86% dos funcionários dizem que não são ouvidos de forma justa no trabalho - The Workforce Institute
Enquanto isso, 90% dos líderes juram que são excelentes ouvintes.
Alguém está mentindo.
Ou pior, nem percebem a própria surdez.
Temos mais ferramentas de comunicação que nunca. Teams, Slack, Zoom, formulários de feedback, pesquisas de clima.
E menos escuta real.
Porque escuta verdadeira exige o que a tecnologia não pode dar:
Vulnerabilidade para descobrir que você nunca teve todas as respostas.
Ouvir não é passivo. É o ato mais ativo da liderança.
É deixar seu ego na porta. É resistir à vontade de ter sempre a última palavra.
Grandes corporações perdem até $62.4 milhões por ano por falhas de comunicação.
Não é falta de educação. Não é falta de interesse. É falta de presença.
E presença tem níveis.
Stephen Covey, autor do best-seller "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", mapeou 5 níveis de escuta.
A maioria dos líderes está presa no 2:
1. Ignorando
- Corpo presente, mente em Marte
2. Fingindo
- Teatro corporativo. Oscar de melhor atuação em "estou prestando atenção"
3. Seletivo
- Ouve só o que convém. Delete automático do resto
4. Atento
- Finalmente escuta. Mas ainda filtra tudo pela própria experiência
5. Empático
- Ouve o silêncio. A pausa. O tom. O que foi quase dito
A diferença entre o líder mediano e um bom líder?
Um ouve para responder. O outro ouve para entender.
Líderes no nível 5 captam o que ninguém mais percebe:
- A hesitação antes do "sim"
- O entusiasmo forçado na apresentação
- A mudança sutil no tom quando falam de prazos
- O que a equipe não tem coragem de dizer
Seja o líder que faz a pergunta e espera de verdade pela resposta.
A resposta pode doer. Mas o silêncio mata.
Ative para ver a imagem maior.
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