Uma coisa é clara: as telas não são neutras no desenvolvimento infantil.
Um estudo realizado por Takahashi et al. (2023) mostrou associação entre maior tempo de tela e piores desempenhos em linguagem, atenção e resolução de problemas.
Esses achados se somam a outras evidências que apontam para impactos mais amplos do uso excessivo de telas no desenvolvimento infantil.
Pesquisas indicam que a exposição precoce e prolongada está relacionada a atrasos nos marcos do desenvolvimento neuropsicomotor (Thomaz et al., 2024) e que, quanto mais tempo as crianças passam diante das telas, menor tende a ser o desenvolvimento de suas habilidades motoras (Bakht et al., 2025).
Mas é importante lembrar: o que realmente faz diferença é o equilíbrio.
Telas mediadas por adultos, usadas com propósito e combinadas a experiências ricas de movimento e vínculo, reduzem riscos e tornam o uso mais significativo.
E é justamente nessas experiências que o corpo volta a ocupar seu papel central, oferecendo à criança a oportunidade de experimentar, descobrir e interagir com o mundo por meio do movimento, o que é essencial para o desenvolvendo da coordenação, da linguagem, da atenção e do raciocínio.
Lembre-se: é por meio do movimento que o cérebro se organiza, aprende e se desenvolve.
E se você concorda, compartilhe esta publicação e ajude a ampliar essa reflexão.
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Referências:
Takahashi I. et al. Screen Time at Age 1 Year and Communication and Problem-Solving Developmental Delay at 2 and 4 Years. JAMA Pediatrics, 2023.
https://lnkd.in/dvZumaC4
Bakht D., Yousaf F., et al. Assessing the Impact of Screen Time on the Motor Development of Children: A Systematic Review. 2025.
https://lnkd.in/djugHjNs
Thomaz et al. The intensification of the use of screens and repercussions on children's neuropsychomotor development. RSD, 2024.
https://lnkd.in/dvgQ_T2z
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