SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FAUSTO, O POLITICO, A ESCOLHA ENTRE O BEM E O MAL ?


Todas as coisas na terra e no céu são maravilhosas! Mas a maior maravilha é a liberdade do homem escolher entre o bem e o mal.

DEUS -Conheces Fausto , o Politico ?

MEFISTOLES -Um tratante prega o bem e faz o mal, seu negócio é transformar voto em dinheiro!
Uma aposta vou tirar de Deus a alma do Fausto!

DEUS -Se conseguires destruir o que é divino no homem , a terra é tua! A politicagem dominara tudo!

MEFISTOLES  -Nenhum homem pode resistir ao mal, a aposta esta feita !

O Diabo vem a Terra encontrar Fausto. Mais uma festa, mais uma eleição.

Doenças geradas pela pobreza para financiar hospitais, médicos e remédios  É mais barato gerar saúde na vida das pessoas. O valor gasto com Policia, Presídios, Judiciário....é mais barato dar ao jovem  escola, trabalho, cultura.. ou seja vida e não morte.

Enquanto isso as novas pestes são construídas com nossos atos: Epidemias das doenças, dos crimes, das drogas ..escolhas de uma sociedade. Resultado de Modelos Econômicos, de Governos , Sistemas de Educação e Cultura,.. que forjam seres para serem espectadores, escravos ou cobaias de projetos de poder que pagam com a vida o dinheiro público mal gasto.    

TODOS -Só Deus pode nos salvar, reduzir o sofrimento.  

A insegurança e transformação de tudo em mercadoria cresce ; incluindo as igrejas negociando a alma , os políticos os votos, as Universidades o diploma , e a China negociando o mundo.  Em nome do poder...quase ninguém respeita os mortos nem os vivos, mas continuamos amando e vivendo..

TODOS - Compaixão políticos só vocês podem nos ajudar!

Nenhuma fé, nem conhecimento ajudara, quando tudo é vaidade!

FAUSTO - E se eu invocar  o príncipe das trevas para me dar todo poder e gloria ?

MEFISTOLES  -Tu invocastes aqui estou!
- Você renuncia  a Deus e serão teus o poder e a gloria no mundo?

FAUSTO - Afasta-se de mim Satã !
- mas gostaria de ter o poder de ajudar por um dia?

MEFISTOLES - Quando um dia passar o pacto entre o Diabo e o politico estará terminado.

FAUSTO - Podes ajudar os famintos e os doentes ?

MEFISTOLES  - O que desejas eu fareis tu és o mestre e eu o escravo!

Uma  gota de sangue para assinar o pacto.

TODOS – Fausto nos ajude!

FAUSTO – Então ajudarei  em nome do Diabo.

Constroem se Hospitais, Universidades,  ilhas de excelência, multiplicam as Bolsa família  ...um  milagre e as vidas das maioria ? a sexta economia não dialoga com uma das piores desigualdades do mundo com a falta de acesso a direitos ? Mas é preciso gerenciar os partidos e o PT , os interesses e São Paulo , o PRE SAL  e os grupos de poder para as próximas eleições. Os cargos e os Ministérios são a moeda de troca de permanência no poder.

FAUSTO – Mas esta gestão dos partidos e das moedas de troca , a permanência da nobreza em cargos sem as competências , significa a morte de muitas pessoas ?

MEFISTOLES - Sim mas este é o preço do seu poder. A imagem de sua eterna juventude, a renovação do poder, não precisa que  a história  continue, novos quadros, ideias e demandas surjam.. Você fara a História do seu jeito.

FAUSTO – Mas se fizer o bem é a morte politica de meu projeto de poder?

MEFISTOLES- Mas o prazer do poder é tudo. Eu te ofereço a maior alegria : A juventude do poder, a renovação sempre do poder , trocando as moedas  e administrando os destinos dos votos diante da pobreza e da miséria.

FAUSTO- Dá me a juventude, a renovação do poder ! A Terra girara ao meu redor quero voar sobre tudo e sobre todos.

Para homenagear o povo , trago comigo as belezas do meu reino, para conquistar a todos. A Felicidade dura um dia. O dia encerrou-se seja como era.

FAUSTO –Poder deixa me jovem ?

MEFISTOLES -O Pacto durara toda eternidade ?   
- Provaste todos os prazeres da vida , Fausto , de indulgência em indulgência, sensações sem  fim , ainda assim nada te satisfaz ? O que desejas uma mulher, um jogo de azar, uma orgia, o que quiseres eu te darei.  Queres a coroa do Imperador de novo ?

FAUSTO – Casa  leve-me para casa de uma vez. Eu quero minha inocência de volta !

Hoje é um dia festivo em sua cidade. É como se a vida tivesse parado no tempo, a cidade esta como sempre foi.

FAUSTO - Eu quero amar esta jovem eleitora, que não conhece meu passado, nem a História. Minhas promessas de amor vão iludi-la.   

MEFISTOLES- Eu conheço mais raparigas prestativas com muitos votos no poder para ti , porque queres o amor a causa de um Inocente ? As raparigas se beneficiaram do poder e luxo em troca da vidas dos pobres. O Pacto era esse que você assinou.

FAUSTO - Mas eu quero ela! Faça como eu ordeno!

MEFISTOLES - Não se preocupe , assim que ela tiver este cargo , sentira o poder do Diabo. Uma rapariga bela nunca é pura.

Veio o Mensalão . Uma cilada armaram para rapariga pagar com sua culpa o seu amor honesto.  Ela enlouqueceu por amor a uma causa justa que Fausto transformou em negócio.  A sua tristeza pela destruição da esperança era motivo de riso. A sua vergonha pelo que acreditou.

Os fantasmas dos políticos os assustam.

Quando o juiz tomar o lugar dele nenhum crime sera impune aqui ; a não ser que aja um acordo entre os nobres e a imprensa. Todos os segredos devem ser ditos.

E nasceu mais uma criança no Brasil, tenham piedade do seu filho, ele vai morrer em mais uma epidemia de corrupção e suas consequências . Piedade, piedade, os nossos filhos estão morrendo. Mais a mãe Brasil mata seu próprio filho para financiar a nobreza.

TODOS - Fausto ajuda teus eleitores que acreditaram em você ?

FAUSTO - Diabo me enganaste eles estão sofrendo, estão morrendo! Salve eles por favor já que não pode ser pelo amor de Deus.

Tarde demais já fizeram com eles a fogueira das vaidades que financiam os políticos.

FAUSTO - Diabo leve-me ate eles. Você ainda é meu escravo . Se não o pacto esta desfeito. Não quero mais o poder.
- Não deveria ter desejado poder , isto me trouxe sofrimento.
- Maldita seja a ilusão do poder.

MEFISTOLES - Você amaldiçoou o poder o que mais posso lhe dar ?
- Seja como um homem velho. O amor ao poder morrem juntos.

DEUS - Aqui não há lugar para o Diabo.

MEFISTOLES - Eu cobro a minha aposta. Deus você me prometeu dar a alma dos homens?

DEUS –Nas próximas eleições eu prometo de novo assim como você e Fausto. Uma palavra quebrou o Pacto.

MEFISTOLES  - Diga-me a palavra?

DEUS - A palavra que ressoa alegremente todo Universo, a palavra que apaziguá toda dor e aflição.
- A palavra que espia toda culpa humana, a palavra eterna ...conhece ?

MEFISTOLES - Diga me a palavra ?



DEUS – AMOR A CAUSA SEM PODER! FAZER NÃO PELO VOTO MAIS PELA DIGNIDADE HUMANA.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A LOUCURA DA POLITICA ! ELES PERDEM A CABEÇA !


O clima de perseguição política, boatos, delírios de grupos pelo poder, adivinhação dos desejos dos reis , insensibilidades e desonras dos poderosos penetra na vida dos indivíduos indefesos diante do fanatismo politico de alguns. Desorganizando suas consciências e as realidades em que atuam. A invasão politica das subjetividades e suas impotências diante das loucuras na politica é preenchida por estes conteúdos gerados pela violência social na forma como grupos políticos ou mesmo reis conduzem o poder. 

Os poderosos se acham dominados por uma onipotência mágica. Eles acham que seus privilégios podem tudo e não correm nenhum risco. Dirceu, Cid Gomes, Eduardo Cunha, Sergio Machado a fila vai aumentando... Acham que é possível  separar os efeitos de seus atos em sua vida pessoal subjetiva da vida social.  A vida coletiva politica cria uma atmosfera cultural que  geram com seus atos a loucura em muitas pessoas que compartilham os delírios , alguns indefesos , outros onipotentes mágicos vislumbrados com seus poderes.

Muitos pesadelos na história foram construídos assim como o Terceiro Reich. As reações das pessoas a estas violências geram pertubações psíquicas frutos de um campo social histórico. E quando alguns desejam se libertar ou não aceitar estas loucuras são considerados dissidentes. A junta militar Argentina  chamou de loucas da Praça de Maio,  as mães que se reuniam  e andavam em roda neste lugar de Buenos Aires , para protestar contra o desaparecimento de seus filhos. Fico imaginando as mães de jovens mortos na periferia  gritando para projetos de poder que delirando em seus atos acham que não tem nada haver com isso ? Afinal o dinheiro público esta a serviço destes jogos do poder.

O impacto da história sobre seus atores, testemunhas e vítimas produzem discursos que buscam transformar em louco o opositor , a fronteira  entre a paixão política e seus excessos mórbidos, entre convicções pessoais e transbordamentos maniacos, mistura o ideológico e o patológico nos delírios do poder e todos os efeitos que isto tem no publico e na vida das pessoas simples.

A não concordância busca reduzir o dissidente ao silêncio, os revolucionários a melancolia ou o que na minha visão as vezes só estão  “doentes” de amor a humanidade , a um sonho, a uma causa. Isto é bem diferente das loucuras e patologias dos poderosos. Os grupos políticos servem para isolar o que pensam e são diferentes. As suas repressões servem para tentar anular o debate, o dialogo, e a avaliação de projetos de poder que nada tem de projetos de sociedade.

Entender o silêncio dos inimigos ou dos que tem medo diante dos esquemas poderosos é resgatar a verdadeira politica e não as loucuras que o poder provoca.Os donos do poder acham que a sua fala é das pessoas que eles desgovernam. As “boas intenções “ de suas falas justificam a coerção aos inimigos.

Os políticos loucos “esquecem de si mesmos, saem de si, esvaziam os sentidos de toda afeição terrena, purga o espirito de toda humana solicitude e trata tudo com indiferença”  Os dramas de suas vidas , de suas relações com o dinheiro, o poder e o amor, torna a política a forma de conquistar poder, dinheiro e amor por outras vias públicas.


Enquanto a miséria social pertence a uma história dos iletrados, dos anônimos, dos excluídos , dos marginais, dos sem voz, nem os poderosos nem eu podemos faze-los falar. Eles perdem a cabeça se falarem mas os poderosos perdem a cabeça em seus delírios de poder. Porem fica a escolha entre perder a cabeça e  morrer fome diante de uma nobreza no poder fortalecendo reinos feudais. Diante destas realidades as Revoluções ocorrem. A guilhotina só pode ser parada pela germinação de outras formas de ser, viver e governar.
Continua na parte II.



sábado, 8 de dezembro de 2012

“OS FINS DO MUNDO” NÃO PERCA, dia 21 de Dezembro na sua janela!



Porque tanta gente acredita que o mundo vai acabar mesmo no dia 21 de Dezembro ?

O que seria pior do que o mundo acabar ? Um mundo sem fins!

De que adianta  o mundo  quando muitos não podem viver ? e os que podem viver não vivem ?

Assim pode nascer um novo MUNDO!

Essa é a nossa esperança, um mundo para alem dos egos e prazeres imediatos, a custa dos direitos de muitos. Onde os poderes busquem outros sentidos ou perda seus poderes como o que esta acontecendo hoje no Egito ou na impotência do Estado diante das gerações ocuppy nos EUA.  

Porem há tantos bons fins para viver como estrelas no Universo!

Infelizmente muitas pessoas buscam repetir mais do mesmo com os mesmos resultados. É legal viver refém de marcas, drogas, vaidades..? É legal convencer uma  geração para um mundo que nem os adultos aguentam mais ? É legal confundir jogos com poderes ? Bem para o Estado de direito é legal!

Qual a dificuldade em inovar ? em construir outros caminhos ? em debater outros fins para este mundo ?
Os fatos é que os caminhos econômicos do consumo repetitivo e vazio, da educação também repetitiva e sem sabor para passar no vestibular, da cultura empacotada como chiclete para mascar e jogar fora, da politica dominada por pessoas  que somam os seus e os poderes financeiros do Estado para realizar suas vaidades ao invés do público e de suas vidas, e dos dízimos e espetáculos espirituais realmente são o fim deste mundo !

Enquanto isso a arte vai as ruas e a internet cansadas dos museus. Os jovens vão as ruas lutar cansados de votar em busca de democracias diretas que impactem sobre as trajetórias de suas vidas. A Educação e as Ciências se rebelam em nome de éticas e estéticas que façam brilhar o desejo de apreender! A Economia busca a criatividade, o uso comum e o grátis para não falar em socialismo e salvar o capitalismo! Novos fins, outros mundos.

Enquanto isso uma minoria com medo de perder seus carros importados;  caminha pelas cidades em busca de atenção,  porque o dinheiro deveria ser a garantia de ser endeusadas e não roubadas. A sua centésima viagem a Europa, não lhe trás mais dignidade, diferença, porque lá esta cheio de outras pessoas que invadem os espaços da nobreza, novos turistas ou imigrantes . Estas pobres vidas escolheram os fins errados. Os seus projetos e modelos de sociedade são pobres  no desenvolvimento de seres e na relação entre os seres. A sua visão de progresso pode ser destruída em um segundo pela internet. Estes fins foram construídos sem dialogo por pessoas que tem poderes ao custo do fim das vidas e dos mundos de milhões sem poderes. 

Um novo mundo começa pela democratização de poderes ou lembrem que as ditaduras pagam seus preços, a luz em excesso cega,  o silêncio vira as costas para os espetáculos vazios...

O Fim do mundo, NÃO PERCA, dia 21 de Dezembro na sua janela!

“Alegria como um raio de vida” . Alegria como uma vontade de amar e despertar as pessoas de vidas mórbidas para fins de mundos que se destroem. Alegria para outras possibilidades de ser feliz, novas formas de ser e viver em sociedade, de dançar poesias com razões, de Estados construídos pela sociedade civil, de Economias construídas pelo acesso a Direitos, de seres sustentáveis com caminhos livres para construir seus destinos em cidades que orquestram suas musicas, faíscas que viram paraísos em outros mundos possíveis!

Rezamos e lutamos todo dia para que este mundo de fato acabe , porque um novo mundo já nasceu dentro de  cada um de nós, e não podemos esperar para que outras formas de viver se encontrem.Porque agora o mundo somos nós que construímos começando pelos seus fins!

domingo, 2 de dezembro de 2012

MANIFESTO DIGITAL SOBRE AS ARTES DAS JUVENTUDES!


Dialogo digital com Ikeda e Dellano sobre o  cinema das novíssimas gerações!

A moldura do quadro é uma tela de computador , o processo de pintar é uma mostra de cinema de garagem transformado em arquivo PDF e site com vídeos. As novas gerações são de pessoas, mas também de tecnologias, formas de produzir, distribuir, de ver, sentir, nomear ou não.  Enquanto Ikeda tece seus fios na tela descrevendo o processo social e histórico, Dellano dá cores as poesias em forma de conceitos e imagens de uma geração.


Como diria Zé Ramalho “E as borboletas estão invadindo os apartamentos, cinemas e bares.... Se sentam e pousam em meio à fumaça De um arco-íris, se sabe o que é”. Fumaça que para Ikeda são nevoeiros provisórios no meio do arco iris de Dellano. Estas novíssimas gerações chegam das garagens ao mundo, passando por modos de produção que também são dramaturgias.Graças a enfase na diversidade contra o poder hegemônico da razão e a superação de fronteiras entre pensar, sentir e agir. Tornam a vida e as resistências possíveis, contraponto ao dinheiro e ao mercado como regulador de tudo e de todos.

Estas solidariedades em redes lutam no meio do nevoeiro contra corporações de diversas ordens. Ordens que buscam a todo momento , tornar inúteis, as decisões e formas diferentes de ver o mundo das pessoas! 

Portanto o manifesto é digital, o sonho não! Existe hoje uma poderosa inovação cultural e estética  construída por jovens, imigrantes, ONGS, comunidades criativas, que de baixo pra cima, se apropriam do mercado, das instituições públicas, das Universidades e outros. Não para fazer mais do mesmo ou seguir ritos e condutas institucionais; mas para libertar das grades a arte que nasce do ser , apesar do capital, do poder , das religiões, dos críticos, curadores, e outras formas de controle e fortalecimentos de condutas. 

Uma jornada rumo as diferenças, dissonâncias, as primaveras árabes, occupys, estudantes chilenos e espanhóis. Eles são capazes de mudar conceitos e dispersar fumaças , não todos de uma vez, mas por novos caminhos alimentados pelas diferenças. Estas diferenças tendem a se agrupar em resistências, movimentos, e milhares de outras formas de viver que não ocupam a agenda oficial, cientifica, midiática ..Enfim mundos que de vez em quando dialogam, dançam, cooperam ou se chocam.


(In) felizmente há uma decomposição do que chamamos de público, de democracia, de massa , de  mercado de consumidores, de espectadores , de alunos... No momento em que singularidades se expressam e se multiplicam, influenciando outras. Iniciando suas jornadas em velocidades que os os conceitos e arte já não consegue explicar com palavras mágicas ou totalizantes , buscam pelo menos descreve-las. Não é porque o mercado, mídias, ou determinadas formas de fazer cinema dominam, que anulam as histórias ou outras formas de fazer e olhar a vida e a arte;  como nos lembra Walter Benjamim, que vive no meio de nós, apesar do seu suicido e do genocídio de gerações.


Cada vez mais, mal entendidos, desordens sociais, reações, vão proliferar diante de propostas criticas, insurreições locais, recepções céticas de promessas hegemônicas, artes e a busca de vias distintas fora da organização legal, para satisfazer necessidades e encontrar sentidos. Todos lutaram de várias formas para sobreviver diante de desafios econômicos, sociais, ambientais...e disto emergira os filmes das novíssimas gerações.


Acho que novíssimos caminhos passam em como levar o processo artístico ou as metalinguagens de como fazer filmes descritos por Ikeda e Dellano para educação, economia, politica e outros. Isto nos apontaria novos horizontes em como a estética e a ética podem contribuir com seres e artes mais sustentáveis ao longo da vida e das obras dos jovens artistas.


Portanto este dialogo estético de Dellano e ético de Ikeda aponta a nós alunos os desafios de unir estes caminhos e transformar o estético em ético e a ética em estética ou seja temos que dar beleza ao que hoje se chama mercado e concretude as nossa poesias e filmes. Afinal marcos históricos se constroem nas expressões vividas e no embate com as forças que buscam desorganizar ou destruir estes processos na tentativa de serem de fato únicas . Esta é a melhor ilusão que estas forças buscam nos vender . Por isso  apreender a combinar de forma flexível várias praticas , oficiais e informais , se torna urgentes. 
Assim ampliaremos as transgressões ou passagens que desintegram formas mantidas pela força para liberar arte em novas formas de ser e viver os ambientes que compartilhamos.


Isto acontece hoje bem ao nosso lado, entre o que o mercado não oferece, a família desatende e as escolas deixa de dar. Porem considero que os jovens não se sentem descontentes com as mudanças sociais ou relações pouco estruturadas incompreendidas pelos governos e outras instituições. Varias distinções entre o publico e privado , legal e ilegal , estão se desvanecendo. Mesmo assim nesta geração com recursos escassos e violências diversas pode se encontrar muita diversidade buscando a sobrevivência e o desenvolvimento de modos muitos distintos do que vimos há apenas alguns anos atras . 

A flexibilidade desta geração não é inconstância  oportunismo, incoerência, contradições, ou desestruturação e sim uma redistribuição dos poderes culturais. A arte e a produção de seus filmes e imagens são realizados por vários caminhos as vezes vividos ao mesmo tempo.Os jovens habitam mundos plurais. Usam em suas praticas criativas fontes heterogêneas que podem parecer contraditórias para aqueles mais velhos que aderiram a relatos unificados como nos lembra Canclini. Vivemos num mundo sem promessas ,sem projeções racionais. O intuito destes novos universos não é assustar, nem moralizar, nem distribuir culpas, prêmios ou redenções. Os festivais e estes mundos tornam-se efémeros , o ápice se tornar menor numa velocidade cada vez maior. Este efemeridade não consegue encerrar em si mesmo, sinal de vitória , pois o mesmo mercado e mídia criticados atuam como comercializadores de egos que visam lhe dar alguns momentos inúteis de gloria enquanto vendem os artistas como produtos não como arte.


Os clichês que nos davam paz foram esvaziados de seus poderes  e agora se misturam com outros independentes de nossa vontade ou razão; do que achamos ou os classificamos. Saímos da cidade das letras para o mundo das telas por uma geração que foi construída e moldada de várias formas por elas. Portanto eles são nativos nestas linguagens diferentes de nós que as consideramos novas. Pertencemos e saímos ao mesmos tempo de vários espaços, logicas, universos, diferenças sobre as quais escolhemos ou não os ingredientes que precisamos para dar sabor a arte que nos alimenta. Enquanto o apocalipses de alguns mundos não chegam nos associamos pra construir outros mundos. E porque temer o futuros quando podemos construí-los ? Ikeda e Dellano nos aponta as raízes destas história éticas e estéticas de uma geração e suas novíssimas formas de fazer cinema daqui pra frente com mais fogo e mais fumaça.   

http://www.cinemadegaragem.com/catalogo.html

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