SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 12 de outubro de 2025

Após ameaça de Trump, China diz que não tem medo de guerra tarifária.

 

Vista aérea de um navio em um porto de contêineres com muitos contêineres no navio e também no lado do porto esperando para serem carregados

Crédito,Getty Images

    • Author,Stephen McDonell e Nick Edser
    • Role,BBC News

A mais recente ameaça de Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses é "um exemplo típico do 'duplo padrão' dos Estados Unidos", afirmou o governo chinês.

Um porta-voz do Ministério do Comércio também afirmou que a China poderia introduzir suas próprias "contramedidas" não especificadas se o presidente dos EUA cumprir sua ameaça, acrescentando que "não tem medo" de uma eventual guerra comercial.

Ele também ameaçou se retirar de uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, agendada para o final deste mês.

Os comentários de Trump na sexta-feira abalaram os mercados financeiros. O índice S&P 500, por exemplo, fechou em queda de 2,7%, em seu maior recuo desde abril.

As palavras do presidente renovaram os temores de uma guerra comercial entre os EUA e a China.

Em maio, os dois lados concordaram em reduzir as tarifas de três dígitos sobre os produtos um do outro, o que aumentou a perspectiva de interrupção do comércio entre os dois países.

Pule Whatsapp! e continue lendo
BBC Brasil no WhatsAp
No WhatsApp

Agora você pode receber as notícias da BBC News Brasil no seu celular.

Clique para se inscrever

Fim do Whatsapp!

Isso fez com que as tarifas americanas sobre produtos chineses enfrentassem uma cobrança adicional de 30% em comparação com o início do ano, enquanto os produtos americanos que entram na China enfrentam uma tarifa de 10%.

Os últimos comentários da China – divulgados pelo Ministério do Comércio na forma de respostas por escrito às perguntas dos jornalistas – ecoaram a linguagem do auge do recente conflito comercial.

Eles criticaram as restrições americanas à exportação de chips e semicondutores, e defenderam os próprios controles de exportação da China sobre terras raras como "ações normais" para salvaguardar a segurança nacional e a de todas as nações.

O porta-voz afirmou que, por "muito tempo", os EUA "exageraram no conceito de segurança nacional, abusaram de medidas de controle de exportação" e "adotaram práticas discriminatórias contra a China".

"Recorrer a ameaças tarifárias não é a maneira correta de se envolver com a China", afirmou o porta-voz.

"A posição da China em relação a uma guerra tarifária sempre foi consistente: não queremos uma, mas não temos medo de uma."

Na semana passada, a China anunciou que estava reforçando os controles de exportação de terras raras e outros materiais essenciais para a fabricação de tecnologia avançada.

Isso foi visto como uma medida fundamental, visto que o país processa cerca de 90% das terras raras do mundo, que são usadas em produtos como painéis solares e smartphones.

Os comentários recentes de Washington e Pequim estão sendo vistos por alguns como uma forma de fortalecer posições antes de futuras negociações comerciais.

Não está claro se o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, previsto para uma cúpula na Coreia do Sul no final deste mês, ainda ocorrerá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário