SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

domingo, 19 de junho de 2022

Como os limites podem estimular a criatividade

 


BBC Ideas

Histórias curtas para mentes curiosas

                18 junho 2022



Isaac Newton (1643-1727) fez algumas de suas maiores descobertas quando estava em isolamento durante a epidemia de peste bubônica que atingiu a Inglaterra no século 17.


A reclusão também parece ter inspirado William Shakespeare (1564-1616), que escreveu a peça Rei Lear quando todos os teatros foram fechados durante uma quarentena em decorrência da mesma doença em Londres.


Na década de 1960, o célebre autor infantil Theodor Seuss Geisel (1904-1991), mais conhecido como Dr Seuss, foi desafiado a escrever um livro cujo vocabulário não excedesse o limite de 50 palavras não só venceu a aposta, como Ovos Verdes e Presunto se tornou uma de suas obras mais famosas.


Tendemos a pensar em criatividade e liberdade como duas coisas que caminham sempre juntas. E que as restrições podem, por sua vez, parecer um tanto... limitantes.

Mas especialistas acreditam (e os exemplos acima nos mostram) que não é bem assim.


"É um belo mito pensar na criatividade como um campo aberto de infinitas possibilidades. A realidade é que, quando as pessoas estão diante de um campo aberto maravilhoso, elas podem ficar paralisadas", explica a psicóloga cognitiva Catrinel Tromp.


"As restrições são as âncoras da criatividade."


Isso acontece porque diante de uma limitação, somos levados a encontrar soluções.


"A resiliência (capacidade de superar obstáculos) aparece quando você tem problemas e desafios. Isso, por sua vez, te dá ideias", afirma a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, especializada em criatividade.


Estas limitações podem ser de cunho político e socioeconômico, por exemplo, como lembra a artista britânica Quilla Constance.


"Ser uma artista mulher, negra e de origem proletária pode ser visto como uma limitação dentro do mundo da arte, que historicamente é um espaço bastante patriarcal, branco e de classe média", avalia.


Ela cita o exemplo da hoje aclamada artista negra americana Faith Ringgold, ícone da luta pela igualdade racial e pelos direitos das mulheres nos EUA, que conseguiu driblar as adversidades de forma criativa:


"Ela queria fazer aquelas telas enormes, da mesma forma que muitos homens estavam fazendo grandes obras de arte modernistas. Mas ela não tinha espaço em casa para fazer isso. Ela começou então a fazer essas colchas enormes — enrolar e levar para várias galerias. Ela é um ótimo exemplo de como um artista pode florescer sob limitações."


Limitações na medida certa


Greenfield observa, no entanto, que as limitações podem nem sempre ser benéficas para a criatividade.


"Existe uma questão interessante sobre se as restrições são realmente benéficas ou problemáticas para a criatividade. E acho que a resposta para ambos os casos é sim", diz ela.


Então até que ponto as limitações podem estimular a criatividade?


Pesquisas indicam que existe uma curva de criatividade em forma de U invertido. Sem as limitações, podemos nos sentir entediados e pouco estimulados. Mas se houver muitas restrições, podemos ficar estressados e oprimidos. O ponto ideal está no meio.


E a boa notícia é que todo mundo pode exercitar a criatividade.


"A maioria das pessoas tende a pensar que a criatividade é algo que acontece com pessoas que têm um talento específico. Isso é um equívoco", afirma o psicólogo Volker Patent, da Open University.

"Não existe algo como um gene para a criatividade", completa Greenfield.


Embora grande parte das limitações seja imposta, como no caso de um lockdown em decorrência de uma epidemia, você também pode escolher estabelecer limites para estimular a criatividade.


A seguir, especialistas compartilham algumas dicas:


1. Marque na agenda

"Agende um horário específico em que você não fará nada além de se envolver na tarefa criativa. Esta é uma das maneiras pelas quais as pessoas com muito pouco tempo conseguem escrever livros — ao dizer a todos em sua família que é isso que você vai estar fazendo, você está, na verdade, reservando um espaço para si mesmo para que algo criativo aconteça", recomenda Patent.


2. Saia da zona de conforto

"Evite a familiaridade e abrace a novidade. Seja usando materiais diferentes, um método diferente ou um processo diferente. Se você sempre escreve poesia, tente prosa", sugere Tromp.


3. Acione o cronômetro

"Comece a desenhar e dê a si mesmo cinco minutos. Faça outro desenho. Dê a si mesmo 10 segundos para fazer o desenho. Quando temos menos tempo para fazer algo, geralmente as informações mais importantes aparecem", propõe Constance.


4. Troque de papéis

"Se você toca em uma banda e está se sentindo muito travado, troque de instrumento. Isso pode gerar novas ideias em suas músicas também", diz Patent.


5. Trace limites

"Pinte um ponto vermelho ou uma linha azul no canto superior esquerdo da tela em branco e desafie-se a incorporar essas restrições na composição. E mesmo que você não acabe usando essas restrições específicas no produto final, elas podem ser benéficas para a criatividade desde que você brinque com elas espontaneamente. O que pode acontecer é que a mera experiência de brincar com diferentes limitações amplie sua imaginação e melhore a criatividade", sugere Tromp.


Este artigo foi baseado no vídeo How limits can boost your creativity ("Como os limites podem estimular a sua criatividade"), da BBC Ideas — você pode assistir ao vídeo aqui (em inglês).

- Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-61463427

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VEJA O VÍDEO DE COMO A ECOSSISTEMA DIGITAL E EDUCACIONAL trabalha para realizar sua missão de inserir 60 bilhões na Economia gerando mercado consumidor em 23 setores e trabalho para 4 milhões de jovens em 100 cidades transformando suas vidas e comunidades, melhorando sua educação, saúde, praticando esportes, acessando arte, aprendendo novas tecnologias, apoiando suas famílias, realizando projetos sociais, ambientais e habitacionais onde moram com apoio de projetos de extensão das Universidades, ONGs, políticas públicas e Sistema S. Aproveitamos as capacidades ociosas, otimizando recursos e ampliando impactos através de um aplicativo no celular que desperta planos e objetivos de vida conectando jovens as oportunidades no mundo real. O celular como uma Bússola a vida como um game unindo real e virtual tornado jovens personagens de suas próprias  historias atuando em clãs. 


Durante mil dias, cada dia uma conquista, numa jornada educacional para construirmos juntos vidas boas, belas, justas, econômicas e ambientalmente sustentáveis através de missões educacionais inspiradoras onde ganha moedas sociais e abre sua conta bancária com a acesso à micro crédito e outros. Ele relata por vozes, fotos, videos e imagens como foi cumprir cada missão gerando a biografia e o filme de sua vida. O jovem avalia o impacto e os custos das politicas públicas, ONGs, Sistema S e projetos de extensão das Universidades criando um mercado do social com transparência.  


Nesta jornada geramos uma disciplina de plano de vida com aulas e projetos em campo nas Escolas, Universidades e comunidades com jovens que nem estudam nem trabalham , geramos uma fintech de impacto social, comércio eletrônico via marketplace, rede social com publicidade, conteúdo de arte  sobre as historias de vidas e urbanizamos comunidades  pobres com pequenos negócios e projetos sociais, ambientais, educacionais, tecnológicos, arte, esporte e outros. Assim inserimos 60 bilhões na Economia por ano ao invés de gastarmos 300 bilhões por ano em presídios e segurança o que nas últimas décadas gerou o aumento do crime organizado e mortes de quase 2 milhões de jovens. Nenhum país no mundo cresceu sem tirar as pessoas da pobreza, gerar cidadania , trabalho e mercado consumidor foi assim que EUA, Europa, Japão, Alemanha ao incluir a parte oriental com a queda do muro de Berlim, Coréia do Sul, tigres asiáticos e agora China que tirou 300 milhões de pessoas da pobreza.



VIDEO COMPLETO NO LINK : https://drive.google.com/file/d/1RfC0Ij4oLPFJybnRJ7nTivXpeNBX2o48/view?usp=sharing

sábado, 18 de junho de 2022

NARRATIVAS E VIDAS QUE EXPRESSAM O SER E OS DESAFIOS DO MUNDO QUE COMPARTILHAMOS. OS DONS E BRUNO'S QUE VIVEM EM CADA UM DE NÓS NESSA REDE DIVINA TERRA.



A vida e a sociedade são feitas de narrativas escolhemos algumas delas para construirmos uma imagem de quem somos. Alguns escolhem seus Dons e Brunos para narrar e viver suas vidas de verdade. A grande maioria nem escolhe a narrativa nem a vida, mas é excluída dela e anda quase sempre em piloto automático reproduzindo ideias, comportamentos e até violências sem consciência crítica nem criativa do que pode ser liberdade, amor e paz. Graças a Foucault e Deleuze podemos pesquisar como essas podres verdades, saberes e poderes são produzidas por práticas e se tornam grades e armas nas vidas das pessoas que ao invés de pensar a si mesmos, suas circunstâncias e contextos falam mais do mesmo sem produzir diferenças em suas vidas, sociedades, economias e modos de ser, pensar e viver. 



As narrativas podem se tornar mais complexas quando experimento mundos diferentes do meu, Amazônia, misturando saberes, dialogando com quem pensa e é diferente podemos juntos encontrar conexões e pontes para reconstruir o tecido social principalmente comunitário e ambiental que o neoliberalismo e ditadores como Bolsonaro destrói. Já na economia infelizmente muitas startups e mentes milionárias tentam tornar todo ato de compartilhar e comunicar em lucro individual visando favorecer alguns que se acham gênios pelos absurdos que cometem como por exemplo vomitar uísque em lugares que pessoas dormem por falta de lares. Absurdos como destruir a humanidade e a Terra para vomitar lucros a custas de bilhões de vidas diante de bilhões de estrelas acham que seus egos e vaidades são mais importantes ?



As narrativas dependem também de nossas habilidades para enfrentar os desafios da vida inclusive criminosos e ditadores para comunicar aos outros nossas esperanças, utopias mas também narrativas em entrevistas de emprego, conversas de bares e pelas redes sociais que falem também de nossas causas, dores, amores, lutas... Mas, infelizmente uma onda atrás da outra onda busca destruir valores e coisas duradouras que levaram décadas para serem construídas como uma educação ética e estética.  Já outras levam séculos ou milênios como a natureza para que mais um vez poucos possam vomitar no único planeta que temos em nome de seus egos e vaidades. 



Vejo e escuto muitas narrativas reféns de omissões, medos e dores que tornam a insensibilidade e falta de ética viverem em um mundo cada vez mais injusto, desigual, violento, economicamente e ambientalmente insustentável. Essa narrativas levam milhões de pessoas a viver reféns de seu quadrado incluindo incompreensões de direita e esquerda que atacam a todos que julgam do lado errado mas esquecem de suas ignorâncias. Falsos rebeldes e falsos profetas sem causas apelam para o espetáculo do poder como meio de sobreviver no circo de tragédias e brutalidades onde a vida, o outro e o amor pouco importa diante do império do dinheiro sem justiça nem Democracia à qualquer preço.



A narrativa individual busca destruir narrativas coletivas e negar a expressão de quem pensa diferente ou negar a Amazônia viver. As narrativas se tornam meros produtos a serem vendidos para enganar pessoas e criar mundos paralelos diante da realidade de bilhões de pessoas ou da natureza mesmo transformadas em metaversos, bitcoins, garimpeiros, startups, seja milionário, uma onda atrás da outra para que não gastemos nosso tempo e educação em criar, produzir e imaginar narrativas melhores de quem somos e de outros mundos possíveis.



Mais importante que ficar rico ou deixar um legado é viver uma existência boa, bela e justa com quem compartilhamos a vida e os lugares por onde passamos. Essa narrativa começa com o despertar de que cada pessoa é importante e rara nesse mundo que pode transformar sua vida e de várias pessoas fazendo coisas boas para todos. Essa é a atitude mais importante que se pode tomar na vida é construir sua narrativa de vida de forma consciente, crítica e criativa compartilhando com as vidas que cruzam nossa jornada incluindo comunidades indígenas, periferias, e refugiados na construção de outros destinos como Dom e Bruno plantaram com suas vidas outras colheitas. 



O silêncio que guarda em teu coração ganha vida em verbos e se multiplica ao teu redor em sementes que iluminam caminhos dos que buscam também expressar seu ser e gritar sua revolta. A humanidade e o planeta tem sido massacrado de forma brutal por poucos que se consideram Deuses mas suas narrativas são pobres, violentas e tristes e a cada dia perdem adeptos que sacrificam suas vidas pelos egos de alguns. Outros saberes, práticas e subjetividades constroem e realizam outras narrativas, mas é preciso imaginar outros mundos, sociedades e vidas possíveis que não cabem  mais nem no capitalismo ou no socialismo.



A ideia de poder sem propósito não produz heróis mais vilões sem vergonha de sua feiura e ignorância como Bolsonaro. Enquanto isso outros Brunos e Dons nascem da terra como os índios, quilombolas, Kibutz, e cooperativas. Se o mundo ainda não acabou pelo delírios de Hitlers e neo liberais é porque as narrativas continuam a emergir da Terra e de outros Universos através da espiritualidade que desde a eternidade gera a vida, destrói Dinossauros e Deuses auto proclamados, assim esquecemos a origem divina da vida e da Terra de um pequeno grão de terra a Terra da Sabedoria.