Minha sobrinha de 19 anos, que cursa engenharia de biotecnologia na Dinamarca, me deu a maior aula de marketing e liderança que recebi em 2025 durante nossos passeios em NYC.
Foi a primeira vez que fiquei 4 dias seguidos com ela de forma ininterrupta.
Apesar de ser minha terceira vez na cidade, confesso: dessa vez o turismo pra mim foi mais antropológico do que turístico. Eu queria entender como pensa a geração dela.
Numa dessas conversas, perguntei qual conquista ela mais se orgulhava até hoje — além de estudar um curso que poucos conhecem, mas é literalmente o futuro da humanidade.
A resposta foi uma aula de marketing estratégico puro com pitadas de teoria dos jogos.
No último ano do ensino médio, ela concorreu a representante de classe. As regras: eleição em dupla — presidente e vice.
Existiam duas duplas fortes: uma de meninas populares e outra de meninos populares.
Ela não tinha dupla, mas percebeu algo que muitos líderes e gestores ignoram:
👉 as pessoas votam (ou compram) com base em identificação.
Então, ela fez uma jogada genial digna de um MBA de Kelley School of Business:
• Percebeu que meninas votariam em meninas e meninos em meninos.
• Buscou um colega homem que não queria concorrer, mas aceitou ser sua dupla.
• Fez pesquisa de mercado (sim, pesquisa de verdade): perguntou para cada pessoa da turma qual era sua cor favorita e o que esperavam de um representante.
No dia da eleição, ela apresentou um slide em que cada cor representava um aluno da classe — e terminou com o pitch perfeito:
“Ninguém melhor do que nós para representar a diversidade dessa turma, porque nós realmente conhecemos vocês — até a cor favorita de cada um.”
Resultado: vitória com folga.
Essa história é simples, mas carrega o mesmo princípio que Philip Kotler e Sun Tzu ensinaram em livros diferentes:
“Conhece teu público como a ti mesmo, e nunca perderás uma eleição — nem um cliente.”
Liderar é entender o outro.
E às vezes, a melhor aula de marketing não vem de Harvard, mas de uma estudante de 19 anos com empatia, curiosidade e coragem pra agir diferente.
E se você chegou até aqui e se interessou por conhecer a Maitê (minha sobrinha da foto) ela está open to work diretamente da Dinamarca com foco em biotecnologia - e ela é fissurada por dados. Se conhecer alguém por lá que precisa de uma boa estagiária para esse ramo, só me mandar um inbox que conecto com ela.
Obs: aceito inclusive referrals para a Novo Nordisk, que fica na cidade dela.
Obs: se eu não fizesse esse post eu realmente não seria um tio headhunter gente boa. 🤣
Ative para ver a imagem maior.
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