SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 30 de maio de 2021

O QUE É EDUCAÇÃO ? NÃO É SINÔNIMO DE ESCOLA AINDA BEM! página 3



É repetitivo dizer que as escolas e os governos são as instituições que menos mudaram ao longo dos dois últimos séculos, mas devido a pandemia começaram a mudar e rápido. O melhor caminho para mudar a escola é compreender os espaços não escolares que educam através de outros meios que não são salas de aula, disciplinas tradicionais, currículo e os professores ocupam outra missão que vai muito além do conteúdo. Hoje o Professor Google disponibiliza vários conteúdos mas o que ele não ensina ? O que os Big Datas e inteligência artificial não conseguem ensinar ? Essas perguntas nos educam sobre a necessidade urgente da escola quebrar seus muros como cantou Pink Floyd e ampliar seus espaços não escolares. Da mesma forma os professores tem que compreender que o aluno tem outros professores que não são da Escola mas que impactam sua formação para o bem e para o mal, e temos que educar para lidar com essas circunstâncias de forma crítica, reflexiva, fortalecer suas personalidades e valores, lidar com os medos, angústias, e sentimentos que impedem seu livre desenvolvimento e liberdades incluindo econômicas, sociais e cada vez mais ecológicas.



Os bairros ou comunidades que vivemos ensina muito, assim como aplicativos cada vez mais integrados com realidade expandida interagindo com os lugares, os livros e os filmes, os esportes, a arte, os projetos sociais e ambientais, diversas experiências, a espiritualidade, as causas políticas e sociais, o trabalho, as novas tecnologias, nossa saúde, a família, enfim a vida. Todos esses espaços não escolares nos ajudam a compreender mais quem somos e o mundo que vivemos, aí as disciplinas como história, matemática, física, química, biologia, geografia, filosofia e outras tem o poder de aprofundar esses conhecimentos e expandi-los ao infinito. Porém, essas disciplinas isoladas visando decorá-las para passar no vestibular ou ter um diploma não serve ao ser nem à vida. Sim, os contextos importam, lidar com a diversidade cognitiva e múltiplos caminhos de aprender, capacidades críticas e criativas revelam nossa autonomia de pensar e construir nossa vida e moldar nossos destinos. Um caminho é pensar a educação no horizonte dos últimos duzentos anos, outros é na cultura judaica de mais de 5780 anos e múltiplas transgressões assim como na História da diversa Humanidade e dos bilhões de anos do qual somos apenas um dos frutos, que não se reduz a redução que passamos a tratar o conhecimento. 




Outros aspectos a pensar sobre a educação dada hoje nas Escolas ou Universidades é compreender que educação é mais ampla do que método científico, e não se trata de negar a ciência mas ao mesmo tempo não tratá-la como dogma, Deus e ideologia. É compreender que estamos vivendo uma transição tecnológica, mudanças climáticas, brutais desigualdades e violências. No ritmo da escola ou da Universidade até que chegue esse capitulo o mundo acabou! Mesmo antes do Mestrado ou Doutorado temos que ensinar o que é certo, atualizar o conhecimento, ampliar a diversidade dos autores que lemos e não nos render a ilha dos especialistas que querem contemplar o éter linear e esquecer o real complexo.




Por exemplo, a título de conclusão deste artigo vamos falar do Estado e sobre o valor da ficção em relação ao método científico como caminhos não escolares que modificam nossa percepção da Escola e da Educação. Muito do que compreendemos como Escola é filha do Estado e da Economia. Porém, se o Estado e a Economia estão mudando, será que a escola pode se emancipar e seguir seu próprio caminho ? O Estado rendido por vários interesses nada públicos nos coloca os desafios de nos autogovernar ou dar autonomia ao lugar que vivemos garantindo segurança alimentar, energética, hídrica, trabalho, diversão, arte, esporte, saúde, e educação independente do Estado ou do mercado e sim pelo fortalecimento dos laços e vínculos comunitários, familiares e sociais. A Escola pode ajudar a comunidade que está inserida nessa jornada ? isso pode ajudar no currículo ? Hoje vivemos uma má educação no Brasil mesmo com milhares de mortes na Pandemia ainda não são lições suficientes para muitos que continuam a desprezar o vírus com o risco de morrer outros milhares devido a nosso comportamento inclusive de políticos e outros.



Lembro também que educação mais do que ciência é arte como processo de construção da aprendizagem diante de múltiplos caminhos. O que distingue a ficção da realidade não é déficit de realidade, mas um acréscimo de racionalidade como nos educa Jacques Rancière. A arte é mais filosófica que a história porque essa última diz apenas como as coisas acontecem umas após outras, em suas particularidades, enquanto a arte pode nos educar como as coisas podem acontecer de modo geral . Na História elas podem acontecer por acaso mas na arte como encadeamento de causas e efeitos. Da infelicidade à felicidade não é algo agora imposto por um Deus mas resultado da ação humana e a relação que ela mantém com o conhecimento. A infelicidade do herói trágico é consequência de um erro: um erro qualquer na condução de sua ação e não mais uma transgressão da ordem divina. A peripécia que a arte produz no universo das expectativas muitas vezes a ciência, a economia, a política, a educação quer nos esconder os efeitos adversos de nossas ações mas porque nem sempre alcançamos os resultados prometidos ? A verdadeira educação não se restringe à escola mas dialoga com a vida e nos educa sobre a prosperidade e o infortúnio, a espera e o inesperado, ignorância e o saber.  No próximo artigo vamos continuar a dialogar como muitas vezes o infortúnio é efeito da ignorância que a realidade inesperada acontece, enquanto a escola nega educar para um mundo em transformação . E nem falamos sobre as desigualdades, as violências, e as máfias politicas e do crime organizado que estão inviabilizando nossas escolas, sociedade e a vida em comum. 





terça-feira, 25 de maio de 2021

UM NOVO CICLO DE UMA SÉRIE SEM FIM. 1520 dias.

 


Vivemos uma guerra interminável e nessa jornada escrevemos 810 artigos neste blog, entre um livro e outro, atuamos em várias profissões ao mesmo tempo, pesquisando e dialogando com vários saberes, vivendo com gente de classe, gênero, raça e idade distintas de diversos estados e países.  Hoje me pergunto: era para ter seguido uma trilha única na vida ? Claro que não. 



A vida é mais mágica, complexa e diversa se nos permitimos vivê-la em toda intensidade, mas isso não significa que minha trajetória de vida é uma receita mágica. Afinal cada um soma de forma única e rara na orquestra da humanidade. Outros apenas ruídos, enquanto personagens foram em suas vidas polímatas, tocaram com suas almas sinfonias, seguiram suas ideias, sonhos, sentimentos e ajudaram a moldar o mundo com ajuda de Deus e de anjos. 



Necessitamos abandonar nossos medos e fantasmas, nos curar dos traumas, dores e injustiças que sofremos entre heróis e vilões. Aprender a escrever o roteiro de sua vida entre os desafios de sua época e as expressões de seu ser, compreendendo a realidade e a imaginação. Mas afinal quem são teus inimigos ? Ninguém ! 



Não é a Dialética de Hegel que gera síntese é a vida. A luta não é o Estado nem o mercado. Eles se inscrevem e apagam todos os dias na História, o mundo morre e outros renascem. Entre inferno e céu, longe e perto, qual seu destino ? Da borboleta para provocar o furacão ?  



Outras janelas se abrem entre livros e filmes. Destruir o mal ou criar o bem ? Amor e confiança é tudo. Pessoas raras não te abandonam por mais motivos que der. Porque sempre buscamos o amor que nos cura de todas as dores que passamos, mesmo quando acontece algo ruim fica tudo uma bagunça, mas seguimos e mesmo não tendo chance vencemos. Não desistimos, isso é o que nos define, em especial em situações limites. Nunca é tarde para mudar a pior parte de sua vida e dizer te amo. 





sexta-feira, 14 de maio de 2021

COMUNIDADES E CIDADES DA SABEDORIA PÓS SOCIAL. 1510 dias.

 


Seguindo o pensamento de Martin Buber sobre a nova e antiga comunidade. Ele que foi um dos grandes renovadores do pensamento comunitário para ele não é mais possível voltar à comunidade tradicional. É preciso lutar por uma comunidade nova que não seja pré-social mas pós social. A principal diferença entre elas é que não seria fundada no parentesco de sangue. O que gera castas e oligarquias na direita e esquerda como na Alemanha Nazista, India, Estados Unidos e Brasil como nos Estados de Pernambuco e Ceara, e os respectivos projetos de poder econômicos e políticos em benefício delas; incluindo o enfraquecimento da democracia e o silêncio sobre corrupção. O pensamento de Martin Buber como caminho se une ao de Isabel Wilkerson sobre os problemas gerados pelas organizações econômicas e políticas geradas no Estado pelas Castas, onde se encontram as origens de nosso mal estar.



As comunidades e cidades novas é resultado de afinidades eletivas ou livre escolha como tem acontecido antes da pandemia por comunidades fundadas por jovens na Europa ( eu visitei uma perto de Viena ) que juntos se educam e trabalham para garantir a segurança alimentar, energética, hídrica e outras usando tecnologia e se conectando ao mundo pela internet. Essas comunidades não são limitadas por fronteiras religiosas, regionais e nacionais; muitas delas se conectam em redes, numa visão cosmopolita e mística de Gustav Landauer, "a comunidade mais antiga e universal com a espécie humana e o cosmos". Uma Terra da Sabedoria, gerando uma educação que integra a relação com a natureza, espiritualidade e a tecnologia para ter como princípios o cuidado da família, saúde e a habitação que dialoga com a economia, arte, e a política que emerge dessa relações um ethos comunitário. 



Hoje as pessoas estão querendo abandonar os formigueiros das grandes cidades e as lições da pandemia nos apontam como um caminho para se mudar para pequenas cidades mais perto da natureza e da terra sem as escravidões que as castas impõem. Comunidades autônomas que não resultam mais do crescimento primitivo mas de uma ação consciente. É importante frisar que esse pensamento não é capitalista, nem comunista ou socialista. A ideia é ultrapassar a própria cidade, uma terceira forma de vida comum, distinta da aldeia rural e da cidade, gerando uma nova organização do trabalho integrada às outras dimensões da vida e da comunidade. Um comportamento criador de comunidade que une cultura e espiritualidade, evitando poderes coercitivos do Estado ou da Economia para fortalecer a relação entre eu e o outro pelo diálogo e encontro. Modelo diferente das formas rígidas e ritualizadas das religiões, instituições políticas e Estado. Buscando a fusão do ser humano com o mundo, a natureza e seu semelhante. Um futuro capaz de transformar a realidade passada e presente. Uma vida perfeita e verdadeira, o advento de um mundo da unidade em que a separação do bem e do mal seria abolida pelo aniquilamento definitivo do pecado. Não se trata de um acontecimento histórico mas algo tecido pela história, uma reviravolta sem progressos medíocres, sem projetos de poder autodenominadas vanguardas.



O último Isaías fala as palavras de Deus “com efeito, criarei novos céus e novas terras”. É uma experiência direta em convívio com a natureza, espiritualidade, comunidade e outros que nos transforma para mudar nossas formas de ser, viver, educar e nos autogovernar.  A ação do homem é profética e participa da redenção do mundo.  Não devemos apenas esperar, contemplar e sim agir agora, unindo as centelhas da luz divina dispersas no mundo. Segundo Buber, Deus quer a mudança do mundo com a participação da humanidade atuando juntos de forma cooperada. O dever de todo homem que habita em Deus é maior que o Estado e a Economia, desejamos submeter o Estado ao espírito não a religião. Esse caminho torna possível a superação do Estado por uma forma superior de sociedade onde criatividade e ordem se unem no povo. Condenamos a tirania do Estado e Empresas que sugam o sangue das veias das pessoas e comunidades. Essas bonecas mecânicas que querem substituir a vida humana e orgânica. As formas centralizadas e mecânicas destroem o pensar, ser e a vida em comunidade. 



Aqueles que têm fome e sede de justiça serão saciados. O anarquismo tem um fundamento espiritual e de liberdade. Enquanto o capital quer lidar com o indivíduo, o Estado tira autonomia da vida em grupo. Na sociedade medieval tínhamos redes de comunidades e trabalho associadas entre si, essa rede foi esvaziada pela coerção do capital e do Estado que desarticulam as formas orgânicas e atomizam os indivíduos. Porém não queremos voltar nem ao comunismo agrário primitivo, nem ao Estado corporativo da Idade Média, temos que unir as resistências de nosso tempo para nos salvar e ao planeta das brutais injustiças, desigualdades e violências. Existem nesse caminho vários obstáculos econômicos e políticos, e uma mudança interna necessária da vida social, a reestruturação comunitária das relações humanas. A regeneração das células do tecido social, será o renascimento de forma descentralizada de pequenas comunidades e cidades. 




Nessa transição de civilização que estamos vivendo temos que seguir em frente enquanto o mar se abre, as revoluções acontecem, os Reis e Ditadores caem, os Robôs e a inteligência artificial ainda não estão no controle de nossa Distopia, ainda não alcançamos o carbono zero e vamos sofrer todas as consequências das mudanças climáticas e as brutais violências e desigualdades que nos acostumamos. Como escreve Isabel Wilkerson “ quem tem uma casa velha sabe que aquilo que prefere ignorar não irá desaparecer. O que está escondido virá à tona, quer decidimos olhar ou não. A ignorância não protege das consequências da inação. Aquilo que queremos que desapareça continua nos incomodando até reunimos coragem para encarar o que preferimos não ver.” E a pior delas são as ideias que carregamos que mantém a destruição da Terra e da humanidade pois isso lutamos de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.   





quarta-feira, 5 de maio de 2021

DIVERSIDADE COGNITIVA ! REVOLUÇÕES URGENTES NO MEIO DE PRECIPÍCIOS ENQUANTO APRENDEMOS A VOAR! 1500 DIAS .



A sociedade grega aprendeu com as tragédias o valor das epopéias ? ou as epopéias se transformam em tragédias na Guerra do Peloponeso que colapsou uma importante era para humanidade! Os delírios da idade média viraram cruzadas e inquisições. A Modernidade explodiu em duas guerras mundiais e holocaustos, e nos atuais tempos que vivemos em crises financeiras, ecológicas e sociais. Nós aprendemos com a Pandemia ? Muitos que viviam do sucesso, consumo e hedonismo estão assustados com a pandemia mas talvez não consigam enxergar o mundo que vivem? Interpretam como uma bolha de luxo, delírios e vazios poderes neoliberais mas foram derrotados por um vírus invisível aos egos.  Buscamos viver no mundo sem bolhas.



Revolucionários como ditadores socialistas, hackers, rebeldes e profetas emergem diante de becos sem saídas e precipícios. Onde além da razão precisamos de fé e esperança para que o mar se abra, uma inovação tecnológica ou extraterrestre nos salve tornando verdades nossas ficções científicas. O ideal é que a revolução acontecesse pelos meios normais como a educação, economia e pela natureza, mas são tantos poderosos, corruptos  e criminosos no comando da humanidade que o mundo foi vendido.  A Política ao invés de liderar e lidar com nossos desafios coletivos prefere mentir, roubar e produzir tragédias revolucionárias uma atrás das outras. 



No meio de tudo isso temos que aprender a voar sem drones para enxergar o mundo de forma sistêmica. Os drones podem ajudar a enxergar a totalidade do mundo que produzimos e não apenas ilhas do paraíso mantidas pelo inferno de Dante e bilhões de pessoas. Necessitamos  redesenhar o mapa do saber para pensar nas palavras e números que criamos mas que muitas vezes não expressam nem contam nada, apenas iludem e mentem pois as caixinhas dos saberes explodiram por algum rebelde polímata e as instituições viraram múmias sem profetas. Educamos para tudo menos para uma cidadania planetária, um dos poucos caminhos políticos que nos resta. Ortega & Gasset denunciou nossa especialização mas estamos muito ocupados e cegos para ver suas consequências . A fissão nuclear teve consequências intencionais como a Bomba atômica mas a internet foi uma criação não intencional que tem se tornado um caminho de Êxodo para uma nova civilização, se conseguirmos pensar em robótica, renda mínima, carbono zero, e desurbanização das grandes cidades numa única equação e solução ao mesmo tempo distopia e utopia. 



A inteligência não nasce ideológica e todos são úteis  para os atuais desafios. Eles não serão apenas resolvidos por padres, políticos, empresários, professores mas cada um de nós independente da função e talvez mais importante o lugar onde mora tem um missão importante e singular. Mesmo a polarização e as guerras que vivemos foram ultrapassadas como modelos, pois não se trata de quem vai vencer e sim de quem já foi derrotado por sua proposta de mundo. Independente de você ser esquerda ou direita você tem direitos como cidadão, pode alcançar a riqueza e o consumo pelo mercado ou crime infelizmente em muitos casos não tem muita diferença, a democracia está sendo destruída pela corrupção e apenas votar não resolve, bilhões de pessoas clamam por seus Deuses quer seja no Brasil, Índia, Europa, EUA e em alguns países eles se chamam Partidos dito comunistas, elites e Ditadores Oligárquicas.




Várias Universidades no mundo tentaram lidar com os arranjos pessoais e sociais que eclodiram no fim da segunda guerra que tal as Universidades voltem a fazer o mesmo ? Porque a menor crise que vivemos é científica e tecnológica. Aprender a lidar com valores e crenças, mudança social e cultural, pandemia e outros necessita de métodos distintos da especialização caótica que geramos, necessitamos de sistemas abertos e múltiplos, que una diferentes em torno de desafios, ousando com uma diversidade cognitiva, imaginar e realizar ao mesmo tempo. Criamos um Instituto avançado Terra da Sabedoria, fora das Universidades, conectando pessoas e desafios em redes para transformar trajetórias de vidas em movimento e comunidades geolocalizadas ao mesmo tempo, conectadas por HUB SÓCIO AMBIENTAIS.  O celular pode pagar contas, votar, aprender mas também pode ser uma bússola de autogoverno para voar para outra civilização.



Chega de ignorantes instruídos atuando em instituições oficiais que cobram impacto mas eles não tem nada a dizer sobre os trilhões gastos em barbáries consideradas normais. A especialização absurda sem conexões e pontes produz idiotas, gera o enfraquecimento da imaginação científica e um grande prejuízo na educação de nossas crianças e jovens. Necessitamos fortalecer nossa ignorância criativa no mundo das ideias, abrindo portas e janelas, derrubando muralhas de chinas e muros tipos mexicanos que existem em vários lugares mas erguidos primeiramente em nossas mentes, corações e sonhos sem alma. Os muros são tão altos que muitas vezes impedem a visão.



Nós necessitamos de currículos que muito mais que disciplinas sejam processos como compreender nossa trajetória de vida, os contextos que vivemos, os pensadores que dominam nossa época, e os desafios que compartilhamos. Lidar como a economia, educação, saúde, religião, natureza, tecnologia e outros se integram em nossas vidas. Por isso que desde 1960 se ampliaram os estudos sobre negros, mulheres, e latinos; gritos de liberdade que emergiram de baixo para cima nos libertando de saberes que moldam poderes. Processos como Cognição, Cultura, Urbanos, Pobreza e violências não cabem em caixinhas modeladas por conceitos sem contextos. 


As vezes estudar o bobo da corte ensina mais sobre poder do que o rei, assim como jogos se inscrevem na cultura da humanidade como pesquisou o Polímata Huizinga. A interação entre pessoas e saberes diversos nos educa mais que os círculos e quadrados que criamos para  viver. O google surgiu em 2008 e agregou a ciência e o conhecimento cidadã nos libertando dos saberes que se intitulam oficiais, muitos menos por suas ideias do que por suas estruturas. Hoje entre ler devagar um livro e coletar informações rápidas pela internet temos que aprender a transformar conhecimento em vida preservando a Terra.

Empreendendo sonhos de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.



Ecossistemas digitais - ECODIGITAL é um ambiente onde linguagens transmídias dialogam com big datas, inteligência artificial e outras tecnologias visando transformar vidas  que compartilham e habitam a Terra da Sabedoria , um mundo virtual que gamefica o real. 



Lidar com ecossistemas digitais visando nos educar e lidar com nossa singularidade se tornou urgente pois a solução da internet gerou outros problemas. O ataque de 11 de setembro não foi detectado, apesar dos alertas de segurança, pois se transformou em ruídos pelo dilúvio de dados. Hoje o Google é que nos pesquisa. E no meio dessa inundação de informações sem conhecimento, a formação e a visão sistêmica dos Polimatas é urgente para prever colapsos como pandemias e criar novos caminhos. Como descreveu Leibniz " precisamos de homens universais. Pois aquele que consegue ligar todas as coisas pode fazer mais que 10 pessoas"