atentamente os movimentos de Cuba desde a Revolução que transformou a ilha caribenha em país socialista, em 1959. Blum comenta que a agência americana fez "tudo o que estava ao seu alcance" para impedir que o governo de Fidel Castro (1926-2016) fosse bem sucedido.
Isso significa que a CIA teria se envolvido em sabotagens de mercadorias que seriam destinadas a Cuba, orquestrado os embargos comerciais decretados pelo governo americano contra o país e chegado a planejar tentativas de assassinato a Castro e outras altas autoridades cubanas.
O episódio mais emblemático e visível foi a tentativa frustrada de invadir a Baía dos Porcos, no sudoeste cubano, em abril de 1961. Um grupo paramilitar de exilados cubanos, treinado e dirigido pela CIA e com o apoio do exército americano, tentou atacar a ilha com o objetivo de derrubar o governo de Fidel Castro.
De acordo com informações do National Security Archive dos Estados Unidos, a partir dos documentos da CIA que tiveram sigilos quebrados, o governo norte-americano aprovou um programa de apoio à oposição de Castro em outubro de 1959, ou seja, 10 meses depois da revolução que instaurou o regime na ilha. Em dezembro, um memorando do serviço de inteligência formalizava o entendimento de que Castro havia instaurado uma ditadura de orientação à extrema-esquerda.

No mês seguinte, a CIA criou uma força-tarefa com o objetivo de derrubar o governo cubano. O treino dos paramilitares, oficialmente, começou em março de 1960, conforme tais documentos — com 300 guerrilheiros selecionados e preparados pela agência e a instalação de uma estação de rádio de poderoso alcance em uma ilha próxima à costa de Honduras.
Segundo os arquivos, em 17 de março, uma reunião no Salão Oval com altos funcionários da segurança nacional aprovou um "documento de política da CIA intitulado 'Um Programa de Ação Secreta Contra o Regime de Castro'.
"O plano da CIA envolvia quatro linhas principais: formar um grupo de oposição moderada no exílio, cujo lema seria restaurar a revolução que Castro traiu; criar uma estação de rádio de ondas médias para transmitir para Cuba […]; criar uma organização secreta de inteligência e ação dentro de Cuba, que responda às ordens e orientações da oposição no exílio; e iniciar o treinamento de uma força paramilitar fora de Cuba e, em uma segunda fase, treinar quadros paramilitares para envio imediato a Cuba para organizar, treinar e liderar as forças de resistência recrutadas lá", sumariza o memorando.
No total, a CIA chegou a treinar 1.297 guerrilheiros, a maior parte deles cubanos que estavam vivendo em Miami. A operação ocorreu entre os dias 15 e 20 de abril e os combatentes foram derrotados pelas forças armadas cubanas.
"A intervenção foi descrita de várias maneiras como um fiasco, uma tragédia, uma derrota humilhante e um fracasso perfeito", comenta o historiador Michael Grow, professor na Universidade de Ohio, em seu livro U.S. Presidents and Latin American Interventions. Segundo ele, o governo americano foi convencido pela CIA de que o plano de invasão daria certo e "em poucas semanas", os "exilados cubanos treinados pela agência" conseguiriam derrubar Fidel Castro.
"O caso de Cuba foi um dos mais drásticos dessa interferência, muito patrocinada pela CIA. E talvez um dos principais erros estratégicos militares americanos do século 20", avalia Missiato.
Equador, Bolívia e Peru, início dos anos 1960
"As operações da CIA infiltraram os mais altos escalões dos governos latino-americanos, quase todas as organizações políticas significativas e até mesmo colocaram infiltrados em posições de controle financeiro de grupos-alvo. Isso deu à CIA acesso a informações confidenciais, como programas de trabalho do Partido Comunista ou detalhes de reuniões internas", comenta a analista Garcia.
Segundo Blum, a CIA se infiltrou no governo equatoriano entre 1960 e 1963, criando agências de notícias e emissoras de rádio e organizando atentados contra organizações conservadoras — atribuindo a autoria de tais ataques a grupos guerrilheiros de esquerda.
O objetivo, como revelou o jornalista, era desestabilizar o governo de José María Velasco Ibarra (1893-1979), de viés socialista. Ele acabaria destituído do cargo. Seu sucessor, Carlos Julio Arosemena Monroy (1919-2004) sofreu golpe militar depois de romper relações diplomáticas com os Estados Unidos e declarar apoio ao regime de Castro em Cuba.
O regime militar equatoriano teria se consolidado com o apoio técnico da CIA.
Na mesma época, a CIA treinou militares e intermediou o fornecimento de armas ao exército peruano, com o propósito de combater movimentos guerrilheiros de esquerda que havia no país.
Em 1964, a CIA financiou e apoiou o golpe militar contra o presidente Victor Paz Estenssoro (1907-2001). De acordo com documentos da CIA cujo sigilo já foi derrubado, a agência financiou o militar René Barrientos Ortuño (1919-1969), de ex-trema-direita, que seria presidente do país de 1964 a 1965.
Chile e Uruguai
A participação da CIA no golpe que mataria o autoproclamado presidente marxista Salvador Allende Grossens (1908-1973) é um dos casos mais conhecidos e documentados. Em 1974, a interferência americana foi revelada pelo jornal The New York Times.
O jornal publicou a transcrição de um áudio em que o então secretário de Estado Henry Kissinger (1923-2023) dizia: "Não vejo por que precisamos ficar parados assistindo a um país se tornar comunista devido à irresponsabilidade de seu próprio povo".
"O caso mais exitoso foi a intervenção dos americanos no Chile de Allende, com logística e apoio militar para a sua derrubada", define Missiato.
"Em geral, eles não agem do nada. Pegam um movimento que já tem em determinado país e apoiam esse movimento", avalia o cientista político Bandarra. "No Chile, assim como no Brasil, já havia um movimento de golpismo militar. A CIA apoiou e fortaleceu isso."
O cientista político Natalino corrobora que os casos bem-sucedidos "foram momentos coordenados da agência de inteligência com elementos internos desses países".
A CIA teria investido milhões de dólares, entre 1970 e 1973, para deslegitimar o governo de Allende Grossens. E isso teria preparado o terreno para o golpe e a ascensão do ditador Augusto Pinochet Ugarte (1915-2006), que ficou no poder por quase 17 anos e construiu uma imagem de líder sanguinário.
No Uruguai, onde a ditadura militar durou de 1973 a 1985, há indícios de que a CIA tenha atuado principalmente na criação de um escritório de segurança em Montevidéu que, nos dez anos que precederam ao golpe, houve treinamento a policiais para que estes conseguissem conter rebeldes e guerrilheiros de esquerda. A agência americana teria fornecido equipamentos e manuais para os militares uruguaios.

Argentina
A CIA também se aproximou do governo argentino durante a ditadura militar ocorrida no país, principalmente quando esta perseguia ativistas alinhados ao socialismo.
A publicação canadense Geopolitical Monitor ressalta que "enquanto a Argentina era condenada mundialmente por suas violações de direitos humanos", o secretário de Estados norte-americano Kissinger "foi gravado dando sinal verde ao então Ministro das Relações Exteriores argentino, Augusto Guzzetti" (1925-1988) — que ocupou o cargo entre 1976 e 1977, na gestão do ditador Rafael Videla (1925-2013).
"Gostaríamos que você tivesse sucesso", disse Kissinger, sobre o combate aos esquerdistas argentinos. A Geopolitical Monitor frisa que "de 1975 a 1983, cerca de 30 mil civis acusados de subversão morreram ou desapareceram" no país.
República Dominicana
Memorando interno da CIA afirma que, de acordo com investigação realizada em 1973, houve um "envolvimento bastante extenso" da agência com conspiradores ligados ao assassinato do ditador dominicano Rafael Trujillo Molina (1891-1961), que governou o país por 31 anos.
Segundo esse documento, a CIA teria atuado para "mudar" o governo da República Dominicana.
Empossado em 1963, o presidente Juan Emilio Bosch Gaviño (1909-2001) defendia reforma agrária, habitação popular, limitação de investimentos estrangeiros e nacionalização de empresas. Após um ano de governo, acabou deposto — de acordo com Blum, com apoio da CIA.
O serviço de informações americano teria investido em propaganda para deslegitimar o governo de Bosch Gaviño. Tropas americanas permaneceram no país pelo menos até 1966.
"A CIA realizou ampla propaganda anticomunista, utilizando diversos meios de comunicação, como jornais, rádio, filmes, panfletos, cartazes, folhetos e pinturas murais. Isso incluía a criação de campanhas de intimidação para incutir medo, especialmente em mulheres, usando imagens de tanques ou pelotões de fuzilamento soviéticos", explica Garcia.
A analisa afirma que o serviço americano "também utilizou agências de notícias ou estações de rádio pertencentes à CIA para disseminar sua propaganda". "As campanhas, por vezes, distribuíam informações falsas ou enganosas para desacreditar oponentes políticos de candidatos favoritos ou para minimizar abusos de direitos humanos por grupos apoiados pelos Estados Unidos", acrescenta a especialista.
América para os americanos
Para o historiador Missiato, o histórico de interferências da CIA em países latino-americanos situa a criação e os próprios objetivos da organização, fundada no pós-Segunda Guerra Mundial, dentro dos princípios definidos mais de um século antes pela chamada Doutrina Monroe.
Em 1823, o então presidente James Monroe (1758-1831) defendeu a ideia da "América para os americanos". Na época, ele criticava a interferência europeia nos territórios do continente. Ao longo do tempo, essa visão avançou contra as ideologias que fossem avessas ao que os norte-americanos entendem como o pilar "democracia, república e liberdade".
"Foi naquela época que começou a se criar o princípio da intervenção dos Estados Unidos no continente. Era um freio aos interesses europeus", explica o historiador.
No século 20, o presidente Franklin Roosevelt (1882-1945) atualizou essa premissa com a sua política da boa vizinhança. Com soft power, a influência norte-americana passa a ser algo onipresente no continente.
"A CIA foi criada [em 1947] incorporando esses valores históricos de impedir que as nações latino-americanas tivessem alguma corrente política contrárias às bases do que a sociedade americana acredita enquanto democracia, república e liberdade", resume Missiato.
"Sempre a ideia de conter um inimigo que 'ameaça' o mundo ocidental", pontua Dias.
"É preciso entender que a política externa norte-americana para a região em todo o século 20 teve como objetivo central a manutenção dos vínculos geopolíticos da América Latina com o governo norte-americano", avalia Natalino.
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