SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SIM SENHOR FEUDAL – A SUBMISSÃO COMO CULTURA POLITICA.



Ninguém vê, ninguém escuta, ninguém pensa porque ninguém pode!

Todos obedecem. Sim! Senhor!

A submissão é a cultura que premia os que mais se submetem, muitas vezes os mais burros e pacatos cidadãos, concordam com tudo, cumprem tudo que lhes é mandado, silenciam sobre os erros, elogiam o obvio, vendem a alma.

Enquanto seus chefes riem com suas indignidades na forma como exercem o poder que não lhes pertence mas como herdeiros de partidos, famílias, dinheiro e outros são escravocratas e usam a força do dinheiro e do poder para aprisionar as capacidades de um país. 


No caso da política a submissão se mistura com a esquizofrenia dos políticos que vivem seus delírios, não enxergam o mundo real e fingem não ver o que fazem. Muitos políticos falam dos outros mas usam as mesmas praticas para manter seu poder. Todos se dizem democráticos menos nos seus feudos. Todos se dizem contra a corrupção mas protegem e nomeiam corruptos. São contra alianças espúrias mas se mantem no poder por elas. São contra pressões mas praticam sobre os mais fracos. Gostariam de ocupar cargos pelo que realizaram mas nos seus feudos beneficiam parentes, amigos, bajuladores, e fazem de tudo para que os resultados dos outros não aparecem, silenciam e se puder eliminam. 

No país da submissão das elites e das esquerdas tudo vira acordo. Começando pela política, passa pela economia, educação e arte. Não importa a luta, resultados, talentos, ideias e sonhos. Você se submete? se vende? Entrega tua vida, alma, sonhos para idiotas?

As consequências da submissão com Escravocratas no poder é que muitas vezes se passa por acontecimentos lindos e ideias inovadoras e ninguém vê porque todos olham para seus delírios de poder e a maioria não pode ousar diante dos chicotes.

Não se pode ter uma sociedade virtuosa diante de um Estado podre. O Estado é uma entidade viva em evolução , nutrindo responsabilidades e propósitos, mas como fazer isto na cultura da submissão ?


Se conseguirmos nos comunicar pelo menos pela razão avaliando os custos e os impactos das políticas públicas vamos ver que seus feitos são bem piores que a corrupção. Na verdade a origem é que as políticas públicas são feitas em sua maioria para eleger feudos, submeter pessoas, empregar eleitores, corrupção e pouco importa a vida das pessoas. Afinal são compreendidas como votos e os políticos na cultura da submissão se submetem aos seus chefes não ao seu povo. Falam em igualdade e cidadania mas deliram com suas obras esquecendo que estas questões independem delas pois elas estão na origem no reconhecimento e na democracia entre iguais. Porem se não existe nem nos Governos, nem nos partidos imaginem no cotidiano e no dia a dia das pessoas?

Agora quer algo pior que isto? Dizer a verdade, libertar escravos, denunciar a submissão, lembrar aos nossos reis e nobres que estão nus!


Quando as pessoas estão no poder não vê o que fazem nem elas mesmas se enxergam. A riqueza e o poder se herdam a inteligência não. Enxergar formas de empoderar e realizar pessoas, sonhos e ideias é romper com a submissão de baixo para cima. Acreditar e apoiar a capacidade das pessoas, suas rebeldias e sonhos é fortalecer o poder de líderes não escravocratas de direita e de esquerda mas líderes que são mais fortes e respeitados entre seus iguais capazes de construir um projeto de Nação e não apenas seu medíocre poder mantido por herança ou pela força à custa da submissão e vida de milhões de pessoas. 

domingo, 23 de novembro de 2014

A CARA DA VIOLÊNCIA – PROJETO TECNICO


1.       INTRODUÇÃO – Como funciona ?

Criamos uma Exposição A CARA DA VIOLÊNCIA para circular por vários ambientes distintos com públicos diversos visando interagir, registrar e pesquisar as várias percepções da violência. Conhecer de perto os autores de atos violentos, ver como as pessoas reagem aos programas policiais ou filmes editados em uma sequência de uma hora que mostram as violências e seus diversos personagens; e criar meios numa segunda e terceira tela para que pessoas diversas possam dialogar sobre as violências em suas vidas é o que buscamos.

Os lugares?

A Exposição circulara em Presídios, Terminais de ônibus, Escolas públicas e em Cursos de Arte. Ela é composta por 3 data shows e suas respetivos projetores e telas além de uma câmera que registra a percepção das pessoas sobre as imagens exibidas numa terceira tela.

O que filmamos?

A ideia central é que as imagens registradas em um dos ambientes possam ser mostradas em outras ao lado de filmes e programas policiais violentos. Esta síntese de filmes e programas policiais editados em capítulos de uma hora como uma serie também estarão disponíveis na internet. Sendo os últimos 20 minutos o registro das reações, percepções e comportamentos das pessoas que assistem as cenas de violência. O diálogo entre estas Caras da violência durante o processo vão sendo editadas para gerar o filme da exposição A CARA DA VIOLÊNCIA. O filme é o resultado de um mosaico digital de imagens de várias caras dialogando entre si sobre as violências em suas vidas formando uma só imagem. O objetivo é que partes deste filmes possam circular em celulares via WhatsApp.  

2       AS PESQUISAS DOS IMPACTOS DA INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA

Estas imagens e cenas exibidas durante a exposição em vários lugares são expressões diretas da violência, refletem a brutalidade dos fatos sem narrativas para “explica-las”.  Uma sequência de uma 1 hora expondo uma variedade caótica, onde as violências se criam e reproduzem por variações múltiplas em nossas vidas e cidades. Como se elas tivessem uma sequência que dependesse de nossos atos? Como se tivéssemos que após assisti-las tivéssemos que expurga-las, sublima-las, gerar cartasses ou apenas nega-las, se anestesiar emocionalmente ou fugir? 
“De várias formas, incluindo a arte, nos também desenhamos a violência em nossas vidas e cidades. Cada um de nós, e não apenas os criminosos, somos a cara da violência” Este trecho do texto conceitual da instalação A CARA DA VIOLËNCIA nos convida a refletir e interagir com atitudes sobre as diversas violências que vivenciamos e suas consequências múltiplas sobre as caras e as vidas de outras pessoas.

As perguntas essenciais!

São três questionamentos que realizamos depois que as pessoas assistem os filmes.

1.       Quais as consequências destas violência em suas vidas e como você reage a eles ou não?
2.       Que atitudes violentas você assim como eles exerce em sua vida?
3.       Após assistir estas imagens o que mais lhe atrai? O que sente ou pensa sobre o que vê?

Os filmes e Programas de TV escolhidos.

Selecionamos apenas três filmes que por serem bastante conhecidos por se tornaram ícones pops de nossa cultura. O primeiro” Sin City “de Robert Rodriguez e Frank Miller, o segundo “Kill Bill” de Tarantino e o terceiro uma edição de lutas do UFC e programa policial “Barra pesada.

“Observamos neles personagens emergirem a ícones da cultura pop das novas gerações. Se eles foram criados pela arte do cinema ou são reflexos de pessoas reais que vivem no mundo do crime pouco importa. O que me interessa nesta instalação é saber por que eles nos atraem? O que eles despertam em cada um de nós? Quanto carregamos em nossos instintos da violência apesar de todo processo civilizatório, também forjado pela violência, das leis, cultura de paz e do valor que atribuímos a arte do belo que deveriam ser antídotos a violência.”
Acredito que durantes anos vários nossa sociedade planta e colhe vários símbolos da violência. Eles iniciam em uma escala cult que retrata histórias reais de nossa sociedade que vão se tornando práticas e comportamentos culturais até se tornarem símbolos de poderes inconscientes que se multiplicam como vírus e reações as doenças de nossa sociedade. 

3.  UMA SEGUNDA LINHA DE PESQUISA.

Esta é uma segunda linha de pesquisa buscamos entrevistar presos que assistiram estes filmes e que em determinados momentos de suas vidas foram significativos para suas ações. Por isso as imagens dos filmes se conectam com cenas dos criminosos em programas policiais. Eles nos ajudam a entender os processos sociais como pequenas sociedades se formam ao nosso redor com suas próprias éticas, leis e comportamentos. Como no caso das máfias, narcotráficos e outras.  

4.       REFERENCIAIS TEÓRICOS.

Por isso busquei fundamentar esta instalação em quatro livros que falam sobre abordagens e métodos de como lidar em situações como estas.

1.       O primeiro livro “ZEROZEROZERO” de Roberto Saviano autor de outro livro Gamorra que também gerou o filme com o mesmo nome. Ele retrata como o narcotráfico forma jovens para realizar assassinatos. Estes jovens são colocados em casas durante três meses assistindo filmes e jogando games violentos. Um deles assim que saiu cumpriu uma missão matou 15 pessoas numa operação. Ao ser preso ele disse ao Juiz sem sentimentos que tinha falhado na missão pois era para matar 12. Ela não fazia nenhuma diferença entre os filmes, Game e a realidade. 

2.       O segundo livro “A Psicologia vai ao Cinema “de Skip Dine Young retrata os impactos psicológicos em quem assiste filmes violentos em suas vidas.

3.       O terceiro livro” Altíssima pobreza “do filosofo Giorgio Agamben reflete das relações entre hábitos, regras e modos de viver. Discutindo pessoas que difundiram seu modo viver pelos seus comportamentos a outras pessoas como Francisco de Assis, Marques de Sade e outras. Eles nos ajudam a entender como novas culturas e comportamentos emergem e se tornam pop tendo as imagens e símbolos um importante papel mesmo que na época as pessoas tivessem que criar as imagens em suas cabeças hoje elas se reproduzem por milhares de telas.

4.       O quarto livro “O que é loucura? – Delírio e sanidade na vida cotidiana do psicanalista inglês Darian Leader reflete sobre o comportamento de pessoas consideradas normais e respeitáveis em nossa sociedade que em momentos de surto cometem assassinatos em série. 

5. INSTALAÇÕES COMO BBB REAIS

Portanto “Na instalação A CARA DA VIOLÊNCIA vamos registrar pequenas atitudes que em contextos de maior perigo, medo, necessidade, raivas, ou mesmo de disputa pelo poder, mulheres ou homens, sexo, dinheiro e outros nos transformaria em seres violentos e perigosos.” Esta exposição atua ou busca gerar um case para BBBs filmado na vida real aonde as quatro paredes são as nossa mentes. Afinal como podemos ajudar a expandi-la ao interagir com os diferentes sobre problemas comuns que compartilhamos em nossa sociedade. Sem culpados ou inocentes podemos ir além em redes sociais na vida real que gerem atitudes complementares e diálogos que nos despertem dos pequemos mundos e paredes que criamos para nos proteger as vezes de nós mesmos e de nossas violências. Muitos destes “jogos vorazes” de poder e do Capital que nos fazem de fantoches reproduzindo sua cultura e suas desigualdades brutais. 

O RPG DE OUTRAS SOCIEDADES COM SUAS REGRAS E PRÊMIOS.

“Sem hipocrisia hoje vários psiquiatras afirmam que em sociedades como a nossa a probabilidade de psicopatas chegarem ao poder em suas organizações tem sido cada vez mais maior e natural, que vença o mais forte, o que não tem sentimentos pela dor ou sofrimentos dos outros. E assim como filmes psicológicos retratam psicopatas como Haniball também se tornaram ícones pop. Cada vez mais este processo se propaga em outros filmes e personagens como Zumbis ou games como o GTA ocupando lugares centrais em nossa cultura. As caras dos lutadores no UFC nos revelam muito mais sobre a pós-modernismo das violências.

6.  A TERCEIRA LINHA DE PESQUISA DA INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA.

Esta observação a partir do quarto livro gerou a terceira linha de pesquisa mais interdisciplinar em parceria com psicólogos e sociólogos que estão nos ajudando a partir dos depoimentos em identificar “origens” de comportamentos violentos que são difundidos pela cultura em serie com a criação e atualização de personagens que desempenham papeis centrais em nossa sociedade ou na criação de outras.

“Dentro de nossa Sociedade “oficial” outras sociedades tem ganhado cada vez mais espaço como a do narcotráfico que funcionam sobre outras regras, leis, violências, crimes, e impactos sobre nossas vidas e da sociedade oficial que vivemos. O narcotráfico entra no cotidiano das cidades e ser reverbera na vida de milhões de pessoas, na arte, no imaginário do poder, consumo, dinheiro e outros reduzindo as violências, crimes e vidas como meros efeitos colaterais sem importância e sem tempo a perder.”

7. A MEDIAÇÃO DA ARTE NESTA JORNADA DA EXPOSIÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA.

Acho que provocar experiências e reflexões é melhor do que decorar leis ou se adaptar as racionalidades que não foram sentidas ou expressas pelas pessoas. Ampliar o que o olhar pode enxergar para além de modelos preconcebidos ou configurados por sistemas que empurram de cima para baixo suas visões de mundo não tem sido boas opções. Aprender a enxergar e conviver com o outro diferente é um desafio coletivo cada vez mais urgente. Afinal não existe uma Cara mais milhões de caras das violências que podem ser reduzidos não apenas a personalidades mas alguns comportamentos multiplicados em series.

“Na minha visão a arte tem um papel de expressão e mediação diante destes desafios em nossas vidas e cidades. Antes dele serem expressões corporais são políticas, estéticas, econômicas, e culturais, mas exatamente o que isso quer dizer?

Quantas caras a violência tem? Incluindo a nossa em nossos comportamentos? Elas conseguem dialogar entre si? Conseguimos compreender este fenômeno complexo que a violência se torna cada dia mais? A arte ou uma Educação ética, estética ou política pode reduzir a violência nas cidades não só entre pobres mas entre ricos também?”

8. CONCLUSÕES: AS DIMENSÕES ARTÍSTICAS, PSICOLÓGICAS E POLITICAS DAS CONCLUSÕES TRAÇAM TRAJETÓRIAS AONDE AS INSTALAÇÕES TEM UM PAPEL PEDAGÓGICO NA DIFUSÃO DE ESTÉTICAS, ÉTICAS E QUESTIONAMENTOS DAS FORMAS DE VIVER VIOLENTAS. 

Assim como observamos uma pincelada de Bacon, uma cena de Tarantino, um ato numa peça de Teatro podemos observar estes “detalhes” no cotidiano. E ver como eles são produzidos socialmente, politicamente, culturalmente e outras dimensões da vida.

A Pedagogia das Instalações.

As Instalações são laboratórios pedagógicos em processos complexos e sistêmicos como este por seus múltiplos olhares e interações que ocorrem despertando não apenas o pesquisador mas o que compartilham desta experiência. Estes processos de aprendizados coletivos fazem com que possamos no enxergar no outro, nos despertar de nossas crises e silêncios pelas imagens que não cabem em palavras e nem em conceitos. A mudança ou acupuntura em nossos comportamentos não precisam ser precisos pois as cirurgias sociais não acontecem em uma parte do corpo mas sim nos chamados sistemas ou como o cinema chamou de Matrixs.    


“As reconfigurações das sensações, dos olhares, palavras, comportamentos traduzem a violência no cotidiano, nas artes, nos desejos, na política, cultura, consumo ou em qualquer meio que ela possa se propagar e expressar suas formas. Registar e interagir com estes indícios no momento em que se produzem e por vários meios como ao assistir um filme violento, nos terminais de ônibus ao pegar um ônibus lotado, nas escolas, no convívio entre assassinos nos presídios, nos amores e ciúmes, na disputa política pelo poder, na guerra dos traficantes, na luxuria e desperdício dos ricos, nas incapacidades de amar e sentir os sofrimentos dos outros, e na busca de apreender o bem e o belo podemos registrar AS CARAS DA VIOLÊNCIA. E mais do que isto podemos ver as reações, opiniões, Caras dos que assistem e compartilham estes vídeos e ou experiências realizadas em locais públicos.

Desta forma um terceiro olho pode registrar esta dinâmica de culpados e inocentes, das relações que nos formam e deformam, do lado silencioso que não conhecemos até explodir e deixar suas marcas e consequências em nossas vidas e cidades.

Sim devemos apreender a dançar com a violência obedecendo em primeiro lugar seu ritmo para conhecê-la, apreendê-la, observa-la e perceber como ela se constrói e se desfaz, afirmá-la e negá-la em sentidos e contextos diversos. Não ter medo de olhar sua cara nem a nossa, não negando o lugar e a cultura de onde vivemos, talvez possamos ajudar a transformá-la. “


Os caminhos no Labirinto se conectam em Instalações de várias dimensões da vida.

Portanto na Instalação formam-se caminhos em labirintos cada vez mais densos de acontecimentos e explicações lineares que ao invés de curar aponta as armas e as diversas violências para outros inimigos, culpados, doentes e outros.

Hoje se consome a violência como um produto cada vez com mais valor nas diversas sociedade que vivemos nas empresas, politica, nas relações sociais, crimes, drogas ou na solidão dos filmes e games como meros espectadores sem voz.  Precisamos escutar e ver as singularidades das multidões que nos atravessam e nos transformam. A Arte pode nos libertar muitas vezes mais do que as políticas ou as armas.  

sábado, 22 de novembro de 2014

Amor, Política e Juventude...Sexo, Drogas e Rock Roll.



As ninfas se escondem nos jardins enquanto jovens esvaziam seu corpo de sentimentos, se drogam e cantam suas dores. As ninfas estão reunidas discutindo a política do paraíso encantando jovens para jornadas de vida mais magicas e menos chatas.


Porem para conquistar novos líderes para os desafios de nossa Terra, ela tinha apreendido que tinha que fazer amor no meio de manifestações antes de começar o show de Rock. Agora as luzes estão cada vez mais coloridas a grande maioria dança só com sua incapacidade de amar e a maioria são drogadas ao invés de se drogar como antes. Tudo muito veloz e insano como vamos ver as ninfas paquerar?

A sedução começa com uma injustiça misturada com revolta enquanto a gente é novo e brilha como louco como canta Pink Floyd.  No meio de tantos crimes, tráficos, corrupções, prisões, publicidades desleais que consomem nosso ser, anestesias emocionais, medos e fugas afinal que visão e sonhos podemos ter do paraíso? Como posso amar de verdade está Ninfa chamada juventude política que diz que as coisas vão mudar? Se são muitos destes jovens que se profissionalizaram em mentir sobre os sonhos de uma geração enquanto pensam em seus projetos egoístas de poder? Transformando tudo em dinheiro, grupos que operam como gangues, sem ideias nem sonhos, apenas ostentações mediadas pelas redes sociais, dinâmicas de adulação ao poder que nos deixa saudades do sexo, drogas e rock roll.

As Ninfas se revoltam cansadas de sorrisos enferrujados, de fotos vazias que se repetem como um câncer, das ilusões capazes de negar a realidade esquecendo os votos dos amores não correspondidos. Afinal quem são estes jovens que dizem fazer política dos bares e amar as coisas sem respeitar as pessoas?

Enquanto nas Florestas e cidades durante os espetáculos , os circos começam a pegar fogo , e no meio das chamas são forjados novos líderes. Eles estão apreendendo a voar presos ao amor as ninfas em busca de amores coletivos. As suas preces são as injustiças que nos convidam a lutar. Será que vamos construir outros muros?  Serão eles candidatos a algo ou ocuparam cargos públicos? Conseguiram transformar a vida de pelo menos uma pessoa? Enxergar o amor, os coletivos dos que não conhecemos nem são nossos amigos, a política das Ninfas dos Direitos e da Cidadania que encantam milhares de jovens a quem são negados o amor ao saber, as causas, aos talentos, a arte, e as várias políticas públicas em suas vidas.  


Estou triste por enxergar tantos jardins, ninfas e paraísos enquanto a cegueira do poder nos enxerga como disputas a travar, pessoas a acorrentar, formas de enriquecer, e no silêncio destas dores enxergo outros amores de outras gerações. Entre Sexo, drogas e Rock Roll nos perguntamos o que sobrou pois dessa cinzas podemos gerar os antídotos de nossas fraquezas.

Este é o nosso caminho correr atrás do sol, dos amores, dos sonhos, das causas, das injustiças e ter algo novo a dizer para aqueles que não acreditam mais nas Ninfas. Fazer da política uma música, como canta Muse uma resistência ou uma boa loucura de amor, uma simples poesia onde se mistura a luta e a trajetória de vários jovens, os seus gritos e novidades tecnológicas para criar novos jardins onde nus dos poderes que nos criaram as Ninfas não tenham vergonha de tirar suas roupas e nos amar.


O Paraíso habitados por anjos da história onde as revoluções podem acontecer a qualquer momento. E quando menos esperar uma revolta, uma denúncia, um novo governo pode anunciar que as regras mudaram que pelo menos desta vez seus pobres acordos não significam nada. A história nossa aliada como sempre resolveu escutar as ruas. E quem vai ficar olhando o brotar de novas sementes ideias que florescem e multiplicam os jardins e as Ninfas em nossas vidas ? Se finalmente enxergamos a luz de que precisamos do amor a politica para transformar monstros em Ninfas. 








segunda-feira, 17 de novembro de 2014

INSTALAÇÃO A CARA DA VIOLÊNCIA! - texto conceitual.


Os Desafios da violência necessitam de respostas criativas e não mais do mesmo em serie. Transformar a energia da violência em paz significa potencializa-la em outras direções para transformar os ambientes e as vidas que a compartilham. A arte é essencial nas várias dimensões e níveis deste processo.  

Dizem que a violência é instinto mas também a arte desde que pintamos as cavernas. Algumas artes descritas por Deleuze como do pintor Francis Bacon são expressões diretas da intensidade da violência sobre uma imagem. Ela expõe a brutalidade dos fatos contra narrativas. A variedade caótica dos fatos e sentidos. Onde a violência se cria e reproduz por variações múltiplas em nossas vidas e cidades.

Cercados hoje como estamos diante de catástrofes e histerias com o aumento da criminalidade e da violência, cada vez mais somos inseridos neste contexto ao vivenciarmos algo, assistirmos ou pelo medo. De várias formas, incluindo a arte, nos também desenhamos a violência em nossas vidas e cidades. Cada um de nós, e não apenas os criminosos, somos a cara da violência.

Em filmes como Sin City de Robert Rodriguez e Frank Miller assim como nos filmes de Tarantino observamos personagens emergirem a ícones da cultura pop das novas gerações. Se eles foram criados pela arte do cinema ou são reflexos de pessoas reais que vivem no mundo do crime pouco importa. O que me interessa nesta instalação é saber por que eles nos atraem? O que eles despertam em cada um de nós? Quanto carregamos em nossos instintos da violência apesar de todo processo civilizatório, também forjado pela violência, das leis, cultura de paz e do valor que atribuímos a arte do belo que deveriam ser antídotos a violência.


Na instalação A CARA DA VIOLÊNCIA vamos registrar pequenas atitudes que em contextos de maior perigo, medo, necessidade, raivas, ou mesmo de disputa pelo poder, mulheres ou homens, sexo, dinheiro e outros nos transformaria em seres violentos e perigosos. Sem hipocrisia hoje vários psiquiatras afirmam que em sociedades como a nossa a probabilidade de psicopatas chegarem ao poder em suas organizações tem sido cada vez mais maior e natural, que vença o mais forte, o que não tem sentimentos pela dor ou sofrimentos dos outros. E assim como filmes psicológicos retratam psicopatas como Haniball também se tornaram ícones pop. Cada vez mais este processo se propaga em outros filmes e personagens como Zumbis ou games como o GTA ocupando lugares centrais em nossa cultura. As caras dos lutadores no UFC nos revelam muito mais sobre a pós-modernismo das violências .

Dentro de nossa Sociedade “oficial” outras sociedades tem ganhado cada vez mais espaço como a do narcotráfico que funcionam sobre outras regras, leis, violências, crimes, e impactos sobre nossas vidas e da sociedade oficial que vivemos. O narcotráfico entra no cotidiano das cidades e ser reverbera na vida de milhões de pessoas, na arte, no imaginário do poder, consumo, dinheiro e outros reduzindo as violências, crimes e vidas como meros efeitos colaterais sem importância e sem tempo a perder.

Na minha visão a arte tem um papel de expressão e mediação diante destes desafios em nossas vidas e cidades. Antes dele serem expressões corporais são políticas, estéticas, econômicas, e culturais, mas exatamente o que isso quer dizer?

Quantas caras a violência tem? Incluindo a nossa em nossos comportamentos? Elas conseguem dialogar entre si? Conseguimos compreender este fenômeno complexo que a violência se torna cada dia mais? A arte ou uma Educação ética, estética ou política pode reduzir a violência nas cidades não só entre pobres mas entre ricos também?


As reconfigurações das sensações, dos olhares, palavras, comportamentos traduzem a violência no cotidiano, nas artes, nos desejos, na política, cultura, consumo ou em qualquer meio que ela possa se propagar e expressar suas formas. Registar e interagir com estes indícios no momento em que se produzem e por vários meios como ao assistir um filme violento, nos terminais de ônibus ao pegar um ônibus lotado, nas escolas, no convívio entre assassinos nos presídios, nos amores e ciúmes, na disputa política pelo poder, na guerra dos traficantes, na luxuria e desperdício dos ricos, nas incapacidades de amar e sentir os sofrimentos dos outros, e na busca de apreender o bem e o belo podemos registrar AS CARAS DA VIOLÊNCIA. E mais do que isto podemos ver as reações, opiniões, Caras dos que assistem e compartilham estes vídeos e ou experiências realizadas em locais públicos.

Desta forma um terceiro olho pode registrar esta dinâmica de culpados e inocentes, das relações que nos formam e deformam, do lado silencioso que não conhecemos ate explodir e deixar suas marcas e consequências em nossas vidas e cidades.

Sim devemos apreender a dançar com a violência obedecendo em primeiro lugar seu ritmo para conhecê-la, apreendê-la, observa-la e perceber como ela se constrói e se desfaz, afirmá-la e negá-la em sentidos e contextos diversos. Não ter medo de olhar sua cara nem a nossa, não negando o lugar e a cultura de onde vivemos, talvez possamos ajudar a transformá-la. Não com a cara de anjos, Deuses ou mágicos mas usando a própria arte para expressar nossas violências e nos tornar conscientes e inconscientes delas.



 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A CAPITAL DA JUVENTUDE!

Procura-se revolucionários por favor enviar currículo. 
Perfil : Katniss Everdeen.
Missão : Servir como simbolo de uma revolução iniciada no Distrito 40 visando conquistar a Capital para Juventude. A Heroína esta disposta a lutar por uma causa e canalizar a energia de várias tribos de jovens para serem vitoriosos em suas vidas e nas cidades que vamos construindo na jornada.  

Como canalizar a energia virtual da juventude gasta em celulares, bebidas, festas e outros para transformação de suas vidas e cidades? Fortalecendo a Economia e o Desenvolvimento humano.

Como a juventude pode em sua cidade se conectar com mundo através de projetos e desafios comuns com jovens de outros países? E ao invés de ficar perdido sem objetivos, fugindo com medo de responsabilidades, desenvolver suas capacidades para construir sua capital humana, social, espiritual, tecnológica, politica, ambiental, cultural e seus diversos relacionamentos e redes com parceiros, família, amigos e a busca do amor.

Como ele pode conquistar Desafios e objetivos, com o poder de realiza-los liderando e unindo outros jovens capazes de construir outra MATRIX para suas vidas e cidades.

Como construir uma Economia Jovem capaz de sustentar estes projetos? Como fazer com que nesta cidade circule uma moeda jovem capaz de realizar objetivos e planos de vida destes jovens gerando sua inclusão econômica e social?

Ao mesmo tempo que vão construindo em cada cidade a sede física e o portal na internet de auto-gestão desta jornada de forma sustentável e com grandes impactos mensuráveis?

Lógico que nesta jornada eles vão passar por um processo de formação ética, estética e política baseada em vivencias e desafios coletivos da cidade e complementar ao que apreendem nas Escolas e Universidades. Eles serão capacitados para enfrentar os desafios que encontram no caminho.

Vão gerando assim sua cultura buscando difundi-la em músicas, teatro, vídeos e danças. Nesta jornada os jovens vão liderar projetos sociais em várias comunidades ajudando crianças e idosos a serem mais felizes. Sendo liderados por princípios de Democracia Direta com a participação ativa de cada um deles nas decisões. Cidadãos globais que se conectam entre suas capitais e comunidades na Terra.

Agora empreenda conosco as sedes das Capitais da Juventude. Shoppings do Bem onde os alugueis e venda de espaços para lojas e empresas servem para pagar o custeio de funcionamento da sede e investimentos em projetos e organizações de juventude. Cada uma delas atua em várias áreas temáticas do Shopping realizando objetivos dos planos de vidas dos jovens que potencializam suas cidades. Sendo estas as áreas temáticas: Empreendedorismo & Trabalho, Educação, Social, Política, Ambiental, Cultura, Ciência & Tecnologia, Espiritualidade, Esportes, Lazer & Diversão, Mídia, e Psicologia & relacionamentos. 
  
Nestas áreas temáticas cada uma delas tem metas de jovens a ser atendidos e são remuneradas em escala e pela troca de serviços entre os projetos e organizações de juventude através da moeda jovem que circula no Shopping e parte dela pode ser convertida em real no Banco Jovem. Por esta razão no Shopping temos lojas, restaurantes, supermercados, e outros que injetam parte do capital através de seus aluguéis e em parceria com o Poder público, Empresas, Cooperação internacional, ONGs, Universidades que apoiam os projetos dos jovens e financiam espaços comuns gratuitos como Academias, Esportes, Bibliotecas, Bicicletas e Cinemas.


A Agência de Desenvolvimento da Juventude é o órgão tripartite que administra este Shopping. Ela realiza as oficinas de planejamento de vida dos jovens, seleciona projetos, pessoas e organizações que vão fazer parte do Espaços temáticos, gerencia a moeda e o Banco Jovem, administra o Portal/ Game na internet, sensibiliza e capacita os jovens para Jornada de Vida, coordena o processo de Democracia Direta para tomada de decisões, cria e apoia Núcleos nas comunidades, Distritos e cidades próximas que são interligadas pela Capital da Juventude.

A agencia de Desenvolvimento Jovem gerencia a Capital da Juventude que é a Sede do projeto e Shopping do Bem sempre realizando o planejamento e gestão, acompanhando as trajetórias de vida dos jovens e os diversos impactos alcançados em suas vidas e nas comunidades. Sempre lembrando o poder da imaginação em construir novos caminhos, ideias, projetos sociais, cidades, novas mídias, culturas, tecnologias, saberes, negócios, lazeres , preservando a natureza transformando-os em metas e objetivos na vida de cada jovem capaz de transformar sua cidade para sua inclusão econômica e social.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AS CIDADES TIPO MARACANAÚ E REDENÇÃO - POR UMA VISÃO 360 GRAUS.


Hoje um site em Porto Alegre mobiliza pessoas para construírem juntas soluções para problemas que compartilham em seu cotidiano com muito mais energia que a Prefeitura. São desafios coletivos que funcionam como equações que necessitam da complementariedade de ações de vários segmentos da sociedade para alcançar os resultados e os impactos esperados.

Este caminho é bem melhor que esperar que o Poder publico resolva porque no mínimo gera pressão política para aqueles que não conseguem pensar o coletivo, o publico e as cidades mas que infelizmente são políticos eleitos pela corrupção e força tratando o sofrimento do povo como ervilha diante de tantos delírios e prioridades inconfessáveis em que se transforma o poder publico.

Estas pessoas da sociedade que se unem em torno de desafios coletivos são lideres da Sociedade civil que resolvem transformar vidas. Empreendendo projetos com soluções muitas vezes inovadoras e metas possíveis plantando sementes de qualidade na construção da cidadania na vida de uma cidade.

Um processo bem diferente do que acontece em cidades tipo Maracanaú onde o Prefeito e vereadores vivem num condomínio fechado cercado por muros altos distantes da vida da maioria dos que dizem representar. Uma cidade em que a maioria, 60% tem menos de 30 anos, moram em bairros sem ruas, sem espaços de lazer para juventude, sem cidadania e dignidade que é onde deveria ser gasto o dinheiro publico.

Uma cidade que sustenta uma rede de políticos mas que sofre com falta de mobilidade, violência e até mesmo a incapacidade de apoiar pequenos empreendimentos que gerariam trabalho para juventude ou empresas que se conectem as cadeias produtivas existentes no Distrito Industrial. Maracanaú é a segunda cidade em arrecadação de impostos no Ceara, mas deve ser a única a ter um Distrito industrial no Brasil onde trabalhadores morrem atropelados em ruas escuras, sem segurança e proteção no Distrito e com poucos ou nenhum transporte publico nos lugares que as pessoas necessitam ir trabalhar todos os dias.

Porem esta mesma Prefeitura que não faz o básico consegue pensar o absurdo de um Estadio de futebol no centro da cidade ao lado de um rio na avenida principal! Em qualquer cidade um Estadio por questões de mobilidade e outras não pode ficar no centro. Ela não consegue lidar com as várias realidades que a compõe como o Alto alegre abandonado e as diferentes necessidades dos que vivem no Jereissati ou Pajuçara. Em Maracanaú tem o Metro que pode ser expandido em horários, tem Escolas profissionalizantes que tem um papel vital no desenvolvimento de uma geração, o CÉU, a Policlínica, a Construção de um Hospital regional, além da duplicação da CE que tem profundos impactos sobre o desenvolvimento desta Cidade.

Cidades tipo Maracanaú necessitam que a Sociedade civil se organize numa Política 360 graus capaz de lidar com suas Diversidades de comunidades e Desafios em várias áreas capazes de integrar seus vários problemas e os segmentos como Juventude, Empresas, ONGs, Escolas, Comunidades, Igrejas e outros para pautar os Governos Municipal , Estadual e Federal de suas reais demandas. Construindo uma Visão estratégica e sistêmica da cidade e não a reduzindo a grupos de interesses privados ou demandas políticas pessoais.
Esta Sociedade civil precisa organizar sua Mídia, Projetos, Encontros, potencializar e educar novas lideranças com uma visão e estratégia 360 graus. É preciso entender a Historia destas cidades e de suas desigualdades, imaginar uma cidade que hoje não conseguem imaginar devido as brutalidades, violências, corrupções, medos que os impedem de lutar e construir sua cidade e comunidades. Necessitamos iluminá-las a luz de novos desafios coletivos para nossas vidas e as futuras gerações serem maiores que seus destinos empobrecidos e roubados por velhos políticos que confundem poder com mediocridade. As pessoas tem o direito de governar suas vidas e cidades de baixo para cima e conquistar novas formas de viver e serem felizes independentes das incapacidades de seus políticos. 

Afinal que cidade podemos apreender a desenhar com nossos filhos em nossa vidas ? 

O que podemos apreender com os Simpsons e suas ironias com os políticos para mudar nossa forma de pensar comportamentos públicos ? Talvez o mesmo que Robert Darnton nos ensina sobre os comportamentos da nobreza que antecederam a Revolução Francesa e foram divulgados pelos livros e artes proibidas na época mas que hoje são popularizados pela internet em blogs.