SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

sábado, 30 de janeiro de 2021

SOBRE A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL SILENCIOSA DA PANDEMIA E O BRASIL.



A Comunidade econômica européia coloca bilhões de euros para resgatar sua economia das conseqüências da Pandemia, Joe Biden lidera várias frentes de vacinação e iniciativas econômicas, enquanto a China cobra no Fórum Económico digital de Davos que não vai aceitar o recuo da globalização com a reindustrialização de várias países. No meio dessa guerra que continua econômica, temos os efeitos imprevisíveis da pandemia sobre a vida de bilhões de pessoas, as mortes de milhões, e as consequências políticas, educacionais, sociais nas vidas cada vez mais virtuais no trabalho, finanças, acesso a arte, saúde e outros. Independente da pandemia, as inovações tecnológicas geram desemprego estrutural em vários setores da economia, sem somar os efeitos dos avanços em IA, Big Data, Robótica e internet das coisas. A pandemia e as mudanças climáticas, somadas aos refugiados e brutais desigualdades e violências, com respectivos avanços do tráfico de drogas e crime organizado no mundo, vivemos cenários de guerra. 



Enquanto isso observamos no Brasil, o deslocamento de parte das populações ricas brasileiras para residirem em condomínios de luxo, residências em praia, fazendas e sítios na serra com acesso a trabalho, educação e saúde virtual. Nas cidades, muitas vezes nesses mesmos lugares, a expansão da Pandemia em periferias e comunidades pobres, onde milhões de pessoas vivem em casas onde é impossível o isolamento social, devido ao tamanho e proximidade das casas sem acesso às políticas públicas como saúde, educação e trabalho, em áreas cada vez mais dominados pelo crime organizado. 



Quando comparamos a situação no Brasil e no mundo, vários absurdos são gritantes e bem piores que cenários de guerras; porque aqui nessas terras a guerra é contínua, entre os privilegiados e os sem direitos e oportunidades. No Brasil há cenários de guerras civis prolongadas ou estado de sítio decretado pelo crime organizado. Milhões trabalham 8 horas por dia para ganhar salário mínimo, outros por exemplo quase metade da população cearense vive com menos de 27, 5 reais por dia, enquanto elites vivem há décadas de acessar privilégios e roubar o estado, não apenas políticos mas grandes empresários com incentivos fiscais e financiamentos públicos, distantes desses privilégios pequenas empresas lutam para sobreviver, gerar trabalho e pagar impostos, invisíveis aos olhos do Estado assim como os pobres, milhares de funcionários públicos prestam um bom serviço e inventam uma classe média brasileira, enquanto outros ditos servidores públicos indicados por partidos, políticos e famílias não precisam dar resultados. Afinal no Brasil há tempos a corrupção de diversas formas é meio de vida e enriquecimento formando exércitos para guerras eleitorais e campanhas milionárias sem Democracia.



Bem, segundo palestra de Bill Gates a terceira guerra mundial seria feita por um vírus, segundo órgãos policiais e militares a terceira guerra se dá contra o tráfico internacional e terrorismo muitas vezes associados, outros analistas apontam a guerra entre Estados governados por Ditaduras contra Democracias, além é claro das guerra econômicas entre países, ricos e pobres, pretos e brancos, homens e milhares de mulheres assasinadas, guerras religiosas e étnicas, e cada vez mais guerras tecnológicas com drones, ataques cibernéticos as eleições, novas armas, e a luta por recursos naturais. Vivemos uma terceira guerra mundial que não se dá apenas entre países, mas pessoas dentro de um mesmo país ou a luta da humanidade destruindo a natureza e suas consequências como pandemia e mudanças climáticas.



É urgente visando salvar milhões de vidas, não apenas as lembradas pelo Covid19, mas milhões por outras consequências dessas guerras.  Necessitamos inovar as políticas públicas e o impacto social a nível local, nacional e global e buscar a integração entre eles visando a formação de um exército que lute nessa guerra com outras “armas” e objetivos . Necessitamos pensar e agir olhando para a Terra e não apenas para os lugares que vivemos e a nação que fazemos parte. Muitos dos problemas que geram guerras estão nas ideias que escolhemos pensar o mundo e nossas formas de ser, viver e governar. Despertar novos horizontes é uma necessidade educacional e cultural para que possamos aprender com a nossa diversidade humana e ambiental. Muito mais que vencedores e perdedores que podem firmar pactos entre si, dessa vez é a humanidade e a Terra que estão em risco. Nós já criamos várias sociedades, culturas, tecnologias, conhecimentos, formas de organização política e econômica, mas vivemos a melhor hora de sair de dualidades e oposições entre modelos, para aprender a unir de forma sistêmica e complexa as melhores contribuições práticas de como podemos viver juntos e melhor na Terra. Necessitamos empreender esses caminhos gerando sinergia entre os setores, essa é a nossa forma de vencer essa guerra. O maior inimigo não é o outro e diferente, pelo contrário ele pode ser o maior aliado, quando unimos nossos caminhos e descobertas, conectando nossos caminhos para sair do labirinto da ignorância. Portanto, a maior guerra que travamos é a ética em relação às nossas escolhas e atitudes, assim como no relacionamento com os outros e a sociedade que vivemos. 



Necessitamos compreender com a razão que ela sozinha não é suficiente, apenas uma parte de nosso caminho, temos que estar atentos às crenças morais, religiosas e espirituais; pois elas podem refrear ou ativar impulsos  sociais, ambições desmedidas e paixões destrutivas. “Toda emancipação do espírito é perniciosa se não vier acompanhada de um maior autocontrole” segundo Goethe. Segundo Platão, e depois Freud, existem desejos terríveis por seu caráter selvagem e sem leis, e que se deixam revelar pelos seus sonhos. Platão está ciente das forças do desejo, da sedução estética, da exploração política e econômica, assim como os diálogos com os outros preservam um sentido de urgência e da insegurança social e psicológica do ético. Diante desses desafios como enraizar a ética em nossas almas e dar vida a ela em nossas atitudes ? Como podemos lidar com as situações onde podemos transgredir as normas legais e morais impunemente ?  E vencer essa guerra ao mesmo tempo pessoal e coletiva que destroem o ser e a sociedade que vivemos. Ou sempre viveremos em guerras?



As leis e a moral respondem à necessidade humana visando garantir proteção mútua e a cooperação na vida social. Por outro lado como nos lembra Adam Smith “ se houver alguma sociedade entre ladrões e assassinos como nas guerras , mesmo elas precisam ao menos se abster de roubar e assinar um aos outros” Compreendemos isso como Máfias que muitas vezes nossa política, economia, crime e até mesmo religiões agem assim. Se não é esses tipos de sociedade ou guerras como podemos melhor viver e superarmos o domínio dos que agem dessa forma ? Se as pessoas buscam realizar seus desejos de qualquer forma, obter os melhores e maiores ganhos materiais e ter sucesso e aprovação dos outros a qualquer preço, elas podem fazer isso roubando, mentindo, e destruindo outras pessoas. 



É suficiente nos educar sobre o que é certo ou errado na vida prática ? O que é digno de aprovação ou condenação em nossas relações com os outros ? Aprendermos o que pode tornar plena e feliz a vida humana sem guerras ? Sócrates e Jesus preferiram morrer por suas verdades e amor do que sacrificá-las para se manter vivos. Muitos consideram o auto interesse uma vida feliz e bem sucedida, e muitos são mestres em injustiças para alcançar seus objetivos. A injustiça calculada, crimes e guerras muitas vezes levam a melhor. 



Em Atenas no Século V A .C também se vivia um período de conturbação incomum, marcada por instabilidades políticas, violentos conflitos de classe, e quase três décadas de guerras com cidades vizinhas. O desafio na época era prevenir o colapso das regras e exigências elementares de convivência civilizada. O Livro República de Platão tem esse pano de fundo e urgência. Essas guerras, segundo Platão só podem ser resolvidas por meio de um correto entendimento entre a alma ou psique individual - o que nos faz quem somos - e a estrutura da sociedade em que essa constituição da psique se molda. Na relação entre as guerras de nosso ser e da sociedade que vivemos necessitamos nos educar, integrando psicologia e política. O micro e macro de um pequeno grão de terra à Terra da Sabedoria.



Platão considera três classes fundamentais : governantes, militares e produtores. Necessitamos governar com sabedoria, prover a segurança com coragem e  produzir riqueza com temperança. Necessitamos unir o intelecto racional, a combatividade e os apetites do corpo, todas conduzidas por Eros. A pessoa justa é aquela cuja estrutura psíquica se afirmam os princípios da justiça nas relações internas ( entre as partes da alma )  e externa com as demais pessoas. Ocorre porém numa sociedade corrompida governada por políticos hipócritas e demagogos, cheia de conflitos internos e guerras com os vizinhos, carente de educação adequada incluída de seus dirigentes, são poucos os que escapam da corrupção reinante. Muitos se deixam seduzir por miragens de riqueza, fama e prazer e são tomados pela cobiça de poder. A ordem se alimenta de falsos valores, mentiras, desprezo pelo conhecimento e hedonismo.



A busca de governantes sábios , a arte de governar  e a visão do bem comum é para Platão na República o melhor caminho para vencer as guerras. Os reis filósofos e guardiões ou como denomino Protetores de uma Terra da Sabedoria. A fusão entre poder político e sabedoria e uma profunda reforma do sistema educacional não para educar Príncipes segundo Maquiavel, dirigentes ineptos e corrompidos, afeitos a hipocrisia e o abuso da arte retórica, e sim líderes para gerir a coisa pública de forma justa e competente visando o bem comum. Votados numa Democracia por aptidão moral e méritos, em vez de berço ou riquezas, e preparados para função pública unindo caráter e inteligência. Como disse Milton, o verdadeiro poeta deve fazer de sua vida um poema. Eu digo um poema capaz de conquistar mentes e corações sem guerras.  






quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A CHAMA DA EDUCAÇÃO NA PANDEMIA E O DESPERTAR DE UM NOVO MUNDO.




As Faculdades de Educação e os PETs de Pedagogia no Brasil tem missões especiais no mundo que está nascendo, incluindo o convívio com as pandemias, inovações tecnológicas, mudanças climáticas e brutais desigualdades, misérias e violências. Buscar caminhos para educar as pessoas, ampliar suas existências, realizar direitos, gerar diálogos profundos e sinceros com a diversidade humana, ambiental e tecnológica, compartilhar e construir caminhos juntos numa sociedade que vive grandes transformações é um desafio que temos como educadores. Muito mais que empresários, padres, políticos, jornalistas, profissionais de saúde e outros como dizem os ditados foram os professores que tiveram as dores e os prazeres de educá-los. Temos que caminhar muito além das grades curriculares e das políticas educacionais governamentais, necessitamos atualizar os conhecimentos, compreender os desafios e sonhos dessa e das próximas gerações, escutar as cem linguagens das crianças e jovens como tem feito Emilia Romana e Finlândia ou pensadores como Edgar Morin, Paulo Freire, Dewey, Piaget, Vygotsky e outros. Aprender além de seus conceitos, como construíram suas idéias e trajetórias de vidas.  Compreender as palavras, histórias e atitudes de artistas como Dante, Dostoiévski, Rimbaud  e outros, assim como cientistas fazem Ciência e como podemos humanizar as tecnologias, as lutas de Malcom X, Martin Luther King, Gandhi, Jesus, Abraão, Lutero e outros líderes políticos e espirituais que guiaram seus povos as liberdades individuais e coletivas, e  as prisões e impactos que a economia, política, sociedades e religiões geram buscando controlar, moldar e destruir vidas para que possamos construir caminhos de liberdade e emancipação. 



Talvez essa não seja a melhor forma de apresentar uma emenda de uma disciplina acadêmica ou pesquisas científicas que temos de realizar na Universidade, porque Educação sempre foi mais que ciência, ela tem a capacidade de transformar pessoas para que mudem suas vidas e a História. Seres humanos que além de apreender e expressar suas razões, necessitam de sentimentos, causas, imaginações, fé, coragem, amor, de éticas e estéticas , do bem e do belo , por isso necessitam aprender a lutar por justiça por seus direitos e liberdades. Não podemos continuar a educar seres fragmentados, tristes, com pensamentos lineares que não conseguem dialogar com realidades cada vez mais complexas e sistêmicas, não podemos continuar castrar e anular seres humanos, necessitamos despertar seres e aquecer nossas sociedades para transformações que precisam ser realizadas agora , antes que poucos destruam a vida de uma maioria, antes que 1 % destrua o planeta e bilhões de vidas humanas e animais, extinguindo a natureza do qual somos filhos.



Necessitamos nos educar e lutar agora pela pela segurança alimentar, energética, hídrica, econômica, social e educacional; independente de governos podemos construir de baixo para cima outras formas de ser, viver e governar. Necessitamos aprender a soltar nossos corpos, vozes, gritar nossos sonhos, sentir outros cheiros, tocar outras peles, imaginar outros mundos, ouvir outras músicas, dançar, despertar e tornar visível, o que não conseguimos enxergar pela nossa insensibilidade mas podemos pelo amor ao outro , com outros olhares, palavras e atos. Sempre me perguntam porque nunca busco ascender para outros poderes, posições e espaços em nossa sociedade, simples porque embaixo é o lugar onde aprendemos , vivemos e olhamos de igual para igual podendo conquistar juntos nossas liberdades pelos caminhos da fraternidade, essa Revolução Francesa, Brasileira, Africana ou Global nunca realizada de verdade. A verdade é que os poderes, políticos, elites, dirigentes partidários, diretores de empresas e outras organizações estão cada vez mais psicopatas pelo poder, tristes, ignorantes e sozinhos. As transformações tem que chegar às nossas famílias, casas, comunidades, escolas, universidades, trabalhos, igrejas, governos e outros, nesses lugares é onde a vida acontece ou deixa de acontecer todo seu poder em nossos corpos, mentes, corações, sonhos e vontade. Onde aprendemos e mudamos de verdade, onde alegrias se expressam em conquistas simples como escrever esse texto, educar e transformar vidas juntos , compartilhamos momentos de realização com nossos alunos, amigos e família, independente de certificados, poderes e posses. Além de descolonizar nossos pensamentos, atitudes, consumo, poderes e formas de enxergar a vida, precisamos amar, sentir, sonhar, soltar nossos corpos, enfrentar nossos medos de errar e sermos diferentes , nos curar e proteger a natureza. Necessitamos nos individualizar cada vez mais e compartilhar os meios para que todos realizem sua jornada educacional singular na Terra. Nessa jornada precisamos de outras culturas como africana, judaica, indígenas, ocidental e recordar os males e benefícios que esta provocou, incluindo a  destruição de culturas e civilizações, racismos, escravidão, nazismo, fascismo, guerras, destruição da natureza, misérias..   



Sim, somos Polímatas como foi Leonardo da Vinci e outros, temos vários dons e não apenas um. Juntos temos a capacidade de orquestrar esses dons, construir o presente e superarmos os desafios do futuro coletivo, se descobrimos e resgatamos o passado de vários caminhos que seguimos como humanidade para hoje, infelizmente, aceitar e achar que só tem um neoliberal. “Todo ser humano nasce com potencial multifacetado. Por que, então, pais, escolas e empregadores insistem que restringimos nossos muitos talentos e interesses; que nos 'especializamos' em apenas um? Nós vendemos um mito de que "especializar-se" é a única maneira de buscar a verdade, a identidade ou mesmo um meio de vida. No entanto, a especialização nada mais é do que um sistema desatualizado que fomenta a ignorância, a exploração e a desilusão e impede a criatividade, a oportunidade e o progresso. Após uma série de intercâmbios com os maiores historiadores, futuristas, filósofos e cientistas do mundo, Waqas Ahmed teceu juntos uma narrativa da história e uma visão para o futuro que visa romper este sistema prevalecente de "hiperespecialização" injustificada. Em The Polymath, Waqas nos mostra que existe uma outra maneira de pensar e ser. Por meio de uma abordagem filosófica e prática, ele inicia uma jornada cognitiva para recuperar seu estado polimático inato. Indo mais longe, ele propõe nada menos do que uma revolução cultural em nossas estruturas educacionais e profissionais, por meio da qual todos são incentivados a se expressar de maneiras múltiplas e a realizar seu potencial multifacetado. Isso não apenas aumenta a realização individual, mas, ao fazê-lo, facilita uma sociedade consciente e criativa que é altamente motivada e bem equipada para enfrentar a complexidade dos desafios do século XXI. 



Seguindo caminhos diferentes o Historiador Peter Burke busca de Leonardo Da Vinci a John Dee e Comenius, de George Eliot a Oliver Sacks e Susan Sontag, nos conta como os polímatas moveram as fronteiras do conhecimento de inúmeras maneiras. Mas a história pode ser cruel para estudiosos com tais interesses enciclopédicos. Com muita frequência, esses indivíduos são lembrados apenas por uma parte de suas valiosas realizações. Neste livro envolvente e erudito, Peter Burke defende uma visão mais global. Identificando quinhentos polímatas ocidentais, Burke explora seus estudos abrangentes e mostra como a ascensão desses intelectuais correspondeu a um rápido crescimento do conhecimento nas eras da invenção da impressão, da descoberta do Novo Mundo e da Revolução Científica. Só mais recentemente é que a aceleração do conhecimento levou a uma maior especialização e a um ambiente que dá menos apoio a acadêmicos e cientistas de amplo espectro. Abordando desde a Renascença até os dias atuais, Burke muda nossa compreensão dessa notável espécie de intelectual.




Por outros caminhos as ficções científicas, tão em moda, nos ajudam a compreender nossos medos e desejos de futuros. Na arte dos Romances de formação , seguimos o caminho de Franco Moretti, e podemos aprender porque determinadas obras de uma época escolheu tais personagens e heróis, os limites que as sociedades em suas épocas impõe para as pessoas se renderem ou revolucionarem a história , os signos e símbolos que escolhemos para contar essas histórias , a escolha dos lugares e geografia, o uso das tecnologias e seus impactos em nossas vidas nos falam como essas histórias, literaturas, filmes, músicas e outros nos educaram. Como canta Pink Floyd é hora de quebrar as paredes que nos dividem e aprisionam nossos saberes  e seres. Compreender porque a ficção e os games conquistam essa geração, e como nos ensina Steve Johnson jogar Zelda é mais divertido e dinâmico que uma aula linear; assim como em Fundação de Isaac Asimov, os Cientistas buscam preservar o conhecimento de mil anos mas nenhum deles entendem de política porque ? Quais as diferenças entre Admirável mundo novo de Aldous Huxley e 1984 de George Orwell entre seus medos e esperanças? Porque os Samurais agora usando tecnologia se tornam Jedis em Star Wars para lutar contra o Império ? A educação pela arte se torna um cromossomo cada vez mais importante  e estratégico para conquistar mentes e corações pelos caminhos de educação, assim como dialogar sobre formação de polímatas, e outros tópicos discutidos no início do texto, indo muito além das grades curriculares e políticas educacionais governamentais. Nossa jornada no despertar democrático da educação, onde a pedagogia dialoga com saberes, mundos diferentes, ética, ciência, política, arte, valores para cumprir nossa missão de educadores. Foi por esses caminhos que educamos meu filho hoje com 23 anos, e outras pessoas de organizações, movimentos sociais e estudantis , ONGs, Empresas, Governos, e acadêmicos de Universidades brasileiras e internacionais em pesquisas e programas de inovação social que fazemos parte no Ceará, Brasil e outros países; inclusive convivendo com pessoas e organizações de movimentos de juventude no Brasil como Cara pintadas, Empresas juniores e várias palestras em escolas para alunos do Ensino médio público e Universidades, além da interação com estudantes e movimentos no Chile, Podemos na Espanha, Occupy nos EUA, e Vidas negras importam que registro em minhas redes sociais as respectivas lutas e recordações. 


          

Faculdades de educação e PET de Pedagogia tem o poder de dialogar esses caminhos com os estudantes de educação nas Universidades não apenas em ambientes acadêmicos, mas nas Escolas com os pais e comunidades, em outros cursos da Universidade e setores da sociedade como Empresas, Governos, e ONGs , mas também no uso das redes sociais precisamos propagar essas ideias, pois as fake news, drogas, violências e fascismos avançam quando não ocupamos esses espaços, devemos provocar esses diálogos, interagindo com quem pensa e é diferente . Necessitamos ter estratégias para propagar e conscientizar as pessoas com ideias educacionais, às vezes se essas ideias chegam as pessoas certas no lugar e hora certas tem o poder de mudar a História como nos conta Malcolm Gladwell. Esses círculos ou células do PET tem essa missão inspiradora de nos fazer refletir e criticar nossa educação para manter as boas e essenciais teorias e práticas, mas também criar novos caminhos como fazem Emilia Romagna, Finlândia e Edgar Morin ou fizeram Paulo Freire, Piaget, Quilombolas e comunidades indígenas . Esses são propósitos e princípios educacionais que antes de qualquer reprodução sem crítica, nós temos que abrir espaços e caminhos para diálogos educacionais em células presenciais e virtuais distribuídas em nossa sociedade com apoio de professores e estudantes . As capacidades  consideradas pela UNESCO como de nível superior são as capacidades críticas e criativas. Sim podemos mostrar a Sociedade o que de fato é a missão da Universidade que não é produzir pessoas em série como biscoitos ou formar profissionais, e sim escrever a História, a Economia, a Política, a Ciência, a Arte, a Tecnologia, a preservação da Natureza e enfrentar as diversas formas de desigualdades e violências, através do acesso gratuito e universal dos pobres e dos que amam de verdade o saber. De um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.  






   

domingo, 24 de janeiro de 2021

Quanto vale uma oportunidade de vida ? Histórias inspiradoras criaram a humanidade e o mundo que compartilhamos.



Quantos trilhões foram gastos em nome da pobreza e do social no Brasil e enricaram alguns ou foram desperdiçados? Muitos falam em Negócios de impacto social, mas antes de negócios tem que ter impacto social mas o que significa isso ? Hoje existem vários centros especializados em avaliação de impacto no mundo, pesquiso e diálogo com alguns, porém no Brasil temos que discutir antes o que é social. Social não é algo para os pobres e sim para sociedade, o direito à vida digna está em nossa Constituição, independente de ser rico ou pobre como acontece em várias nações. Isso não é utopia, é economia pois gente educada produz riqueza, cidadania e mercado. 



Não vou falar das Máfias dos Espetáculos de nossos Políticos, Oligarcas, e Gangues partidárias que vivem do Estado às custas da corrupção, mortes por Covid, homicídios de jovens, pobreza e brutais desigualdades de milhões de vidas. Mortes por Covid que o Ceará e o Brasil são recordistas globalmente, assim como da Corrupção e políticos ladrões soltos. Não vou falar do impeachment de Bolsonaro, Coronel Ciro Gomes e outros, ambos vivem do Estado há décadas e seus respectivos 01, 02, ...010,... incluindo outras famílias e gangues partidárias que dividem o Estado entre si, se calam para corrupção e criam realismos fantásticos com outros poderes, onde não existe lei nem instituições, trocam moedas entre si como Máfias. Vamos falar de pessoas simples e de como elas podem mudar o Brasil.  



Quando lideramos ou empreendemos um projeto que transforma vidas, não em nome do voto ou do dinheiro, significa o respeito e a ética que temos pela singularidade de cada vida. Se aprendemos a fazer isso de verdade com uma pessoa, podemos dialogar com pessoas que fazem o mesmo, e juntos com as melhores práticas atuamos em rede, consolidando nossas instituições e organizações com a mesma oportunidade e lei para todos. 



Eu conheci uma Empresária que tem tudo do ponto de vista econômico mas ela foi aluna do Paulo Freire e isso mudou a vida dela. Ela busca transformar as escolas mas também pesquisou como o atual modelo leva a destruição de vidas, literalmente pela violência e suicídios. Quanto vale uma boa oportunidade na vida de uma pessoa ? Se acompanhamos os vários efeitos na trajetória de vida da pessoa é incalculável e o impacto é profundo com resultados a vida toda. Quanto vale a formação de Polímatas como Leonardo da Vinci ou de Físicos como Einstein ? E a liberdade e autonomia intelectual deles? Podemos falar outros nomes de outras áreas e Brasileiros, como qual o impacto da arte dos Racionais no Brasil ? frutos de trajetórias que nascem nas favelas, passam pelos presídios e crimes, mas consegue educar e conscientizar milhões de jovens, muito mais que suas Escolas e líderes políticos fizeram por eles. O que quero frisar aqui é que uma vida pode mudar milhares de outras vidas , o que muitas vezes nossas instituições com dinheiro público não fazem, corrupção, desperdício e incompetência, gastam bilhões de reais sem impacto, empurram milhões de vidas para o crime, violências e miséria . 


“E há tempos nem os santos

Têm ao certo a medida da maldade

E há tempos são os jovens que adoecem

E há tempos o encanto está ausente

E há ferrugem nos sorrisos

Só o acaso estende os braços

A quem procura abrigo e proteção”



Impacto social é quando conseguimos identificar e apoiar a singularidade de cada vida em seu contexto e conectar oportunidades que realizem seu potencial, transformando sua vida, e o horizonte social comum que compartilhamos na cidade que vivemos no encontro com os outros e diferentes. Se conseguirmos conectar um dom a uma oportunidade, vamos realizar maravilhas. Porém vamos lembrar sempre que cada pessoa carrega dentro de si várias maravilhas e dons com potencial de mudar nossa sociedade. 



Negócios de impacto social é quando conseguimos compreender e integrar um plano de negócios dentro de contextos e processos econômicos, sociais e educacionais distintos, visando ter impactos na transformação de vidas e comunidades. Resumindo, necessitamos compreender a singularidade de cada pessoa, sua trajetória de vida e o lugar onde vive com a respectiva necessidade de oportunidades e investimentos. O caminho do impacto depende de nossas capacidades de gerar sinergias entre setores diferentes de nossa sociedade, orquestrar e gerar complementaridade para apoiar vidas, otimizando recursos de forma sustentável com a respectiva avaliação on-line do impacto desses processos. Podemos fazer isso com tecnologia com o uso de plataforma na web conectadas a celulares com Big Data e IA. Isso significa ter métricas quantitativas, qualitativas, acumulativas e de engajamento, onde podemos enxergar a importância de cada passo e pequenas conquistas na vida das pessoas. A vida é um jogo com missões e desafios que podemos transformar numa jornada econômica, social, educacional, e artística usando a tecnologia, fortalecendo vínculos comunitários e familiares, apoiando a manutenção da saúde, espiritualidade e a família.



Meu delírio é experiencia com coisas reais. As brutais desigualdades, violências e injustiças temos que superar com ações, dando poder às pessoas e não a partidos e ideologias que visam controlar destinos, educar para crítica e criatividade que nos liberta para caminhos múltiplos, ampliando as experiências e vivências que dialogam com a vida, fazendo pontes e conexões entre pessoas de classe, cor, gênero, e saberes diferentes que nos desafiam a complexidade e diversidade das vidas brasileiras, onde cada vida pode ajudar e apoiar outras com ideias e imaginar juntos novas formas de ser, viver e governar nossa Nação. Essa jornada acontece de baixo para cima, envolve recursos de diversos setores, tocando juntos as músicas de várias vidas e nos educando para propagar como os impactos acontecem em redes locais, nacionais e internacionais com belas histórias inspiradoras nas redes sociais e plataformas on-line usando transmídias.  



Sensibilidade, urgência, visão sistêmica e complexa alteram nossa compreensão do impacto, pois podemos entender mais variáveis que atuam na trajetória de vida desses seres e os contextos e desafios que lidam no lugar onde vivem. Números não são suficientes para compreender vidas, por isso contamos histórias, fazemos filmes, interagimos e somos influenciados pelas redes sociais. Incluímos no Game Terra da Sabedoria a imaginação, desenvolver nossas capacidades para sermos personagens de nossa própria história e da História do mundo que vivemos, e a devida interação visando criar vínculos e redes para superar desafios comuns. A vida é um jogo e essas capacidades invisíveis impactam além dos resultados, os horizontes que podemos compartilhar juntos de forma didática e lúdica, divulgando esses impactos em rede para influenciar outras trajetórias de vida que se somam ao enredo de empreender sonhos de um pequeno grão de terra à Terra da sabedoria. 



Bem, não se preocupem, teremos histórias extraordinárias para lhe contar que no passado inspiraram escritores como Victor Hugo, Charles Dickens e Dostoievski. Pessoas simples que inspiraram milhões de pessoas que continuam a escrever essas histórias com suas próprias vidas. Nós não precisamos de trilhões para começar, apenas que cada um fará sua parte nessa Orquestra.   

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Sobre a inovação social e negócios de impacto no Brasil. Vidas brasileiras não importam ! 1400 dias.



Numa jornada de 4 anos, tive oportunidade de dialogar com Grandes empresas, Co workings, Investidores, Professores de Universidades e Técnicos dos Governos que lidam com nossos desafios sociais, apoio a startups inovadoras ou mesmo pequenas empresas já em funcionamento. A principal lição é que Vidas brasileiras não importam.



O abismo gigantesco, entre a compreensão de diversos setores de nossa sociedade sobre a economia e os desafios sociais brasileiros, é absurdo, mas fruto de nossas grandes desigualdades; que produz várias experiências e saberes no mesmo Brasil com pouco ou nenhum diálogo entre eles. Um jovem nas periferias brasileiras têm pouca informação e acesso a oportunidades, claro que ele quer trabalhar ou empreender, mas aonde ? com que capital ? Claro que jovens nas Universidades querem trabalhar e empreender, mas aonde ? com que capital ?  Sim tem editais no Brasil numa linguagem ou modelos de projetos lindos para quem vive no mundo dos MBAs americanos e, pouco ou nada conhecem da realidade da juventude brasileira. Onde estão os Anjos no Brasil ? bem diferente da realidade de outros países aqui se exige patrimônio e faturamento, mas como empreender sem acesso a capital? Com poucos Bancos diferente de outras economias, inclusive os públicos têm as mesmas exigências, podemos ter produtos inovadores, equipe, parcerias estratégicas, mercado e não conseguir empreender porque não são de famílias políticas nem herdaram patrimônios. As Universidades se isolam, ONGs fazem projetos lindos para poucos, empresas investem no limite do marketing mas poderiam ampliar suas cadeias produtivas, e gerar mercados como foi feito na Economia Americana, Canadense, Alemã , Japonesa e outras.  Mas cada um no seu quadrado e mundos brasileiros, falam em empreender, gerar trabalho, reduzir a violência e a criminalidade, enquanto todos enfrentamos problemas complexos e sistêmicos.



A Demografia inglesa, americana, alemã, brasileira e a chinesa explicam a sua industrialização e formação de mercado consumidor nos momentos históricos onde emergiram. Hamilton foi o primeiro Presidente do Banco Central americano, assim como milhões de empreendedores americanos, europeus, japoneses e chineses , apesar de suas origens pobres tiveram acesso a oportunidades  e capital. Eles souberam transformar gente em produtores de riqueza, cidadania e mercado ao invés de mais crime, violência, homicídios e desemprego que são hoje, a realidade da juventude brasileira.  A China conseguiu tirar 300 milhões de pessoas da pobreza, gerou mercado consumidor, o que ampliou a escala de suas indústrias, e hoje é um dos principais líderes da Economia Global! E nós? Podemos fazer o mesmo, mas temos que juntar os vários Brasis e cada um fazer sua parte. É o que proponho com a Ecodigital e o primeiro Vale de inovação em políticas públicas e impacto social, transformar juventude em riqueza, trabalho, cidadania e mercado consumidor; ao invés de gastar 300 bilhões que geram mais violência e criminalidade. 



O mais fácil em minha jornada foi desenvolver a tecnologia necessária para transformar esse objetivo numa plataforma na internet e nos celulares que conecte esses jovens com oportunidades em vários setores da sociedade, atuando em várias cidades e territórios ao mesmo tempo.  Transformando essa jornada do jovem em missões educacionais, que os educam para serem personagens de sua própria história com capacidades, habilidades, missões e oportunidades para melhorar os indicadores em várias áreas de suas vidas, gerando trabalho, renda e mudando as cidades e comunidades onde residem. O mais difícil tem sido lidar com a cultura do poder e a linearidade dos pensamentos de vários setores que querem lidar com problemas complexos e sistêmicos sem buscar integrar educação, tecnologia, economia e arte. Sim necessitamos dialogar com setores diferentes, otimizar recursos, gerar sinergias e criar novos caminhos numa sociedade com várias disrupções tecnológicas, brutais desigualdades e mudanças climáticas, exigem soluções sistêmicas.



Eu tenho milhões de sonhos de jovens que querem mudar suas vidas e as comunidades onde moram e milhões de oportunidades , aproveitando as capacidades ociosas nas Empresas, ONGs, Universidades com projetos de extensão e politicas públicas brasileiras. Entre elas um portal/ bússola no celular dos jovens para conecta-los a essas oportunidades no mundo real. Agora! 


É urgente empreender em rede com sensibilidade, competências e visão sistêmica, pois os problemas sociais exigem inovação que não se reduzem a produtos, e sim a processos econômicos, sociais, educacionais e culturais, que podem ser integrados em produtos/ plataformas que gerem o diálogo, complementaridade e otimização de recursos, visando termos escala, ampliar o impacto e a sustentabilidade desses projetos sociais e de extensão, negócios de impacto social, politicas públicas e produtos de empresas com a respectiva inovação e lucro para todos, a nível nacional e internacional. 



Depois de 4 anos nessa jornada, as melhores lições que aprendi é que líderes precisam de colisões entre setores diferentes, mesmo concorrentes, para mudarmos de verdade o Brasil. A pior lição é que infelizmente para muitos de nossos líderes, elites e instituições, as vidas e comunidades brasileiras onde vivem os pobres não importam! Não se tem pressa, urgência, diálogo, compromisso dos que dirigem os recursos públicos, e os recursos privados muitas vezes são omissos, mesmo que isso gere muitas violências e crimes do nosso lado, e destrua a qualidade de vida de todos. As Vidas da maioria dos brasileiros não importam! Você pode nos ajudar a mudar essa História juntos ?  




terça-feira, 19 de janeiro de 2021

DIÁRIO 13, INOVAR O SER E A TERRA INTEGRANDO TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE. 1390 dias.


Qual o plano que temos para humanidade? Eu sugiro realizar todo potencial da humanidade para realizarmos momentos mágicos em nossas vidas e preservar a Terra que vivemos. Falo em mágica porque temos que unir imaginação para transformar a realidade que vivemos com ciência, tecnologia, economia, política e arte com ética, alegria e felicidade. A soma disso é quando alguém encontra sua singularidade no desenvolvimento do ser e deixa bons legados na Terra.


É quando sabemos que fazemos parte de uma orquestra e compreendemos a música do mundo, sem precisar voltar no passado, corrigimos nossos erros como humanidade agora, sem precisar dar saltos no futuro, fazemos do presente, futuros por novos caminhos, tocando o nosso instrumento ser humano em sintonia com o Universo. É quando sabemos exatamente que notas podemos acrescentar na música sem ruído e, que temos a capacidade de transformar com nossas atitudes, tragédias em epopéias, transformando vidas e a Terra que habitamos com novas formas de ser , viver e governar.



Entre objetivos finais e instrumentais, o que esperamos da tecnologia e sua relação com a educação e a natureza ? e os instrumentos que elas nos fornecem, podemos fazer robôs que fazem cirurgia com precisão maior que a humana, bombas atômicas, ou drones assassinos. Por enquanto somos nós que escolhemos os fins, mas se as máquinas não forem escritas em seus algoritmos, a importância do ser humano e da natureza ? não podemos culpar os algoritmos que escrevemos, apenas para fins comerciais de aumentar o lucro e reclamar que ele está gerando desemprego e desigualdades. Simples assim.



Porém, também podemos gerar bons exemplos de IA para o Bem! Quais os limites reais entre tecnologia e a ficção que assistimos como Blade Runner? Seres humanos desobedecem, assim como animais ou máquinas como Hal em 2001, uma Odisseia no espaço . Mudamos de interlocutor quando alguém discorda de nossos interesses ou propósitos. Entre malícias e competências, o mundo pode ser um teatro onde cientistas, políticos e empresários que visam apenas o lucro, tomarem decisões erradas e decidirem o futuro da humanidade. Como Trump poderia ter apertado o botão nuclear assim como Roosevelt? Em nome de proteger se matam outros. Já fizemos isso como humanidade para enriquecer alguns.



Mas como eu disse a IA pode ser usada para o Bem! Temos o exemplo do Bebê X que é um robô com circuitos de dor e alegria, parâmetros químicos gerados por stress ou prazer, adicionando fatores humanos na computação que poder ser programados, ativados por sensores no Robô, e usando princípios cibernéticos de feedbacks que se tornam reguladores de comportamentos e expressões faciais. Um bebê robô com várias experiências que pode interagir com seres humanos.



Esses robôs poderão ter direitos ? ou queremos robôs apenas como escravos ou animais que fazem apenas o que queremos ? mesmo que nossas ordens sejam irracionais ? Se fazemos isso com pessoas porque não vamos fazer com robôs ? e elas poderem se defender e nos atacar ? Hoje temos robôs sexuais, mas não temos robôs para acabar com a fome e violência na África. A sensibilidade é vital para nos educar como tratar outros seres humanos, animais ou robôs . O que nos diferencia dos Robôs ? a nossa educação, ética, estética, justiça ? espero que elas se tornem cada dia mais urgentes. Se os robôs vencerem os humanos além do Xadrez ? Na Economia e Política ? vamos dar poder aos robôs ? nas questões ambientais, comida e energia ? A Sofia foi à ONU propor isso.



O futuro de tudo depende de nós, não existe igualdade, sobra pobreza, doenças, e crimes. Seremos reduzidos a animais de zoológico, sem liberdade, pelos Robôs e IA ? Hoje já mudamos quem somos , apenas com uso de algoritmos, destruindo nossas capacidades de tomar decisões, em nome de pilotos automáticos que nos guiam. Mas, podemos aprender mais com uso de IA, incluindo ligar nossos cérebros com uso de computadores, implantados via chips em nosso corpo. 



A IA pode nos ajudar a imaginar além da imaginação, co-evoluirmos com a tecnologia, já convivemos com ciborgues que potencializam seus corpos, mas também podemos potencializar tudo que nos torna humanos ou trans humanos. Porém ser humano tem haver com neurônios ? ou com a soma dos seres humanos, a humanidade, que nos torna um super organismo ? Devemos servir aos interesses de uns poderosos econômicos ou políticos ou a empatia que nos liga ao sofrimento de outros seres humanos ? Quantas mais conexões ou informações tivemos nos tornam seres melhores ?



A cooperação entre máquinas e humanos vai definir a próxima fase da história! Armas baratas e eficazes dão poder a qualquer pessoa. A guerra pode se tornar um garoto brincando de videogame. E a velocidade da máquina é maior que a do humano na hora da guerra. O problema é que a Sabedoria é lenta, e Deus não controla suas criações, como não controlamos nossos robôs e IA. 



Vivemos loucuras sem diálogo. Inteligência não é má ou boa, ela dá poder. Assim podemos ser as formigas do amanhã. A nossa insignificância humana foi derrotada por um vírus. É hora de pensar em tudo que pode dar errado e buscar caminhos de segurança para nosso pouso em Marte e na Terra. Aprender de forma autônoma quem somos, evoluir,  e decidir quais horizontes ? Vamos guiar nosso futuro ou seremos guiados ? é possível equilíbrio ? Somos um pequeno grão de terra com ou sem sabedoria ? Eis as questões: esperamos que criaturas divinas nos salvem ou libertem de nós mesmos ?




domingo, 17 de janeiro de 2021

Diário 12, Sobre o vírus do ódio e das tragédias. AMOR ACIMA DO MEDO!

 


O ódio é uma criação humana, até o presente momento não podemos provar que existe em outros animais ou que é uma criação divina. Em nome do ódio, a humanidade fez inquisição, guerras, escravidão, racismos, genocídios, holocaustos, e várias outras formas de violências, incluindo a econômica, ao reduzir um ser humano a miséria, fome, doenças, ignorância e várias formas de sofrimentos. Enquanto uns cultivam o seu ser, o amor ao outro, outros cultivam o ódio em seus gestos, palavras, e quem diria uns chamam isso de política, outros de economia, seitas e outras formas onde se organizam as violências contra aqueles que consideramos inimigos.



“A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou vírion é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.


Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão (poder) do controle da maquinaria de auto-reprodução celular.”



Ódio é uma idéia que pode infectar como um veneno mentes frágeis e, se reproduz de forma parasitária, ocupando corpos coletivos como Nazismo, Ku klux klan, Máfias, crime organizado, seitas e outras formas ideológicas de poder, onde o individualismo se esconde e
desaparece em palavras e comportamentos repetitivos de submissão aos chefes. Leva ao autoritarismo e ditaduras de poucos, em nome de um suposto grupo, praticam atos de vingança, violência e ódio contra quem consideram inimigos. Em muitos casos mesmos crianças, mulheres, jovens, indígenas, negros indefesos e sem nada fazer, são 
tratados como inimigos.



Um vírus é um fragmento de algo que não sobrevive, nem se reproduz sozinho, assim necessita parasitar e ocupar outros corpos provocando dores, sofrimentos e mortes. Dissemina pandemias ao se multiplicar em corpos que levam a sua morte e, se multiplicam visando infectar outros corpos. Necessitamos compreender biologicamente um vírus para refletir sobre semelhanças com o ódio e como provocam e disseminam mortes e tragédias. 



Tragédia é algo inicialmente que acontece de forma incompreensível para as pessoas, mas que ao longo das dores que provocam nos revelam segredos e lições de como fomos responsáveis por esses destinos cruéis. “Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "cabra" e ᾠδή, "música") é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, pondo frequentemente em causa os deuses, o destino ou a sociedade.


“Suas origens são obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e tradição religiosa da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais especificamente nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus grego Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas apresentações etilizadas e extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram combinadas na palavra tragosoiodé (algo como "canções dos bodes"), da qual a palavra tragédia é derivada. No sentido vulgar, tragédia, desgraça e drama são sinônimos. “



A função da tragédia é provocar, por meio da compaixão e do temor, a expurgação ou purificação dos sentimentos (catarse). A Catarse é um conceito filosófico que significa limpeza e purificação. Esse conceito é muito amplo, uma vez que é utilizado em diversos ramos do conhecimento: artes, psicologia, medicina, religião, educação, dentre outros.  


A tragédia clássica deve cumprir, ainda segundo Aristóteles, três condições: possuir personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada em linguagem elevada e digna e ter um final triste, com a destruição ou loucura de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do destino.



A história nos ensina que a tragédia muitas vezes está ligada aos destinos dos poderosos e as consequências de como exerceram seus poderes. Hitler ou Rei Lear nos ensina que o ódio leva à loucura. Eles são infectados pelo vírus do ódio, que passa a dominá-los, e multiplicá-los em outros seres frágeis se hospedando neles . 



O vírus Covid19 e a pandemia atual é uma tragédia de como poderosos tem provocado doenças, reduzindo o ciclo de vida de animais que perdem a imunidade natural, tornando se presas frágeis para vírus, destruindo habitats naturais bem próximos às cidades, onde esses vírus se disseminam para populações. Alguns dizem ser o vírus uma reação pelas formas que tratamos a natureza e os seres humanos, pois insistimos em achar que comandamos o destinos de nossas vidas e Terra. Confundimos poder com amor e segurança e assim o transformamos em ódio e loucura, tentando controlar o que por natureza é incontrolável, pois segue o ritmo da vida e da morte, sempre necessárias para dar continuidade às mudanças, evoluções e rupturas naturais.  



Quantas guerras, violências, mortes, pandemias vamos provocar em nome do mal e do ódio ? para que pessoas tenham direito de viver suas vidas sem escravidão, racismos, genocídios, holocaustos, e várias outras formas de violências, incluindo a econômica? Quantas vezes vamos destruir a natureza e vidas em nome de nossos poderes? Quantas tragédias vamos alimentar com nossas ignorâncias e atitudes ? É tão difícil assim amar, pensar, sonhar, conviver coletivamente, sem que tenhamos que nos tornar parasitas das vidas dos outros, usando poderes e violências, visando reinar em tragédias que sacrificam a humanidade! Será que podemos aprender com a História, com o que a espiritualidade, tecnologia e natureza nos ensinam? ou continuaremos a cometer os mesmos erros em nome de ignorância e maldades? 



O ódio é uma criação humana mas o amor é divino, temos que aprender amar os vírus que geramos em nossas sociedades e nos curar das pandemias e tragédias que nos afetam. Eu não vou me transformar num monstro para destruir outros monstros, o amor e solidariedade curam doenças e pandemias, se aprendemos a compartilhar destinos sem podres e doentios poderes e poderosos. Em nome do amor vivermos, incluindo nossas tragédias para nos curar dos vírus que carregamos. AMOR ACIMA DO MEDO!