SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

ESCUTA.



 86% dos funcionários dizem que não são ouvidos de forma justa no trabalho - The Workforce Institute


Enquanto isso, 90% dos líderes juram que são excelentes ouvintes.

Alguém está mentindo.

Ou pior, nem percebem a própria surdez.

Temos mais ferramentas de comunicação que nunca. Teams, Slack, Zoom, formulários de feedback, pesquisas de clima.

E menos escuta real.

Porque escuta verdadeira exige o que a tecnologia não pode dar:
Vulnerabilidade para descobrir que você nunca teve todas as respostas.

Ouvir não é passivo. É o ato mais ativo da liderança.

É deixar seu ego na porta. É resistir à vontade de ter sempre a última palavra.

Grandes corporações perdem até $62.4 milhões por ano por falhas de comunicação.

Não é falta de educação. Não é falta de interesse. É falta de presença.

E presença tem níveis.

Stephen Covey, autor do best-seller "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes", mapeou 5 níveis de escuta.

A maioria dos líderes está presa no 2:

1. Ignorando
- Corpo presente, mente em Marte

2. Fingindo
- Teatro corporativo. Oscar de melhor atuação em "estou prestando atenção"

3. Seletivo
- Ouve só o que convém. Delete automático do resto

4. Atento
- Finalmente escuta. Mas ainda filtra tudo pela própria experiência

5. Empático
- Ouve o silêncio. A pausa. O tom. O que foi quase dito

A diferença entre o líder mediano e um bom líder?

Um ouve para responder. O outro ouve para entender.

Líderes no nível 5 captam o que ninguém mais percebe:
- A hesitação antes do "sim"
- O entusiasmo forçado na apresentação
- A mudança sutil no tom quando falam de prazos
- O que a equipe não tem coragem de dizer

Seja o líder que faz a pergunta e espera de verdade pela resposta.

A resposta pode doer. Mas o silêncio mata.

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