SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Pag 16- TRANSFORMANDO ESTRELAS EM PARQUE DE DIVERSÃO




Fomos para casa e lá chegando, vovô decide tentar pintar o quadro “O Sacrifício de Isaac”. Eu, não pensava noutra coisa, a não ser no parque de diversões para onde papai prometera me levar a noite.
A noite com sua magia me encantava e imaginava contemplar o céu estrelado do jardim da casa de vovô. Como são belas as estrelas! Peguei papel e lápis e comecei a pintar o céu estrelado. Aos poucos, ia pintando as estrelas e percebi que a junção delas daria para formar um carrossel, roda gigante, vários brinquedos.
E na minha inocência de criança, ficava a me perguntar: será que é lá que os anjos brincam?
Continuei o desenho até que o papai chegou e me chamou para ir ao parque. E lá chegando, pude, ao passear na roda gigante, contemplar o céu e fiquei a imaginar os anjos brincando naquele outro parque de diversões.

A VIDA DE UMA ESTRELA DE DAVI-

Homenagem ao Võ Michel
As estrelas são fixas ou são moveis no universo?
Bem que poderíamos
Caminhar entre os planetas
Olhá-las dentro de nós
Pelas lunetas
Iluminando-as,
Não com intuito de que possamos vê-las,
Afinal a claridade ofusca,
Se quisermos olhá-las de frente.
É preferível imaginá-las como o Sol poente,
Aproveitar a luz
Para enxergar dentro de nós.
Poderíamos perceber
Que a estrela que ilumina
Somos nós.
A luz vem de dentro,
Não de fora e propõe caminhos
Ao invés de apenas iluminá-las.
Elas são fixas como no universo
Porque dentro de nós
Elas permanecem em seu lugar.
O nosso corpo é percorrido
Pelo espaço e pelo tempo.
Como o universo,
A vida é infinita em cada momento
Como planetas que giram em órbitas,
Estão algumas leis universais,
Diria atemporais
Mas não podemos esquecer
Que as estrelas que observam,
Levam, de longe a plenitude, a atitude
Criam espaços relativos, sociedades alternativas
Que são vividas em anos-luz,
Por essas estrelas
Que chamo saber e que precisam de você!

Pag 15- UMA VISITA AO MUSEU





Na minha infância, todo Domingo era uma festa. Logo cedo íamos para a casa do Vô Alberto. Apaixonado por artes, tinha nas paredes de sua sala, obras de vários pintores de épocas diferentes, entre antigos e modernos. Após andarmos nos jardins que cercavam a casa, ele sempre me levava para passear em galerias ou museus de artes.
Num desses domingos, fomos ver uma exposição de Michelângelo e ele, muito sábio, passou a me explicar cada quadro da exposição, embora que pouco entendesse devido minha idade.
Até aquela altura não sabia por que vovô tinha sugerido o meu nome a papai e mamãe. Ao passarmos diante do quadro “O Sacrifício de Isaac”, Vô Alberto me disse:
- Filho, você ainda é muito novo, mas, um dia compreenderá o porque de eu ter sugerido seu nome: Isaac.
- Por quê, vô?
- Neste quadro se reproduz uma cena onde amor e fé se confunde, o que passamos a vida toda a fazer.
- Não entendi. Pode explicar melhor?
- Está bem. Então vamos sentar um pouco.
- Vou contar uma história:
“Os primeiros servos de Deus foram os grandes patriarcas do Antigo Testamento, dentre eles, Abraão”.
Abraão casara com Sarah, que depois de casada se descobriu estéril.
Para dar continuidade à sua descendência, Sarah fez com que Abraão gerasse um filho em sua escrava Agar.
O filho de Abraão se chamou Ismael.
Tempos depois, já na velhice, Sarah fica fértil e dela nasceu Isaac”.
- Um momento vô! Eu tenho o mesmo nome dele e o quadro também?
- Sim filho. É já lhe explico. “As Escrituras não dizem o porque do nome. Mas o certo é que com o nascimento de Isaac, Ismael e sua mãe foram morar distante dali e, portanto, Abraão ficara somente com Isaac, seu filho com Sarah”.
Deus, conhecedor da fé de Abraão, mas, querendo testá-la, pediu que ele apresentasse o próprio filho como oferenda.
Abraão amava muito o filho. Fruto do seu amor com Sarah, presente do próprio Deus que o queria de volta, mesmo assim, não exitou. Pôs-se a caminho para realizar o sacrifício. O próprio Isaac levou a lenha.
Chegando ao local predeterminado, Abraão preparou o altar. Amarrou Isaac e colocou-o em cima da lenha. Quando estendia a mão para pegar a arma e sacrificar o filho, do céu ouviu um chamado:
‘- Abraão, Abraão!’
Ele respondeu: ‘Aqui estou’.
A voz disse: ‘Não estendas a mão contra o jovem. Não lhe faças nada, pois agora sei que temes a Deus, tu que não poupaste teu único filho por mim!’
E esta, filho, sucintamente, é a história do Sacrifício de Isaac que hoje, em cenários diferentes, se repete e nem sempre temos a fé de Abraão para salvá-lo”
Era muito interessante a história, mas o que eu queria mesmo era ir para casa brincar de pintar e desenhar..

Pag 14 - POR QUE ALGUMAS PERGUNTAS NAÕ PODEM FICAR SEM SER PERGUNTADAS QUANTO MAIS RESPONDIDAS!



Algumas perguntas vitais são Silenciadas, devido ao potencial de conflito que trazem em si, e não “devem” serem reveladas. Já que tocam em pontos universais e diria essenciais da existência humana. Pontos que consideramos como um direito universal do Homem, porque garantem as suas condições de existência. A medida que estas perguntas “proibidas” são colocadas as relações de poder que estas ocultavam, começam a serem postas, questionadas e esclarecidas enquanto conflito. As suas respostas, são os novos paradigmas de poder que serão aceitos pela comunidade; não como verdade absoluta, mas como normas necessárias para a existência da comunidade.

O cotidiano é, sem sombra de dúvidas, o despertar para o questionar, o perguntar, o conflitar; já que lá estamos mais “Livres” das forças coercivas da Sociedade. O cotidiano que o mundo moderno insiste em chamar de acaso, providência (a seca, ser pobre, perder o emprego)...e que cada vez mais estabelece laços com este tipo de cotidiano, através de instituições místicas da Sociedade Moderna ( astrologia, filantropia mascarada ). E moderna, por incrível que seja um “moderno” próximo em um ciclo a Antigüidade dos Deuses, que comandavam épocas em que o cotidiano era o acaso e a providência. É este o ciclo do Ser Humano, que une Antigüidade e Modernidade, com laços que unem Cotidiano, Silêncio e Mística. E que para aqueles que não questionam, que não perguntam, que não encaram a entender e criticar o seu cotidiano estão tão distantes quanto os homens da idade da Pedra estão da Modernidade ou Pós-Modernidade? Qual deles preferir conceituar!

Porém o importante é não só classificar o Cotidiano e estabelecer os critérios para questioná-lo, mais tirar do seu pano de fundo histórico a forma como se apresenta. Quais as barreiras que definem esta forma e que servem, ao mesmo tempo, para inibir o questionamento desta forma “proibindo” perguntas e suas respectivas respostas que nos fariam entender os laços de poder que caracterizam o tempo em que vivemos. Perguntas enquadradas, mapeadas, que visam áreas do “saber” com respostas premiadas, condicionadas e contextualizadas a não encontrarem vida em nossa sociedade. Dentro de áreas de Domínio, intermediadas pelos interpretes desta forma, que codifica em linguagens. Hoje, quando olhamos para o Feudalismo, não acreditamos o quantos os plebeus eram burros para obedecer aos Reis? Mas e os Reis que hoje obedecemos só mudaram de nome; na essência são os mesmos.

Portanto as próprias respostas da forma são coisificações do ser, que buscam dominá-lo e alegar que estas são “as características do seu tempo”. Vamos, portanto, dar uma volta pelo cotidiano, pelo ser e o tempo em que vivemos. A modernidade após, a inversão da contradição, em que habitamos e reconhecemos, ao mesmo tempo, como lar e prisão, que cultivamos como dogmas e chamamos de ciência, que falamos em democracia e habitamos a ditadura do silêncio.

E não há nenhuma ambigüidade nisto se entendemos como crenças! Se pensarmos a razão e a verdade científica como não pertencente ao mundo Natural, mas ao mundo humano simbólico. Afinal existe alguma Ciência que não seja humana? O mundo Humano é essencialmente dominado por “verdades”, “profetas”, suas crenças, suas normas, códigos e representantes, instituições, que são formas concretas de poder. E que para sobreviver, como um corpo humano, precisam ser alimentadas por “dietas das massas” sem diversidade, evitando as perguntas que são as vitaminas do espírito do seu tempo. Nos empurram a força coerciva; o enlatado, a propaganda, as receitas dos “mestres da boa alimentação e do” Saber “. E cada vez mais ficam gordos, alimentados por nossa ignorância e pela deles. O espírito continua fraco, a cabala se renova, pois a sua necessidade aumenta com o tempo e apaga-se. Sem coragem para acender nos lugares proibidos do domínio do dinheiro, do poder e do saber. E com o adentro da modernidade ficamos famintos, pobres, dominados, e ausentes da busca pelo “saber”. A modernidade conseguiu construir suas muralhas da sociedade, dentro do ser que nela habita, da mesma forma que na essência do que comemos esta a forma de como deve ser digerido. E assim optamos pela forma de como abdicamos de nosso ser, da ausência do alimento do espírito onde o cotidiano foi sendo desabitado a medida que pouco conhecemos nele, algo de nossa construção. Porque nem mesmo nos reconhecemos mais como construção do ser que somos, dos nossos vizinhos, colegas de trabalho mas insistimos em falar em comunidade. Porem antes de começar a viver a pos-modernidade, queria dizer que aqueles que lutam e sonham por dias melhores; que do deserto mais seco e mais sombrio, em sua natureza brota a vida. Dos desertos, podem surgir às rosas mais bonitas e vivas. Porque para sobreviver neste Deserto é necessário ser, muito mais do que em terras onde jorram água. Nestas terras a água é composta entre seres que compartilham às vezes só a esperança! No deserto você critica, compõe e cria do nada a vida, uma semente que precisa de velocidade e forma para sobreviver, florescer e procriar. Pois no deserto se sofre, e entende o sofrer, se chora e entende o chorar, para poder entender o significado de rir e viver. Para poder ser a rosa no Deserto, dentro dele na essência do Ser que ri e chora, e transformar-se em rosa. Em Rosa, através da prosa, ser a linguagem do Deserto que é tão frutífera na Cidade!

Cidade que cada vez mais se torna com a tecnologia que “fala” pelo Ser, um deserto sem linguagem. E sem comunicação, sem linguagem, não há pensamento, não há critica... Não há Seres, não há Cidade. Apenas um deserto sem linguagem, a modernidade.

Feito de cotidiano aonde o silêncio, a indiferença e a solidão formam o triple da Ditadura Moderna sobre o ser Humano, que sozinho não fala com outro ser. As suas expressões dos ser Moderno como a tecnologia, o consumo de massa e a democracia da ilusão, consolidam o feedback de socialização sem essência, sem palavras, sem pensar.

Por isso é preciso nomear aquilo que sentimos e falar (PENSAR) sobre elas. Aprender a pensar, criar estilos, novos tipos de rosas que nascem do deserto. Efetuar as perguntas necessárias, as criticas essenciais. Identificar as respostas a partir das omissões que ocultam as perguntas proibidas. Estas que são anteriores a qualquer consolidação de qualquer resposta, pois indicam a existência humana, a vida, o ser humano como anterior aos regimes de poder, pois estas perguntas rompem com a ditadura do silêncio apresentando à sua forma, um sentido, um significado... E quando a este significado não encontra, não encontra o Ser, e sem o Ser não existimos, não perguntamos, nem respondemos, como hoje fazemos! Esquecemos, calamos, como deveríamos silenciar? Não dá para agüentar, pois morrer não está nos planos da humanidade. Não perderemos esta chance de viver.

A evolução opera nem que seja por crises que nos alertam, avisam que algo está errado. A Aids provocou um reflexo sobre o Sexo! O terrorismo sobre a realidade que vive num mesmo lugar, e somos afastados apesar da vizinhança, há o desmoronamento da segurança que construímos no mundo da ficção que torna-se a nossa vida.

Se ainda não vivi, não sei o porque calar! Falo, Penso, Vivo, o mundo vou mudar! Reflito, Critico, Por que Calar? Se a Sobrevivência é tirada dos que calam! Quero Viver, quero falar... O mundo se escreve com Vida. Se acaso não percebemos a ferida que o Silêncio constrói, piora vira Solidão, o câncer da indiferença se alastra não no corpo, mas na alma. Só o antídoto da palavra acaba com a Epidemia do Medo, mesmo quando o antídoto não cura o câncer da Solidão, pois mesmo que você fale sozinho, a indiferença será curada, pois o teu pensar e o meu comungam dos mesmos Sonhos! Quando pensamos, Sonhos se realizam no tempo, Domínio do Ar aonde tudo se transforma, até mesmo a vida em palavras eternas... Que chegam pelos livros e pelos livros retornam a sua origem: a realidade. Portanto realize-se, fale, pense, silencie a solidão, com a Indiferença que o Ser tem por elas, quando descobre a si mesmo e ao outro! Quando Reconstrói, reconstrói-se em palavras, em atos, um mundo escrito, revelado... Por que não? Construído!

E afinal é isto o que somos: escrevemos o que somos, concretizamos o que acreditamos, despertamos! Falando, procurando saber se o que compreendemos de fato entendemos, significamos ou apenas nos surpreendemos, tirando ao vento segredos que nos revelam, e selam a aliança que temos com o Deserto e as Rosas, o Ser e o Nada, Deus!

Afinal, hoje no mundo em que vivemos onde a vida está em último plano, quem pode nos provar o porque da vida e de estarmos neste mundo? Se ninguém, Ser Humano, pode nos provar sobre que regras somos julgados, se somos julgados e por quem? O que é a verdade neste contexto? O que pode ser considerado certo ou errado em um mundo aonde para as perguntas essenciais não se busca as respostas; e onde muitas respostas são dadas as perguntas não essenciais. Toda a humanidade e a história encontraram em seu caminho, pedras deste quebra-cabeça. Alguns preferem dividi-lo em dois: Razão e Sentimento! Outros passam pelo mundo sem solucionar a sua parte do quebra-cabeça, enterram-se sem saber porque vieram ao mundo? Sem revelar o Seu Ser, a partir das respostas das perguntas essenciais. O que vai dificultando a solução, para os que permanecem na luta. A luta está em perguntar Por Que? Entender e revelar a resposta através das palavras, podendo assim interligá-las de forma que possamos primeiro enxergar todo o quebra-cabeça para saber exatamente aonde as partes se encaixam! Cada um encontrará a sua, até que um dia poderemos encontrar a Solução, que com certeza terá em cada uma de nossas respostas, a visão do holograma da felicidade, isto se o nosso horizonte for a busca da sabedoria que é vizinho da Bondade e da Coragem.

Até lá não podemos castrar nossa liberdade e vontade. O resto são lições simples que devemos vivê-las com rigor, sendo que isso é a metade do caminho. A outra metade são os valores que trago comigo durante esta jornada.

Só determinados valores serão premiados, outros nos levam a trajetória errada. Os caminhos são simultâneos, porque a forma de percorrê-los depende do seu conteúdo. Devemos segui-lo com determinada ordem, por isso esperamos que cada um defina seu ritmo, e que ele seja constante depois de definido, não importando se a sua resposta ainda não esteja nos livros; afinal se estivesse não estaríamos falando sobre isto, a necessidade de cada um descobri-la! O que importa neste caso é que sua Sabedoria possa guiá-lo e que diversas fontes da expressão humana forme um único saber simples, que possa ser dialogado com o outro, ensinado na escola, esta a primeira que deveríamos freqüentar!

Até lá eu não quero viver dentro de uma ideologia que não me pertence, que tem as rédeas do meu destino, controlado por quem o criou ou detém o poder sobre este caminho. Quero caminhar, viver, Ser uma ideologia ou um sonho que acredite nele tanto quanto acredito em mim. Quero criar meus mitos, símbolos... mas antes da criação quero entender a razão da sua existência, mesmo que esta seja viver sem razão, construindo crenças ou Mitos. Mais até lá, quem sabe terei uns momentos de felicidade, paixões fortes, exatamente porque estarei vivendo dos meus sonhos, de minhas crenças. O meu futuro será o meu presente, pois tudo aquilo que acredito, viverei hoje! Como hoje se vive em função do dinheiro, prazer, de imposições de outras pessoas! Não mais viverei assim, penso, assim faço. Hoje reconheço quem trava suas relações de poder comigo e porque! Quem vende seus Mitos, Ideologias. Quando na verdade, são estas instituições, que representam o poder da verdade, que tiram do Ser o que há de mais humano nele: a Liberdade!

Por isso é importante descobrir que por detrás de uma história, existe uma história de como ela foi construída. Porque elas são narradas daquela forma, os personagens, os temas, os cenários, o roteiro como um filme ou documentário. Alguém que de alguma forma organizou e sistematizou a sua construção. Todas as histórias têm a sua mágica, é importante “desvendá-la”! Por esta razão, gostaria de contar a história da minha história. E assim possamos nos comunicar em essência e intensidade! Quando o amor não for mais proibido, já teremos rompido com a Ditadura do Silêncio e conhecido melhor a história de nossas histórias de vida aonde realizamos as perguntas proibidas e o deserto com rosas floriu. Porem antes de ser rosa sua história começa como semente em sua infância

Pag 13- Era uma vez o silencio !





Era uma vez o Silêncio!
As palavras estão mortas,
O homem não acredita mais nelas.
Ele é um refém da Ditadura do Silêncio.
Busca exílio cultural,
aonde possa voltar à acreditar nas palavras
quando voltar acreditar nos seus sonhos.
Mas mesmo assim, até lê, ainda escreve
Uma nova linguagem, a linguagem do seu Ser
que ele constrói, e é construído,
transformando seus Mitos em realidade
na medida em que se liberta das relações de poder,
internalizadas nas palavras que lhe ensinaram.
As Palavras estabelecem sua comunicação com o
mundo,
Mas não com ele, com o Seu Ser, único.
Por isso ele cria uma nova linguagem,
a sua Subjetividade,
escrevendo o Seu Ser, Sendo o seu estilo,
a sua tecnologia, compreendendo a si mesmo
para compreender o outro.
Investigando a Democracia,
não olhando através das brechas da grades,
sem enxergá-las, e criando a ilusão de ser livre.
Mas enxergando as grades,
isto é o primeiro passo para ser livre,
Cuidado quando a Democracia lhe incentiva a falar
mas o Silêncio é a regra,
Porque nem tudo, que não é preto, é branco
Neste intervalo existem muitas palavras,
A serem reveladas, a principal delas o Ser
que não se enquadra
Que não aceita palavras vazias, sem alma,
Sem conteúdo, que se escondem em discursos,
Mesmo quando revelada como A Democracia,
Não revela nas palavras que a acompanham,
Nem mesmo entre elas. O sentido da Democracia,
Porque os que citam e os que ouvem
Vivem em mundos diferentes.
Um que detém a palavra,
O outro o Silêncio.
A Democracia que é sustentada
Pala Ditadura do Silêncio do outro
E entre eles a História,
O adulto que fala, e o jovem que trabalha e se cala
A fé, que aguarda o pronunciamento, a palavra da
Igreja
O eleitor que vota, o Senador fala, para o eleitor nada!
O professor que fala, o aluno que se cala,
Para depois repetir além das palavras do
Professor, o Status de reprodutor...
O artista que canta, o Ser que dança,
Quando poderíamos cantar ou escrevermos juntos,
Afinal todo Ser, deve viver a experiência;
Da Arte, como também da Política, Educação,
Religião, Trabalho... Deve construir e ser construído
Por suas palavras, por sua EXPERIÊNCIA!
Mas por onde começar? Fazendo as perguntas
Proibidas,
Sobre as grades da Ditadura. Depois além de escutar,
Falar, além de ler, escrever, além de falar, agir...
Era uma vez a Ditadura do Silêncio.
Hoje, não é mais! Porque começa a escrever outra
História
A História do Seu Ser! Que desabrocha no tempo!



Pag 12- MANISFESTO 2 – FAZER AS PERGUNTAS PROIBIDAS NO DESERTO QUE VAI FLORIR. – O segundo selo





A Gênese da Pós-Modernidade dá-se través do Renascer das Democracias e do avanço econômico e tecnológico. Infelizmente, trata-se da Democracia do anonimato no plano político, e das Sociedades Anônimas no Plano Econômico e seus capitais flutuantes.

Nestes dois espaços, o que impera é a palavra de poucos que tomam as decisões, e o silêncio de muitos que, em regime de Ditadura, cumpre as decisões. Pode-se afirmar que apenas de um lado está a Democracia política e econômica vivida por uma minoria concentradora de renda.É exatamente o respeito, a essa minoria, que a Democracia defende! Atuando de forma teórica e prática, quando no plano político aproveita o orçamento público (O Estado) para dividi-lo em posses privadas, ampliando a concentração de renda! Pois nestes leilões, de Setores estratégicos da economia, só participam a minoria dos grandes fundos de pensão e multinacionais. Esta minoria também utiliza o aparelho repressor do Estado para garantir as suas propriedades e liberdades. É para isto que serve o Estado, para esta minoria, salva guardada pela Democracia que a financia e protege. Já no plano privado, se é que se pode chamar este modelo de Estado de público, impera a Democracia das S.A. A S.A., os grandes Bancos, o mercado financeiro ou os Fundos são os grandes financiadores da Globalização, investimentos tecnológicos, fusões de empresas, ferramentas que só aumentam a concentração de renda. Portanto é a poupança, de uma maioria de trabalhadores em forma de ações , títulos de previdência ou investida em títulos públicos, que juntos provocam a crise financeira através da especulação, retornando ao trabalhador, com a quebra de sua economia, a perda do valor da moeda, inflação, pobreza, fome e mais concentração de renda e de liberdades.

Portanto, um jogo que começa e retorna ao mesmo tempo, porque financiamos este tipo de jogo, que dará aos grandes grupos financeiros e industriais (uma minoria) as condições de estabelecer completo domínio sobre os mercados nacionais: Controlando os Setores que garantem a sobrevivência da população e usufruindo os frutos do trabalho de uma maioria. Restando a esta maioria a única opção de exigir o que é seu, através da força, pois o pão e o circo já não são suficientes para todos!

Portanto, gostaria de relembrar, é o dinheiro dos trabalhadores que financia a sua ruína, de seus filhos, netos; de sua família. Esses mesmos trabalhadores, uma maioria, que tem criticado o desemprego estrutural, a globalização... É importante estarmos atentos para as conseqüências de nossos atos, pois analisando sobre uma perspectiva sistêmica observamos a Democracia de uma minoria sendo financiada pelo regime da Ditadura, que é imposto a uma maioria. Tendo como único direito o Silêncio, como dever o Trabalho. Por conseqüência disto, o Direito de Dever.

Por isto, hoje mais importante que seu voto é aonde você gasta seu dinheiro.Quais grupos econômicos você fortalece, através de suas compras e investimentos? Qual a visão de mundo deles? É semelhante a sua visão de mundo, seus Valores? Cada dólar, real, yen, marco... seu gasto, representa um voto num mundo que você quer construir!

Ou será que os neo-liberais estão certos, (Escola Austríaca), que não temos controle sobre o nosso desejo de consumir e portanto, como acontece em muitos casos, professores universitários com um discurso Marxista, e um consumo neo-liberal! Aonde consome vários produtos que não tem necessidade, influenciados pela propaganda, perde controle sobre seus atos. E assim mantém o seu discurso, distante de sua prática, sem credibilidade para propor uma nova visão de mundo, que em seus atos não constrói.

Mas as rosas mais belas, nascem nos
desertos mais sombrios, pois neste
chão,
Neste berço, para nascer é preciso,
Além do esforço, fé para viver!
É preciso ir em busca da água e do ar
Da vida
Não no deserto, pois lá não há
Mas na semente, na essência do Ser Humano!
Evitando que a rosa murche no deserto,
Realizando o desabrochar do Ser, da Juventude,
Uma rosa plantada no seio de sua sociedade
Um deserto que pode florir!
Para isto o ser que é a semente
Contém fé , sentimentos e razão!

Entre o Silêncio e o Trabalho, encontramos o berço histórico de nossa geração, e da geração que nos criou. A Transmissão da Modernidade vai se dar através da educação que nossos pais receberam e transmitiram-nos. Este é o elo perdido da nossa identidade! Seja no Capitalismo ou no Socialismo, é no contexto da História do Ser e das relações de poder que atuam sobre ele que se escreve a história do Ser da Pós-Modernidade! Nossos antepassados são os educadores que aceitaram as idéias, os valores e os símbolos, fundamentados no Silêncio e no Trabalho! Como escreve Max Weber, sobre a burocracia , que carece de valores e de méritos humanos! E a partir destas relações de poder, as pessoas erguem sua Ideologia, sua Linguagem e Razão. Transmitindo-as através das instituições, para a qual fomos educados a aceitá-las e conviver com elas. Questionando uma vez, de vez em quando, o conteúdo das disciplinas (Capitalismo ou Socialismo) não a grade curricular que nos prende (Silêncio e Trabalho).

De uma forma ou de outra, equipados com “n” logias, nossos educadores reproduziram espaços, tempo e mentes aonde as relações de poder que as define tem seus limites no Silêncio e no Trabalho, e agora no ócio, “viva a produtividade e a criatividade”. Nada pode ultrapassar estes limites, a não ser o despertar uma consciência crítica para entender as razões deste Silêncio e do Trabalho. A Criatividade, para a partir desta crítica, pensar novas formas de Democratizar as escolas, o trabalho, o Ser, a comunidade e as escolhas da vida e liberdade de cada um, sem temer a complexidade deste processo , pois não tememos o controle on-line dos fluxos e rentabilidades financeiras... Porque temer a governança, a democracia direta? Porque não colocar a tecnologia a serviço desses propósitos? Não esta Democracia ilusória e alienante. É preciso discutir estas questões essenciais em nosso cotidiano! Alimentar este hábito que nossos educadores substituíram por alicerces pré-moldados, aonde os valores e os significados do trabalho, da Democracia não é discutido. Dados como já existentes não tínhamos condições de perceber, ao raciocinar dentro de uma ideologia (alicerce pré-moldado), quem somos? Por que fazemos parte de determinados grupos? Que valores nós sustemos com nossas atitudes? E assim, sem nos questionar, hoje financiamos o cemitério global de corpos sem alma, sem vida, no qual já estamos mortos. PORQUE JÁ QUEREMOS ESQUECER A RAZÃO DE VIVER, A FELICIDADE, NOSSOS SONHOS, A SABEDORIA, A CORAGEM, O AMOR!

Antes de esquecer, é preciso expressar esta Razão de viver, principalmente em um lugar onde impera a palavra de poucos, o Silêncio de muitos. Antes que este lugar deixe de Ser deserto, para tornar-se único lugar de convívio da Ditadura do Silêncio. Pois o deserto ainda é belo, porque ainda temos em nossas lembranças jardins floridos e belos! Mas até isto quer apagar-se, esquecer, para não sofrer a dor da perda! Penso que não é o melhor caminho, é preciso encarar, ter a consciência dos motivos, da história que nos levou até esta Situação. Aonde erramos, aonde nos vendemos e entregamos nossa vida e o mundo! Como diria Kurt Cobain no seu Nirvana em todos os sentidos aonde está “ O homem que vendeu o mundo “ ? Para quem? O que é preciso fazer, acreditar, para que volte ao seu lugar o que é nosso? Resgatar o significado de palavras como Democracia! Criar o novo papel dos educadores! Assim a juventude irá buscar o que é seu! Até lá temos que transformar toda uma geração que não quer conversar, apática politicamente, e com um enorme desejo de ociosidade perante a este tipo de trabalho! 

Ela busca demonstrar o barulho corporal em seus atos, reagindo ao Silêncio de sua boca. É a primeira geração que quebra as relações de poder de sua época, não conscientemente indo contra a sua época, mas indo em busca da essência do seu Ser! Pelo caminho do desespero instigando-se aos prazeres desiguais que podem encontrar pelos caminhos de nossa sociedade!
É uma geração sem ídolos, sem utopias, sem motivos para lutar eternamente, sem vontade para trabalhar para uma minoria, e uma ideologia que não a pertence, portanto sem vontade de mudar apenas o conteúdo! Esta é uma questão central de nossa época, da Pós-Modernidade, que já vai configurando seus novos modelos de educadores! Afinal o cenário do qual fazemos parte, e esperam com que a juventude cumpra com o seu papel de braço de mundo, não é um cenário verdadeiro, nem generoso com a própria vida! Como todos nós já sabemos, direita, esquerda, centro, e pessoas que morrem de fome. O Ser Humano não é o objetivo da Globalização, Terceirização etc... É um consenso universal da ONU, G7, Conferência dos Líderes Mundiais em Davos, Mombaça, África, Favela do Papoco, Banco Mundial, FMI.

De uma maneira ou outra é isto que a juventude percebe claramente, mesmo sem conhecer as razões intrínsecas do projeto que está por trás. Ela conhece como ninguém seus efeitos! Porque é este jovem que hoje é o maior Sacrificado de toda esta História construída em nome do Nada. Este Isaac, que seus pais perderam a fé e não tem como salvá-lo. Este jovem que vê seu corpo coberto por armas, pois é o que o mundo lhe oferece de mais concreto, no meio de uma luta de gangues que agem em nome da violência, mesmo sem escudos apontam armas contra si . Estes jovens que deveriam estar construindo um mundo em que ele acredita, está sobrevivendo neste mundo, sem sentido, para não morrer; mas acaba construindo mundos místicos, criminosos, alucinógenos, espaciais, cibernéticos, porque já não acredita mais ou perdeu a noção do que é Ser Humano!

Porém o mundo eco-aventureiro, o culto a beleza e a força física tem servido pelo menos como cano de escape para uma aventura maior: a busca da gratuidade de viver e de encontrar-se. É a busca pela criança escondida em cada um de nós e a sua relação com a natureza. Desta forma temos encontrado um caminho para aprofundar a nossa originalidade como ser humano. Pois do outro lado, a Selva de Pedra, está cada vez mais comandada por uma arrogância tecnológica e neo-liberal, um Deus, que aje, e do silêncio já exige o não-pensar e a obediência cega a sua ética. A juventude nesse processo vem sofrendo uma mutação, aceleradas por doses de esquecimento, vem copiando o seu Predador, tornando-se um Clone, anulando o Seu Ser para se tornar objeto das relações de poder de outros. Infelizmente uma grande maioria da juventude não tem como financiar uma eco-aventura e só tem tempo para sobreviver. Neste tempo, passa a sofrer uma mutação mudando de espécie, ao rigor dos clones que vão se tornar para reproduzir jovens iguais a ele! E definitivamente, com este quadro, não é tão preocupante a produção de clones, quando clones cibernéticos neoliberais começam a reproduzir além da imagem, o discurso neoliberal, do qual não sabe o que significa, não conhece as raízes do processo que lhe deu origem. É uma máquina que acha que é ser humano.

E como nossos pais, seremos os mesmos; com uma grande diferença se ainda formos algo. Porque, diferente de nossos pais, nós perdemos inclusive a consciência das formas que nos imprimiram. Eles se orgulhavam delas.

É esta a principal razão de ser deste livro, ele aborda os vários tipos de modelos que querem nos codificar para coisificar as nossas relações! Ele aborda também em paralelo as diversas oportunidades do ser, do jovem, implodir por dentro estas formas. Não externamente, com uma bomba, mas internamente implodindo as relações de poder do qual fazemos parte sem nos dar conta do que se trata. Implodindo, indo em busca de si mesmo, do berço da pós-modernidade que é a época do qual somos frutos. Discutindo valores, significados dos grupos que fazemos parte mas, principalmente o ser que somos que assume formas diferentes mas que nos une naquilo que temos em comum e nos define como humanos. È esta essência que queremos descobrir e descobrir-nos. É isto, que hoje de fato importa quando se busca apagar da memória do Ser Humano, as perguntas essenciais que deveria ser o pano de fundo de qualquer sociedade. E que deveremos lutar para que seja da nossa, para isso é só levantar esses questionamentos em nosso cotidiano, nos ambientes que fazemos parte, entre as pessoas que conhecemos.

Não podemos esperar apenas pela política, o melhor caminho da mudança é aquele que se realiza entre dois seres que ensinam um ao outro, em suas atitudes! O caminho mais fácil de mudar o mundo, pois a partir dele e não da imposição de alguém, descobriremos a eco-aventura de salvar da extinção a espécie humana.

E como ecologistas que somos conhecemos os predadores e reconhecemos o valor de salvar, mesmo que seja um, é uma contribuição mundial que nós fazemos.

Assim poderemos transformar o ócio, a apatia, a violência da juventude em energia e vida. Desde que a bandeira erguida represente os sonhos de uma geração. O amor é ainda o grande sonho da Humanidade, e ainda é mais importante que um computador ou um eco-equipamento. Este na verdade são adereços para conquistar o amor que procuramos. Ainda são meios, e não fins. O reconhecimento de Hackers ou de um grande esportista, que um jovem busca ainda faz parte da vaidade que impera na conquista do amor.

Infelizmente, existem algumas barreiras para realizarem estes sonhos. A principal é que a geração que hoje está a frente do projeto, que gera desemprego e miséria, já perdeu a noção completa de valores; e sua capacidade de leitura do mundo é míope ideologicamente. Resta-nos o exílio cultural, mas não há terras não-globalizadas para onde ir!

O amor é subjugado a objeto, a vaidade é vazia; pois nem gozo mais gera. Apenas como máquinas semelhantes a que produziam, e as quais hoje passamos o maior tempo de intimidade com a Internet, vamos perdendo a noção da diferença entre o humano e o divino, amor e prazer. Pois um homem que se olha através das máquinas, não é um Homem; é Deus pelo poder que acumula pela natureza de sua produção! Eles, Deuses, e elas, máquinas, apenas produzem em alta velocidade até o seu limite, a ponto de quebrar-se e não se dar conta de seus defeitos, continuam a produzir chamando de Belo, não o que a Humanidade referenda, mas aquilo que atende a seu ego! Porque isto acontece? Nem o computador saberia responder; nem o Homem. É preciso encontrar, no Ser, o programa que busca na Inter-Humanidade as respostas essenciais. Talvez na educação, na Arte... poderemos encontrar arquivos perdidos; talvez na lixeira antes de Deletar. (É, às vezes, temos que mudar de linguagem para comunicar-nos!) Apesar de quanto isto é perigoso, acharmos que as respostas vêm de uma máquina, e que podemos Deletar aquilo que não gostamos!

Chaplin tentou mostrar isto, deixou uma mensagem (Tempos Modernos) mas infelizmente, em vez de abrir nossos olhos para a incoerência de nossos atos, a própria arte de massa de hoje é feita de tragédias, insetos, monstros estrelares, máquinas, fatos inexplicáveis, da mesma forma que é a nossa vida; eles se tornaram nossos heróis! Continuo a perguntar se esses são nossos heróis, quem somos nós? Se a maximização do lucro é o fim, e não salvar 4/5 da Humanidade é porque como já dissemos: Infelizmente esperamos hoje pela vida, ansiosos como nunca, desejosos como sempre; mas em Silêncio. O Silêncio que nos obriga a fiscalizarmo-nos para não pensar “coisas fúteis”, como nossa essência, como nossos Sonhos! É esta a loucura que vivemos, a loucura que deixa solto Seres Humanos que praticam atrocidades, semelhantes a matar milhões de judeus em câmara de gás; só que hoje em uma versão moderna, matar milhões de fome, sem emprego, de tristeza, lentamente... Hitler era perseguido; esses são elogiados e premiados!

É este o mundo embrulhado que entregam a nossa geração, que construíram uma porcaria de mundo sem sentido, e ainda se orgulham disto! Batem palmas e entregam prêmios para quem melhor sofrer mutações, para quem melhor construir uma prisão para abrigar-se. Falam de mundo global, e olham para o umbigo. Para que melhor silenciar além da boca, a mente; e, além da mente, o Coração. Coração que não faz mais Tum, Tum, Tum, mas Tic, Tac, Tic, Tac... mentes, que não pensam, aguardam o programa e o comando; olhos que não brilham, piscam, gente que vive, Não! Tecnologia ultrapassada. Piscar mais rápido, aumentar a velocidade do raciocínio programado, e trocar um Tic-Tac por um automático. Perder a noção do olhar, escutar, pensar e sentir!

Tentar construir um modelo novo de Homem, a juventude está na esteira da produção em série, compactada, e possui componentes globais. Mas ele se recusa a girar em frente! Como uma Rosa plantada no Seio de sua Sociedade. Pôde murchar,entregar-se, perder a vida, a força, a beleza da juventude em escala global. Sendo a última geração de Rosas, a não protestar, ou pode Desabrochar, florir, a quem estar disposto a aguar, a protestar; é esta a Hora! Não uni-vos, amai-vos e amai a aventura da vida, antes de Socializar o estado, as empresas, antes de apontar o inimigo , às vezes nem é preciso! Vamos Socializar o desejo de Socializar a Vida, despertando no Ser a descoberta de si mesmo e de outro. Não há outro caminho, que não seja o caminho que nós enquanto Seres Humanos, temos que fazer a leitura do mundo que vivemos, temos que criticá-lo e criar um caminho que devemos construir, seguir, tendo consciência daquilo de que de fatos queremos.Porque quando soubermos isto, terá chegado a hora de lutar!

Já que no atual momento em que vivemos, a opção é entre a Vida e a mecanização. Mas ainda podemos desligar o Plug! A energia que sustenta o mundo ainda é dos que, numa maioria anônima, financiam uma minoria personalizada. Porém, até lá é preciso caminhar, o encontro está marcado, resta estar pronto para ele. O encontro entre o Ser e o Mundo em que vivemos só acontecerá quando descobrirmos a nossa essência enquanto Seres Humanos, e de que Maneira poderemos viver ao lado do outro em Sociedade, aproveitando os benefícios de tudo que a Humanidade construiu. Quando de fato crermos nesta essência, lutarmos para realizá-la, a nossa razão e palavras não estarão mortas, como estão hoje. Porque já não acreditamos em nada, quando já não acreditamos no significado de nossas palavras. E portanto não há compromisso, dessa forma, entre o que somos, pensamos, falamos e fazemos!
Entre o eu e o outro! A velha contradição, a lógica que destrói o Ser. A Hipocrisia, o Ser que prega, e nem mesmo ele cumpre. Que sonha, mas não acha que é possível realizá-lo! Que diz que ama, mas bate! Que faz filantropia, vai à igreja, mas a sua riqueza ou empresa está sustentada em salários baixos, portanto no mal do século; a concentração de rendas e seus efeitos! Aquele que diz que ama o Saber ou a Arte, porém seus atos ridicularizam seus conhecimentos.
Muitos exemplos, poucas razões, palavras vazias. O silêncio que diante de tudo é valorizado como forte arma de sobrevivência, de não perder o emprego, a cabeça, e quem sobrevive?... o Silêncio.
Por isso é preciso repensar valores, unifica-los dando coerência ao Saber, e a coragem de agir para levar a prática do amor na Sociedade. É este o primeiro passo que nós, Seres Humanos devemos dar pois:

Onde não há Coragem, EXISTE Mentira
Onde há ignorância, existe Maldade
Onde existe Medo, não há amor!
Onde há medo, não EXISTE sabedoria
POIS A SABEDORIA SÓ SE REALIZA
COM CORAGEM E AMOR!

Unir os valores da Sabedoria, Coragem e Amor é a principal tarefa dos educadores, pois só assim as palavras ganham vida em atos! Para contar a história de cada Ser que constrói o mundo, e do mundo que lhe constrói. Como um Verso, um Ser Humano se encontra em suas palavras, e nestas palavras, além do ritmo, está expressa a harmonia de sua vida. O desafio de ler o mundo é o desafio de ler a si mesmo, encontrando as relações de poder embutidas em cada palavra que você repete! Criando o seu Dicionário!

NELSON MANDELA E OS TRÊS *i* PARA TRANSFORMAR UM PAÍS






*NELSON MANDELA* ( 1918 - 2018)

Por Guilherme Mendes.

Em 2016, visitei essa "casinha" em Soweto, subúrbio de Joanesburgo, na África do Sul. Nessa época eu vivia em Angola, e nessa viagem eu fui apenas para fazer uma prova de inglês.

Eu não pude passar por Joanesburgo sem conhecer Soweto, uma periferia da cidade, em que moravam majoritariamente os negros e seus descendentes na época do Apartheid (1948-1994).

O Apartheid foi um regime de segregação racial institucionalizado na África do Sul por descendentes de holandeses e britânicos, que colonizaram o território. Em linhas gerais, foi um sistema político, econômico e social que favorecia a supremacia branca sobre os negros da África do Sul.

Nessa pequena casa de periferia cresceu Nelson Mandela, ou Madiba, como é conhecido em solo africano. E vindo de um contexto tão simples, como alguém poderia imaginar que Madiba terminaria com o Apartheid, para se tornar o primeiro presidente eleito da África do Sul?

Na experiência que pude ter com lideranças de alguns países, mas principalmente no Brasil, na França, na China e em Angola, percebi que o sucesso para transformar uma realidade aparentemente estática depende de 3 aspectos pessoais principais que um verdadeiro líder possui.

É o que gostaria de resumir nos 3 *i* de Madiba:

INTELIGÊNCIA
INDIGNAÇÃO
INTEGRIDADE

A inteligência aqui com 2 aspectos: biológico e sociológico. Biologicamente Mandela deve condições de desenvolver o seu cérebro (alimentação, moradia, contexto familiar). Isso já o diferencia, por exemplo, de 40% das crianças da cidade de São Paulo, que vivem nos piores distritos para a Primeira Infância, de 0 a 6 anos de idade. (Fonte: Rede Nossa São Paulo / Mapa da Desiguldade na Primeira Infância).

Com o cérebro recebendo os nutrientes adequados para o seu desenvolvimento, chegamos ao segundo aspecto da inteligência, o aspecto sociológico. Nelson Mandela, por iniciativa própria, mas também pelo seu contexto familiar e social, teve a oportunidade de estudar em boas instituições, do Ensino Médio às faculdades de Direito em que estudou.

A INTELIGÊNCIA, em seu sentido amplo, permitiu a Madiba dominar o dom da palavra, da persuasão, e sobretudo permite-o ter argumentos para defender a transformação.

Já a sua INDIGNAÇÃO permitiu Madiba questionar a sua realidade. Além de questionar, essa indignação fez com que ele adotasse a transformação como missão de vida.

Por fim a sua INTEGRIDADE é o que permitiu que as pessoas confiassem em Madiba como um grande líder. Mandela influenciou manifestações de massa a partir de Soweto, até os centros de supremacia branca. Manifestações que só foram possíveis porque Mandela manteve-se constante, paciente e íntegro nos momentos mais difíceis. Ele se manteve de acordo com seus princípios, mesmo quando esteve preso durante 27 anos.

Mandela é um grande exemplo para todos aqueles que não acreditam na verdadeira transformação. A transformação é dura, demorada e depende de muitas pessoas para acontecer. Mas um grande líder, com inteligência, indignação e integridade, pode ser capaz de transformar um país. Nelson Mandela é a prova disso! Um verdadeiro INDIGNADO que me inspira muito a jamais deixar de lutar pelo que merecemos!

A transformação política que o Brasil precisa depende do envolvimento da sociedade e do uso das tecnologias. É uma missão de vida que eu assumo, junto com todos aqueles que são indignados!

Gui Mendes, cientista político e líder do movimento dos indignados

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Pag11- CAPITULO 3- A Ditadura do Silêncio e do Espetáculo!



Atualmente estou estudando o que a CIA fez durante a guerra fria , que alterou profundamente a vida de países e milhares de pessoas. Estou lendo também um livro sobre a Máfia de Gamorra na Itália , e outro sobre o Mundo pós americano ou seja como as forças poderosas em nosso mundo como EUA, China, Rússia, Japão, Alemanha, a Comunidade Econômica Européia além da Índia, Brasil , estão se movimentando para gerar a nova geopolítica no mundo.

O desfio de decifrar o mundo passa pela magia de acreditar em contos de fada mas sem perder a noção da realidade mais dura e crua. Entender que o ser humano exerce vários papéis nesta vida . É preciso conciliar em nosso conhecimento o amor e a dor, as verdades das epopéias e das tragédias, a razão e os sentimentos, a visão econômica, psicológica e sociológica, a natureza, a arte, o corpo , alma, a sombra, a parte maldita, o obscuro, o imaginário, o lúdico, perspectivas do cosmo e do homem, os sons, as cores , os odores, o micro, o macro, o acaso, o necessário, o destino, a vontade, o histórico, o simbólico, a imaginação, o interior, o exterior, o momentâneo, o permanente, o conhecimento, as pulsões vitais, o saber , o poder, pois ao mesmo tempo que contamos vivemos nossa vida sobre ângulos múltiplos e únicos daquele acontecimento. Vamos além de uma função, para compreender a existência, percebendo a vida que nos anima. Dando o salto necessário em nossa razão em busca de nossas origens e de nossa sociedade que continuam a nos mover .
Mesmo o grito mais alto será menor que o silêncio de nossa visão de mundo. Aprofundar e ampliar esta visão de mundo é o desafio de todo ser humano para caminhar na vida de forma audaciosa, flexível e inventiva mesmo diante da dor.

Portanto ninguém consegue entender o mundo e se posicionar diante dele sem também conhecer o seu lado ruim ,ou seja, quem comanda hoje as drogas, a prostituição, o lixo atômico , a corrupção , que realiza guerras em defesa de seus interesses exclusivos. Quase todos os dias se assistem notícias sobre falcatruas na economia que geram crises na Bolsa e afeta a todos, sobre políticos que assaltam o estado, sobre a fé que vira comercio em muitas igrejas, a guerra entre Israel e Palestinos, crianças que atiram nas escolas, briga de gangues, enfim sobre notícias que se tornam espetáculos na mídia para nos manter amplamente informados, mas distantes das ações que podem modificar estes fatos. Reagimos com silêncio em regime de Ditadura.

Pag10- Perguntas e Reflexões a historia esta sendo escrita.



Quanto carregamos dentro de nós da gerações que nos antecedem ? Formando não só o DNA biológico, mas o econômico, educacional, cultural , religioso... Quantos e quais dos nossos comportamentos são meros reflexos de meus avôs e pais, dos modelos que eles são e das verdades que aprendi na infância? Como diria os psicólogos você já se libertou das histórias de seus pais para construir a sua? Você conseguiria escrever algo sobre a história de seus avôs?. Você consegue enxergar aonde sua trajetória começa a se diferenciar para começar a contar a sua história de vida a partir de seus pais e avôs?


Como estava contando Vovô que era escritor buscava ter plena consciência de suas circunstâncias e talvez daí tenha surgido o nosso amor pela História.
Ele que além do apego à essa forma de ver o mundo, através do estudo do seu passado, valorizando a tradição, vislumbra no avanço dos métodos, a atualização dos costumes, uma vez que a vida está em pleno movimento.


Como um bom aprendiz da modernidade, procurou se adaptar tecnologicamente, mas sem se libertar do passado. Um bom exemplo disso está no seu hobby de pintar quadros, unindo clássicos a modernos, cenas históricas com momentos atuais. Os cenários criados a partir desses quadros, facilitavam a compreensão do meu passado, minha origem, minhas circunstâncias e de minha sociedade.

É bom visitar, depois de algum tempo, o site www.quandoamareproibido/arteviva.br, criado por meu pai e avô, onde numa seção de artes plásticas, há montagens com quadros históricos e acontecimentos atuais, além de poesias que ganham vida em história.

Na semana passada a inspiração tinha partido dele. Foi em busca de cenas reais e atuais que pudesse contracenar com o quadro de Delacroix, a, liberdade conduzindo um povo, onde uma mulher com uma bandeira e uma criança com um revólver, relembram o levante do povo na Revolução Francesa.

O quadro ganhara vida no site do meu avô. Ele foi em busca de um vídeo apresentado na CNN, sobre uma guerra interminável na África, onde uma mulher africana e a bandeira de sua tribo, caminham ao lado de uma criança armada no meio de um conflito, ainda em nome da liberdade conduzindo seu povo.

Normalmente, ele buscava motivação na arte, a partir de quadros para depois ir em busca de fatos e assim alimentava seu site, fazendo dele as paredes de sua cela como um prisioneiro do passado. Nada próximo a mim que me considerava um prisioneiro do futuro, apto a não voltar de minhas viagens ao novo século, que acordado me sentia como se estivesse vivendo dentro de objetos de ficção científica, percebendo sua pulsação, agindo segundo o seu movimento. 

Apreendi mais ainda com meu filho que adora carros e me explica qual a diferença entre um e outro, o barulho, as rodas, o motor, design , que não é só entrar e dirigir ; tem a magia . Desta maneira fui montando um mosaico para saber como as tecnologias evoluíram. Carros, Robôs, computadores, equipamentos médicos, biotecnologia...

Eu tinha um amigo da escola , o Iran , na quarta série que adorava armas , ele entendia de tudo. Sabia de cor o nome de todos os fuzis , seus brinquedos eram exércitos, as naves da star wars , e adorava jogar War. Sabia o que faltava em cada arma e como encaixar com outros componentes formando novas tecnologias , que trouxesse a luz, o futuro e dentro dele nós seus prisioneiros.

Meu avô e pai tinham muitas semelhanças. Como disse ambos dividiam a admiração por Ortega Y Gasset. Vovô gostava muito de citar: “Eu sou eu e minha circunstância, e se não a salvo não me salvo eu.” A convivência com os dois me fez ficar sempre próximo de minhas raízes, mas sem me tornar refém das lembranças e, para mim, o equilíbrio entre o passado e o futuro, foi, aos poucos, fazendo do presente uma ponte entre a alma que transgride evoluindo e as necessidades do corpo. Em pé na corda bamba da vida, para não perder a coerência e cair num abismo sem fim.

Como meu pai, minha inspiração vem da imaginação, mas esta semana tivemos uma surpresa. A sugestão do novo quadro e experimento tecnológico vem da realidade que nos cerca, das circunstâncias de nosso mundo. Era a vez dela de sugerir libertar os prisioneiros trazendo-os do nosso passado de volta ao presente. Um quadro que meu avô me mostrou num museu quando criança e que ajudei a desenhar os traços dele inclusive em minha vida.

Eram seis e trinta da manhã de Domingo quando meu avô ao assistir o culto judaico, ouvia o sermão sobre o memorável texto bíblico de Abraão e o Sacrifício de Isaac.
“E Abraão provou sua fé. Iria, em atendimento à vontade de Deus, sacrificar seu próprio filho, a quem tanto amor dedicava...” e assim prosseguiu o rabino em sua pregação.

Aquela sugestão da realidade lhe fez lembrar o antigo quadro de Michelangelo que visitou comigo no museu retratando o Sacrifício de Isaac. Logo após o culto dirigiu-se ao seu computador para encontrar o quadro e pôs a pensar que cena do mundo onde vivemos traria a tona o Sacrifício de um jovem por seu pai...

Enquanto isto a diversão de nossa turma de garotos de 10 anos na escola era as novas tecnologias enquanto eu me vislumbrava com computadores, Iran queria transformar o seu corpo em armas, ele ficava lendo revistas especializadas para entender como uma AR-15 funciona e imaginava que ela fosse seu braço, enquanto sua cabeça funcionava como um radar digital, mirando as pessoas que cruzavam o seu caminho como nestes jogos em cyber cafés . Todos nós éramos personagens de sua história, mesmo sem saber as pessoas que passavam ao seu redor, eram alvos inimigos. Como os garotos nos EUA ou os meninos bombas no Iraque! Isaacs que foram ensinados a sacrificar suas sociedades por seus pais.

Naquele dia ao dobrarmos a esquina da Escola para irmos para casa , vimos duas gang’s se enfrentando. Uma era formada por garotos do bairro , a outra garotos mais velhos da escola, mas o que me chamou mais atenção foi uma “câmara de TV que filmava tudo ali” e dava sinais de que realidade e ficção perderiam rapidamente suas fronteiras.

Sem perder tempo, Luizinho pegou minha pasta, imaginando nele uma lança-míssel que obedeceria a seu comando instantaneamente na velocidade de seu pensamento, porém antes de disparar seu lança-míssel, fomos acertados por balas perdidas, caímos... De repente de um lado via a gang, a câmera de TV e por detrás dela talvez meu pai e avô lá estivessem preparando a cena para o Sacrifício de Isaac... Por um momento, fiquei como que fora de mim e lembrando cenas de minha infância. Como poderiam brincar com a realidade desta forma? Lembrei de um desenho que fazia ao lado de meu pai, transformando estrelas num parque de diversão.
Passados todos esses anos, lembro que enquanto convalescia, imagens se formavam em minha mente. No infinito via uma porta aberta e “a primeira voz que eu vi falar-me como trombeta disse: ‘sobe até aqui para que eu te mostre as coisas que devem acontecer depois destas’”. Como se flutuando, o espírito me levava ao encontro de um trono e nele, alguém sentado: Deus ou um homem, não dava para identificar. Ao seu redor, via sete cadeiras ocupadas por pessoas de aspectos diferentes, todavia, algo era comum: o traje alvo de brancura inigualável e o uso de coroas, todas de ouro, mas em formatos e modelos diferentes. Diante delas via cendeiros, com sete lâmpadas de fogo, representando sete espíritos de “deus”.

O principal ocupante daquele cenário, tinha na mão direita um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. Um anjo poderoso, proclamava em alta voz: “Quem é digno de abrir o livro, rompendo seus selos?” No entanto, não percebia quem, mas um jovem, em alto mar, como se estivesse em êxtase, ou num momento de suprema dor, tornou-se o escolhido pela divindade e abria selo a selo, em ritual como se estivesse a fazer um sacrifício e de repente começava a cair uma chuva de flores sobre a multidão de pessoas que viam, através da Internet e outros instrumentos de comunicação, aquelas imagens, inclusive na lua..

Pag 9- PRISIONEIROS DO PASSADO EM TEMPO REAL



Normalmente, quanto mais avançamos no tempo, ficando adultos, nos tornamos prisioneiros do passado, pois lá estão lembranças boas e ruins. Gasset afirmou que “O homem rende o máximo de sua capacidade quando adquire plena consciência de suas circunstâncias. Por elas se comunica com o universo”.

Vovô que era escritor pensa assim e talvez daí tenha surgido seu amor pela História.
No meu DNA tem também além do amor ao passado a aventura no futuro , meu outro avô por parte de pai , desbravou no ciclo da borracha a floresta amazônica. Verde e preto e branco colorem minhas memórias ao som da selva e da cidade, um em busca da paz interior o outro em questionar a Sociedade. Um ficou rico e comprou dois bairros em Fortaleza, aonde ainda mora meus pais e parte de meus tios. O outro morreu pobre , mas me deixou uma mesa para continuar escrevendo. Um se separou e minha avó materna morreu de câncer, eles brigavam muito. O avô paterno morreu casado com minha avô, eles não brigavam nada , é o outro pólo , tudo é paz até hoje. Meu pai ainda hoje é uma criança em seu coração, e minha mãe uma guerreira que enfrenta e domina a realidade. Meu pai foi coroinha durante 10 anos e minha mãe por viver em colégio de freiras se acostumou a rezar, cantar e ir a missa. Minhas avós eram donas de casa, mães e rezavam muito. Inclusive meus avôs paternos construíram uma igreja que existe até hoje, a Capela de Santa Luzia, que minha tia e prima ajudam a administrar com o padre. Meus pais são ambos funcionários públicos. Minha mãe também fundou uma capela , no Hospital das Clinicas , aonde foi enfermeira , e ainda hoje cuida da capela.. Meus pais brigavam e tinham paz , são caseiros mas se aventuravam em suas conquistas pelo mundo, viveram numa espécie de sítio dentro da cidade, não eram ricos nem pobres, e quando nasci ambos tinham 40 anos. Minha mãe toca piano, estuda informática, adora viajar, administra tudo que você quiser com perfeição, tem obsessão por limpeza, regras e controles. Ela e minhas tias foram criadas em colégio de feiras dos cinco aos 18 anos , quando meus avôs se separaram , e minha mãe estudou um período no Rio de janeiro. Meu pai dirige como ninguém, adoro jogos, sempre teve muita sorte. Adora dar presente principalmente brinquedos para crianças e flores para suas irmã, Marinhinha. É apaixonado por rádio, notícias e futebol! Pesca e faz amigos como ninguém, é um embaixador da paz por onde anda. Foi contagiado pela obsessão de minha mãe por limpeza. Os dois sempre trabalharam muito. Os dois ajudam tudo o que podem a todos , não gostam de luxo e se importam profundamente com os pobres. Muitos deles vivem até hoje em minha casa , trabalhando de alguma forma, compartilhando comigo e um irmão almoços, roupas, dinheiro, carona , idas ao Hospital , presentes..
Porque que vocês acham que em uma de minhas carreiras me tornei um líder empreendedor Social? Amo liderar e administrar , sou guerreiro e pacifico, empreendedor e “ funcionário público” devoto as questões do estado , rico e pobre em vários momentos da vida , e mantenho meu filho e ex-esposa sempre ao lado , mesmo tendo nos separados ? que desde criança vou a igreja e acredito mais em Deus do que em mim, ? que adoro fazer amigos, ouvir música, ler , viajar, dar presentes, estar on-line coma as notícias, e que como meu avô também sou escritor.
Outras aspectos me rebelei , não gosto de controles, nem me render as regras , apreender e estudar sempre está em primeiro lugar, guardo minhas brigas para política, a minha espiritualidade não cabe mais numa igreja, empreendo não só no trabalho mas em qualquer lugar. Sou apaixonado por conhecer e compreender histórias de vida , criar projetos e organizações com propósito neste mundo , educar e unir pessoas com sonhos compartilhados, ajudá-los a empreender sua Tribo, desenvolver estratégias que realizem e dêem vida as suas jornadas pessoais e coletivas.

Pag 8- MANISFESTO 1 - O TEMPO ZERO A LIBERDADE DE SER – 0 primeiro selo



Constantemente algo nos surpreende, imagens, histórias, acontecimentos rompem nossa visão de futuro! O Futuro muda da noite para o dia! Queda do Muro de Berlim, Crise na Bolsa de Valores do mundo todo, Eleição de Barack Obama , o Impacto da Biotecnologia, Nanotecnologia, Robótica , Internet em nossa vidas , 11 de Setembro, Tsunami, Terrorismo, ida a Marte, tudo isto alterou profundamente em poucos instantes o nosso futuro e a nossa concepção de futuro! Esses acontecimentos somados a velocidade com que são transmitidos, online , via satélite, já alteram no outro dia os acontecimentos e as decisões.

O espaço entre a reflexão e a ação, presente e ficção torna-se a cada dia próximo a zero. É o tempo zero, o tempo internet, que invade nossa vida e recria o futuro a cada instante, de um novo ângulo sobre uma nova perspectiva, do qual a diversidade de caminhos de forma dinâmica e virtual altera o futuro de forma diferente para cada um de nós!
O pedestal, que erguia o relógio como Senhor do Tempo, caiu no vácuo do espaço, de repente o chão desapareceu e o relógio transformou-se num objeto como qualquer outro, com um passado digno, claro, mas sem um futuro! Como nós, seus criadores e servos, hoje nau à deriva de ilha em ilha, de tribo em tribo , procuramos nos proteger e proteger quem amamos , esperamos criar para cada um de nós, um mix de bússola e relógio conectados aos nossos sonhos e valores, pois eles compreendem um tempo perfeito!

Mas o que aconteceu que transformou perplexidade, paradoxo e incerteza em leis, que é até difícil lembrar e entender como era antes! Como poderia ser esse jogo de posições e regras definidas, que um peão se considerava rei, que as exceções eram trabalhadas como regras, que a inversão era o normal, quando faltava visão e liberdade para cada um recriar o jogo, transformar as leis, fazer com que o peão e o rei percam sentido! Quando o relógio e o futuro único perderam a direção para onde o tempo apontava? Milhões de pessoas no mundo todo e a cada instante tornam o sentido do Tempo, o seu sentido!

Porém como sentimos estas transformações..., 1960, 1970, 1980, 1990, 2000, 2010... Que imagens vêm a sua mente, quando lembramos a década de 60, e a de 90? Qual a velocidade das mudanças entre 60 e 70, e entre 90 e 2000? E ao pensar sobre isso, o que é mais importante: a simplicidade de sentir uma garoa a noite antes de dormir ou a complexidade de rede on line de informações? Quais destes fatores alteram a sua percepção do Tempo, passar horas na Internet ou no ócio da garoa antes de dormir? A nossa relação com Tempo é uma das grandes questões que todo Ser Humano deve questionar a si mesmo, pois a falta de controle sobre ele, significa obedecer uma disciplina, rota, ritmo que pode desgovernar você buscando deixá-lo á deriva dos tempos da natureza de alguém.
Seguir seu ritmo, seu timing é proporcionar o desenvolvimento de sua capacidade de criar o mundo ao seu redor. Criar a si mesmo em torno dos valores que acredita, e encontrar os caminhos pelos quais o mundo ao seu redor o complementa, aonde os objetivos são compartilhados, a visão é sistêmica!

Enquanto as diferenças são respeitadas como forma de aprendizado e de transformação, além de, compreender o mundo do outro e suas relações com questões essenciais como o tempo e a vida, para redefinir nosso horizonte, nosso futuro! Cria a oportunidade de viver cada dia nossas ficções!
Pare para pensar que ficções de 60 se tornaram realidade em 70 e que ficções de 70 tornaram-se realidade em 80 ou em 90? Ficções científicas, sociais, políticas... algo que nos surpreendeu em ver aquelas imagens, acontecimentos, histórias, romperem nossa visão de futuro! No passado qual era a nossa compreensão sobre o futuro? O que entenderíamos por ficção? Com que velocidade estas palavras presente, ficção, futuro se fundirão em nossa mente? Para hoje perguntarmos qual a ficção presente em nossa realidade? O Tempo, o tempo zero internet é uma realidade, aonde estar a frente de seu tempo não significa mais produzir ficções, nem mesmo romper as Barreiras do Tempo, incorporando as novidades da moda como a juventude sempre fez! Estar a frente de seu tempo quando o futuro é instantâneo e não é único? O que para uns significa ficção para outros é passado, o que para outros tem sentido a partir de seu presente, amanhã ser chamado de futuro, para uns o futuro é a poesia que pode estar em Pessoa ou em Goethe. Ser futuro é ser presente nas questões essenciais, que dizem respeito, ao mundo que deseja construir por suas palavras, atos e valores!

E nesta concepção do Tempo, aonde a ficção é realidade, quem é a Juventude? Se não líderes para transformar o futuro no Presente! Para decidir que Futuro queremos! Repletos de diversidade, caminhos escolhidos pela liberdade de cada um. Um cavalo, ao lado de um feito de madeira, e outro uma diversão eletrônica chamado cavalo virtual, três paisagens, três tempos, mas claro uma só criança que possa deslumbrar essas três sensações e se possível em suas diferenças, apreender brincando com eles! Um Templo Higt Tech ao lado de uma fazenda não são Tempos diferentes, mas funções diferentes que hoje um Ser pode escolher para ser feliz!

É este o desafio da Juventude: erguer os alicerces da Sociedade do Conhecimento, que prefiro chamar de Terra da Sabedoria, pois o conhecimento a qual me refiro não é tecnológico! É o conhecimento com valores, respeitando as diferenças, a liberdade e as possibilidades de se tornarem concretos, sem os paradigmas étnicos, políticos, sociais que nos impedem de ver outros mundos ao nosso redor, que possuem suas dinâmicas muitos virtuais, pois hoje podemos caminhar entre um mundo e outro e ser mais! São estas pessoas que podem enxergar além das Ideologias, que podem aceitar a percepção do outro, que concordam em transformar os espaços mediante os sonhos e crer neles! Que vivem seus valores procurando compreender os valores do outro, as razões de sua vida, sua visão de mundo para daí construir a Terra da Sabedoria. Serem líderes capazes de transformar o futuro no Presente. Protetores
É desta juventude a qual me refiro, que em dias em que a rotina aperta, a paixão diminui, o cansaço e o tédio ganham espaços, a cabeça deixa de pensar, é hora de Declarar Dia Internacional da Liberdade, aonde cada um pode declarar o Seu, o dia que quiser, e sumir, desaparecer, brincar, ser feliz, livre e encher o coração de vida!

Pois a natureza do qual somos parte, eco-amigos, nos seduz a todo instante a viver nossa juventude. A exercer nossa capacidade de nos transformar, transformando o mundo. Um ciclo, uma seta apontando para o infinito. Tudo isto dentro de um pequeno ponto pálido azul. O Ser humano busca desvendar através de um projeto coletivo de liberdade, o que significa viver! A juventude é o maior agente neste processo de Libertação. Que ora oscila em descobrir o proibido, colocando isso como uma obsessão de sua natureza em ser livre. Ora em criar mitos, ideologias... através da liberação de sua consciência para estar construindo o mundo ao seu redor! Mas fundamentalmente é esta Paixão pela vida, a vitalidade, que lhe coloca a frente de seu tempo, pois estas rompem as Barreiras, as grades, e os muros que dividem nossos espaços, consciência, valores em função de determinados fatores ditos Proibidos, que nos transformam em ilhas!
Crusóes que se auto-justificam livres pelo fato de Ter toda a ilha a percorrer, o espaço seu; súditos que o reverenciam por ser a inteligência dominante no meio... Mas será que isto atende às nossas necessidades enquanto Seres Humanos? É desta liberdade que precisamos? O ego não é Liberdade, nem mesmo a auto-realização nos conduz a felicidade! Solidão e Poder andam juntas na pós-modernidade, até chegar determinados momentos críticos, aonde os proibidos vão perdendo sentido, os mitos vão caindo, as pessoas aproximando-se, as ilhas interconectando-se; afinal o ar que respiramos é o mesmo! Esses momentos críticos são em essência auto-organizadores de um novo processo de compreensão da vida, aonde o Sagrado e o Proibido entrelaçam-se para rever suas definições e as funções na integração da Sociedade em nome de um Deus e de suas Leis.

A juventude é a geração que possui menos Bagagem deste Sagrado e do Proibido, e portanto capaz de reconfigurá-los a partir das interpretações dos valores, de acordo com seus Desejos, Sonhos, necessidades e a possibilidade de realiza-los no mundo concreto e nas Fantasias!
Chega momentos em que se percebe que é possível transformar as Fantasias em realidade, desde que se possam abandonar nossas ilhas, para compreendermos juntos a forma, ou padrão que organizamos nossas vidas! Conectar-se ao diferente, ao outro, para ver nossa vida e a dele, sobre novos ângulos, criar desta crítica os caminhos que nos une, ampliar a nossa visão de mundo, dando a vida e ao mundo todos os sentidos que ele deve ter! Da utilidade, recurso válido para garantir a sobrevivência, a Coragem, o Amor, a Liberdade que podem não garantir a sobrevivência física, mas dão a plenitude da vida, capaz de dar-nos força para lutar pela sobrevivência física. Por isso o Ser deve Ser Arte, Trabalho, Política, Religião e fundamentalmente Educação vivendo e dando a sua direção a cada uma destas expressões humanas.

Estas expressões permitem-nos ver a importância da utilidade no Trabalho, mas também da Coragem na Política, da Liberdade na Arte, da Fé e Verdade na Religião, e da Vitalidade na Educação; para, depois de forma auto-organizada, estabelecermos o mundo em que queremos viver, não a partir das instituições aí traçadas que trazem embutidas uma forma de organizar a vida, aonde os controle sobre ela e sobre as suas experiências se dão de forma centralizada nas mãos de alguns poucos que de suas ilhas definem o que é Religião, Política, Arte, Trabalho...
Enquanto a maioria das pessoas ficam distantes anos-luz da Liberdade, que é exatamente colocar para si o que quero buscar, aprender em minhas relações com o Sagrado e com a humanidade.
Isto não será na Igreja, nem em grades curriculares, que por isso se chamam grades evidenciando a prisão do saber.

O que quero construir no trabalho?, na política?, que objetivos quero compartilhar?, que mundo quero criar na Arte? Ler os Clássicos é uma experiência fantástica, mas escrever sobre este fantástico, pintá-los ou cantá-los é consolidar a experiência deste fantástico com uma profundidade única. Permitindo tornar o valor da Arte não uma propriedade de uma ilha, mas de uma comunidade que comunga Arte e desenvolve estes Seres em toda a sua plenitude capaz de perceber e sentir o mundo do outro, com a mesma emoção do Seu. Pois apesar de reconhecer as diferenças de outras artes, é fundamental conhecer a semelhança de produzir arte! Apesar de conhecer as diferenças dos produtos que necessitamos para sobreviver. É fundamental conhecer a experiência de produzir a utilidade que garante a sobrevivência física! Para não catalogar, enquanto artista, o empresário e o trabalhador como ilhas não cultas e míopes, e nem o empresário classificar o artista como ilha do ócio e da futilidade. Esses são olhares que se entrecruzam sem contemplar a liberdade do outro, sem admirar o sentido do outro, que enquanto do Ser humano também se faz presente em suas ansiedades e angústias. É vital que possamos olhar para a vida, não aceitar o proibido como Dogma, ou Sagrado, nem o Sagrado como Proibido ou Leis! Isto pode até existir, mas deve ser a construção de uma comunidade, de uma Sociedade, de uma Terra que leva a Sabedoria na medida em que ela coloca as questões essenciais para serem discutidas a luz de suas experiências com o Sentido do outro! A luz da Diversidade!
Por isso é preciso conhecer, em um primeiro momento, o mundo em que vivemos, nosso berço e Tempo, Suas Histórias, Seus Valores, O Sagrado e o Proibido. Para a partir daí realizar uma Destruição criadora, aonde o caos que hoje organiza a juventude, a juventude possa organizar este Caos dando juventude e Sentido às pessoas! E se a humanidade tem paixão pelo proibido, Vamos Declarar que Amar é Proibido, este é o princípio de nossa jornada: conhecer o mundo em que vivemos com Razão, mas fundamentalmente com Amor, sem ódio e nem rancor, para entender as diferenças que nos construíram e como elas nos construíram assim como nós somos!

Conhecer o berço de nossas diferenças, aonde as especialidades buscam obsessivamente a finalidade última do Universo e sua origem, cada qual podendo encontrar a sua e elegê-la como Deus! Este é um dos objetivos do homem pós-moderno. É preciso resgatá-lo do anonimato de sua ilha, para comunicar e comungar a paixão pela juventude da vida, a vitalidade, esta é uma forma de romper a Ditadura do Silêncio que hoje nos cala e declara que amar é proibido. Amar, Viver com Paixão, Lutar pelos Sonhos, Buscar a perfeição é romper o anonimato criado pela Ditadura do Silêncio.

Pag 7- Medos e esperanças.




O que existe são os nossos medos e as nossas esperanças, são eles que vão nos permitir viver o futuro que queremos!

Agora eu não sei, se no meio de uma turbulência, vamos conseguir reunir forças para enfrentar nossos medos ou continuaremos anestesiados por tantas ilusões cercadas ao nosso redor, 24 horas por dia, uma vida virtual on-line. Estamos alertas correndo o risco de seguir caminhos que iludem ; se aproveitando de algo que está ligado aos nossos medos ou esperanças. O problema nesta “realidade” é que quem escolhe o caminho que seguimos para nossos objetivos são outras pessoas , falsos profetas utilizam seus poderes para tornarem realidades o que prometem como soluções para nossas vidas . Isto pode ser uma guerra, uma eleição, uma nova tecnologia, uma droga, um saber, uma religião, uma riqueza, uma tatuagem no corpo, decisões sem alma, qualquer coisa pode selar o nosso destino como humanidade ou a nossa vida como parte de um experimento com este fim!

Espero que possamos nesta trajetória aprender a amar, porque felizmente existe algo que supera o medo e realiza a esperança. É o amor! Ele não só nos transcende, ele nos preenche com sabedoria, coragem, e sentido de vida!
Nos quatro cantos do planeta, milhares de pessoas serão dizimados por sua religião ou etnia, outras por ideologias no poder, outras por uma guerra santa, outras por crimes e drogas, milhões pelo poder econômico, todas elas por nossa apatia, ou melhor, pelo egoísmo escondido pela indiferença, alimentado pelo ócio ou pelo tempo preenchido pela velocidade de nossas angústias, ilusões, trabalho repetido, hábitos construídos por ”deuses”. O dinheiro, o poder, a Razão, a Fé, a Mídia, todos superando seus criadores e os destruindo um a um... Nestes caminhos de séculos alguns encontrarão o amor, e por eles ainda estamos e estaremos vivos; Os Protetores.

É preciso nos preparar para enfrentar nossos medos e transformar esperança em sonhos, tornando nossa vida um meio de alcançá-los.

Tudo que existe hoje na Terra fisicamente veio do CÉU e passou pela fornalha das estrelas, transformou-se em seres humanos, e agora em palavras, que fazem com que você possa lê-las e senti-las. Da mesma forma que aqui um pouco distante fisicamente de você, possamos estar juntos em nossa mente, no encontro das idéias, essas que nascem da vida, que um dia vinheram do céu, mas que hoje brilham como as estrelas...

Na trajetória da humanidade na Terra, muito já foi escrito em palavras! É o que são estas palavras que escrevo, se não a continuidade desta trajetória, idéias, sentimentos, histórias, sonhos, esperanças e medos que passam por mim. Deixo elas pousar em meu coração, serem escutadas por minha mente, torno-as realidade em minha vida. Neste momento, não escrevo por mim, até porque o que hoje materializo em letras continuará vivendo nos corações e mentes daqueles que continuarão pensando, sonhando, agindo, amando.

O ponto de encontro da esperança e o medo, da vida e a morte é o amor. Por isso quando amar é proibido, corremos o risco de não viver, de não ser, de não sonhar, de não exercermos em toda a nossa plenitude e potência a vida.
Nós somos o ponto de encontro entre o mundo e a humanidade, seres humanos aptos a empreender seus sonhos e construir uma Terra da Sabedoria aonde a vida é paz, alegria, felicidade, coragem, esperança alcançados pelo amor.

Pag 6- CAPITULO 1- O Futuro não existe! O Futuro se cria hoje!




“Quando ele abriu o sétimo selo, fez-se no céu um silêncio de meia hora....
E vi os sete anjos que estão diante de Deus.
Foram-lhes dadas sete trombetas.
Veio outro anjo e se pôs junto do altar, tendo nas mãos um turíbulo de ouro.”
Apocalipse 8, 1-3
Eu me chamo João Victor Martins Oliveira Guerra, estou buscando conexões com meu pai, estou numa missão e preciso transformar as nossas vidas e mudar o curso da Historia e do mundo, iniciando pela nossa alma e nossos corações. Deus me enviou, amar não é mais proibido e uma luz brilha com intensidade. Alguém pode nos ajudar, alguém está escutando a nossa voz?

Estou vivendo no ano de 2068 morando num apartamento na lua. Tenho 71 anos, ainda viverei pelo menos mais 40 anos, graças a Biotecnologia e conhecerei o Século XXII ou o Século II da Terra da Sabedoria , a Terra dos Protetores , uma grande nação formada por gente de vários países , por várias TRIBOS , o qual meu pai faz parte .

Quem sabe nesta jornada pelo tempo e pela vida possamos descobrir algo mais sobre o amor. Meu pai me falava tanto, sobre algo que ele sentia por mim, minha mãe e a Terra da Sabedoria.

Hoje posso trocar de corpo, a micro-robótica controla e comanda todos os aspectos da vida, e posso fazer tudo que eu quero ou viver virtualmente de onde estou. Estou pensando me mudar para Marte, mas antes disso tenho que desvendar as mensagens de um livro e histórias que meu pai me enviou pelo túnel do tempo. A alma de Deus, brilha em mim, vejo o Sol pela janela mas não sinto o seu calor. Será mais fácil se outros humanos me ajudassem, mas tenho que resgatá-los numa missão no Planeta Terra no ano de 2008 ; antes da grande onda de 21 de Dezembro de 2012. Uma profecia Maia que se realizou e destruí-o milhares de cidade que foram submersas pela água, eles viveram o Apocalipse.

A velocidade de viagens que alcançamos nos permitiu, interagir, influenciar outras épocas da humanidade, mas temos que optar e escolher caminhos que pouco ou quase nada entendemos de seus desafios.

Vejo meu pai, escrevendo, lendo, planejando, trabalhando, rezando, chorando de saudades de mim...Ele fala com muitas pessoas, tenta convença-las de que não adianta poder e recursos sem sonhos, alma e paixão. Diz que não vive numa “Sociedade do Conhecimento” e sim numa Terra da Sabedoria aonde os conhecimentos iluminados por valores podem nos salvar como humanos . Vejo guerras, destruição da natureza, fome, miséria...mas vejo uma outra história sendo escrita longe da mídia, autoridades, universidades...São os Protetores . Sementes que eles plantaram em meu nome e de todas as crianças do mundo.
Foi por isso que durante muito tempo ele ficava longe de casa e minha mãe foi embora, mas vejo tantas pessoas felizes ao seu redor, apesar de tanta luta, eles conseguiram libertar o amor.

Sei que ele me ama e ama a minha mãe, e eu queria lhe dizer que ele não ficasse triste, que apesar da distancia entre nós quando eu era criança, um dia eu entendi o quanto sua vida e o mundo que enfrenta, não dão descanso e como eu , ele tinha que cumprir a sua missão.

Lembranças de um programa na TV e um DVD
Devido à gravidade, o meu xixi tem que ser útil, e reaproveitar não tenho como jogar fora da espaçonave. As leis do universo proíbem, viu o que fizemos com a Terra.

Já a vida da maioria das pessoas não precisavam ser útil, naquela época, e hoje elas são cada dia mais uma raridade a fazer parte de minha coleção de miniaturas, ao lado de animais extintos. Pessoas que buscavam apenas ter o corpo malhado, vestir roupas de grife, sair em festas, beber, ter o seu carro e o seu ap, fazer sexo, trabalhar sem buscar um sentido...Não importava o preço que isto exigia, chamavam de liberdade e se iludiam com algo que só aumentava o vazio e o amor cada vez mais distante e proibido. Muitas pessoas sofrem por nossas escolhas e não tem liberdade de optar suas vidas, algumas indefesas outras inconscientes são presas fáceis na mão do orgulho , de estratégias silenciosas que não calam a fragilidade dos motivos e a mediocridade de suas intenções . São tão breves quanto a velocidade de sua fuga, não encontram a paz pois perderam de si ; o sentido e os valores. Porém continuam a ter a capacidade de não abandonar sua missão e sonhos, mesmo que tenhamos que voltar no tempo de nossas vidas para reencontrar no tempo um elo perdido: um fato, uma história, algo precioso, guardado, escondido, que a vida não apaga principalmente quando desejamos intensamente encontrar o que meu pai me dizia sobre o amor. E cada um tem sua história de vida como eu tenho a minha é hora de resgatarmos para construir um outro futuro.

Neste mini DVD que meu pai me enviou de Nova York, com o título grafitado “ Os Protetores - Quando amar é proibido” tem várias fotos nossas em Curitiba, Florianópolis, em nossa casa em Fortaleza, nos meus aniversários. Tem as cartas que ele me dava na escola para levar para minha mãe, com um conjunto de sonhos guardados esperando para ganhar vida. Existe lembranças vivas de nossos passeios pelo Beach Park, Iguatemi, Parques de Diversão, praias, sempre em busca de maiores aventuras que tornou a minha vida feliz nos momentos que estávamos juntos. Há momentos de desespero de meu pai quando cai de bicicleta na pista de bicicross ele ia morrendo junto, tem nossa orações para voltarmos a viver junto. Os brinquedos e as figurinhas que meu pai trazia para mim de onde estivesse sempre lembrava de mim, e não esquecia de trazer roupas para mamãe ficar mais bonita. Tem uma imagem sua chorando enquanto escrevia um livro para mim, ele já tinha lido vários livros de diversas áreas, transbordado muitas experiências de vida, conhecido muitas pessoas, mas ainda não tinha entendido o que era o amor, que traz tanto sofrimento e alegria juntos, sei o qual”nada seríamos”.

A minha missão é compreender o amor por outras pessoas sem abandonar o amor pelo o mundo e a vida, continuando a construir uma Terra da Sabedoria.

Desta forma poderia tornar-me um mágico do futuro, com todas as tecnologias do mundo. Alinhado com sentimentos e valores não só poderia ajudar a outras pessoas a caminhar por mundos desconhecidos como o amor , mas também pela educação, economia, política, e cultura. Poderia mudar o mundo ao seu redor e o meu.

Já que falam que é para as próximas gerações que lutavam por mudanças para que vivêssemos a cada dia no mundo de amor e realizações para todos, digo, que é a minha geração e meus amigos que vamos lutar para que nossos pais não abandonem seus sonhos e se rendam a crueldade do mundo que os cerca, e possam conosco a construir o futuro a partir de agora, pois do futuro estaremos pensando, sentindo, imaginando, agindo e vivendo numa Terra da Sabedoria.

Como meu pai sempre me disse não desista dos seus sonhos, continue lutando, e encontre o caminho do amor . Vou realizar minha missão, este DVD vai ser muito útil, tem muitos desafios e segredos, este é um filme ao vivo e real , e vou precisar da sua ajuda para superar nossos limites e ir além da imaginação em nossa vidas, transbordando épocas, passados e futuros, realizando o impossível, transformando o eterno em presente, conhecimento em valores, palavras em vida e atitude. Eu em você.

Pag 5- A BUSCA DO TESOURO DO JOGO DA VIDA.




Decifrar o Código da vida é uma aventura maior que o código de Vinci.
O tesouro e o jogo é a própria vida, porque ela se divide em várias recompensas e desafios. Parte das regras deste jogo e peças deste quebra-cabeças vamos recebendo durante a busca. O mais importante é descobrir porque caminhamos , nos aventuramos, vivemos , que luz nos move ?

Compreender o eu , o mundo em que vivemos e o “destino” que nos ofertam. Conhecendo a si mesmo e o mundo que vive nos permite desafiar nossos limites e de nossa sociedade para construir outras histórias reais, mas parecidas com os sonhos de nossa infância e juventude.
Se tivéssemos um roteiro com perguntas, reflexões, teorias, a cada passo que damos em nossa vida poderíamos construí-lo de outras formas? Poderíamos encontrar pistas deste labirinto da vida ou mesmo desafios que nos recompensassem com dias melhores.

Considero três valores fundamentais para as descobertas que realizamos na vida eles são como ferramentas capazes de ampliar nossos poderes e desafiar os limites. São como prêmios que carregamos dentro de nós e que podemos despertar nos caminhos que nossa Sociedade nos oferta. São os valores da Sabedoria, Coragem e Amor.

É preciso saber viver, ou seja, apreender a Sabedoria através da Educação o que podemos apreender pelas descobertas dos seres humanos e pela Religião o que só podemos apreender através do sagrado. Conhecendo a si mesmo , Deus e o mundo em que vivemos. Desta forma vamos descobrindo e empreendendo o nosso caminho nesta Terra .

É preciso ter Coragem para viver este caminho , colocá-lo na prática , através do Trabalho, do mundo econômico , enfrentando as barreiras que a realidade nos impõe ou no Mundo das Artes sem as restrições que a realidade nos impõe podendo pintar, cantar, escrever, filmar, mostrar este caminho para todos. No mundo da Política podemos compartilhar nossos caminhos de forma coletiva transformando as realidades que nos cercam e nos desafiam.

Estes valores vividos nestes mundos através dos caminhos que descobrimos com sabedoria e coragem devem compartilhar com todos o amor pela vida , pelo mundo e pelos seres humanos. Estes valores significa descobrir nosso Universo e caminho com Sabedoria, viver este caminho com Coragem compartilhando amor .Protegendo e despertando a nós e o mundo em que vivemos nos tornando parte ativa deste destino e jornada de livre-arbritio..

Este é o Destino dos Protetores , empreender sonhos numa Terra da Sabedoria.Este livro conta a história de como construímos o nosso “destino” que perguntas, reflexões, teorias,atitudes.... nos moveram. Elas são contadas através de histórias de vida, com a agulha que descosturam franksteins despertando o eu. Visa a mudança do ecossistema que mantem á vida na terra , na sociedade, a partir do que pulsa dentro de nós .

Nós perderemos esta chance de viver?
Construiremos juntos nosso manual de protetores nesta sociedade e da alquimia / experimento que realizamos na vida.

Trata da história do nascimento de Outsiders Protetores que empreendem seus sonhos numa Terra da Sabedoria durante o Século I ( 1968-2068) Uma viagem a origem da infância dos Protetores e de nossa sociedade, a Terra da Sabedoria.

Pag 4- DE QUE É FEITO A AGULHA DA OPERAÇÃO ?




É Preciso ler muito , pensar e refletir bastante, educar a si mesmo independentes das grades curriculares ( The wall ). Criar projetos e objetivos de vida.Tomar decisões , avaliar cenários , desenvolver estratégias, empreender sonhos. Educar e ajudar pessoas ao seu lado que compartilhem estes desafios. Se possível escrever, falar sobre isto. Rezar com a mesma fé do corpo que respira. Lutar , ter disciplina , como um guerrilheiro de uma boa causa que é maior que você neste caso a sua própria vida.

Caminhar de uma forma diferente pelos lugares que você já andou, com um novo olhar, coisas a dizer e perguntar, críticas a fazer e sonhos e criações a propor, ou seja, tornar o lugar uma parte de si; uma continuação da vida que pulsa, ao viver nossas potências e paixões, desvendando a MATRIX e libertando nosso Ser do poder que castra e destrói para ser parte dele.

Qual a nossa capacidade durante a vida de fazer as perguntas e viver as respostas do que realmente importa ? Contar para a gente a nossa história de vida da infância até o dia de hoje , dividi-la de forma pedagógica e artística em capítulos, cenas , fotografias , momentos mágicos que simbolizam vitórias ou derrotas , grandes alegrias e grandes dores. Encontrar dentro da gente, o racional e o irracional, o método, a razão, mas também a paixão e a explosão.
Este é o grande desafio da vida não acumular demais razões que vão sufocando e excluindo porções inteiras da vida. “ até que estas por sua vez se vinguem , exarcebando-se e subindo aos extremos” como nos diz o Sociólogo francês Maffesoli .

Viver o real sem perder o ideal . Ser anjo protetor da vida que acredita com a força com que nos movem as paixões e sabendo de ante mão o risco, as virtudes e as dores das explosões que mesmo aquelas que já ocorreram em nossa vida tem o poder curador de novas jornadas.

Esta agulha é feita de razão, paixão , alegrias, dores ela costura nossa história de vida com nossos pensamentos e atitudes e grava em nossa memória e corpo este filme que poucas vezes contamos para nós e que tem um poder libertador mágico .

Pag 3- A MUDANÇA DO ECOSISTEMA QUE MANTEM A VIDA NA TERRA, NA SOCIEDADE, A PARTIR DO QUE PULSA DENTRO DE NÓS.





Acredito que não são apenas desastres ambientais que estão se espalhando pelo mundo, realizando profecias do fim do mundo, e configurando uma nova era em nossa Terra.

Diferentes da era glacial, nós somos os grandes responsáveis por estas mudanças climáticas. Elas surgem como resposta ao desequilíbrio causado nos ecossistemas que mantém a vida.

Estas crises constantes alteram nosso modo de viver. Elas não são passageiras pelo menos até que possamos lidar com as causas.
Parte das causas está em cada um de nós, o que somos, pensamos, agimos. Estas conseqüências também são fruto de nossa forma de ser humanos, desequilíbrios, incoerências, hipocrisias ou como disse excesso de razões ou falta de explosões que um dia ocorrem na natureza ou dentro de nós...

Da mesma forma que as crises ambientais, as crises humanas resultantes de nossa forma de viver tem cada vez mais aprofundado as conseqüências negativas, o Século XX é um exemplo apesar de toda ciência, tecnologias e métodos, principalmente na perspectiva dos valores ou mesmo numa visão de viver nossas potências e existência.

Quando falamos do aumento da desigualdade, da pobreza, da fome...Falamos também de desequilíbrios da humanidade e todos nós que compartilhamos esta vida somos co-responsáveis por elas.

Portanto os desequilíbrios do meio-ambiente, da sociedade e de nossas vidas estão profundamente interligados não apenas pela mídia, pela complexidade, pelas terapias , mas principalmente por nossa visão de mundo, pelas formas que escolhemos viver nossa história de vida, pelas decisões, pelas perguntas e ou reflexões que deixamos de realizar em nossa jornada aqui na Terra.

Porque “escolhemos” viver desta forma? Será que temos convicção de nossas atitudes? de nossa razões ? Ou nos rendemos apenas ao prazer, a fuga, ao imediato?
Quem somos nós? No caos deste mundo que nos nega as respostas mais simples através da vida , que esconde de nós e aprisiona nosso eu .

Nos transformando na criação de vários Deuses humanos, em Franksteins costurados por diversas instituições, modas, interesses, vaidades, pelos poderes econômicos e políticos, pelos modelos educacionais, espirituais e culturais, pela mídia e pelas gerações que nos antecederam.